CRÍTICA
Processo Ensino e Aprendizagem
Professora: Cláudia Miranda Martins
3º Período Psicologia
PEDAGOGIA CRÍTICA
Referências iniciais dessa pedagogia:
Paulo Freire, que tematiza os movimentos da educação popular e libertadora e a
pedagogia do oprimido, ambos da década de 1970, que uniam as suas lutas pelo
despertar da consciência crítica, indo contra a educação bancária e incentivando
a participação democrática horizontal em todos os cenários educativos, com fins
de valorizar a alfabetização das pessoas adultas com ato político.
Jürgen Habermas, na década seguinte, está pautada em uma de suas maiores
contribuições educativas por meio da obra Teoria de la acción comunicativa.
Essa premissa orientou, no campo da educação, a proposição da pesquisa crítica
e da pesquisa-ação
Efetivação de uma pedagogia revolucionária
LIVROS PAULO FREIRE
Educação Como Prática da Liberdade
Nesta obra, Paulo Freire se vale da oralidade para tratar de liberdade, democracia e justiça. Para ele, a palavra pode deixar de
ser o veículo das ideologias alienantes para tornar-se o instrumento de uma transformação do homem e da sociedade.
Pedagogia do Oprimido
Talvez sua obra mais célebre, a Pedagogia do Oprimido propõe uma nova forma de relacionamento entre professor, estudante,
e sociedade. O livro é considerado um dos pilares da pedagogia crítica e analisa a relação de “colonizador” e “colonizado”.
Cartas à Guiné-Bissau
Resultado do registro do primeiro ano de trabalho de Paulo Freire na elaboração de um modelo de alfabetização de adultos no
país africano de Guiné-Bissau, na ocasião recém-independente.
A Importância do Ato de Ler em Três Artigos que se Completam
A obra investiga a questão da leitura e da escrita aliando duas perspectivas: a da luta política e a da compreensão científica do
tema.
Educação e Mudança
A publicação destes escritos se dá no momento do retorno de Paulo Freire ao país. Trata-se de uma obra crítica ao falso dilema
‘humanismo X tecnologia’.
LIVROS PAULO FREITE
Conscientização – Teoria e Prática da Libertação
Inquietudes e as últimas consequências que o processo da conscientização traz consigo são os assuntos explorados neste livro da
obra freiriana.
Educação e atualidade brasileira
A natureza assistencialista, autoritária e paternalista de nossas relações sociais e da educação ‘inautêntica’ que predomina no
sistema educacional ‘bancário’ do Brasil entoam essa obra.
Por Uma Pedagogia da Pergunta
Obra conjunta com Antonio Faundez, outra referência da ideologia libertária, Por uma pedagogia da pergunta traz um diálogo
sobre como produzir um saber dinâmico, que “se indaga” constantemente.
Pedagogia da Esperança
Escrito em 1992, faz uma reflexão sobre Pedagogia do oprimido, publicado em 1968, durante o seu exílio no Chile. Nesse diálogo,
analisa suas experiências pedagógicas em quase três décadas.
Pedagogia da Indignação
Composto por cartas escritas pouco antes de seu falecimento, em maio de 1997, o livro foi organizado por sua esposa Ana Maria
de Araújo Freire a partir das cartas deixadas pelo autor.
LIVROS PAULO FREIRE
A Propósito de uma Administração
Freire retoma algumas ideias, anteriormente expostas em sua tese, e apresenta um relatório de administração do Professor João Alfredo
Gonçalves da Costa Lima quando Reitor da Universidade do Recife.
Ação Cultural para a Liberdade e Outros Escritos
Aborda os mais diferentes aspectos da realidade brasileira com o olhar de quem luta por uma mudança profunda e crítica do mundo.
Reúne textos escritos entre 1968 e 1974.
Professora Sim, Tia Não: Carta a Quem Ousa Ensinar
O texto faz coro sobre a necessidade de valorização docente, enfatizando práticas que representam uma forma de resistência do
professor.
