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TÉCNICAS DE

SOCORRISMO
TÉCNICAS DE SOCORRISMO – PRINCÍPIOS BÁSICOS

RAQUEL GIL

raquelgilmurca@gmail.com

NOVAQUI, S.A.
Objetivos pedagógicos

No final desta ação, os formandos/as serão capazes de:

 Definir Primeiros Socorros;

 Compreender os princípios básicos do socorrismo;

 Socorrer adequadamente uma vítima de acidente ou


doença súbita.

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Conteúdos a abordar

 Primeiros Socorros Princípios Básicos

 SIEM

 Higiene e Segurança 

 Abordagem à Vítima

 Lesões da Pele

 Hemorragias
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Conteúdos a abordar

 Queimaduras
 Fraturas
 Entorse
 Intoxicação
 Lipotímia
 Obstrução Via Aérea - OVA
 Suporte Básico de Vida – SBV
 Mala Primeiros Socorros

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Primeiros Socorros

Ações executadas de acordo com uma prioridade e com


 objetivo de: 

 Estabilizar;

 Melhorar o estado da(s) vítima(s) ;

  O mais rapidamente possível;

 Caráter limitado e temporário.

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Primeiros Socorros Princípios
Básicos
 Princípios básicos do socorrismo:
 Prevenir
 Prevenção primária

 Prevenção secundária Alertar:112

 Socorrer

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Plano de Ação e Socorro

 Atuar rápida e eficazmente perante uma situação


de emergência:
 Criar condições de segurança;

 Examinar a vitima e  o local;

 Efetuar os primeiros socorros dando prioridade aos


essenciais;
 Promover ou efetuar a evacuação da vítima

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Emergência

"Todos os problemas, reais ou potenciais, súbitos


ou urgentes, físicos ou psicossociais,  que envolvem sempre
uma avaliação inicial, um diagnóstico, um tratamento e uma
avaliação final." SHEEHY’S (2001)

 Súbito

 Risco de vida

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SIEM – Sistema
Integrado
de Emergência
Médica
 Sistema interdependente existente em
Portugal desde 1981; 
 Conjunto de meios e ações extra-
hospitalares, hospitalares e inter-
hospitalares ;
 Intervenção ativa dos vários componentes
da comunidade; 
 Programados para uma ação rápida, eficaz
e com economia de meios; 
 Situações de doença súbita, acidentes e
catástrofes.

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SIEM - Etapas

 Deteção

 Alerta

 Socorro 

 Evacuação

 Cuidados diferenciados

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SIEM - Objetivos

 Chegar rapidamente ao local onde se encontra a


vitima;
 Estabilizar o estado da vitima no local do acidente;

 Transportar rápida e adequadamente a vitima para o


centro de saúde ou hospital mais próximo;
 Tratar adequadamente a vitima no local e /ou transferir
para outro centro diferenciado.

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SIEM

 Para atingir tais objectivos o sistema dispõe de um conjunto de meios


e ações:
 Telecomunicações;

 Equipas de socorro;

 Material e equipamento adequado;

 Transporte rápido.

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SIEM - Intervenientes

 Hospitais;

 Bombeiros;

 Operadores de Central;

 Agentes da autoridade; 

 Médicos e enfermeiros;

 Tripulantes de ambulância;

 Público

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INEM – Instituto Nacional
de Emergência Médica

 Coordena, desenvolve e assegura o bom funcionamento do


SIEM, garantindo aos sinistrados ou vitimas de doença súbita
a correta prestação de cuidados de saúde.

 O INEM coordena um conjunto de meios e serviços para


responder às situações de emergência médica;

 A participação de qualquer cidadão é fundamental;

 Quando ligar 112 esteja preparado para responder:

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INEM - Questões

O tipo de situação (doença, acidente, parto, etc.);

O número de telefone do qual está a ligar;

A localização exata e, sempre que possível, pontos de referência;

A gravidade aparente da situação;

O número, o sexo e a idade aparente das pessoas a necessitar de socorro;

As queixas principais e as alterações que observa;

A existência de qualquer situação que exija outros meios para o local, por exemplo, libertação de
gases, perigo de incêndio, etc.
Desligue o telefone apenas quando o operador indicar.

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CODU – Centro de
Orientação de Doentes
Urgentes

 Atendimento;

 Triagem;

 Aconselhamento;

 Acionamento de meios;

 Acompanhamento ao local;

 Preparação da receção hospitalar. 

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HIGIENE
E SEGURANÇA NA
ABORDAGEM À
VÍTIMA

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Medidas Básicas
de Higiene
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Objetivo

Identificar os Riscos

Minimizar/Eliminar risco de infeção

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Medidas básicas de higiene

 Higienizar  as mãos antes e depois da abordagem à vítima;

 Usar luvas sempre que entrar em contato com a vítima;

 Manter o equipamento limpo ;

 Nunca reutilizar o material de um uso único;

 Lavar e desinfetar tesouras, pinças e outro material reutilizável.

