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14- Sistema de

Intermediação
Financeira
TEORIA MONETÁRIA
• “a civilização moderna é fortemente
baseada na especialização e nas trocas “

• “a moeda é o instrumento que viabiliza a


ordem econômica e social”

• “A estabilidade, a eficiência e o
crescimento dependem de uma equilibrada
interação entre os setores real e monetário
da economia”
Funções e objetivos da Moeda
Moeda:Objeto de aceitação geral, utilizado na troca de
Bens e serviços. Aceitação garantida por lei.
Promove e facilita o intercâmbio de
Instrumento ou bens e serviços. Evita a chamada
Meio de Troca economia de trocas ou escambo.

Medida de Unidade de Conta. Permite apurar o


Valor valor Monetário. Ex: PIB do país.

Liquidez Absoluta.
Reserva de Efeitos da Inflação.
Valor Hoje: Não precisa ter valor intrínseco ou
ser lastreada em metal precioso, basta ter
a confiança
Moedas

• PODER DE EMISSÃO
Emissão fiduciária (sem lastro)
Papel-moeda: moedas metálicas ou
“notas”
Atributos dos ativos:
rendimentos que proporcionam a seus detentores
graus de liquidez de que são dotados

Ativos financeiros:
monetários;
não monetários (geram rendimentos)
quase-monetários. (não monetários quase
líquidos. Transferíveis ou resgatáveis com
facilidade)
TEORIA MONETÁRIA

Ativos reais:
-Proporcionam rendimentos, ainda que
incertos.

-Satisfazem diretamente a necessidades de


produção, de consumo ou de acumulação. ---
-Mas a sua liquidez varia de caso a caso
14.1 A intermediação financeira:
pressupostos e funções
Setor Real Setor Financeiro
Geração de produtos tangíveis (bens) e Gera somente produtos intangíveis (serviços de
intangíveis (serviços); intermediação financeira);
O valor adicionado (VA) resulta de 5 O VA resulta de 4 categorias operacionais: custódia
processos produtivos: extração (depósitos), intermediação (repasse de recursos
(mineração), transformação financeiros), compensação (de pagamento) e
(indústrias), construção, movimentação liquidação (de transação);
(transportes) e comercialização;

Segmentações: ramos de atividade e Segmentações: mercados definidos por tipos de ativos,


gêneros de produtos gerados; operações, prazos e fins a que se destinam;

Movimenta produtos destinados para Movimenta ativos financeiros, monetários e não


fins de formação de capital e de monetários, para fins de liquidação de transações,
consumo; manutenção precaucional de reservas e aplicações
especulativas;
Seus agregados são variáveis-fluxo Seus agregados são variáveis-estoque (moeda) –
(renda) – valor bruto da produção de saldos de depósitos.
uma empresa...
SETOR REAL - SETOR FINANCEIRO

Setor Real
Setor Financeiro
 transações são as
 capta recursos dos agentes que têm
que se contabilizam nos
superávit operacional (operações
sistemas convencionais
passivas) – excedentes de renda em
de contas nacionais
relação aos dispêndios totais;
(sociais);
 repassa esses recursos para agentes
 pressupõe fluxo real
econômicos com insuficiência de caixa
de prestação de
(operações ativas);
serviços ou de
fornecimento de bens;  Operações passivas → depósitos
(reservas) de mutuários;
 liquidação com o uso
de instrumentos  Operações ativas → créditos tomados
monetários (moeda por mutuários (giro operacional,
corrente ou dispêndios de consumo e de
movimentação de investimentos).
saldos bancários).
14 O SISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO
FINANCEIRA

 A intermediação financeira cumpre a tarefa de canalizar e


transformar os recursos de poupança em investimento;

 Quanto maior o desenvolvimento do estágio da intermediação,


maior a tendência de formação de capital e mais eficiente a
alocação dos recursos;

 A medida que a renda e a riqueza aumentam, o tamanho e a


complexidade da superestrutura financeira tende também a crescer;

 O desenvolvimento econômico e o financeiro são


INDEPENDENTES e COMPLEMENTARES.
A intermediação financeira (IF): a abordagem
Gurley Shaw

Existência da IF → 3 condições
1) Maturidade e desenvolvimento do sistema econômico (fim de formas primitivas de
trocas sem a intermediação monetária);
2) Agentes econômicos superavitários e deficitários dispostos a ofertar e procurar
excedentes financeiros;
3) Bases institucionais para a operação da IF.
As economias que satisfazem estas condições podem ter seus agentes
econômicos em uma das seguintes bases:
 Orçamentos e dispêndios efetivos (ODE) equilibrados;

 Orçamentos e dispêndios efetivos superavitários;

 Orçamentos e dispêndios efetivos deficitários.


AE superavitários AE deficitários
Pré-condições e atuação dos IF:
Geram superávit Seus dispêndios
operacional agregado superam suas
(SO) → fluxo agregado disponibilidades
de renda Y, superior ao correntes e
total dos dispêndios de projetadas de caixa
SO = Y – ( C+I ) consumo e totalizados,
investimento C+I; registram um déficit
Y>(C+I) orçamentário
agregado (DO);
Ofertarão seus Procurarão por
excedentes excedentes
DO = ( C + I ) – Y financeiros; financeiros
(C+I)>Y (financiamento);
Receberão juros Pagarão juros.
(compensação por
possíveis riscos).
14.2 A segmentação do setor de intermediação
financeira

