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Teorias da

Aprendizagem

Profa. Marilia Rabelo


Harger

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Teorias da Aprendizagem
A teoria da aprendizagem é a construção humana para interpretar, um
conhecimento específico chamado de aprendizagem. Representa o
ponto de vista de um autor/pesquisador sobre como interpretar as
variáveis do tema aprendizagem.

Tipos de Aprendizagem:

Afetiva
Psicomotora
Cognitiva
Aprendizagem
O processo de aprendizagem ou aprender pode ser definido de forma sintética
como o modo como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem
competências e mudam o comportamento.

"Sábio é aquele que conhece os


limites da própria ignorância".
- Sócrates

"Educai as crianças, para que não


seja necessário punir os adultos".
- Pitágoras

"Você não pode ensinar nada a um homem; você pode apenas


ajudá-lo a encontrar a resposta dentro dele mesmo".
- Galileu Galilei
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Aprendizagem
 Segundo alguns estudiosos, a aprendizagem é o processo de
alteração de conduta de um indivíduo, seja por condicionamento,
experiência ou ambos. Existem três elementos fundamentais: A
situação estimuladora, a pessoa que aprende e a resposta.

 Segundo os teóricos, a aprendizagem é definida como o processo


de apreensão pelo indivíduo, do conteúdo da experiência humana
de forma interativa com seu meio.

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Aprendizagem: Afetiva e
Psicomotora
Afetiva:
Trata de experiências como
o prazer e dor, satisfação
ou descontentamento,
alegria ou ansiedade.
Psicomotora:
Desempenho
motor por meio de
treino e prática.
Aprendizagem Cognitiva
Inclui:
Condicionamento, aquisição de informação, mudança comportamental,
uso do conhecimento na resolução de problemas, construção de novos
significados, de novas estruturas cognitivas, revisão de modelos
mentais.

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Aprendizagem
A aprendizagem é um processo:

Global;
Dinâmico;
Pessoal;
Gradativo;
Cumulativo;
Contínuo.

Aprendizagens natas: falar, andar, desde que passe pelo processo de


maturação física, psicológica e social. 7
Estilos de Aprendizagem
Sequencial

Os alunos que apresentam este estilo vão avançando em pequenos


passos . Focam o detalhe, concentram-se em uma coisa de cada vez e
caminham passo a passo para o entendimento.

Global

Os alunos que apresentam este estilo progridem por grandes saltos,


processam várias informações ao mesmo tempo. Tem facilidades em
resolver problemas complexos, mas não sabem explicar com resolveram.
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Estilos de Aprendizagem
Sensitivo

Os alunos que apresentam este estilo preferem resolver atividades com


regras bem definidas, tendem a ser pacientes com detalhes. Boa
memória.

Intuitivo

Os alunos intuitivos preferem descobrir várias possibilidades, gostam de


inovação e facilidade com conceitos abstratos. Os trabalhos podem ficar
comprometidos pela falta de detalhes.
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Estilos de Aprendizagem

Visual (70% das pessoas)

Os alunos do tipo visual sentem-se confortáveis com imagens, gráficos,


filmes e apresentações audiovisuais. Memorizam o que vêem.

Verbal ou Auditvas (20% das pessoas)


Os alunos do tipo verbal tem facilidade em perceber palavras,
explicações orais e escritas. Preferem definições e memorizam
informações que ouviram ou leram.

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Estilos de Aprendizagem

Ativo

Os alunos do tipo ativo preferem matérias que permitem debates. Gostam


de trabalhar em grupo, aulas expositivas e longas leituras.

Reflexivo
Os alunos desse verbal necessitam de pensar calmamente sobre a
matéria e geralmente trabalham sozinhos. São mais vagarosos.

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Fatores de Aprendizagem

Idade: as aprendizagens são possibilitadas pela maturação


do sistema nervoso e pela maturação do organismo em geral.

Inteligência: este fator determina a aprendizagem na medida


em que capacidades intelectuais elevadas permitem
raciocínios mais elaborados e resolver problemas.

Motivação: aprendemos mais fácil e rapidamente aquilo


para temos vontade de aprender.

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Fatores de Aprendizagem

Aprendizagem anterior e experiência: as experiências


passadas, sobretudo as agradáveis, influenciam a
aprendizagem.

Positiva, se a transferência facilitam a aprendizagem


Negativa, se a transferência inibe a aprendizagem.

Fatores sociais: fatores de natureza económica e cultural


influenciam o sucesso e insucesso. A escola não favorece as
aprendizagens de determinados alunos.
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Teorias da Aprendizagem

Behaviorismo (comportamentalista)
Humanista
Cognitivo
Construtivismo
Aprendizagem significativa

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Teoria comportamentalista
(Behaviorismo)
Esse tipo de aprendizagem é centrado no comportamento,
segundo a psicologia é compreendido como aquisição de um
novo comportamento.