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Medidas Básicas
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de Segurança
EPI – Equipamento de Proteção
Individual
 USAR SEMPRE EPI (Equipamento de Proteção Individual) 

 “Todo o equipamento, bem como qualquer complemento ou


acessório, destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se proteger dos
riscos, para a sua segurança e para a sua saúde.”

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Higiene 
Conceitos
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Contaminação: presença de microrganismos sem
proliferação

Conceitos
Colonização: presença de microrganismos com
multiplicação mas sem expressão clínica (sem reação
do hospedeiro, sem resposta imune).O individuo
colonizado é um portador assintomático, mas que tem
risco acrescido de infeção pelo agente colonizante
Infeção: presença de microrganismos com proliferação
e invasão de tecido vivo

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Cadeia de transmissão

Agente Porta de
Reservatório
infecioso saída

Via de Porta de Hospedeiro


transmissão entrada suscetível
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Quebrar a cadeia de transmissão
• Identificar, controlar e/ou eliminar reservatórios
1

• Impedir a transmissão entre indivíduos


2

• Bloquear a passagem de colonização a infeção


3

• Proteger e/ou modificar o risco do hospedeiro


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Abordagem da
Vítima
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Exame Geral

 Antes de fazer o que quer que seja, deverá inteirar-


se do que ocorreu e fazer a observação do estado
da vítima. Para tal, deve proceder ao
chamado Exame Geral:

 Exame Primário

 Exame Secundário

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Exame Primário

 Verificar a Consciência (VOS'P);

 Ver movimentos torácicos; 

 Ouvir ruídos respiratórios; 

 Sentir a saída de ar; 

 Pulso (palpar pulso/sinais circulação).

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Exame Primário

 Se tem sinais respiratórios e circulatórios: Posição


Lateral de Segurança (PLS); 

 Se não: Suporte Básico de Vida.

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Exame Secundário
 NA VÍTIMA CONSCIENTE
  Observação  e interrogação detalhada da vítima:

 Informações:

 Sinais - O que se observa na vítima, como: palidez,


hemorragia,…
 Sintomas - O que a vítima diz sentir, como:
dor, náuseas,…

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Exame Secundário
 NA VÍTIMA INCONSCIENTE

 Permeabilização (abertura) da via aérea;


NÃO SE FAZ NA VÍTIMA DE TRAUMA
 Presença objetos estranhos/secreções;

 Só remover se visíveis;

 Se tem sinais circulação: PLS

 NÃO tem sinais circulação: SBV

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Avaliação da Vítima

Se possível:
 Avaliar os sinais vitais:

  TA, FC, FR, Temperatura e Dor;

 Verificar integridade cutânea;

 Proporcionar medidas de conforto;

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Sinais vitais adulto

  Temperatura

                 axilar: 36 – 37.2 ºC                         

                 timpânica: 37-38ºC

 Pulso: 60 a 100 bat/ min. rítmico 

 Frequência respiratória: 15 a 20ciclos / min. profunda e


regular

 Tensão arterial: 120/ 80 mmHg (adulto) ;140/90 (idoso)

 Dor: presente/ausente
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PLS  - Posição Lateral de Segurança - Objetivos
Colocar numa posição de segurança uma pessoa  inconsciente, mas que
respire normalmente e tenha pulso. Objetivos da PLS: 

 Manter a permeabilidade da via aérea; 

 Impedir a queda da língua; 

 Impedir o risco de aspiração do conteúdo gástrico ao respirar;

 Facilitar a saída de fluídos da boca (sangue, vómito). 

A Posição Lateral de Segurança NÃO DEVE SER REALIZADA quando a vítima: 

 Não estiver a respirar ;

 Tiver uma lesão na cabeça, pescoço ou coluna; 

 Tiver um ferimento grave que possa agravar.


Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
PLS  - Posição Lateral de Segurança - Procedimento 
Retirar óculos ou adornos;

• Desapertar o colarinho e/ou roupa no pescoço; 

• Colocar o braço proximal da pessoa para cima, alinhado com a cabeça


num ângulo de 90º e com a palma da mão virada para cima; 

• Colocar a mão oposta junto da sua face e ficar a segurar;

 • Fletir a perna do lado oposto e segurar no joelho; 

• Manter a mão da pessoa a segurar na face, segurar na perna e ao mesmo


tempo fazer a rotação da pessoa; 

• Posicionar a pessoa com a cabeça em extensão; 

• Ajustar a perna num ângulo reto; 

• Contatar o 112. Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Lesões da
Pele
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Ferida
 Solução de continuidade provocada na pele;

 Lesão fechada dos tecidos;

 Múltiplas origens;

 Superficial ou profunda/pequena ou grande


extensão.