Mercado Monetário → operações de curto e curtíssimo prazos; regula a


liquidez da economia como um todo;
Mercado de Crédito → operações de curto, médio e longo prazos; suprir
as necessidades de caixa, para operações correntes e investimentos;
Mercado de Capitais → operações sem prazos definidos; não
caracteriza-se por operações envolvendo exigíveis (empréstimos e
financiamentos); suprir as necessidades de recursos não exigíveis,
para investimentos de alta expressão e longos prazos de retorno;
Mercado Cambial → operações de compra e venda de moedas
estrangeiras conversíveis; converte ativos monetários para
transações (reais e financeiras) com o exterior.
14.3 O sistema financeiro nacional

Estrutura ligada com o estágio do desenvolvimento da


economia.
O setor financeiro das nações difere em , no mínimo, em 5 aspectos:
 Padrões com que as instituições normativas interferem nas regras
de intermediação;
 diversidade das instituições de intermediação e de suas carteiras
operacionais;
 Os tipos de instrumentos de captação de recursos e de operações
ativas;
 Estrutura dos ativos financeiros monetários e não monetários,
quanto às taxas de participação no estoque do sistema como um
todo,
 Os graus de abertura em relação ao sistema financeiro
internacional.
A formação do sistema financeiro:
 Inicia com a criação de bancos comerciais –
moeda corrente e depósitos bancários a vista
totalizam os ativos financeiros;
 Com o desenvolvimento econômico e a
diversidade dos ativos, criam-se novas
instituições, instrumentos de captação e
categorias operacionais;
 Por fim, estruturam-se as autoridades
monetárias e estabelecem-se padrões
normativos.
Estrutura operacional do sistema financeiro nacional
 Normativo: constituídos por autoridades monetárias; fixam
diretrizes de política monetária, de crédito e cambial; estabelecem
normas para emissão e negociação de emissão de capital e
fiscalizam as operações praticadas nos sistema de intermediação;
Conselho Monetário Nacional (CMN), Banco Central do Brasil
(BCB=BACEN) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
 Intermediação: constituídos por agentes especiais e por
instituições bancárias, não-bancárias e auxiliares; Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sociedades de
créditos, financiamento e investimento, entre outras.
Ativos Financeiros

• Monetários: • Não Monetários:

Meios de pagamento Instrumentos de


usados na liquidação captação para
de transações financiamento de
operações de crédito
Intermediação Financeira

O Sistema
Financeiro
Capta

Recursos de agentes
com superávit
operacional

Repassa Agentes
para econômicos com
insuficiência de
caixa
Operações Financeiras:

Ativas: Passivas:

• Resultam de créditos • Resultam de depósitos


tomados por mutuantes em outras reservas
para giro operacional, financeiras dos
dispêndios de consumo e mutuários;
de investimento;
• Captação de recursos
• Aplicação dos recursos pelos intermediários
em financiamentos. financeiros.
.

• .
.

• .
Sistema Financeiro Nacional:

• Instituições • Instituições Não


Bancárias: Bancárias:

• Captam depósitos a • Outras formas de


vista; captação;

• Operam com ativos


• Operam com ativos não monetários.
monetários.
.

• .
Os mercados financeiros
e as entidades intervenientes
• Banco Central:
– banco do governo;
– banco dos bancos, etc...
• Bancos comerciais:
– recebem depósitos à vista;
– concedem empréstimos e financiamentos a
curto e médio prazos.
• Bancos de investimento:
– seus financiamentos e empréstimos se
vinculam aos bens de capital, ou aos demais
financiamentos de longo prazo.
Os mercados financeiros
e as entidades intervenientes
• As Caixas Econômicas:
– funções semelhantes às dos bancos comerciais ;
– financiamento de longo prazo (sobretudo
habitacional); -depósitos de poupança;
– crédito hipotecário; -penhora de bens etc.
• Os fundos de pensão:
– recebem contribuições de empregados e empregadores;
– aplicam esses recursos no mercado financeiro.
– movimentam hoje grandes somas de recursos e constituem
importantes e elevados patrimônios de ativos financeiros.
Os mercados financeiros
e as entidades intervenientes
• Bolsas de valores e sociedades corretoras
de títulos e valores:
– ofertam ao público títulos de propriedade de
longo prazo.

• Outras instituições:
– Empresas de leasing;
– Bancos múltiplos;
– CVM – Comissão de Valores Mobiliários.
.

• Leitura
. sugerida sobre Mercado de Capitais...

PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de Capitais: fundamentos e


técnicas. 4ªed. São Paulo. Atlas, 2008.
15-Ativos Reais:

Podem proporcionar rendimentos aos


seus detentores ou atender suas
necessidades
Ativos Financeiros:

• Forma de riqueza acumulada como meio


de acesso a outras formas de riqueza que
podem atender a necessidades reais dos
agentes econômicos:
**uma parte pode proporcionar rendimentos;
**outra parte não proporciona rendimentos

MOEDA
Graus de Liquidez:

• ATIVOS REAIS: • ATIVOS


• Com índices FINANCEIROS:
inexpressivos de • São mais líquidos, sendo
negociabilidade, até os raros os de baixa
altamente líquidos. liquidez.

MOEDA : LIQUIDEZ POR EXCELÊNCIA


Ativos Financeiros:

MONETÁRIOS:
• Liquidez absoluta,
• Não proporcionam rendimentos aos seus detentores
• São empregados como meio de pagamento

QUASE-MONETÁRIOS:
• Liquidez próxima à da própria moeda,porém, antes de
serem usados precisam ser convertidos em papel
moeda ou depósitos a vista nas instituições.
Brasil:

Ativos Financeiros Quase Monetários:


• Títulos de dívida pública, depósitos de poupança,
certificados de depósito a prazo, letras de câmbio e
letras hipotecárias.

