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TROVADORISMO

 Marco inicial: 1189 ou


1198.
Cantiga da Ribeirinha -
Paio Soares de Taveirós.

 Término: 1418, quando


Fernão Lopes é nomeado
cronista-mor da torre do
Tombo.
CONTEXTO HISTÓRICO:
 Idade Média (476 a
1453);
 Teocentrismo: poder
espiritual  e cultural da
Igreja;
 Feudalismo;
 Cruzadas rumo ao
Oriente;
 Luta contra os mouros .
Cantiga da Ribeirinha
No mundo non me sei parelha,
Mentre me for como me vai,
ca já moiro por vós – e ai!
mia senhor branca e vermelha,
queredes que vos retraia
quando vos eu vi en saia!
Mau dia me levantei,
que vos enton non vi fea!
E, mia senhor, dês aquel dia´ai!
me foi a mi mui mal,
e vós, filha de don Paai
Moniz, e ben vos semelha
d´haver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d´alfaia
nunca de vós houve nen hei
valia d´ua correa.
Tradução didática Cantiga da Ribeirinha:

No mundo não conheço ninguém igual a mim,


enquanto acontecer o que me aconteceu,
pois eu morro por vós – e ai!
Minha senhora alva e rosada,
Quereis que vos lembre
que já vos vi na intimidade!
Em mau dia eu me levantei
Pois vi que não sois feia!
E, minha senhora, desde aquele dia, ai!
Venho sofrendo de um grande mal
enquanto vós, filha de dom Paio
Muniz, a julgar forçoso
que eu lhe cubra com o manto
pois eu, minha senhora,
nunca recebi de vós
IDADE MÉDIA
contexto 
sócio-cultural

 Organização política
 Economia
 Religião
 Costumes
O que é Trovadorismo?
É o movimento
poético que se
desenvolveu
durante os
séculos XII, XIII
e XIV em
Portugal.
OS POETAS TROVADORES


 Trovador
 Jogral
 Segrel
 Menestrel
 Soldadeira
VALOR DA POESIA MEDIEVAL


 Interesse social e histórico
- sentimentos de homens e mulheres;
- alguns usos e costumes da época;
- relações entre fidalgos e plebeus;
- lutas entre trovadores e jograis;
- covardia de alguns militares;
- etc.
 Interesse artístico e estilístico
 Interesse para o estudo linguístico diacrônico
A língua do
Trovadorismo

 A língua portuguesa ainda não estava totalmente
caracterizada. A língua utilizada nas cantigas
trovadorescas era o galego-português , idioma que
mantinha unidade linguística entre Portugal e Galiza.
Os cancioneiros
 
Cancioneiros são coletâneas de cantigas escritas por
diversos autores. Os mais conhecidos são:

 Cancioneiro da Ajuda. Data do século XIII. Encontra-


se no Palácio da Ajuda, em Lisboa.

 Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa.


Reunido no século XIV.

 Cancioneiro da Vaticana. Organizado no século XV,


está na Biblioteca do Vaticano.

 Cantigas de Santa Maria. Atribuídas a Afonso X, rei


de Castela.
As cantigas

 Cantigas de amigo

 Cantigas de amor

 Cantigas de escárnio

 Cantigas de maldizer
Cantigas de amigo

 Originárias da Península Ibérica.

 A palavra “amigo” significava namorado ou amante.

 O trovador usa um eu lírico feminino.

 A mulher fala de seus problemas sentimentais e da


saudade de seu amigo. Por vezes, retira-se para um
local isolado e desabafa com a natureza.

 Feição autóctone (origem galaico-portuguesa).

 A donzela (moça solteira) exprime a sua situação amorosa ou os


seus dramas na relação com o amigo.

 A donzela é uma moça simples, por vezes ingénua, mas enamorada.

 O amor é natural, espontâneo.


 O ambiente é rural ou marinho (sempre em contacto com a natureza).

A natureza é muitas vezes a confidente ou reflecte o estado de
espírito da donzela.

 O paralelismo é um elemento distintivo, bem como o uso do refrão.

 Possuem uma arquitetura simples


Algumas cantigas…
Ai madre, bem vos digo:  Non foi u ir avia,
Mentiu-nh o meu amigo: Mais bem des aquel dia
Sanhuda lh’and’eu Sanhuda lh’and’eu.

Do que mh-ouve jurado, Non é de mi partido,


Pois mentiu per seu grado, mais por que mh’á mentido
Sanhuda lh’and’eu Sanhuda lh’and’eu.

Pero Garcia Burgalês


Cantigas de Amigo
quanto ao tema:

 Alvas, Albas, Alvoradas ou Serenas
 Barcarolas ou Marinhas
 Bailias ou Bailadas
 Pastorelas
 Cantigas de Romaria
 Confidentes:
- a mãe;
- a irmã;
- as amigas.