 Classificação:

 Aberta

 Fechada
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Lesões Fechadas

 Equimose: lesões de vasos de pequeno calibre

 Hematoma: lesões de vasos de grande calibre

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Lesões Abertas

Escoriação
 Lesão superficial.

 Não apresenta gravidade, é normalmente


causada por abrasão. 

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Tratamento

Escoriação
 Lavar as mãos e calçar luvas descartáveis; 

 Lavar bem a ferida com água corrente;

 Desinfetar (opcional) com apenas um desinfetante


pelo risco de interação;

 Cobrir com penso esterilizado.


Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Lesões Abertas

Ferida Incisiva
 Lesão normalmente por objetos afiados.

 Pode ser profunda e atingir vasos de grande


calibre.

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Tratamento 

Ferida Incisiva
 Lavar as mãos e calçar luvas descartáveis; 

 Lavar bem a ferida com água corrente;

 Desinfetar (opcional);

 Unir os bordos da ferida e cobrir com penso esterilizado


compressivo;

 Se profunda ou hemorragia intensa: 112.

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Lesões Abertas

Ferida Contusa
 Provocadas por objetos rombos.

 Hemorragia e edema das zonas circundantes.

 Se profundas podem atingir vasos de grande


calibre.

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Tratamento

Ferida Contusa
 Lavar as mãos e calçar luvas descartáveis; 
 Lavar bem a ferida com água corrente;
  Aplicar solução desinfetante; 
 Elevar a parte do corpo que sangra; 
 Cobrir com um penso esterilizado e compressivo; 
 Proteger com uma ligadura sem apertar demasiado; 
 Se mantiver hemorragia ativa ou em caso de suspeita de outros
traumatismos:
 Ligar 112 ou encaminhar para o hospital;
 Manter a vigilância da vítima.

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Lesões Abertas

Ferida Penetrante
 Perfuração associada a lesão de grandes vasos ou
órgãos internos.

 É uma lesão grave e requer uma atuação rápida e


eficaz. 

NÃO MOBILIZAR NEM RETIRAR O OBJETO PERFURANTE. 

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Tratamento 

Ferida Penetrante
 Lavar as mãos e calçar luvas descartáveis;

  Lavar bem com água corrente; 

 Cobrir com um penso esterilizado e imobilizar o objeto; 

 Ligar 112 mantendo a vigilância da vítima até à sua


chegada.

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Lesões Abertas

Ferida por Amputação


 Lesão em que ocorre a separação parcial ou total
de um membro.

 Este tipo de lesão é grave estando associada a


hemorragias e fraturas.

 Requer uma atuação rápida e eficaz. 

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Tratamento 
Ferida por Amputação
 Calçar luvas descartáveis; 

 Controlar a hemorragia: Se necessário realizar garrote; 

 Cobrir a zona com penso esterilizado ou com pano limpo e sem pelos: NÃO


LAVAR OU DESINFETAR;

 Contactar 112; 

 Guardar o membro amputado num saco limpo e bem fechado, se possível


esterilizado e com gelo. 

 Manter vigilância da vítima.

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Em qualquer
ferida NÃO
deve
 Tocar nas feridas sangrantes sem luvas;

 Utilizar o material  em mais de uma


pessoa; 

 Soprar, tossir ou espirrar na direção da


ferida; 

 Utilizar mercúrio ou água oxigenada


para desinfeção da ferida;

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Em qualquer
ferida NÃO
deve
 Fazer compressão direta se suspeita de
fraturas, presença de corpos estranhos, ou
junto das articulações; 

 Não realizar garrote se for possível controlar


hemorragia por outros meios; 

 Tentar tratar uma ferida mais grave, extensa ou


profunda, que apresente tecidos; esmagados
ou infetados, ou que contenha corpos
estranhos.
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Complicações Associadas às Lesões

 Infeção;

 Hemorragia; 

 Choque; 

 Lesões de nervos e tendões, lesões de órgãos internos;

 Contaminação - doença (tétano).

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Critérios para Cuidados
Diferenciados
 Ferida grandes dimensões; 

 A vitima referir dor;

 Ferida por objeto ou resíduos fixos; 

 Ferida causada por uma mordedura humana ou animal;

 Hemorragia intensa;

 Vacina anti-tetânica não confirmada.


Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Hemorragias
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Hemorragia 
 Perda de sangue resultante de ferimento ou doença
derivada da rutura de vasos sanguíneos;

 Um adulto tem aproximadamente 7 a 8% do seu


peso corporal em sangue (cerca de 5 a 6 litros). 

 Uma hemorragia extensa não controlada conduz a


Estado Choque. (Insuficiência circulatória +
deficiente oxigenação tecidos) 

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Hemorragia  Classificação Origem: Arterial, Venosa e Capilar
Classificação Localização: Interna/Exyerna
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Epistaxis 
Hemorragia Nasal

 Ocorre com alguma frequência, principalmente em crianças. 