ATIVOS FINANCEIROS: QUASE MONETÁRIOS + PAPEL MOEDA


EM PODER PÚBLICO + DEPÓSITOS A VISTA
Efeito Multiplicador da Moeda
Escritural:

DEPÓSITOS
CAPTADOS
PELOS
BANCOS
OPERAÇÕES
DE
EMPRÉSTIMO

DEPÓSITOS
EM BANCOS

PAGAMENTO
DE AGENTES
ECONÔMICOS
Encaixes

• Freio à multiplicação infinita da moeda


escritural:

• PARCELA DOS DEPÓSITOS MANTIDA EM CAIXA;

• RECOLHIMENTO COMPULSÓRIO - BANCO CENTRAL EXIGE


DOS BANCOS COMERCIAIS .
Instrumentos de Controle da Oferta
Monetária:

• Fixação da taxa de recolhimento


Compulsória;
• Redesconto;
• Operações de Mercado Aberto;
• Controle Seletivo de Crédito.
Velocidade de Circulação da
Moeda:

• Fator que mais influencia : expectativa


de alta inflação.

V = PIB / M
15.2 A medição da oferta monetária

Liquidez absoluta → papel-moeda e moedas metálicas;

BCB - conceitos de oferta monetária:


M1 = meios de pagamento (papel-moeda em poder público com os
depósitos a vista no sistema bancário);
M2 = M1 + títulos da dívida pública (federal, estadual e municipal);
M3 = M2 + poupança;
M4 = M3 + títulos do sistema financeiro, depósitos a prazo, letras de câmbio
e letras hipotecárias.
Meio circulante: moeda em espécie, papel-moeda impresso e
moedas metálicas cunhadas, fornecidas pela Casa da Moeda aos
bancos centrais;

Papel-moeda em circulação: papel-moeda emitidos menos o que


permanece no caixa forte do banco central: efetivo posto em
circulação;

Papel-moeda em poder público (exclui instituições bancárias; inclui


instituições não-bancárias, governo, empresas e unidades
familiares): estoque em circulação menos parcela em caixa no
sistema bancário;
Depósitos a vista no sistema
bancário: alto poder de expansão.
Criados pelas operações ativas dos bancos - não tem existência física.
• Agregados monetários
Moeda: papel-moeda em poder do público e os
depósitos a vista nos bancos comerciais
Têm liquidez absoluta.
Não proporcionam rendimentos a seus detentores.
São empregados como meios de pagamento.

Quase-moeda (depósitos a prazo, bônus do


Banco central, Caderneta de Poupança) :
Podem ser transformados em moeda – grande
liquidez
Rendem juros aos aplicadores.
TEORIA MONETÁRIA
• A moeda manual tem poder liberatório e curso
forçado

• sistema bancário: é constituído


pelas instituições de intermediação financeira
que captam depósitos a vista.

• Bancos de desenvolvimento; de investimento ;


financeiras; associações de poupança e
empréstimo e as sociedades de crédito
imobiliário são instituições não-bancárias .
.

• .
• Os depósitos a vista integram o conceito
convencional de meios de pagamento. Seus
saldos são considerados tão líquidos quanto a
própria moeda manual.

• Os depósitos a vista são caracterizados por


seu auto-poder de expansão. Constituem uma
categoria de ativos monetários que tem o poder
de multiplicar a base monetária. De outra forma,
podemos afirmar que as instituições bancárias
têm o poder de c r i a r uma das formas
convencionais de moeda: a escritural.
• encaixes técnicos dos bancos:

 Não fazem parte dos agregados


monetários convencionais

São necessários para que os bancos


possam atender aos saques de seus
depositantes ou então cobrir perdas nas
câmaras de compensação.

O nível desses encaixes é definido pela


experiência operacional dos próprios
bancos. Geralmente, entre 5 e 10% dos
depósitos a vista.
• recolhimentos compulsórios:
impostos pelo BACEN aos bancos - taxa
aplicada à média diária dos saldos dos
depósitos a vista ...

finalidades:
• Controlar a massa de crédito

• garantir a liquidez do sistema.

• Controlar a oferta de moeda


Sistema bancário e a multiplicação dos meios
de pagamento

• efeito multiplicador:
Do ponto de vista de um banqueiro, os depósitos
geram empréstimos
Do ponto de vista do sistema bancário, os
empréstimos geram depósitos.

• a magnitude do multiplicador bancário é


inversamente proporcional à taxa global de
encaixes, recolhimentos e retenções.
MULTIPLICADOR BANCÁRIO

K=1/R
ONDE K É A MAGNITUDE DO EFEITO
MULTIPLICADOR E R A TAXA GLOBAL DE TODAS
AS FORMAS DE ENCAIXES E RETENÇÕES.

DESTA FORMA, SE A TAXA R FOR DE 10% EM


TODAS AS ETAPAS DO PROCESSO DE
MULTIPLICAÇÃO, O EFEITO MULTIPLICADOR
FINAL SERÁ IGUAL A 10: K = 1 / 0,10 = 10
multiplicação da moeda bancária
Depósitos geram empréstimos, que geram novos depósito: ao término da
propagação do efeito multiplicador da moeda escritural, os meios de
pagamento resultarão valores maiores do que o valor originalmente
injetado e canalizado para o sistema bancário;
Se não houver quaisquer retenções, encaixes e
recolhimentos, o efeito irá propagar-se indefinidamente.

