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INSTITUTO POLITECNICO KATANGOJI

CURSO: PESQUISA E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

DESCIPLINA: PETROFISICA
TURMA: EPM 4.1
SALA: 26
TURNO: MANHÃ

NOME:KENNEDY LUÍS MORANGO MAGALHÃES


INSTITUTO POLITECNICO KATANGOJI

CAPITULO 1: RESERVATORIO

Conteúdos:

• Engenharia de reservatórios
• Permeabilidade Absoluta, efetiva e relativa.
• Saturação de fluidos
• Compressibilidade
• Mobilidade
• Regime de Fluxo
• Classificação de reservatório
• Fluidos Produzidos

Nota: Resumo do cap 7 do livro Fundamentos de Engenharia de petróleo


Pag (169-183)

Email:dfula123@gmail.com
ENGENHARIA DE RESERVATORIO

OBJETIVOS DA ENGENHARIA DE RESERVATÓRIOS

• Conhecer o fluido contido na rocha-reservatório

• Conhecer as propriedades da rocha-reservatório (porosidade,


permeabilidade, capilaridade, saturação...)

• Desenvolver modelo teórico do reservatório que traduz comportamento


passado e previsão futura deste reservatório

• Conhecer os mecanismo de produção do reservatório

• Prever a vazão de produção e o volume da reserva de hidrocarbonetos

• Propor métodos de recuperação convencional ou especial.


PERMEABILIDADE

Permeabilidade Absoluta(K)
É a medida da capacidade de migração do fluído através de uma rocha sem
alterar a sua estrutura interna. No entanto todas as rochas permeáveis podem
ser porosas, mas nem todas as rochas porosas são permeáveis.

Ex: o calcário deixa de ser impermeável a água a medida que são maiores e
mais numeroso os seus poros.
K= q*L / A*(h1-h2)

K=µ*V*L/ A*∆P*t, . (D, mD)

Q=V/t

Permeabilidade Absoluta(K): quando


está em presença de um fluído.
PERMEABILIDADE

Permeabilidade Efectiva(Ke): é a condutividade do meio a um(1) fluido em


determinado estado de saturação (não total). A presença de varias fases em um
meio poroso reduz a capacidade de fluxo do fluido de prova, por conseguinte a
permeabilidade efectiva é sempre menor que a absoluta.

Permeabilidade Relativa: É a relação CLASSIFICAÇÃO


que existe entre a permeabilidade
efectiva e a permeabilidade absoluta. Reservatório Pobre (k<1mD)
Reservatório Médio ( 1<k>10mD)
Reservatório Moderado
(10<k>50mD)
Reservatório Bom (50 <k>250mD)
Reservatório muito bom (k > 250mD)
COMPRESSIBILIDADE

Compressibilidade: ao ser retirado uma certa quantidade de fluídos do interior


da rocha, a pressão cai e os poros têm seu volume reduzido.

Assim a compressibilidade efetiva (Cƒ) da formação é:


Cƒ= (ΔVp / Vp )/ ΔP
onde:
Cƒ = compressibilidade efetiva da rocha;

ΔVp= variação do volume poroso;

Vp= volume poroso inicial;

ΔVp / Vp = variação fracional do volume;

ΔP = variação da pressão.
SATURAÇÃO DOS FLUIDOS

Saturação: como os poros da rocha


contém água, para estimar a quantidade
dos fluídos temos que conhecer o
percentual de cada fluido nos poros,
isso se denomina saturação.
Saturação de óleo: So =Vo/Vp
Saturação de gás: Sg =Vg/Vp
Saturação de água: SW=VW/Vp
Lembrar: Vp = volume poroso
inicial.

A saturação de água que não


consegue ser produzida de
um reservatório é a “água
conata”.
SATURAÇÃO DOS FLUIDOS

A saturação de um reservatório é
uma das funções importantes no
estudo dos reservatórios, isto porque
condiciona:

a) a quantificação dos hidrocarbonetos

b) Os mecanismos dos fluídos

c) a performance da produção prevista em


um reservatório.

Isto porque as quantidades dos diferentes


fluídos definem o valor económico de um
reservatório
MOBILIDADE

Mobilidade λ : A mobilidade do óleo (f. deslocado) e da água (f. deslocante) é


dada por são:

λo= ko/µo

λw= kw/ µw.

Assim, a mobilidade depende também da saturação dos fluídos na rocha. Se a


água tiver maior mobilidade que o óleo, essa tende quando injetada a passar
na frente do óleo (finger).
REGIMES DE FLUXO

Regimes de fluxo: O movimento dos fluidos em meios porosos é regido por


equações baseadas na lei empírica de Henry Darcy, que tomam diferentes
formas segundo o fluido (óleo, gás), os tipos de fluxo (linear, radial) e os
regimes de fluxo (permanente, pseudopermanente e transiente). Para as
equações são adotadas as premissas simplificadoras:

• Reservatório de espessura constate; Regimes de fluxo (3)

• Homogêneo nas propriedades da rocha; 1. Fluxo em estado permanente


(Steady-state flow);
• Isótropo em relação a permeabilidade
2. Fluxo em estado
• Saturado de um único fluído; pseudopermanente
(Pseudosteady-state flow);
• Poço é completado em todo intervalo
produtor. 3. Fluxo em estado transiente
(Unsteady-state flow).
REGIMES DE FLUXO

Regimes de fluxo permanente:


Admite-se que que a célula “radial” tem
realimentação e a pressão no limite do
reservatório e (Pe) permanece
constante. Isso ocorre nos mecanismos
de produção de “influxo de água” e
“injeção de água”. O modelo é dado
pela equação.