À Sombra Desta Mangueira
Crítico ao neoliberalismo, mostra como esta nova compreensão do mundo é ideológica justamente por proclamar que não há mais
ideologias nem história.
Educadores de Rua, uma Abordagem Crítica – Alternativas de Atendimento aos Meninos de Rua
Fruto de encontros com educadores de rua, este livro congrega caminhos possíveis para mudar a condição de marginalizados dos
educandos de rua.
Extensão ou Comunicação
Obra escrita no Chile, em 1968, quando Freire se encontrava exilado. Analisa o problema da comunicação entre o técnico e o camponês
no processo de desenvolvimento de uma nova sociedade agrária.
Medo e Ousadia
Os autores Paulo Freire e Ira Shor se debruçam sobre as angústias do professor na experimentação da pedagogia do diálogo e sobre as
LIVROS PAULO FREIRE
Pedagogia: Diálogo e Conflito
A partir de suas experiências pedagógicas no Brasil e mundo afora, os três educadores – Paulo Freire, Moacir Gadotti e Sérgio Guimarães –
respondem perguntas que todos fazem sobre a educação brasileira.
Política e Educação
Coletânea de onze textos redigidos em 1992, Política e Educação apresenta discussões que protagonizou em seminários no Brasil e em outros
países.
Que fazer – Teoria e prática em educação popular
O diálogo é o fio condutor deste livro. Nele, Paulo Freire e Adriano Nogueira dissecam o conceito de educação popular e como este se
relaciona com a transformação da sociedade.
Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo
A necessidade de uma educação que liberte a partir da conscientização e de métodos educativos ativos é detalhadamente exposta nesta publicação.
Os cristãos e a libertação dos oprimidos
A formação religiosa que recebeu no seio de sua família é o ponto de partida para o educador refletir sobre suas ideias e a forma como se relaciona
com a diversidade da vida.
Pedagogia da Autonomia
Expõe sua concepção da relação entre educadores e educandos. Além disso, elabora propostas de práticas pedagógicas, orientadas
por uma ética universal.
PEDAGOGIA CRÍTICA
OS APARATOS EDUCACIONAIS DE HOJE
CONTRIBUEM COM O ALCANCE DA
JUSTIÇA SOCIAL? ROMPEM COM AS
RELAÇÔES DE EXPLORAÇÃO E
DOMINAÇÃO?
PEDAGOGIA CRÍTICA
Crítica à educação bancária, tecnicista e alienante
Visa expor como se manifestam as relações de poder e desigualdade econômica, social e política em suas
complexidades, bem como problematizá-las em espaços educacionais formais e não-formais;
Busca realizar conexões entre as práticas educacionais e culturais e a luta pela justiça social e econômica,
direitos humanos e uma sociedade democrática, para que se possa ampliar as compreensões críticas e as
práticas libertadoras, com o objetivo de buscar transformações sociais e pessoais progressistas
(TEITELBAUM, 2011).
Busca contribuir para que haja uma educação voltada à libertação do sujeito das amarras
dominantes da sociedade vigente, e ao pleno exercício de seus direitos enquanto cidadãos,
buscando uma sociedade mais justa, igualitária e consequentemente democrática.
Equalização social; superação da marginalidade (fenômeno acidental que deve ser corrigido).
Educação como luta contra a seletividade, discriminação e rebaixamento do ensino nas camadas populares
(Saviani, 1987)
PREMISSA BÁSICA
Como tornar significativa
a educação de forma a
torná-la crítica e
emancipadora?
EDUCAÇÃO BANCÁRIA: ALIENANTE
"Sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a
criatividade"
EDUCAÇÃO BANCÁRIA:
ALIENANTE
SUJEITOS ALIENADOS “a perda da condição de sujeito na sociedade”
diminuem a capacidade dos homens de ser mais..
os indivíduos recebem uma educação baseada na consciência ingênua...