 Sentimentos:
- o sofrimento de amor;
- a morte de amor;
- cuidados e ansiedade;
- tristeza e saudade;
- alegria na volta do amigo;
- ódio aos mexericos.
Tipos psicológicos:
- a ingênua; a confiada; a martirizada; a


narcisada; a indiferente; a vingativa.

Ambientes:
- a fonte e o rio;
- a praia e o campo;
- a casa.

Estabelecem-se algumas relações entre a


natureza e a vida interior dos protagonistas das
canções
CANTIGAS DE AMOR
Influência provençal.

Simbologia amorosa (teoria do amor cortês).
Os sentimentos expressos são os do homem (é o homem
que fala; quando são cantigas dialogadas quem fala
primeiro é o homem); o sujeito poético canta o amor por
uma mulher superior a ele.
O sujeito poético busca a melhor “senhor” mas esta não
se alcança (inacessibilidade).
Apresentação da coita como resultado de um castigo
divino (divinizar a coita, hiperbolizar a coita).

Em algumas cantigas de amor, por influência do lirismo
tradicional, está presente o paralelismo imperfeito e
semântico.
Nas nossas cantigas de amor há menos fingimento e
mais sinceridade do que nas composições provençais.
Factor concorrencial (segunda geração de trovadores).
Variedades das Cantigas
de Amor
 Canções de mestria 
 Tenções
 Desacordos
 Prantos
 Cantigas de refrão
Causas da influência provençal na
Península Ibérica:

 os monges de Cluny;
 as romarias aos santuários;
 os guerreiros e colonos franceses;
 contato de fidalgos portugueses com jograis da
Provença;
 o comércio;
 D. Afonso III que viveu em França durante 12
anos;
Influência provençal:

 provençalismos (sen, cor, prez…);
 teoria do amor cortês;
 descrição da natureza;
 enredo entre cavaleiros e pastoras;
 análise introspectiva.
SÁTIRA TROVADORESCA


Influenciada pela literatura provençal.
As composições satíricas da Provença tinham o nome de
sirventês.

sirventês moral

sirventês político

sirventês pessoal
SÁTIRA TROVADORESCA


A Arte de Trovar distingue duas modalidades de sátira:

Cantigas de Escárnio
(ridiculariza-se alguém com palavras simuladas; o processo
estilístico é basicamente a ironia)

Cantigas de Maldizer
(ridiculariza-se alguém com palavras claras e diretamente
ofensivas)
cf. Arte de Trovar
Características da Sátira
Trovadoresca
 é concreta e particular; 
 fundamentalmente de carácter social;
 é, por vezes muito obscena.

A poesia satírica galego-portuguesa oferece-nos um


precioso testemunho sobre a Idade Média portuguesa e
peninsular na medida em que documenta os seus
costumes, sem a idealização da cantiga de amor, e nos
informa sobre os factos históricos e sociais mais
relevantes.
Cantigas de Escárnio e de Maldizer


a cruzada da Balteira;temas:
o escândalo das amas e tecedeiras;
a decadência e a sovinice dos infanções;
a deposição de D. Sancho II e a entrega dos
castelos ao Conde de Bolonha, futuro D. Afonso
III;
as disputas entre jograis;
a traição dos fidalgos na guerra de Granada;
o desconcerto do mundo;
 a vida duvidosa das soldadeiras;
 amores entre fidalgos e plebeias;
 as mentiras do amor.

A Sátira Trovadoresca visa ainda outras entidades,


como:
- os fidalgos prepotentes; os reis e outros nobres que
viajam muito; os peregrinos e as suas gabarolices de
aventura; os fidalgos pelintras; os membros do
clero, as abadessas e freiras e os cavaleiros das
ordens militares; os trovadores e os jograis; os
médicos, os juízes e os juristas; os ladrões, os
linguareiros, os avarentos…
Evolução do
trovadorismo
Primeiro texto
Soares de Paiva,
sirventês de João
Ora faz ost’o senhor de Navarra (1196)

Ora faz ost’o senhor de Navarra,


pois en Proenç’ est’ el-Rei d’ Aragon;
non lh’ an medo de pico nem de marra
Tarraçona, pero vezinhos son;
Nem an medo de lhis poer boçon
e riir-s an muit’ Endurra e Darra;
mais, se Deus traj’ o senhor de Monçon,
bem mi cuid’ eu que a cunca lhis varra.
(…)

 O período de apogeu da poesia trovadoresca abrange
os reinados de
D. Afonso III de Portugal (1248-1279) e o de Afonso X
de Leão e Castela (1252-1284):

maior número de trovadores e de jograis;


maior cômputo de textos poéticos
Fim da poesia galego-portuguesa
1350 – ano do testamento de D. Pedro, conde
de Barcelos, que legou o se livro de cantigas a
Afonso XI de Castela. 
Declínio da poesia trovadoresca (já era nítido no tempo de
D. Dinis, embora este seja um dos mais destacados
trovadores peninsulares pela qualidade artística das suas
canções e pela quantidade de textos que nos legou.