K = magnitude do efeito multiplicador


K=1/R R = taxa global de todas as formas de
encaixe e retenções
TEORIA MONETÁRIA
Efeito novo Compulsório novo
multiplicador depósito ... Empréstimo

Dep inicial 100 10 90


Depósito 1 90 9 81
Deposito 2 81 8,1 72,9
Depósito 3 72,9 7,29 65,61
Depósito 4 65,61 6,56 59,05
................. ........... ................ ...............
Efeito total 1.000 100 900
• RECOLHIMENTOS COMPULSÓRIOS. A TAXA DE RESERVAS
COMPULSÓRIAS É UM INSTRUMENTO DE ALTA EFICÁCIA
PARA CONTROLAR O PROCESSO DE MULTIPLICAÇÃO DA
MOEDA ESCRITURAL E, DESTA FORMA, A EXPANSÃO DOS
MEIOS DE PAGAMENTO.

• OPERAÇÕES DE REDESCONTO. TRATA-SE DE


EMPRÉSTIMOS QUE O BANCO CENTRAL CONCEDE,
REDESCONTANDO TÍTULOS DE CRÉDITO QUE O SETOR
REAL DA ECONOMIA DESCONTOU NO SISTEMA
BANCÁRIO.

• OPERAÇÕES DE MERCADO ABERTO. SÃO OPERAÇÕES


QUE SE REALIZAM NO MERCADO MONETÁRIO, PARA
REGULAR, NO DIA-A-DIA A LIQUIDEZ GERAL DA
ECONOMIA. ATUAM A CURTÍSSIMO PRAZO.

• CONTROLE SELETIVO DO CRÉDITO. TRATA-SE DE


INTERVENÇÕES DIRETAS DO BANCO CENTRAL NO
MERCADO DE CRÉDITO.
( ATUA SOBRE O CONCEITO MAIS ABRANGENTE DE
OFERTA MONETÁRIA, M4)
• A OFERTA MONETÁRIA OU A REGULAÇÃO
DA LIQUIDEZ PODEM ASSUMIR DIREÇÃO
EXPANSIONISTA OU CONTRACIONISTA.

• OS MOVIMENTOS INDUZIDOS DE
EXPANSÃO OU DE CONTRAÇÃO NO SETOR
MONETÁRIO TRANSMITEM-SE PARA O
SETOR REAL DA ECONOMIA ATRAVÉS DA
TAXA DE JUROS

• CONTRAÇÃO DA OFERTA MONETÁRIA,


SOBE A TAXA DE JUROS

• EXPANSÃO DA OFERTA DE MOEDA,


CAI A TAXA DE JUROS
OS INSTRUMENTOS DE CONTROLE DA OFERTA MONETÁRIA: IMPACTOS SOBRE
OS NÍVEIS DE LIQUIDEZ E OS JUROS REAIS.

INSTRUMENTOS OFERTA TAXA REAL


MONETÁRIA DE JUROS
(NÍVEIS REAIS DE
LIQUIDEZ)
RECOLHIMENTOS COMPULSÓRIOS
EXPANSÃO DA TAXA EXIGIDA SOBRE OS
DEPÓSITOS A VISTA  
REDUÇÃO DA TAXA EXIGIDA SOBRE OS  
DEPÓSITOS A VISTA
OPERAÇÕES DE REDESCONTO
EXPANSÃO DOS JUROS EXIGIDOS, REDUÇÃO
DE PRAZOS DE RESGATE E DE LIMITES  
OPERACIONAIS
REDUÇÃO DOS JUROS EXIGIDOS, EXPANSÃO  
DOS PRAZOS DE RESGATE E DOS LIMITES
OPERACIONAIS
OPERAÇÕES DE MERCADO ABERTO
VENDA DE TÍTULOS  
COMPRA DE TÍTULOS  
CONTROLE SELETIVO DE CRÉDITO
RESTRIÇÕES EM VOLUMES, ENCURTAMENTO  
DE PRAZOS E BLOQUEIOS DE OPERAÇÕES
REMOÇÃO DE RESTRIÇÕES  
• A TAXA REAL DE JUROS, É FORTEMENTE
INFLUENCIADA PELA OFERTA MONETÁRIA:
QUANDO RESTRITIVA, EXPANDE-SE;
QUANDO EXPANSIONISTA, CONTRAI-SE.

• SÃO EXPRESSÕES EQUIVALENTES:


RETENÇÃO DE SALDOS MONETÁRIOS,
PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ E
PROCURA POR MOEDA.
TEORIA MONETÁRIA

• Teoria Quantitativa da Moeda

MV = PY
Onde:
M = Quantidade de moeda na economia
V = velocidade de circulação da moeda
P = nível geral de preços
Y = renda nacional real (PIB real) – (pode
também ser considerado o quantitativo
produzido na economia)
15.3 O sistema bancário e a multiplicação
dos meios de pagamento

O sistema bancário → instituições de intermediação financeira que


captam depósitos a vista;

No Brasil (1994) → os depósitos a vista superaram em valor, todos os


demais saldos de ativos monetários, até mesmo papel-moeda
emitido;

Recolhimentos compulsórios → (exigidos pelos BC, através de uma


taxa aplicada à média diária dos saldos dos depósitos a vista)
controla a massa de crédito;
mantem em poder do BC reservas de caixa, garantindo a liquidez
na sua função; e
controla a expansão / redução dos meios de pagamento.
 A variação dos meios de pagamento, M1, e os níveis
primários de liquidez da economia dependem:
 Das decisões das autoridades monetárias, executadas pelo Banco
Central, quanto à emissão de papel-moeda;
 Do comportamento dos bancos, quanto às taxas de encaixes técnicos
voluntários;
 Das exigências do BC, quanto a taxa de recolhimentos compulsórios
sobre os depósitos a vista.
 As decisões das autoridades monetárias quanto ao suprimento de
moeda, ao controle das operações de crédito e aos decorrentes níveis
de liquidez, dependem da política econômica e social, crescimento do
produto, expansão do emprego, estabilização dos preços ou equilíbrio
de transações externas.
15.5 A interação da oferta e da procura por
moeda

Os motivos da procura por moeda:


1) Transação: parcela da renda corrente bob forma líquida que é
retirada para transações monetárias (↑ renda, ↓ retenção para
fins transacionais);
2) Precaução: para atender incertezas do futuro, expectativas de
dispêndios futuros, previsíveis ou não;
3) Especulação: expectativa de ganhos especulativos com
compra de ativos reais e financeiros (oportunidades de negócio).