 Nestas situações deve: 

 Calçar luvas descartáveis; 

 Manter a vítima sentada, com a cabeça na posição normal; 

 Comprimir com o dedo a narina que sangra, durante


5 minutos ;

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Epistaxis 
Hemorragia Nasal
§ Aplicar gelo externamente e sem contato direto com a pele ;

§ Realizar tamponamento;

§ Se necessário, encaminhar a vítima para o hospital; 

                                               NÃO DEVE: 

 Controlar a hemorragia nasal que resulte de traumatismo;

 Assoar; 

 Lavar o nariz internamente.

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Hemorragia
Sinais e Sintomas 
 Ansiedade, sede, náuseas;

 Taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos); taquipneia


(aumento da frequência respiratória); 

 Hipotensão arterial (tensão arterial baixa);

 Pele fria, pálida e sudorética;

 Agitação, confusão ou inconsciência, zumbido, alteração da visão


e dilatação pupilar;

 Morte (perda de sangue ≥ 50% do volume sanguíneo). 

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Hemorragia - Atuação
Vítima Consciente 

 Ligar 112;

 Tranquilizar a vítima;

 Arejar o local para a vítima poder ventilar de forma mais eficaz;

 Desapertar as roupas no pescoço, tórax e abdómen;

 Auxiliar a instalar-se numa posição confortável;

 Movimentar a vítima o menos possível até chegada de ajuda


diferenciada.

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Hemorragia - Atuação
Vítima Inconsciente 

 Ligar 112;

 Colocar em PLS;

 Manter a temperatura corporal da vítima;

 Aplicar as técnicas adequadas conforme o tipo de


hemorragia.

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Técnicas
Controlo
Hemorragia
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Compressão Manual
Direta

 Compressão direta no local  da lesão;

 Compressa/pano limpo

 Contraindicado: 
 Fraturas

 Objetos estranhos

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Compressão Manual
Indireta

 Compressão à distância do vaso


afetado ou próximo; 
 Perna: compressão virilha;

 Braço: Compressão abaixo


ombro.

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Aplicação de Frio

 Contração dos vasos sanguíneos reduzindo a hemorragia.;

 Gelo não deve entrar contato direto pele;

 Aplicação NÃO superior a 10 minutos; sob o risco de


desenvolver uma queimadura por frio. 

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Elevação do membro

 A elevação do membro sangrante utiliza a força da


gravidade para reduzir a pressão de sangue na zona da
lesão;

 Para a sua realização deve-se garantir que não existem


outras lesões que possam ser agravadas. 

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Garrote
Técnica de controlo hemorragia quando todas as outras
falham.

 Tecido não elástico, largo aplicado por cima da roupa a 15


cm da lesão; 

 Aplicar entre a ferida e o coração;

 Anotar sempre a hora a que o garrote começou a fazer


compressão; 

Após a colocação NUNCA DEVE SER RETIRADO ATÉ À


CHEGADA AO HOSPITAL. (Risco de Vida)
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Queimaduras
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Queimaduras

 Lesão do tecido produzida pelo efeito do calor, frio,


produtos químicos ou eletricidade. 

 Classificação:

 Agente Causal

 Extensão

 Localização

 Profundidade

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Agente Causal

 Térmica (Provocada por calor, líquidos quentes, objetos


aquecidos, vapor); 

 Química (provocada por ácidos e bases);

 Elétrica (provocada por raios e corrente elétrica);

 Radiação (provocada por radiação nuclear ou até mesmo


pelo sol - raios ultra-violeta). 

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Extensão/Localização

 Quanto maior a extensão da queimadura maior o risco de


complicações; 

 Localização: Locais envolvem maior gravidade: face,


genitais, queimaduras circulares (envolvem todo o
perímetro circular de um membro; comprometendo a
circulação sanguínea na sua extremidade). 

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Profundidade

 1º grau (superficial, só é afetada a epiderme); 

 2º grau (parcial, afeta epiderme e derme);

 3º grau (toda espessura da pele é afetada, epiderme,


derme e hipoderme).

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Queimadura 1º Grau

 Menos grave, apenas é atingida a epiderme. A


pele apresenta-se com rubor, calor e dor, muito
sensível ao tato, húmida e inchada. A área
queimada torna-se branca ao tocá-la
ligeiramente. 

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Tratamento

 Interromper agente causal; 

 Arrefecer a zona com água fria;

 NÃO USAR GELO;

 Aplicar creme adequado para queimaduras.

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Queimadura 2º Grau

 Atinge a primeira (epiderme) e segunda (derme)


camadas da pele;

 Formam-se bolhas (flictenas), cuja base pode ser


vermelha ou branca, as quais estão cheias de um
líquido claro e espesso;

 Presença de rubor, calor e dor.