A resposta ocorre, mas ou menos por acaso e,


então recompensa.
estimulo – resposta= recompensa
Esse tipo de condicionamento enfatiza a associação da
resposta desejada a um reforço, que leve o indivíduo a
repetir a mesma reposta em situações futuras.
De acordo com o pensamento comportamentalista, a Skinner ( 1953)

conduta dos indivíduos é observável e mensurável, Tornou-se o representante mais


importante da escola comportamental
similarmente aos fatos e eventos nas ciências
naturais e nas exatas.
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Humanismo

O professor deve centrar à aula na perspectiva do


desenvolvimento da pessoa humana. A aprendizagem
foca as necessidades, vontades e sentimentos do aluno.

O ambiente escolar remete-se ao emocional,


promovendo uma aprendizagem ativa e autônoma.

Téorico: Cari Rogers.


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Teoria Cognitiva
Para a Teoria Cognitiva , a aprendizagem coincide com o raciocínio ou a
solução de problemas, que se faz em seis passos:

a)Noção de um problema
b)Esclarecimento do problema
c)Aparecimento das hipóteses;
d)Seleção da hipótese mais provável;
e)Verificação das hipóteses
f)Generalização

A fim de estimular a solução de problemas , a escol deve aproximar o


ensino da vida real, deixar margem para a independência , apresentar a
matéria em forma de problema, utilizar uma linguagem acessível,
favorecer o trabalho em grupo e estimular a participação dos alunos.

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Aprendizagem Cognitiva

Segundo Ausubel, é a integração do conteúdo


aprendido numa edificação mental ordenada.

O conteúdo previamente detido pelo indivíduo


representa um forte influenciador do processo de
aprendizagem.

Novos dados serão assimilados e armazenados na


razão direta da qualidade da Estrutura Cognitiva
prévia do aprendiz.

Esse processo de associação de informações


interrelacionadas denomina-se Aprendizagem
Significativa.

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Aprendizagem Construtivista
A concepção construtivista, define a
aprendizagem como um processo de troca
mútua entre o meio e o indivíduo, tendo o outro
como mediador. O sujeito é um elemento ativo
que age e constrói sua aprendizagem.

A Epistemologia Genética é a teoria


desenvolvida por Jean Piaget, e consiste numa
combinação das teorias então existentes. Para
Piaget, o conhecimento é gerado através de uma
interação do sujeito com seu meio, a partir de
estruturas existentes no sujeito.

Assim sendo, a aquisição de conhecimentos Jean Piaget


depende tanto das estruturas cognitivas do sujeito
como de sua relação com o objeto.
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Aprendizagem Construtivista
Parte do pressuposto que todos nós construímos o nosso conhecimento a
partir das nossas próprias experiências. Utilizamos regras e modelos
mentais próprios.

Esquema Mental
São as estruturas mentais ou cognitivas pelas quais os indivíduos
intelectualmente organizam o meio.

São estruturas que se modificam com o desenvolvimento mental e que


tornam-se cada vez mais refinadas à medida em que a criança torna-se
mais apta a generalizar os estímulos.

Os processos responsáveis por esses mudanças nas estruturas


cognitivas são assimilação e acomodação. 20
Aprendizagem Construtivista

Assimilação: é captar o ponto que se interessa aprender, levando em


conta à função, do contrário está se transforma em uma repetição
puramente mecânica sem resultados funcionais, novas experiências que
são organizadas às estruturas cognitivas já existentes.

Acomodação: estrutura e impulsiona o desenvolvimento cognitivo. É o


processo pelo qual os esquemas mentais existentes modificam-se em
função das experiências e relações com o meio.
OS ESTÁGIOS DE
DESENVOLVIMENTO
SEGUNDO PIAGET
Sensório-motor - 0 a 2 anos
A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir
esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio.
A inteligência é prática.
As noções de espaço e tempo são construídas pela ação.
O contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou
pensamento.
Exemplos:
O bebê "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si.
Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo
a boca.
Pré-Operatório – 2 a 7 anos
Também chamado de estágio da Inteligência Simbólica . Caracteriza-se,
principalmente, pela interiorização de esquemas de ação construídos no estágio
anterior (sensório-motor).
A criança deste estágio:
É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, no lugar do
outro.
Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por
quês").
Já pode agir por simulação, "como se".
Possui percepção global sem discriminar detalhes.
Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.

Exemplos:
Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a
forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois
as formas são diferentes. Não relaciona as situações.
Modificação do elemento
Igualdade inicial: experimental achatamento)     

Modificação do elemento Modificação do elemento


experimental (alargamento) experimental (partição)
                                            
Operatório concreto – 7 a 11 anos
A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem,
casualidade, ..., já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados
da realidade.