A retenção dos ativos monetários implica custos de


oportunidade.
Determinantes da velocidade de circulação da moeda:
 Quanto mais altos os custos de oportunidade de retenção de saldos
monetários, menor será a preferência pela liquidez revelada pelos agentes
econômicos;
 Relaciona a renda dos agentes econômicos ou produto agregado da
economia a uma medida, que é fortemente influenciada pelos custos de
oportunidade de retenção de saldos monetários;
 Em casos extremos, a preferência pela liquidez pode transformar-se em
aversão a liquidez;
 Condições boas (preços baixos, juros, inflação) levam os agentes a se
desfazerem de seus ativos monetários o mais rápido possível.
• POLÍTICA MONETÁRIA.

O CONTROLE DA OFERTA DE MOEDA DEFINE A


LIQUIDEZ DA ECONOMIA COMO UM TODO,
ATUANDO SOBRE A TAXA DE JUROS.

A CONTRAÇÃO DA MOEDA PODE PROVOCAR A


ELEVAÇÃO REAL DA TAXA DE JUROS,
CONTRAINDO OS DISPÊNDIOS DE CONSUMO
E DE INVESTIMENTO DOS AGENTES
PRIVADOS E REFLETINDO-SE NOS NÍVEIS
GERAIS DE PREÇOS
TEORIA MONETÁRIA

M1 = PMPP + (DVBC + DVCE + DVBM)


M2 = M1 + (TDPF + TDPEM)
M3 = M2 + DCP
M4 = M3 + TSF
TEORIA MONETÁRIA

• Intermediários financeiros
(Existência de deficitários e superavitários)
Podem ser divididos em:

Intermediários bancários (criam moeda) --Comerciais,


múltiplos e as caixas econômicas

 intermediários não bancários (não captam recursos


por depósitos a vista) - Bancos de investimento,
sociedades de crédito Financiamento e Investimento,
Créditos Imobiliários, Arrendamento Mercantil,
Corretoras e Distribuidoras
TEORIA MONETÁRIA

• Banco Central
 Principais Funções:
> Banco dos bancos – Compensação, socorro
> Banco do governo – Depositário do governo
> Executor da política monetária – controle de
oferta de moeda
.
Criação de moeda: aumento do volume de M1 –
meios de pagamento (moeda escritural e manual)

Destruição de moeda: redução do volume ...

a) Efetuação de Depósito á vista: neutro: não criação nem


destruição
b) Efetuação de depósito à prazo: destruição de moeda
(não é M1)
c) Banco compra títulos da Div. Púb. Do público pagando
moeda corrente: há criação de moeda
UNIDADE SALDOS EM BILHÕES % SOBRE O TOTAL
PAÍSES MONETÁRIA Ativos ATIVOS ATIVOS ATIVOS
SELECIONADOS QUASE- QUASE-
MONETÁRIOS Monetários Monetários Monetários

ISRAEL SHEKEL NOVO 22.835 342.527 6,3 93,7


REINO UNIDO LIBRA 243 3.340 6,6 93,4
TAILÂNDIA BAHT 448 4.305 9,4 90,6
TURQUIA LIBRA 2.345 21.946 9,7 90,3
CORÉIA SUL WON 33.137 243.762 11,9 88,1
ARGENTINA PESO 19 66 22,3 77,7
EUA DÓLAR 1.302 4.055 24,3 75,7
SUIÇA FRANCO 162 439 26,9 73,1
MÉXICO PESO 302 806 27,3 72,7
FRANÇA EURO 276 654 29,7 70,3
ÍNDIA RÚPIA 2.950 6.156 32,4 67,6
JAPÃO IENE 215 384 35,9 64,1
SUDÃO LIBRA 1.470 851 63,3 36,7
MOÇAMBIQUE METICAL 8.134 2.120 79,3 20,7
FONTE: IFM, INTERNATIONAL MONETARY FUND. INTERNATIONAL FINANCIAL STATISTICS. VOL
LII, NO 90. WASHINGTON: IFM, SEPTEMBER 1999.
Instituições de intermediação Final de 1994 Junho de
1999
Bancos múltiplos 204 173
Bancos comerciais 32 26

Caixas econômicas 2 2
Sociedades de crédito imobiliário 8 20
Associações de poupança e empréstimo 2 -
Bancos de desenvolvimento 8 5
Bancos e sociedades de investimento 21 21
Bolsas de valores 9 9

Sociedades distribuidoras 361 198


Sociedades corretoras 286 233
Outras instituições
•Sociedades de arrendamento mercantil 66 84
•Administradoras de consórcios 523 392
16:

Variação do valor da moeda:


causas e conseqüências
Metas macroeconômicas
1. Alto nível de emprego (estabilização do nível
de atividade e do emprego).

2. Controle da demanda agregada = C+I+G+(X-M)


visando a estabilidade de preços (inflação)

3.Distribuição de renda socialmente justa


(teoria do bolo)

4.Crescimento econômico (atividade


produtiva)
Controle da demanda interna
O controle da relação entre oferta agregada
e demanda agregada, serve para dar
equilíbrio para economia de forma a não
faltar produto na economia.