O sistema de relações sociais dominantes cria uma "cultura do
silêncio", que infunde uma autoimagem negativa, silenciada e
suprimida aos oprimidos. O aluno deve desenvolver uma consciência
crítica, a fim de reconhecer que esta cultura do silêncio é criada para
oprimir.
A cultura do silêncio também pode fazer com que os "indivíduos
dominados percam o meio pelo qual respondem de forma crítica à
cultura que é forçada sobre eles pela cultura dominante".
A dominação social de raça e classe é entrelaçada no sistema de
ensino convencional, através do qual a "cultura do silêncio" elimina os
"caminhos de pensamento que levam a uma linguagem crítica"
OS HOMENS SE EDUCAM ENTRE SI MEDIADOS PELO MIUNDO
PAPEL DO PROFESSOR?
Autoridade x autoritarismo
Dialogo
Respeito – valorização da cultura do aluno - multiculturalismo
Problematização
Despertar criticidade e conscientização
O aluno, alfabetizado ou não, chega à escola levando uma cultura que não é melhor nem pior
do que a do professor. Em sala de aula, os dois lados aprenderão juntos, um com o outro - e
para isso é necessário que as relações sejam afetivas e democráticas, garantindo a todos a
possibilidade de se expressar. "Uma das grandes inovações da pedagogia freireana é
considerar que o sujeito da criação cultural não é individual, mas coletivo"
PAPEL DO PROFESSOR
[...] a pedagogia libertadora de Freire [...] gira em torno de uma ideia central de “práxis‟(ação
consciente) em que os estudantes e professores tornam-se sujeitos que sabem ver a realidade,
refletir criticamente sobre a realidade e assumir uma ação transformadora para mudar essa
realidade.
[...] é o processo em que estudantes e professores fazem perguntas críticas acerca do mundo
em que vivem, sobre as realidades materiais que ambos experimentam cotidianamente e em
que refletem sobre quais ações eles podem realizar para mudar essas condições materiais.
O diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro que se solidariza o refletir e o
agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode
reduzir-se a um ato de depositar idéias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se
simples troca de ideias a serem consumidas pelos permutantes. (FREIRE, 1987, p. 45).
PAPEL DO PROFESSOR
No modelo pedagógico crítico e libertador de Freire, alunos e professores não são totalmente “iguais” no
sentido de que sua relação seja totalmente raso. O professor mantém sua autoridade e direcionamento no
processo de aprendizagem, mas essa autoridade não é autoritária.
Buscar a emancipação do aluno - na luta a favor da libertação das pessoas que tem suas vidas
desumanizadas pela opressão e pela dominação social.
defende uma pedagogia para homens e mulheres se emanciparem mediante a uma luta pela libertação, que só
faz sentido se os oprimidos buscarem a reconstrução de uma nova sociedade realizando uma tarefa
humanística e histórica, libertando a si mesmos e aos opressores (MOREIRA, 2010).
PAPEL DO PROFESSOR
a educação “deve exercitar processos de emancipação individual e coletiva, estimulando e
possibilitando a intervenção no mundo a partir de um sonho ético-político da superação da
realidade injusta”. (MOREIRA, 2010, p. 146).
multiculturalismo, onde o direito de ser diferente numa sociedade dita democrática, também
deve propiciar o diálogo crítico entre as inúmeras culturas, com vistas à ampliação e a
consolidação dos processos emancipatórios.
Seu objetivo principal é fazer com que os indivíduos das classes oprimidas possam pensar
certo e se constituírem como sujeitos históricos e sociais que pensem de modo crítico, opinem,
tenham sonhos e dêem sugestões.
“problematizando as condições da existência humana no mundo, desafia para a luta e a busca
da superação das condições de vida desumanizadoras”
PAPEL DO PROFESSOR E OS
EDUCANDOS...
[...] devem ser capazes de realizar uma leitura de mundo que lhes permita compreender e denunciar a
realidade opressora e anunciar a sua superação, com a construção de um novo projeto de sociedade e
mundo a ser efetivado pela ação política.