Pranto do jogral João à morte de D. Dinis


Os namorados, que trobam d’amor
Poesia da fin’amors

 É uma via de aperfeiçoamento para o cavaleiro, que
assim se afirma como um homem cortês, um
homem de trato afável, gentil, ornado de virtudes,
reconhecido como tal pelo grupo a que pertence e
no qual foi integrado.
 A mulher “servida” é uma mulher casada, mulher
do senhor, em cuja casa os cavaleiros vivem.
 Exerce uma acção pedagógica sobre estes jovens
ambiciosos , irrequietos, turbulentos, que através
da midons não mais pretendem do que a
aproximação do senhor, o marido da “dona”, único
que poderá modificar a situação de inferioridade
em que se encontram.

 Assim chega esta mulher idealizada às cortes do
Norte da Peninsula Ibérica, trazida pela voz dos
jograis e trovadores que visitaram as cortes
peninsulares (onde já se encontrava o galego-
português como veículo de expressão literária).

Dias, Aida F. (1998). História Crítica da Literatura Portuguesa. Lisboa: Ed. Verbo, pp. 101-103.
Prosa no período
trovadoresco
 A prosa literária inicia-se nos mosteiros com as traduções do
latim.

 Documentos de carácter histórico: cronicões e nobiliários (livros
de linhagens).
 As canções de gesta (“Chanson de Roland”) e as novelas de
cavalaria.
As novelas de cavalaria
ciclo carolíngio
ciclo clássico ou greco-latino
ciclo bretão

A Demanda do Santo Graal


O Amadis de Gaula

 As obras dos príncipes de Avis.
 A historiografia.
 A prosa didáctica.
Queixa
Caetano Veloso
  
Um amor assim delicado 
Você pega e despreza
Não devia ter despertado 
ajoelha e não reza
Dessa coisa que mete medo 
Pela sua grandeza
Não sou o único culpado 
Disso eu tenho a certeza
Princesa, surpresa, você me
arrasou
Serpente, nem sente, que me
envenenou
Senhora, e agora, me diga aonde
eu vou
Senhora, serpente, princesa
Um amor assim violento 
Quando torna-se mágoa
É o avesso de um sentimento 
Oceano sem água
Ondas, desejo de vingança 
Dessa desnatureza
Bateu forte sem esperança 
Contra a tua dureza
Um amor assim delicado 
Nenhum homem daria
Talvez tenha sido pecado 
Apostar na alegria
Você pensa que eu tenho tudo 
E vazio me deixa
Mas Deus não quer que eu fique mudo
E eu te grito esta queixa!
PAINEL DE ÉPOCA:
Cristianismo

Cruzadas rumo ao
Oriente
Luta contra os
mouros
Teocentrismo: poder
espiritual  e cultural
da Igreja
Feudalismo
Monopólio clerical
CANTIGAS LÍRICAS
Cantigas de Amor

amor do trovador pela


mulher amada.
mulher idealizada.
contemplação platônica.
uso de “meu senhor”.
sofrimento por amor.
vassalagem amorosa.
amor cortês.
estribrilho ou refrão.
CANTIGA DE AMOR
Senhora minha, desde que vos vi,
lutei para ocultar esta paixão
que me tomou inteiro o coração;
mas não o posso mais e decidi
 E quando eu vir, senhora, que o pes
ar
que me causais me vai levar à morte
que saibam todos o meu grande a ,
mor, direi, chorando minha triste sorte:
a tristeza que tenho, a imensa dor "Senhor, porque me vão assim mata
que sofro desde o dia em que vos  r?"
vi. E, vendo-me tão triste e sem prazer,
todos, senhora, irão compreender
que só de vós me vem este pesar.
Quando souberem que por vós so
fri Já que assim é, eu venho-vos rogar
Tamanha pena, pesa-me, senhora, que queirais pelo menos consentir
que diga alguém, vendo- que passe a minha vida a vos servir,
me triste agora, e que possa dizer em meu cantar
que por vossa crueza padeci, que esta mulher, que em seu poder 
eu, que sempre vos quis mais que  me tem,
ninguém, sois vós, senhora minha, vós, meu b
e nunca me quiseste fazer bem, em;
nem ao menos saber o que eu sofr graça maior não ousarei rogar.
i. Afonso Fernandes
Queixa (Caetano Veloso)