Inflação: É um desequilíbrio entre oferta e


demanda, provocando um aumento
generalizado e persistente dos preços, a
inflação.
Os componentes do PIB

Consumo: É o principal componente


do PIB; tem efeito multiplicador
preponderante sobre a economia, gera
mais emprego, mais renda e mais
investimento.
DG = C + I + G +(X-M)
Importante componente para o crescimento do PIB,
O Investimento depende dos níveis de poupança,
portanto do nível de renda da população.
(pode ter também fontes externas)
Equação do Investimento
Y=C+S
Onde:
Y = Renda
C = Consumo
S = Poupança
I = Investimento
Sendo que: S=I
Investimento e crescimento
A poupança se transforma em
investimentos.
Quanto maior for a renda, maior a
poupança.
Maiores investimentos levam a maior
crescimento da economia.
Y=C+S

S=I
Governo

O governo tem objetivos como...


-Corrigir as externalidades que possam
haver no mercado.
-Incentivar o crescimento.
-Promover a seguridade
social de uma nação.

DG = C + I +G+(X-M)
Balança comercial

Balança comercial inclui:


as exportações de mercadorias
(Vendas) ao resto do mundo (X).
menos
as aquisições de mercadorias
(compra) do resto do mundo (M).
(X – M)
Exemplos de políticas públicas

• A maximização dos fatores de produção ( Pleno


emprego )
• O equilíbrio entre arrecadação e transferências
(quanto mais pobre a nação maiores as
transferências)
• O câmbio deve proporcionar superávit comercial (e
não afetar a importação de bens de capital
necessários).
Liquidez
É a capacidade de um ativo financeiro transformar-
se imediatamente em um produto da Economia, ou
seja, poder imediato de compra.

Lastro
Trata-se do produto da economia no qual a moeda
possa ser transformada ou trocada. Uma economia
sem lastro, pode acarretar sérios problemas - entre os
principais, inflação.
Função do governo

• O controle da quantidade de meios de pagamentos


(moeda e crédito) dentro da economia pode evitar a falta
de liquidez da economia ou de lastro (que poderia gerar
inflação).
 Inflação : Aumento generalizado e persistente de
preços de uma economia, ou seja, é a perda do
poder de compra da moeda.
 Pode ser provocada:
 pela forma como as empresas estão organizadas,
 pela estrutura de oferta de mão de obra - sindicatos,
 Pela não abertura comercial etc...
Controle de Meios de
Pagamentos
,
Taxa de juro real; é a diferença entre a taxa de juro nominal
e a inflação de uma economia.

Por exemplo, se a taxa SELIC é 11%aa e a inflação esperada 5%aa,


a taxa de juro real seria 6%aa...?!
Esta taxa é de muita importância como determinante dos níveis de
investimento na Economia...
O Banco Central e a Condução da
Política Monetária

Política Monetária - Oferta de Moeda


• BACEN: atua sobre os Meios de Pagamento e os Títulos públicos
...administrando a taxas de juros, assim modificando o custo e o nível de
oferta da moeda e do crédito.

Emissões de moeda

Instrumentos Depósitos Compulsórios

de controle Operação de Mercado Aberto


monetário
Política de Redesconto

Regulamentação e Controle de Crédito


Formas de condução de Política Monetária

• Política Monetária Expansionista é aquela que eleva a liquidez da


economia, injetando maior volume de recursos nos mercados e elevando,
em conseqüência, os Meios de Pagamento.

Dinamiza o consumo e o investimento, com reflexos positivos sobre a


Expansão da atividade econômica.

•Política Monetária Contracionista Restritiva ou Áustera: as


autoridades monetárias promovem reduções dos meios de pagamento,
restringindo a oferta de crédito e elevando seu custo (alta de juros), para
adequar o consumo e o investimento agregados à oferta monetária.
Principal Conseqüência: contração da demanda agregada (através do
consumo, investimento e o nível da atividade econômica)..
Depósito Compulsório

• Percentual incidente sobre depósitos a vista e


sobre os diferentes tipos de depósitos a prazo
que deve ser colocado a disposição do Banco
Central.
• A alteração das taxas de recolhimento compulsório determina a
expansão ou a retração da atividade econômica.

O aumento do depósito compulsório caracteriza


um instrumento de política monetária
contracionista e uma queda caracteriza um
instrumento de política monetária
expansionista.
Correio do Povo 29 9 2009
.

.
Operações de Mercado Aberto(Open Market)

• Fundamentam-se na compra e venda de títulos da


dívida pública no mercado - processadas pelo
BACEN na qualidade de agente monetário do
governo
• instrumento ágil de política monetária, melhora o fluxo monetário da
economia e influencia os níveis das taxas de juros de curto prazo
(SELIC).

1) Operações de Resgate de Títulos Públicos: aumenta


os meios de pagamento, injetando dinheiro, e como
conseqüência diminui os juros.
2) Operações de Emissão de Títulos Públicos: reduz os
meios de pagamento, retirando dinheiro em circulação,
aumentando a taxa de juros.
Operações de Mercado Aberto X
Dívida Pública

Dívida Pública
Financiamento das
Necessidades do Governo

Aumento Colocação
Emissões Empréstimos
de Internacionais de Títulos
Monetárias
Impostos no Mercado

Desvia
recursos do
Acompanha setor privado
FREIO AO Efeito Dívida e desestimula
CONSUMO Aumento de
Inflacionário Externa Juros a atividade
produtiva
Oferta Primária de Moeda:

BANCO CENTRAL : recolhimento


compulsório, redesconto,mercado
aberto, controle de crédito

Liquidez Variação da Taxa de Juros

Setor Real Dispêndio

Variação de Preços
A Variação do Valor da Moeda
16.2 A variação do valor da moeda:
conceitos

Inflação: alta geral dos preços dos bens


e serviços - desvalorização da moeda;
Desinflação → é a volta à linha de
estabilidade dos preços;
Deflação → é a queda generalizada dos
preços;
Reflação → é a volta à estabilidade após
períodos deflacionários.
Tipos de Inflação
Inflação de custos; O aumento no preço do produto final,
acontece em função do aumento nos custos de produção, que é
repassado ao produto final.