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Tratamento

 Interromper agente causal;

 Se as bolhas não estiverem rebentadas, não as rebentar;

 Se as bolhas rebentarem, não cortar a pele da bolha


esvaziada;

 Sobre a queimadura aplicar compressa esterilizada/pano


limpo húmido ou molhado para não aderir à pele. 

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Queimadura 3º Grau

 Destruição da pele e de outros tecidos subjacentes;

 Coloração esbranquiçada, castanha ou preta (tipo carvão);

 O doente, na maioria dos casos, não refere dor pois houve


a destruição dos terminais nervosos da pele, responsáveis
pela transmissão de informação de dor ao cérebro;

 A dor pode estar presente ao nível dos bordos da lesão.  

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Tratamento

 Interromper agente causal;

 Lavar cuidadosamente com soro fisiológico;

 Não usar água pois aumenta o risco de infeção  e dificulta a cicatrização;

 Envolver a zona com compressas esterilizadas ou pano humedecido com


soro;

  Se extensa: envolver a vítima num lençol lavado e que não largue pelos,
previamente humedecido com soro fisiológico ou, na sua falta, com água
fria. 

 112.
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Queimadura Elétrica

 "Flash” elétrico (faísca); (idênticas térmicas);

 Passagem direta da corrente elétrica através do


corpo; (destruição tecidos internos);

 Porta entrada/saída;

 Gravidade depende do tipo, da quantidade de corrente, da


duração do contacto e do seu trajeto.

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Tratamento

 Não toque na vítima até corte da corrente. Cuidado com


os fios soltos no chão. 

 Se Paragem Cardíaca: SBV; 

 Prevenir a queda do sinistrado se estiver em situação


instável;

 Proteger a queimadura;

 Ligar SEMPRE 112. 

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Queimadura Química

 Provocada por produtos em pó ou outros


corrosivos;

 Ácidos (soda cáustica, produtos de limpeza com


hidróxidos de sódio etc);

 Queimaduras "semelhantes" às de 1º grau.

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Tratamento
 Limpar o pó; 

 Retirar as roupas da vítima;

 Se a queimadura for muito extensa NÃO retirar as roupas;

 Lavar com água corrente por 10 minutos, os olhos 15


minutos do canto interno para o externo. Deixar o globo ocular
humedecido e proteger a vítima da luz o que evita a adesão da
pálpebra ao globo ocular;

 Nas articulações e zonas de contato interpor compressas para


evitar a adesão da pele;

 Ligar 112. 

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Fraturas
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Fraturas

 Alteração da continuidade de um osso

 Classificação:

 Abertas/Expostas

 Fechadas

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Fratura Exposta/
Fratura Fechada

 EXPOSTA: Exposição dos topos ósseos


por rotura da pele. 
 Normalmente associada a hemorragia
abundante e com grande risco de
infeção.
 FECHADA: Pele intacta sem exposição
dos topos ósseos.

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Fraturas
Sintomas
 Dor localizada; 

 Perda da mobilidade; 

 Deformação do membro afetado;

 Alteração da sensibilidade; 

 Edema (inchaço) equimose e/ou hematoma; 

 Alteração da coloração da pele; 

 Crepitação óssea: som dos topos ósseos na zona de


fratura; 

 Exposição óssea, no caso da fratura exposta. 

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Fraturas
Tratamento

 Instalar a vítima confortavelmente;

 Evitar movimentos e colocar o membro fraturado na

posição mais natural possível e que não agrave a dor; 

 Retirar adornos;

 Expor a zona, cortando a roupa, se isso não implicar a

mobilização do membro/zona afetada;

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Fraturas
Tratamento
 Em caso de hemorragia: controlar por compressão

manual indireta;

 Se existirem feridas, limpá-las ou cobrir com

compressas antes de imobilizar; 

 Fratura exposta: tratar como corpo estranho;

 Imobilização;

 112.

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Fraturas
Imobilização

 Só se executa se quem socorre tiver certeza do tipo de

imobilização a efetuar.

 Excluir fraturas vertebro-medulares/cranianas;

 Não mobilizar a vítima;

 Não efetuar/forçar movimentos desnecessários;

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Fraturas
Imobilização
 Não efetuar qualquer pressão sobre o foco de fratura;

 Imobilizar acima e abaixo da fratura (se for articulação


imobilizar as articulações), mantendo o alinhamento
do membro; 
 Utilizar de preferência talas de madeira almofadadas
(ou cobrir a madeira com um cobertor ou casaco); 
 Não dar água nem comida à vítima.

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Fratura
Ombro

 Imobilização com braço ao peito


passando depois uma banda sobre o
tórax para que não haja movimentos de
rotação do membro durante o
transporte.  