Um amor assim delicado
Um amor assim violento
Quando torna-se mágoa
É o avesso de um sentimento
Você pega e despreza
Não devia ter despertado Oceano sem água
Ajoelha e não reza
Ondas, desejos de vingança
Dessa coisa que mete medo Dessa desnatureza
Pela sua grandeza Bateu forte sem esperança
Não sou o único culpado Contra a tua dureza
Disso eu tenho a certeza
Um amor assim delicado
Princesa, surpresa, você me Nenhum homem daria
arrasou Talvez tenha sido pecado
Serpente, nem sente que me Apostar na alegria
envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu Você pensa que eu tenho tudo
vou E vazio me deixa
Senhora, serpente, princesa Mas Deus não quer que eu fique mudo
E eu te grito esta queixa
CANTIGAS LÍRICAS

Cantigas de Amigo
O trovador coloca-se no lugar da mulher que
sofre pelo amado que partiu.
mulher concreta-real.
conversa com a natureza.
popular - mulher camponesa.
uso do termo “amigo” =  namorado, amante,
marido.
paralelismo e refrão.
CANTIGA DE
Enquanto Deus me der vida,
AMIGO
viverei triste e coitada,
porque se foi meu amigo,
e disso fui a culpada,
 Certamente ele supõe
que comigo está perdido,
pois que me zanguei com ele do contrário, voltaria,
quando daqui se partia:
por Deus, se agira voltasse, porém, sente-se ofendido,
muito alegre eu ficaria. pois que me zanguei com e
E sei que andei muito mal le
em zangar-me como fiz, quando daqui se partia:
porque ele não o merecia por Deus, se agira voltasse
e se foi muito infeliz,
pois que me zanguei com ele ,
quando daqui se partia: muito alegre eu ficaria.
por Deus, se agira voltasse,
muito alegre eu ficaria.
Juan Lopes
Ronda ( Paulo
Vanzolini)

Ah ! se eu tivesse quem bem me
De noite, eu rondo a quisesse
cidade Esse alguém me diria
A te procurar , sem Desiste esta busca inútil , eu não
encontrar desistia
No meio de olhares espio Porém , com perfeita paciência ,
Em todo os bares , você volto a te buscar
não está
Volto prá casa abatida Hei de encontrar , bebendo com
Desencantada da vida outras mulheres
O sonho , alegria me dá Rolando dadinhos , jogando
Nele você está .... bilhar
E nesse dia então ,
Vai dar na primeira edição ,
Cena de sangue num bar da
avenida São João
CANTIGAS SATÍRICAS

Cantigas de Escárnio:
 referências indiretas.
 ironia.
 ambiguidade (vocabulário de duplo sentido).
 não se revela o nome da pessoa satirizada.
CANTIGA DE ESCÁRNIO
Conheceis uma donzela Pois que se tem por formosa
por quem trovei e a que um dia quanto mais achar-se pode,
chamei de Dona Beringela?
nunca tamanha porfia pela Virgem gloriosa!
vi nem mais disparatada. um homem que cheira a bod
Agora que está casada e
chamam-lhe Dona Maria.
e cedo morra na forca
Algo me traz enjoado, quando lhe cerrava a boca
assim o céu me defenda: chamou-
um que está a bom recato lhe Dona Gondrode.
(negra morte o surpreenda
e o Demônio cedo o tome!)
quis chamá-la pelo nome
e chamou-lhe Dona Ousenda.

--Dom Afonso  
Sanches
CANTIGAS SATÍRICAS

Cantigas de Maldizer

 sátira direta.
 maledicência
 uso de palavras obscenas ou de conteúdo erótico.
 citação nominal da pessoa satirizada.
CANTIGA DE MALDIZER
Ai dona fea! Foste-vos queixar
Que vos nunca louv'en meu tro 
bar
Mais ora quero fazer un cantar
En que vos loarei toda via;
E vedes como vos quero loar: Dona fea, nunca vos eu loei
Dona fea, velha e sandia! En meu trobar, pero muito trobei;
Mais ora já en bom cantar farei
Ai dona fea! Se Deus mi pardon En que vos loarei toda via;
!
E pois havedes tan gran coraço E direi-vos como vos loarei:
n Dona fea, velha e sandia!
Que vos eu loe en esta razon,
Vos quero já loar toda via;
E vedes qual será a loaçon: João Garcia de Guilhade
Dona fea, velha e sandia!
A PROSA DO TROVADORISMO

Hagiografia:  relatos bibliográficos de figuras
canonizadas, escritos em latim.

 Cronicões: relatam, de forma romanceada,


os episódios históricos/sociais do século XIV

Livros de linhagem: apresenta a genealogia


das famílias nobres
A PROSA DO TROVADORISMO

Novelas de Cavalaria: 
poemas que celebram
acontecimentos históricos,
trazidos principalmente da
França e Inglaterra.

temos três ciclos:


a) Ciclo Bretão ou
Arturiniano: Rei Artur e
Cavaleiros da Távola
Redonda.
b) Carolíngio: Carlos Magno
c) Clássico: Antiguidade
Greco Romana

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