(“Pe” pode ser substituído pressão


média =P̅). Distribuição Radial de pressão em regime permanente
REGIMES DE FLUXO

Fluxo em estado pseudopermante:


Admite-se que o reservatório já
produziu por um período para atingir o
limite externo, ou seja, saiu do fluxo
transiente, mas a célula “radial” não
tem realimentação. A solução para o
modelo é dado pela equação a seguir:

Fluxo em estado transiente: Quando é


colocado um poço em produção, demora-se para
entrar nas condições de fluxo estabilizado, ou seja,
enquanto o distúrbio (Pe – Pw) não atingir o limite
do reservatório estamos num fluxo denominado de
regime de fluxo transiente. Distribuição Radial de pressão em regime pseudopermanente
CLASSIFICAÇÃO DOS RESERVATÓRIOS

A classificação de um reservatório de petróleo é feita de acordo com o


comportamento da mistura de hidrocarboneto nele contida, essa mistura
depende das condições de pressão e temperatura a que estiver submetida.
Para compreender a classificação dos reservatórios são necessários os
conceitos sobre: ponto de bolha, ponto de orvalho e pressão de saturação.

Para um óleo com pressão P1 e temperatura


T1 esta 100 % no estado líquido. Mantida a
pressão constante e aumentando-se a
temperatura até o ponto 3, temos o ponto de
bolha. Qualquer aumento de temperatura os
compostos mais leves tendem ficam na
eminência de passar para a fase gasosa.
Aumentando a temperatura para o ponto 2,
75% permanece no estado líquido e 25% no
estado gasoso ( temos duas fases).
CLASSIFICAÇÃO DOS RESERVATÓRIOS

Nas partes internas das curvas


teremos sempre 2 fases. Aumentando
a temperatura, até o ponto crítico,
ainda teremos duas fases. Ao
ultrapassar o ponto crítico temos só
gás. No ponto 4 só há a fase gasosa.
Se resfriarmos a partir do ponto 4 até
o ponto crítico, chega-se ao PONTO DE
ORVALHO, quando as frações mais
pesadas ficam na eminência de se
liquefazer. Continuando a reduzir a
temperatura, teremos duas fases.
Pressões maiores que a
cricondenbárica e temperaturas acima
da cricondenterma o hidrocarboneto
estará num único estado.
CLASSIFICAÇÃO DOS RESERVATÓRIOS

São classificados em 3 tipos em função das diferentes composições de


misturas:

1. Reservatório de óleo;

2. Reservatório de gás;

3. Reservatórios que possuem as duas fases em equilíbrio.


CLASSIFICAÇÃO DOS RESERVATÓRIOS

Reservatório de óleo: de acordo com a posição que ocupa no diagrama de


fases pode ser de óleo saturado ou subsaturado. Saturado é quando começa o
gás se separar do óleo (ponto 1). No ponto “R” diz-se subsaturado.

Na figura o fluído no reservatório se


encontra no ponto “R” do diagrama de fases.
Tendo uma única fase. No trajeto para a
superfície, ponto “S” temos a redução de
temperatura e da pressão. Então, na
superfície temos duas fases, cerca de 60 %
de óleo e 40 % de gás. No reservatório, com
a produção contínua, a pressão decresce mas
a temperatura permanece constante.
CLASSIFICAÇÃO DOS RESERVATÓRIOS

Reservatório de gás: É quando se encontra no estado gasoso nas condições


do reservatório. No diagrama de fases esta a direita do ponto de orvalho.

O gás pode ser: úmido, seco ou retrógado. Se o gás na superfície ao ser


separado dos pesados gerar certa quantidade de líquidos é chamado de gás
úmido. Se não gerar líquido é gás seco.

O gás é retrógado quando pela queda da pressão uma parte do gás se


transforma em condensado no reservatório. Continuando a queda de pressão
essa parte volta para o estado gasoso.
FLUIDOS PRODUZIDOS

Fluidos produzidos e relações:


Um comportamento esperado para um reservatório de óleo é que ele produza óleo,
̊̊
gás associado e água. As vazões dos fluídos são sempre medidas na superfície a 20 C
e 1 atm. As caraterísticas dos fluídos são:
• Produção de óleo

• Produção de gás

• Produção de água

• RGO, RAO e BSW

• Fator volume de formação de gás

• Fator volume da formação de óleo


FLUIDOS PRODUZIDOS

Produção de óleo: é a parte medida na fase líquida na superfície. Se uma


parcela de um hidrocarboneto gasoso nas condições de superfície é líquida,
chama-se de LGN (Líquido de Gás Natural).

Produção de gás: é a parte medida na fase gasosa na superfície. Composta


pelo gás que se encontrava livre no reservatório, mais o gás que sai de solução
do óleo e mais o gás que estava dissolvido na água.

Produção de água: se a saturação de água for inferior a saturação crítica não


haverá produção de água.
FLUIDOS PRODUZIDOS

RGO, RAO e BSW;

A razão gás-óleo (RGO): é a relação entre a vazão de gás e a vazão de óleo,


medidas nas condições de superfície.

A razão água-óleo (RAO): é a relação entre a vazão de água e a vazão de


óleo, medidas nas condições de superfície.

O BSW (basic sediments and water) é o quociente entre a vazão de água


mais os sedimentos que estão sendo produzidos e a vazão total de líquidos e
sedimentos.

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