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Fratura
Úmero

 A pesquisa de mobilidade é passiva, a


vítima é que mexe ou não. 
 Não deve mobilizar o membro sob risco de
agravar as lesões existentes. 
 A imobilização é idêntica à imobilização do
ombro.

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Fratura Ante Braço

 O antebraço é constituído por dois ossos (o cúbito


e o rádio);
 Em caso de fratura de um desses ossos o outro
funciona como uma tala.

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Fratura Perna  Não permitir que a vítima se sente ou levante;

  Pedir que coloque a perna em extensão (não forçar o


movimento).;
 Na imobilização da perna a tala usada deve ser até à cintura. 
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Fratura Dedos

 Pedir para a vítima realizar a extensão do dedo


afetado;
 Imobilizar em posição de extensão, utilizando
uma tala e adesivo;
 Na ausência de uma tala, pode-se imobilizar o
dedo lesado ao dedo sem lesões, sendo que
este último exerce a função de tala.

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Entorse
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Entorse
 Lesão pelo movimento exagerado de uma articulação
ocorrendo lesão dos ligamentos – estiramento
(distender, rasgar ou rutura).  

Cassificada em 3 graus: 

 grau 1 - simples; 

 grau 2 –moderada ; 

 grau 3-severa.

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Entorse  Grau 1 – Simples
 Dor e edema ligeiros;
 Ligadura compressiva por forma a garantir a
imobilização da articulação; 
 Elevação;
 Aplicação de gelo.
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Entorse  Grau 2 – Moderado
 Dor, edema e incapacidade de utilização do membro;
 Ligadura compressiva por forma a garantir a imobilização da articulação; 
 Elevação;
 Aplicação de gelo.
 112.
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Entorse  Grau 3 – Severa/Rutura ligamentos
 Dor intensa, edema, sensibilidade, descoloração do membro
e incapacidade de utilização do mesmo.
 Elevação;
 Aplicação de gelo.
 112.
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Intoxicação
Envenenamento
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Intoxicação
Envenenamento

 Exposição indevida a uma substância  que  em contato com


o corpo humano pode causar  efeitos sintomáticos que
variam conforme a substância, quantidade absorvida e
tempo de exposição.

 Ocorre por diferentes vias de absorção:

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Vias de Absorção

 Ingestão/digestiva: (comida, álcool, medicamentos);

 Inalação/respiratória: (gases tóxicos, fumos ou vapores,


mistura de reagentes);

 Absorção/cutânea: (contacto com o organismo através da


pele);

 Injeção: (picadas de animais, estupefacientes);

 Mucosa ocular: (quando um produto atinge os olhos). 


Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Sintomas

 Dificuldade em respiratória;

 Cianose;

 Confusão;

 Possível inconsciência com PCR.

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Em caso de Intoxicação

 Rápida e segura abordagem à vítima; 

 Reunir informações sobre o sucedido;

 Se possível remover a vítima para longe da fonte de


intoxicação;

 Contatar CIAV, ou 112.

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Contato CIAV/112
 Quem; sexo, idade e peso aproximado da vítima,
gravidez;

 O quê; nome da substância, animal, planta; 

 Quanto; quantidade ingerida ou tempo de exposição;

 Quando; há quanto tempo; 

  Onde; em casa, na rua;

  Como; jejum, alimentos, bebidas alcoólicas.

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Tratamento

 Seguir as indicações do CIAV;

 As embalagens devem ser guardadas. 

 NÃO DEVE: 

 Provocar o vómito; 

  Dar de beber ou comer. 

 De acordo com a via pela qual ocorre um


envenenamento, existem um conjunto de
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida medidas específicas a seguir: 
Inalação

 Verificar se o local é seguro e arejado;

 Abordar a vítima em segurança retirando-a


do local para uma zona arejada.

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Ingestão

 Muitas intoxicações por via digestiva são de


fácil resolução pela remoção do conteúdo
gástrico através da indução do vómito.

 Só se estimula vómito por indicação CIAV


ou 112;

 Tem contra indicações e está dependente:
 tempo decorrido
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
 produto em causa. 
Ingestão
NÃO se estimula o vómito nas seguintes situações:

 Vítima inconsciente, sonolenta ou que não


consegue engolir;

  Ingestão de corrosivos;

  Ingestão de produtos que provoquem convulsões;

  Ingestão de produtos que façam espuma;

  Ingestão de petróleo ou derivados.

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Absorção Tópica

 Remover as peças do vestuário que


estiverem em contacto com o tóxico; 

 Não aplicar quaisquer produtos sobre a zona


atingida;

 Lavar com água corrente a zona atingida


durante pelo menos 15 minutos;

 112.
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Absorção Ocular

 Lavar o olho atingido, com  água;

 Lavagem efetuada do canto interno do olho


para o canto externo;

 Durante 15 minutos;

 112.

