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Habitação

Nomes:
Adelino Laice
Alice Nhantumbo
Anastância Macome
Delfina Nhazilo
Dorca Macivane
Introdução

• O actual cenário das condições habitacionais em Moçambique


apresentam-se como um ainda não superado problema social e
económico, com grande impacto na configuração urbana, seja
pela demanda por infra-estrutura urbana, gerada a partir das
novas oportunidades habitacionais promovidas pelo poder
público e privado, seja pelas pressões fundiária e ambiental,
decorrentes das formas alternativas adoptadas pela população
de baixa renda para a produção da moradia.
Objectivos

 Objectivo Geral

• Analisar a situação das habitações em Moçambique.

 Objectivos Específicos
• Descrever de forma breve a história de habitação em Maputo;

• Caracterizar a habitação em Maputo;


• Identificar os problemas relacionados a habitação;
• Identificar as dimensões da transformação das periferias
urbanas no domínio da habitação.
Metodologia
• Para elaboração do trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica,

que Segundo Gil (1999:65), a Pesquisa Bibliográfica é

desenvolvida a partir de material já existente ou elaborado,

constituído principalmente por livros e artigos científicos. Neste

trabalho, este método foi muito importante na medida em que

permitiu a cobertura de uma gama de fenómenos muito mais

ampla do que aquela que poder-se-ia pesquisar directamente.


Habitação

• Segundo NETO e FREIRE, (1999) citado AMORRIN, (2018), O termo


habitação e muito vasto. Surge com as primeiras formas dos abrigos
construídos há mais de um milhão de anos e que com o tempo deram origem às
mais variadas tipologias arquitectónicas, abrangendo edifícios de carácter
privado, mas também público.

• Segundo ABREU, a habitação é entendida como a acção do habitat num espaço


que envolve o elemento físico da moradia, a qualidade ambiental do espaço
construído, o seu exterior e as suas inter-relações. A família tem na habitação o
seu principal espaço de sociabilidade, alterando-a para um espaço essencial,
veículo da construção e desenvolvimento da saúde da família que lá habita.
Cont.

• De acordo com MARGUTI, (2017),o acesso à habitação

adequada é aqui entendido não somente como o direito a “um

teto e quatro paredes”, mas, sim, como um direito humano

universal e fundamental que carrega consigo outros direitos,

como a segurança da posse, a disponibilidade de serviços de

infra-estrutura e equipamentos públicos, a habitabilidade que

deve garantir protecção contra as variações climáticas e contra

eventos extremos e riscos e a localização adequada.


Breve contexto histórico do sector da habitação em Maputo

• De acordo com BARROS; CHIVANGUE; SAMAGAIO, (2013:73), citados por

SAMBO, (2016, p. 357), A estrutura dual de Maputo tem a sua génese no período

colonial. Foi concebida para manter a população trabalhadora negra em casas com

condições precárias à volta da cidade alta, habitada por estrangeiros não africanos.

• Com a independência em 1975, os colonos começaram a abandonar o País, o que

criou espaço para uma ocupação, pelos moçambicanos, dos edifícios deixados vazios.

Posteriormente, em 1977, o Estado nacionalizou a terra e os edifícios, decisão que foi

tomada no 3.º Congresso da Frelimo. Este congresso definiu a primeira política

habitacional através da qual os indivíduos seriam responsáveis por construir as suas

próprias casas, pois o Estado enfrentava uma escassez generalizada de recursos para

fornecer habitação aos cidadãos.


CONT.

• Mais tarde, após a introdução do Programa de Reabilitação Económica (PRE),

em 1987, que assinalou a transição do sistema socialista para o sistema

económico capitalista, iniciou-se uma onda de privatizações, incluindo de

edifícios residenciais. É no âmbito destas transformações que a Administração

do Parque Imobiliário do Estado (APIE) foi dissolvido, dando lugar a

construções anárquicas no topo de prédios habitacionais, principalmente para

fins de arrendamento. Após a APIE, foi criado o Fundo de Desenvolvimento da

Habitação Própria, ao abrigo do Decreto 37/87, de 23 de Dezembro.

