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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Centro de Ciências Exatas e da Terra

Física II - Conceitos e aplicações de ondas e óptica em ciências atmosféricas

INTERFERÊNCIA
Fontes coerentes e intensidade de interferência

Prof. Pedro R. Mutti


pedromutti@gmail.com

Março de 2021
Ementa da aula de hoje
o Fontes coerentes
o Interferência luminosa por duas fontes
o Intensidade das interferências luminosas

2 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA


Relembrando interferência de ondas...

Princípio da superposição de ondas:


Quando duas ou mais ondas se
superpõem, o deslocamento resultante
em qualquer ponto em um dado instante
pode ser determinado somando-se os
deslocamentos instantâneos que seriam
produzidos no ponto pelas ondas
individuais se cada onda estivesse
presente sozinha.

3 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA


Fontes coerentes
• Estudamos a interferência quando as características das ondas
superpostas eram iguais (mesma frequência, comprimento de onda,
velocidade), mas havia uma diferença de fase.
• A luz, por outro lado, é composta por um espectro de ondas
eletromagnéticas com diferentes comprimentos de onda. Por isso,
ao estudar a interferência com fontes luminosas, vamos considerar
sempre a luz monocromática (um laser, por exemplo).
• Quando consideramos duas fontes monocromáticas com a mesma
frequência, chamamos elas de fontes coerentes.

4 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA


Interferências construtivas e destrutivas

d1

d2

Interferência construtiva sempre que d1 – d2 = n.λ (n=0,1,2,3...)

d1

d2

Interferência destrutiva sempre que d1 – d2 = (n + ½).λ (n=0,1,2,3...)

5 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA


Interferências construtivas e destrutivas
n = +3
r1 – r2 = n.λ (n=0,±1,±2,±3...)
r1 – r2 = (n + ½).λ (n=0,±1,±2,±3...) n = +2
Curvas antinodais
Curvas nodais n = +2
n = +1
n = +1
n=0
n=0
n=0
n = -1
n = -1

n = -2

n = +2
n = -3
6 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA
Interferências construtivas e destrutivas
r1 – r2 = n.λ (n=0,±1,±2,±3...)
r1 – r2 = (n + ½).λ (n=0,±1,±2,±3...)

Curvas antinodais
Curvas nodais

Franjas de
interferência

Tela

7 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA


Interferências construtivas e destrutivas
r1 – r2 = n.λ (n=0,±1,±2,±3...)
r1 – r2 = (n + ½).λ (n=0,±1,±2,±3...)

r1
y
r2
θ
d

Tela

8 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA


Interferências construtivas e destrutivas
r1 – r2 = n.λ (n=0,±1,±2,±3...)
r1 – r2 = (n + ½).λ (n=0,±1,±2,±3...)

r1
d.senθ = r1 – r2 = n.λ (n=0,±1,±2,±3...)
d.senθ = r1 – r2 = (n + ½).λ (n=0,±1,±2,±3...)
θ
d θ
r2
θ = ângulo que liga o ponto médio entre as duas fontes
e a região brilhante/escura de ordem n na tela

Para R >>> d

9 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA


Interferências construtivas e destrutivas

r1
y
 𝑦 𝑛=𝑅 .𝑡𝑔 𝜃
Para pequenos ângulos: r2
d
θ  𝑦 𝑛=𝑅 . 𝑠𝑒𝑛 𝜃
Logo:

 𝒚 𝒏= 𝑹 . 𝒏 𝝀 (𝑛=0 , ± 1 , ± 2 ,± 3 , …)
𝒅

Tela

10 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA


Intensidade na interferência produzida
por duas fontes
• Vimos para ondas transversais com as mesmas características que a
amplitude da onda resultante de uma superposição (interferência) era:
 𝐴 =2 𝐴 .𝑐𝑜𝑠 𝜙
𝑠𝑢𝑝
2 ()
• Onde Φ = diferença de fase entre as duas ondas.

• No caso da superposição de ondas eletromagnéticas oriundas de


fontes coerentes (mesma frequência, velocidade, comprimento de
onda), teremos:
  =2 𝐸 . 𝑐𝑜𝑠 𝜙
𝐸 𝑖𝑛𝑡
2 ()
• Onde E é a amplitude do campo elétrico gerado pela onda de uma das
fontes e Eint a amplitude do campo elétrico na interferência.

11 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA


Intensidade na interferência produzida
por duas fontes
• Vimos igualmente que a intensidade da onda sonora era do tipo:
2
  √𝜌𝐵.𝜔 . 𝐴²
𝐼=
2
• Para a onda eletromagnética na interferência podemos escrever como:

𝐸 𝑖𝑛𝑡 ² 𝜙
𝐼  𝑖𝑛𝑡 =𝐾 . =𝐾 .2 𝐸 ² . 𝑐𝑜𝑠 ² ()
2 2

• Sendo que quando a diferença de fase é zero (Φ = 0), temos a


intensidade máxima (I0):

𝐼  0=𝐾 . 2 𝐸 ²
• E logo:
𝜙
𝐼  𝑖𝑛𝑡 =𝐼 0 .𝑐𝑜𝑠 ² ( )
2

12 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA


Diferença de fase e diferença do caminho
percorrido pelos feixes de luz
• Lembrando da interferência em ondas sonoras:
• Construtiva -> se as ondas estiverem em fase (diferença de fase igual a 0, 2π, 4π,
6π... Ou distantes de 0, λ, 2λ, 3λ,...)

13 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA


Diferença de fase e diferença do caminho
percorrido pelos feixes de luz
• Ainda:
𝜋 . 𝑑 . 𝑠𝑒𝑛 𝜃
𝐼  𝑖𝑛𝑡 =𝐼 0 .𝑐𝑜𝑠 ²
( )
𝜆
• Mas:
𝑦𝑛
  𝜃=
𝑠𝑒𝑛
𝑅

• Então:
 

• Finalmente

14 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA


Diferença de fase e diferença do caminho
percorrido pelos feixes de luz

I0

Iint

d.senθ

15 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA


Exercícios

16 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA


Exercícios

17 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA


Exercícios

18 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA


Próxima aula
o Interferência em películas finas
o Interferômetro de Michelson

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19 INTERFERÊNCIA: FONTES COERENTES E INTENSIDADE DE INTERFERÊNCIA

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