Não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo


concreto para chegar à abstração.

Desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma


anterior, anulando a transformação observada (reversibilidade).

Exemplos:
despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a
criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez
que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação.
Primeira
modificação    

Segunda
modificação   

Terceira
modificação:
Operatório formal – 12 em diante
A representação agora permite a abstração total. A criança não se limita mais a
representação imediata nem somente às relações previamente existentes, mas é
capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente buscando soluções
a partir de hipóteses e não apenas pela observação da realidade.
Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais
elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a
todas as classes de problemas.

Exemplos:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche
o papo", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a imagem
de uma galinha comendo grãos.

Retirados da reportagem "Jean Piaget", escrita pela jornalista Josiane Lopes, da revista Nova
Escola, ano XI, nº 95, de agosto de 1996.
Teoria socio-interacionista de
Vygostsky
Tanto Piaget como Vygotsky pensam que o desenvolvimento do
indivíduo implica não somente em mudanças quantitativas, mas sim,
em transformações qualitativas do pensamento. Ambos reconhecem
o papel da relação ente o indivíduo e a sociedade e, em Vygotsky é esta
relação que determina o desenvolvimento do indivíduo.

Enquanto Piaget defende que a estruturação do organismo precede o


desenvolvimento, para Vygotsky é o próprio processo de aprender que
gera e promove o desenvolvimento das estruturas mentais superiores.
Teoria socio-interacionista de
Vygostsky

São os alunos, os professores e o ambiente que


devem gerar aprendizagens significativas.

Vygotsky tem uma visão sócio-construtivista do


desenvolvimento, com ênfase no papel do ambiente
social para à aquisição dos conhecimentos,
aprendizagem se dá em colaboração mútua.

Colocando de outra forma, para Vygotsky a


aprendizagem é produto da ação mediadora dos
estímulos recebidos.
Teoria socio-interacionista de
Vygostsky

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Teoria socio-interacionista de Vygostsky

Para ele, portanto, o desenvolvimento dos processos cognitivos


superiores, é resultado de uma atividade mediada.

Resumindo: Vygotsky nos fornece uma pista, sobre o papel da ação


docente: o professor é o mediador da aprendizagem do aluno, facilitando-
lhe o domínio e a apropriação dos diferentes instrumentos culturais. Mas,
a ação docente somente terá sentido se for realizada no plano da Zona
de Desenvolvimento Proximal.

Zona de desenvolvimento proximal


Um ponto central da teoria Vygotskyana é o conceito de ZDP, que afirma
que a aprendizagem acontece no intervalo entre o conhecimento real e o
conhecimento potencial. Em outras palavras, a ZDP é a distância
existente entre o que o sujeito já sabe e aquilo que ele tem potencialidade
de aprender.
As Inteligências Múltiplas
A partir dos anos 80, uma equipe de
pesquisadores da universidade de Harvard,
liderada pelo psicólogo Howard Gardner,
identificou sete tipos de inteligência. Esta teoria
teve grande impacto na educação no início dos
anos 90.
A inteligência pode ser definida como a
capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver
problemas, abstrair idéias, compreender idéias e
linguagens e aprender.
Howard Gardner divide a inteligência em sete
componentes diferentes: lógico-matemática,
linguística, espacial, musical, cinemática, intra-
pessoal e inter-pessoal.
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As Inteligências Múltiplas
As dimensões do ser

Todas as diferentes dimensões do ser cognoscente se


articulam em uma totalidade dinâmica, em uma ação
que organiza e modifica o meio.
Essa ação do sujeito possibilita a construção do
conhecimento e, por seu caráter estruturante e
totalizador, a construção do próprio sujeito cognoscente.

ser pensante, afetivo e sócio- histórico

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Referências bibliográficas

AUSUBEL, D. P. — Psicologia Educativa. Um ponto de vista cognoscitivo. México, Editorial Trillas,


1978,

CASTORINA, J. A. et al . Piaget/ Vigostsky. São Paulo: Ática, 1995

GARDNER.H . As Inteligências Múltiplas. Art Méd: Porto Alegre , 2000

FONSECA, V. da — Visão integrada da aprendizagem. Rev. Pestalozzi 9:30, 1980.


380 e 403.

GOULART, I.B. Piaget. Experiências básicas para utilização pelo professor. Petrópolis. RJ Ed Vozes
21º edição 2002

HESSEN, J. Teoria do conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

PERRENOUD, Philippe - Pedagogia diferenciada : das intenções à ação - Porto Alegre Artes
Médicas 2000

TAILLE, Yves de la et al. Piaget, Vigostsky, Wallon. São Paulo: Summus, 1992
VYGOTSKY, L. S. (1993) Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes

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