Posteriormente, em 1995, foi substituído pelo Fundo de Fomento à Habitação

(FFH), como a instituição-chave para levar a cabo projectos de habitação social,

continuando actualmente com este mandato(SAMBO, 2016, p. 357-358).


Políticas de habitação e legislação aplicável
• De acordo com CDD, (2020), o artigo 91 da Constituição da
República preconiza que o direito à habitação é um direito
constitucional de todos os cidadãos, cabendo ao Estado a
responsabilidade de criar as condições institucionais, normativas
e infra-estruturais para que tal se materialize.
• Temos a Política e Estratégia de Habitação de 2011 como um
instrumento para, através do Fundo para o Fomento de
Habitação (FFH), impulsionar a indústria de construção de
habitação com vista a responder ao défice de casas condignas em
Moçambique(CDD, 2020, p 2).
Cont.
• A Lei nº 19/2007 (Lei de Ordenamento do Território), esta lei estabelece
procedimentos de planeamento e responsabilidades para todos os níveis -
nacional, provincial, distrital e autárquico.

• Na escala urbana, o planeamento é adicionalmente regulado pelo Decreto


nº 60/2006 (Regulamento do Solo Urbano). No nível do município,
aplicam-se os seguintes instrumentos:

• Plano de Estrutura Urbana (PEU):

• Plano Geral de Urbanização (PGU):

• Plano Parcial de Urbanização (PPU): e

• Plano de Pormenor (PP):


Acesso à habitação

• A maioria da população em Maputo, vive em


assentamentos informais não planeados, com acesso
irregular a serviços e emprego.
• De acordo com UN- Habitat Moçambique, (2018) o acesso
à habitação adequada em Moçambique em especial Maputo
é um desafio considerável e a pressão por uma moradia
condigna seráainda maior com o grande aumento
populacional esperado, particularmente nos centros
urbanos e inúmeras localidades.
Objectivo da habitação
• O objectivo da habitação adequada é suprir o direito essencial
de moradia, de maneira que se possa viver dignamente tendo
em vista os aspectos físicos, psicológicos, económicos e
sociais. No entanto, a moradia digna está intrinsecamente
ligada à segurança, acessibilidade, infra-estrutura básica
(água, energia e saneamento) e à disponibilidade de uso de
serviços públicos (saúde, educação, transporte colectivo,
colecta de lixo)(BORGES, 2013, p.31).
Caracterização da Habitação em Maputo
• Problemas
• Falta de manutenção e conservação, densidade populacional

elevada e superlotação das habitações;

• Baixa densidade populacional nalgumas áreas e carência de

infra-estruturas(estradas, água, energia, saneamento);

• Ocupação territorial de forma desordenada e falta de

regularização da habitação.
Consequências

• Degradação de imóveis sobretudo os prédios;

• Difícil acessibilidade aos bairros residenciais;


• Habitações construídas sem o licenciamento
das autoridades locais/municipais, não
observância das regras e posturas municipais.
Assentamentos informais no município de Maputo
• De acordo com INE, (2007), citado por CMM, (2016, p.23), Cerca de 900 mil

pessoas (70% da população urbana) vivem em assentamentos informais na

cidade de Maputo, sendo que 49% vivem abaixo da linha da pobreza.

• Nos assentamentos informais de Maputo observa-se que o tecido urbano é

marcado pela reduzida estruturação espacial tendo em vista a forma como o

território foi ocupado. O facto da malha urbana ter características muito

orgânicas, com ruas por vezes muito estreitas e sinuosas, leva a que haja

estrangulamentos da circulação viária nalguns troços, restringindo assim a

‘permeabilidade’ do tráfego viário e, ainda, acarretando paralelamente em

problemas de segurança.
Conclusão
• O acesso à habitação adequada em Moçambique é um desafio

considerável e a pressão por uma moradia condigna será ainda maior com

o grande aumento populacional esperado, particularmente nos centros

urbanos e inúmeras localidades.

• Tratar da habitação não deve, do nosso ponto de vista, considerar apenas a

função de abrigo ou a casa no sentido estrito. Tratar da questão da

habitação significa tratar-se designadamente de cinco importantes

componentes que permitem enquadrar a casa no processo legal de

transformações territoriais, em que a função residir seja objecto principal.

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