Inflação de demanda; Condição da economia de um país


em que a oferta de produtos ou serviços não é suficiente para
atender a demanda, por exemplo uma alteração nos níveis de
renda, que não é acompanhado pelo aumento na oferta
agregada.

Inflação inercial:Se reproduz automaticamente período após


período...

( ... +outros)
Inflação:

• DE PROCURA: resulta da alta capacidade


de dispêndio em relação à oferta agregada

QUANTO MAIS A ECONOMIA SE


APROXIMA DO PLENO EMPREGO,
MAIS SE ACELERA.
Inflação:

• DE CUSTOS: resulta
de variações
nas remunerações dos fatores de
produção:
QUANDO UM EXPANDE SEM
COMPRIMIR OS DEMAIS, TRANSMITE
PARA OS PREÇOS, ORIGINANDO
ESPIRAL DE ALTA
Inflação:

• ESTRUTURAL: atribuída aos


desequilíbrios crônicos;

• INERCIAL: resulta de um conjunto de


fatores de auto programação resultante de
expectativas e comportamentos e da
prática generalizada da indexação.
16 A VARIAÇÃO DO VALOR DA MOEDA:
CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS

A inflação e a deflação...
Retardam a produção da riqueza e afetam sua
distribuição entre as classes sociais.
16.1 A interação dos setores monetário e
real
A teoria quantitativa da moeda
 O valor da moeda e os preços dependem do quantum da oferta
monetária;
 Quando há, em relação aos ativos reais e à produção de bens e
serviços, uma abundância de meios de pagamento → os preços
sobem e a moeda desvaloriza;
 No século XVI → o mercantilista J. Bodin correlacionou a
abundância de ouro e prata à alta dos preços;
 No século XVII → J. Locke mostrou que a velocidade de circulação
da moeda também influencia nos preços
 No século XVIII → D. Hume levantou dados sobre a oferta de bens
monetários na Europa, mostrando a correlação entre expansão de
seus estoques e a evolução dos preços
 Mas foi só no século XX, com a equação de trocas de I. Fisher que
a teoria quantitativa da moeda foi formalmente expressa.
Equações de trocas de Fisher

MV=PY
16.3 A inflação: categoria predominante de
variação dos preços e do valor da moeda

Inflação: é a velocidade com que os preços aumentam e com que se


deteriora o valor da moeda;
Só há inflação quando é verificada a elevação do nível geral dos
preços ( redução de magnitude equivalente no mesmo valor da moeda
corrente);

Aspectos básicos do processo inflacionário:


 Caráter monetário → a inflação é um fenômeno de natureza monetária;
 Abrangência → a inflação não se limita a um grupo de bens e serviços,
ocorre uma alta generalizada;
 Dinâmica → a inflação é um processo dinâmico de preços .
 Persistência → a inflação é um processo de alta persistente e
continuada.
A mensuração da inflação é feita através de números-índices

diferentes objetivos e abrangências:


 Índices de preços ao consumidor (IPC): indicam as variações
médias dos preços de uma cesta de bens de consumo, ponderadas
por suas participações no dispêndio das unidades familiares;
 Índices de preços por atacado (IPA): indicam as variações de
preços praticados nas transações intermediárias nas cadeias de
produção;
 Deflator implícito do PIB: indica a variação de preços de todos os
subgrupos de atividades.
 ...
OA = oferta agregada PA = procura agregada

Inflação da procura Inflação de custos


OA Nível OA
Nível
de
de P2
PA2 preço
preço
P1 P1
PA1 OA1
P0 P0 PA
PA0 OA0
0 Q0 Q1 Q2 Produto 0 Q0 Q1 Produto
agregado agregado

Os preços em alta estimulam a Oferta agregada desloca-se


produção até o pleno emprego. reproduzindo aumento nos
Daí em diante ocorrem apenas custos de processamento
mudanças nominais.
Causas da
Inflação de DEMANDA
“Dinheiro demais procura os poucos bens existentes”.
Ocorre principalmente quando a economia está próxima do pleno
emprego.

Bastante abaixo do pleno emprego, prepondera aumento na


produção de bens e serviços, pela maior utilização de recursos
antes desempregados; Não necessariamente ocorrerá aumento
generalizado de preços.

99
Causas

Inflação de DEMANDA

A curto prazo, a demanda


Nível Geral
agregada é mais sensível a
de Preços alterações de política eco-
OA
DA1 nômica que a oferta agregada
(longo prazo). Assim, a polí-
DA0 tica preconizada para comba-
P1 ter a inflação seria a que provocasse
redução da procura por
bens e serviços.
P0

Y
Y0 Y1
100
Inflação de CUSTOS

Inflação de OFERTA. O nível de


demanda permanece o mesmo,
mas os custos de certos insumos
Nível Geral aumentam e são repassados aos
OA1
de Preços preços dos produtos.
OA0 Está associada, também, ao
DA
P1 monopólio e oligopólio... que
conseguem elevar seus lucros
P0
acima da elevação dos custos de
produção.