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Lipotímia
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Lipotímia
 Perda momentânea da consciência, sem alteração da
frequência cardíaca ou do padrão respiratório.

 Diversas causas: 

 Calor extremo;

 Fadiga; 

 Hipoglicemia; 

 Hipotensão; 

 Doença.
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Tratamento

 Antes da perda de consciência:  

 Sentar vítima pedindo-lhe que coloque a cabeça entre as


pernas.

 Depois da perda de consciência:  

 Deitar a vítima com as pernas levantadas cerca de 30º,


desapertando-lhe a roupa à volta do pescoço, peito e
cintura;

 Tranquilizar a pessoa quando esta recuperar e erguê-la


gradualmente até a sentar;

 Recupera consciência: bebidas açucaradas;


Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida  Se não recupera: PLS + 112.
Obstrução Via
Aérea - OVA
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Obstrução
Via Aérea
 Presença de um corpo estranho nas vias
respiratórias;

 Situação de emergência; 

 Desobstrução imediata; 

 Causas mais frequentes:  

 Alimentos;

 Aspiração de objetos estranhos; (crianças) 

 Aspiração de conteúdo gástrico. 


Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Sinais OVA

 Tosse;

 Dificuldade respiratória; 

 Respiração ruidosa; 

 Cianose (lábios, unhas e pele com coloração


azulada); 

 Não consegue falar;

 Agarra a garganta com as mãos .


Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Atuação
Obstrução Total

 Não há passagem de ar;

 Vítima não respira, inconsciente em minutos;

 SBV;

 112.

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Atuação
Obstrução Parcial

OBSTRUÇÃO PARCIAL

 Passagem de algum ar;

 Incentivar a vítima a tossir; 

 Quando não for possível a vítima tossir: 

 Coloca-se ao lado da vítima;

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Atuação
Obstrução Parcial

 Apoiar o tórax da vítima com uma das mãos,


inclinando-a para a frente para facilitar a saída do
corpo estranho;
 Aplicar 5 palmadas interescapulares, com a palma
da mão livre, na região entre as omoplatas;
 Confirmar se há desobstrução.

 SIM

 NÃO: Manobra de Heimlich


Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Manobra
de Heimlich

 Socorrista atrás da vítima;

 Braço em volta do abdómen;

 Mão fechada e com o polegar para dentro;

 Outra mão fixa apoio;

 Abaixo do esterno;

 Iniciar compressões rápidas, para cima e


para dentro.

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Manobra
de Heimlich

 NÃO RESOLVE: Repetir até 5 vezes;

 NÃO RESOLVE: 5 compressões x 5


palmadas entre as omoplatas; 
 NÃO RESOLVE: 

 Coloca vítima chão;

 112;

 SBV.

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Suporte
Básico Vida
Adulto 
SBV
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Suporte Básico Vida
 Medidas utilizadas para manter a vida de uma vítima
em paragem Cardio-Respiratória (PCR) até à chegada de
ajuda diferenciada de socorro;

 Objetivo é manter um nível de circulação sanguínea e


ventilação pulmonar adequado, até que seja revertida a
causa da paragem ou chegada de equipa especializada;

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Suporte Básico Vida
 A probabilidade de sobrevivência em caso de PCR
diminui drasticamente a cada minuto que passa após o
início da paragem: Quando se entra em
Paragem Cardio-Respiratória (PCR): 

 1º MINUTO – 98% hipóteses de sobrevivência;

 2º MINUTO – 50% hipóteses de sobrevivência; 

 3º MINUTO – 11% hipóteses de sobrevivência. 

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


 Procedimentos, para assistir vítimas de paragem Cardio Respiratória;

 Cada um dos quatro elos da cadeia é vital;


Cadeia de  1. Acesso precoce à emergência médica, 112; 
Sobrevivência  2. Início precoce de Suporte Básico de Vida; 

 3. Desfibrilhação precoce; 

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida  4. Suporte Avançado de Vida (SAV).  


LIGAR 112
Cadeia de  Quem presencia uma determinada ocorrência deve saber reconhecer a
Sobrevivência gravidade da situação e saber ativar o sistema, ligando adequadamente
112 e transmitindo informações adequadas: o quê, onde, como e quem.  

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


SBV
 De imediato e no local onde ocorreu a situação;
Cadeia de
Sobrevivência  O SBV permite ganhar tempo, mantendo alguma circulação e
alguma ventilação na vítima, até à chegada de ajuda mais
qualificada.
Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
DESFIBRILHAÇÃO 
 O único tratamento eficaz em algumas perturbações do ritmo
Cadeia de cardíaco (arritmias) consiste na aplicação de um choque elétrico que
Sobrevivência pode repor a atividade cardíaca;

 No 1º minuto pode ter taxa de sucesso próxima dos 100%;

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida  Após 8-10 minutos a probabilidade de sucesso é quase nula. 
          