Y
Y1 Y0
101
Inflação de CUSTOS
Nível Geral Pode ser causada por
de Preços OA1
aumentos autônomos nos
OA0 preços básicos, os chama-
DA
dos choques de matérias-
P1
primas (crise do petróleo,
P0
choques agrícolas).
Políticas adotáveis:
Controle direto de preços
(via política salarial rígida,
fiscalização sobre os
Y lucros dos oligopólios,
Y1 Y0 controle de preços dos 102
Produtos).
Conseqüências da inflação:
Inflação estrutural
Destruição da moeda;
...explicações para
inflações altas e Destruição da estrutura e da logicidade do
crônicas. sistema de trocas – colapso transacional;
Desarticulação de suprimentos nas
Inflação inercial cadeias de produção;
-auto-propagação da Regressão das atividades produtivas à
inflação e linha de subsistência;
indexação.
Queda vertiginosa do nível do emprego
nas etapas finais do processo;
Possível ruptura do tecido social;
Possível ruptura político-institucional.
CONSEQUÊNCIAS DA INFLAÇÃO
Setor Real Setor Financeiro

 Desmonetização;  Movimento redistributivo real da


 Giro oneroso; renda e da riqueza não financeira;

 Altas expressões das  Maior concentração do patrimônio


aplicações financeiras quase- empresarial;
líquidas;  Desestimulação das atividades
 Encurtamento dos prazos das produtivas;
operações passivas e ativas  Queda nos níveis de formação
das instituições bancárias e bruta de capital fixo;
não-bancárias;  Introdução de impostos
 Fugas para mercados inflacionários;
financeiros externos;  Distruição do papel orientador do
hipertrofia da atividade mercado.
financeira.
Distorções

Distribuição de Renda
Os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda

Os empresários que conseguem repassar os aumentos de


custos provocados pela inflação, garantem os lucros.
O governo ganha via correção de impostos e tarifas públicas.
Distorções

Balanço de Pagamentos
Desvalorização
Cambial

Inflação > Nível de Preço Internacional Aumenta a Exp.

Importações neces-
Encarecem o produto nacional
sárias (Petróleo,etc.)
tornam-se mais cara
Estimula a Importação(desestimula Exp.)
Aumentam-se os
Diminui o Saldo da Balança Comercial custos de produção

Se o país estiver com Déficit Cambial Elevação de preços


106
Distorções
Expectativas

Expectativas sobre o futuro em ambiente inflacionário

Produção Futura e
Setor Sensível a Nível de emprego
Empresarial Investimentos comprometidos

107
Distorções
Mercado de Capitais

Processo Inflacionário Valor da moeda deteriora-se

Estímulo na aplicação de bens de raiz (Terra, imóveis)


E desestímulo na aplicação no mercado de capitais.
(No Brasil, a correção monetária minimizou esse desestímulo
pois, os papéis públicos e caderneta de poupança, passaram
a ser reajustados por um índice próximo ao crescimento da
inflação).
108
No Longo Prazo

Alguns setores ganham no Curto Prazo.

No Longo Prazo, é discutível esse ganho


pois, desarticula-se o sistema econômico.

Onera-se os trabalhadores, ao corroer seus


salários. Assim, as empresas irão vender menos
e o governo arrecadará menos. 109
Outras Causas da Inflação

Inércia Inflacionária – Provoca a perpetuação


das taxas de inflação anteriores, que são
sempre repassados aos preços correntes.

Inflação de Expectativas – Estaria associada aos


aumentos de preços provocados pelas expectativas
dos agentes de que a inflação futura tende a crescer,
e eles procuram resguardar suas margens de lucro.
110
Imposto Inflacionário

Receita para o Governo, devido ao monopólio que


possui sobre as emissões de moeda (paga seus com-
promissos com a emissão de moeda - a custo zero).

Recai com maior intensidade sobre as classes sociais


mais baixas (imposto regressivo). Por não terem apli-
cações financeiras, não conseguem se defender sobre
a taxação implícita.

Sem Inflação (sem Elevação do consumo das


I. Inflacionário) classes sociais mais baixas.
111
16.4 A inflação no Brasil: programas de
estabilização
Programas de estabilização:
1946-58: inflação de crédito e estrutural;
1959-63: inflação fiscal;
1964-67: aplicação de controles ortodoxos;
1968-79: inflação reprimida;
1980-85: instalação de movimentos inerciais;
1986-94: fase dos choques heterodoxos;
1994-...: o real – volta da ortodoxia e a estabilização.
Pensadores e suas Idéias:

Bodin:Alta dos preços


devido à abundância
de ouro e prata, bens
monetários cuja a
oferta se expandiu a
taxas superiores a das D.Hume: “a proporção entre a moeda
produções; em circulação e as mercadorias no
J.Locke:Não dependia mercado é que determina os preços.”
somente de sua farta ou
escassa disponibilidade, Equação de Trocas:
mas também de sua V=PY/M
velocidade de circulação;
PY=PIB
consequências da inflação

Sobre o setor Sobre o setor real: Sobre as condições e


financeiro: atitudes sociais:
•Maior concentração do
•Baixa retenção patrimônio empresarial •Exacerbam-se os
monetária indicadores de pobreza
•Desestimulação das
•Aumento da veloc. de atividades produtivas •Imediatismo e
circulação da moeda oportunismo
•Introdução do imposto
•Busca por ganhos inflacionário •Corrosão das bases
especulativos morais de convivência
•Compromete capacidade
social.Sancionam-se
•Encurtamento dos de planejar dos agentes
práticas condenáveis
prazos econômicos
.

• .
CP
29ABR2010
CP
20 3 2010
CP
18 3 2010

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