SAV

Cadeia de  Ventilação mais eficaz, através da entubação endotraqueal;

Sobrevivência  Circulação mais eficaz, através da administração de fármacos;

 Iniciado ainda na fase pré-hospitalar e continuado no hospital,


permitindo a estabilização das vítimas recuperadas de PCR.
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Algoritmo Suporte Básico
Vida  Adulto - SBV

1- Verificar as Condições de
Segurança:
 O socorrista deve observar e avaliar
o espaço circundante garantindo a
sua segurança, da vítima e dos
circulantes. 
 Medidas Proteção COVID 19
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Algoritmo Suporte Básico
Vida  Adulto - SBV

2- Verificação do Estado de Consciência: 

 Abane suavemente os ombros da


vítima e pergunte em voz alta:
 Está a ouvir-me? Está bem? Se
responder, pergunte o que se passou e
continue o exame geral. Se a vítima
não responde prossegue-se para: Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida
Algoritmo Suporte Básico
Vida  Adulto - SBV

3- Primeiro Pedido de Ajuda: 
 Pedir ajuda às pessoas que se
encontram no local:
 Socorro, preciso de ajuda, tenho uma
vítima inconsciente. 

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Algoritmo Suporte Básico
Vida  Adulto - SBV

4- Permeabilizar a Via Aérea: 


 Só se executa em vítimas de doença súbita.

 Na suspeita de traumatismo vertebro-


medular, vítimas de acidentes, quedas,
NÃO se executa pelo risco de agravar
lesões.
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Algoritmo Suporte Básico
Vida  Adulto - SBV
5- VOS Respiração: 

 Avaliar sinais de respiração e de circulação; 

 Descobrir a região torácica e avaliar se respira através


da técnica VOS’P: 

Ver, movimentos torácicos; 

Ouvir, ruídos respiratórios; 

Sentir ,a saída de ar na face; 

(Pulso, palpar pulso).
 Se a vítima ventilar, e não existirem contraindicações,
colocar em Posição Lateral de Segurança. 
  Se a vítima não ventilar, prosseguir... 
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Algoritmo Suporte Básico
Vida  Adulto - SBV

6- Segundo Pedido de Ajuda: 


 112.
 Informação a transmitir: 

 Local exato da ocorrência; 

 Número de vítimas, estado e idades


aproximadas; 
 Tipo de acidente; 

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


Algoritmo Suporte Básico
Vida  Adulto - SBV

 Tipo de assistência prestada; 

 Número de telefone onde se encontra;

 Responder às perguntas que a central


de emergência faz, respeitando as
indicações dadas;

 Desligar o telefone somente quando a central


de emergência indicar. 

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Algoritmo Suporte Básico
Vida  Adulto - SBV

7- Iniciar Manobras de SBV: 

 30 compressões: 2 insuflações;

 COVID 19: NÃO FAZ INSUFLAÇÕES

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Compressões
Torácicas
 Colocar a base de uma mão no centro do
peito;
 Colocar a outra por cima; 

 Entrelaçar os dedos; 

 Comprimir o peito; 

 Ritmo: 100 compressões por minuto; 

 Pressão: depressão de cerca de 4-5 cm 

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Compressões
Torácicas

 Suspende:

 Quando for substituído por ajuda qualificada;

 Quando a vítima respirar normalmente;

 Exaustão do reanimador.

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Vídeo  - Suporte
Básico de Vida
 Vídeo SBV INEM

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Mala Primeiros
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Socorros
Mala Primeiros
Socorros
 Permitir tratar lesões/ferimentos até à chegada de profissionais
qualificados;

 Localização fácil acesso/sinalizada;

 Consideração:

 Número e localização das pessoas a que se destina; 

 Espaço físico; 

 Tipo de atividade desenvolvida no local e fatores de risco


identificados;

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Medidas
Acondicionamento
 Material corretamente acondicionado e organizado; 

 Manter os produtos dentro das suas embalagens;

 Quando se procede à abertura de qualquer embalagem,


registar a data em que abriu; 

 Respeitar os prazos de validade dos produtos; 

 Utilizar embalagens individuais sempre que possível; 

 Medicamentos: seguir as indicações e posologia indicados no


folheto técnico. 

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Conteúdo Mínimo

 Luvas descartáveis; 
 Tesoura;
 Termómetro;
 Soro Fisiológico;
 Solução antisséptica; 
 Álcool Etílico;
 Compressas esterilizadas (diferentes dimensões); 
 Ligaduras (de diversos tamanhos);
 Pensos rápidos diversos;
 Adesivo;
 Medicação (analgésicos, anti-piréticos, anti-alérgicos)

Técnicas de Socorrismo e Suporte Básico de Vida


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