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REDUÇÃO DO IMPACTO

AMBIENTAL DOS
POLUENTES
PROBLEMAS AMBIENTAIS
GLOBAIS E LOCAIS
Problemas ambientais Globais:

Desflorestação;
Áreas ardidas;
Desertificação;
Erosão de solos;
Contaminação dos recursos aquáticos;
Contaminação atmosférica;
Poluição marítima;
Destruição da camada de ozono;
Efeito de estufa;
Chuvas acidas;
Perda de biodiversidade;
Expansão desordenada das áreas urbanas
Destruição de habitats, etc…
OBJECTIVOS
INTRODUÇÃO
Os produtos residuais ou contaminantes gerados tanto pela indústria como pela sociedade em geral, afectam os três meios:
Atmosfera, água e solo.
O conceito de resíduo tem mudado ao longo do tempo sendo o mais aceite na actualidade aquele que o define como produto gerado
na actividade de produção e consumo que não atingem, no contexto em que são produzidos, qualquer valor económico, o que pode
ser devido à falta de tecnologia adequada para o seu aproveitamento como à inexistência de mercado para produtos recuperados.
Portanto, um produto considerado como resíduo hoje pode-o não ser, ao fim de alguns anos. Os resíduos podem classificar-se
segundo as suas características e estado em:
• Águas residuais urbanas ou similares.
• Águas residuais agrícolas ou de pecuárias.
• Águas residuais industriais.
• Emissões gasosas de fontes difusas ou focos determinados, industriais ou doutro tipo.
• Resíduos sólidos urbanos ou similares.
• Resíduos sólidos inertes.
• Resíduos sólidos, líquidos, pastosos ou gasosos confinados perigosos para a saúde humana ou para o ambiente.
Um dos maiores problemas que a sociedade actual tem é precisamente a gestão
destes resíduos.
Até há relativamente pouco tempo, finais dos anos setenta, o destino que se lhes
dava era um tratamento ou simplesmente se vazavam nos mais diversos lugares,
com graves riscos para a saúde humana e para o meio ambiente.
Um tratamento de resíduos, o que faz, é transportar a contaminação de um meio
para o outro.
Por exemplo, o tratamento duma água traz consigo a produção de lamas que se
têm de eliminar de algum modo.
A incineração de resíduos sólidos produz gases, partículas e vapores que
contaminam o ar se não for feito um tratamento adequado.
1 – PRINCÍPIOS DE PROTECÇÃO
DO AMBIENTE
O armazenamento de resíduos sólidos urbanos numa lixeira, pode produzir diversos
efeitos sobre o ar, águas superficiais e subterrâneas se não existir uma saída
adequada dos gases que emana e uma boa recolha dos lesionados líquidos, dando
lugar a incêndios e explosões, assim como à contaminação das águas.
Forma de geri-los:
1.Não gerar resíduos.
2. Fomentar a reutilização e a reciclagem.
3. Optimização do tratamento ou eliminação
MINIMIZAÇÃO DE RESÍDUOS
1.1 – Se analisarmos os processos de fabrico e consumo podem encontrar-se duas posturas:
Um modelo 'tradicional' e outro 'limpo', ver fig. 8.1 e 8.2. No modelo tradicional, a empresa e a
sociedade não se preocupam com os resíduos gerados, tanto do processo produtivo como pelos
seus produtos, os quais vão parar directamente aos três elementos básicos: terra, água e ar. Até
agora tem sido a atitude mais frequente
O modelo de produção “limpo” aparece como consequência da necessidade do respeito da
sociedade pelo meio ambiente e recursos naturais. Na Europa começou-se a chamar a esta
corrente “ecoeficiência”, baseada no conceito de que “produzir mais limpo é mais rentável do
que limpar”. O objectivo deste princípio é dar o máximo valor aos produtos com o mínimo
impacto ambiental.

Uma forma de conseguir este objectivo é “minimizar” a produção de resíduos, assim como
diminuir a sua geração, quer processando-os através duma fase de recuperação e tratamento para
obter uma evacuação inócua para o ambiente e mesmo como matérias-primas.
Entende-se por minimização de resíduos e emissões todas as operações
direccionadas a assumir medidas, tanto organizativas como operativas no sentido de
diminuir e inclusivamente anular a formação de resíduos.

As técnicas de diminuição de resíduos podem dividir-se em quatro grandes grupos:


• Redução na origem.
• Redução de volume.
• Reciclagem e recuperação.
• Tecnologias limpas.
1.1.1 REDUÇÃO NA ORIGEM
1.1.1 Consiste em reduzir ou eliminar a geração de resíduos e utiliza as seguintes técnicas:
Gestão de inventário - Passa pela gestão de stocks para evitar matérias primas em excesso caducadas e
que teriam de ser eliminadas como resíduos perigosos, emprego de matérias alternativas menos perigosas
ou contaminantes. Aplica-se a todos os tipos de indústrias, não é cara nem difícil de aplicar.
Modificação dos processos de produção - A redução de resíduos por este processo pode estar
associada à mudança de matérias primas utilizadas, incrementando a eficiência e pode ser devida a:
• Melhoria dos procedimentos de operação e manutenção. Equivale a um controle mais restrito da
exploração e manutenção dos processos industriais reduzindo notavelmente a quantidade de resíduos
produzidos.
Mudança de matérias-primas ou aditivos. (Exemplos; mudança de combustíveis como o carvão
e o gasóleo por gás natural, muito mais limpo relativamente às emissões para a atmosfera -
Substituição de tintas com base de dissolvente por tinta com base de água; Eliminação do cádmio
e dos pigmentos; utilização do ozono no lugar de biocidas orgânicos nas torres de refrigeração).
A redução ou eliminação do uso de matérias perigosas nos processos de produção diminuirá não
só os resíduos perigosos gerados como a quantidade de materiais perigosos emitidos para a
atmosfera e para as águas residuais, reduzindo assim a necessidade de sistemas fixos de
tratamento.
Também a utilização de pilhas que não contenham mercúrio ou cádmio; o uso de detergentes sem
fosfatos e a substituição de gasolinas com chumbo, são exemplos da vida quotidiana.
Modificações nos equipamentos de processo.
Equipamentos mais eficientes podem reduzir a geração de resíduos.
A modificação do equipamento de produção para que melhore a eficácia da operação requer uma
ampla compreensão tanto do processo produtivo como da geração de resíduos. (Exemplos:
Fabrico de cartão por meio de circuitos hidráulicos fechados; Descasque de legumes por
processos mecânicos; Desoxidação de objectos metálicos por vibração, etc.).
1.1.2 REDUÇÃO DE VOLUME
Inclui técnicas que permitem a separação de resíduos e desta forma reduzir os custos de eliminação ou
ainda poder reutilizá-los ou reciclá-los. Uma vez os resíduos concentrados é muito mais fácil recuperar os
materiais, que podem ter valor económico. A redução pode fazer-se de duas maneiras: Por segregação ou
por concentração.
• A Segregação consiste em separar os distintos fluxos de resíduos, o que é feito normalmente na origem.
• A Concentração reduz o volume dos resíduos mediante um tratamento físico (filtração por gravidade ou
vácuo, ultrafiltração, osmose inversa etc.).
1.1.3 RECICLAGEM E
RECUPERAÇÃO
1.1.3 A reciclagem consiste na reutilização do resíduo no mesmo processo que o produziu, tanto directamente
como mediante algum tratamento prévio.
A recuperação baseia-se na utilização do resíduo gerado noutro processo distinto daquele em que é produzido.
Como no caso da reciclagem, este resíduo poderá ser introduzido no novo processo directamente ou
eventualmente sofrer algum tratamento.
A recuperação assenta nos seguintes pontos:
• O poder calorífico dos resíduos que podem utilizar-se como fontes de energia pela combustão.
• A recuperação de componentes que podem ser separados e utilizados por outras indústrias, com fins
diferentes dos que geraram o resíduo.
• Aproveitamento directo dos resíduos por outras indústrias.
Estas técnicas podem eliminar os custos de deposição, reduzir os custos das matérias-primas e proporcionar
lucros pela venda dos resíduos. A eficácia destas técnicas dependerá da capacidade de absorção dos resíduos,
por parte das entidades receptoras.
A selecção dependerá do tipo de resíduo, das matérias-primas do processo de produção e dos custos.

A recuperação ou o reciclado fora da fábrica aplica-se quando não existe equipamento disponível, quando não se
produzem resíduos suficientes na fábrica que rentabilizem a instalação dum sistema de tratamento, ou quando o
material recuperado não pode ser reutilizado no processo de produção.

Óleos, dissolventes, lamas de galvanização, banhos de processo, baterias, aparas metálicas e resíduos plásticos são
normalmente enviados para fora da fábrica para recuperação.

Para alguns materiais, como dissolventes ou ácidos, o recuperador pode proporcionar o serviço de recolha -
recuperação - retorno para reutilização.

Às vezes, a reciclagem ou a recuperação não é a solução mais adequada, ainda que tecnicamente possível, por
diversos problemas que se prendem com:
• A mudança da composição do resíduo.
• A variação na quantidade do resíduo gerado.
• A possibilidade de que se produzam resíduos mais perigosos no tratamento do reutilizável.
• A contaminação do produto final devido à utilização do resíduo como matéria-prima.
• O custo do tratamento que pode ser economicamente inviável. Alguns exemplos de reciclagem:
• Águas em circuito fechado nas indústrias papeleiras.
• Fluoretos das fábricas de alumínio por recolecção e depuração dos gases.
• Dissolventes.
• Amoníaco contido nos gases procedentes da produção do ácido nítrico.

• Soluções de cromo e níquel mediante sistemas de evaporação em processos de


electrodeposição.

Alguns exemplos de recuperação:

• Utilização de óleos de lubrificação como combustível nos fornos de cimento. • Fabricação de


combustível a partir de resíduos orgânicos.
• Reutilização de águas residuais tratadas para regadio.
• Pirólise com recuperação de energia na destruição de pneumáticos usados.
• Fabricação de refractários electrofundidos a partir de matérias-primas obtidas de resíduos.

Os métodos tradicionais de tratamento de resíduos - deposição, incineração e compostagem


necessitam de ser complementados por razões técnicas, económicas e ambientais, devido
principalmente ao progressivo encarecimento nos custos de tratamento, à perda de parte ou da
totalidade do valor potencial dos componentes contidos nos resíduos.
As metas que se procuram atingir com estes sistemas de tratamento podem resumir-se nos
seguintes termos:
• Melhoria na eficácia da conservação do meio ambiente.
• Reintroduzir no ciclo de consumo materiais destinados a desaparecer que têm lugar real no
mercado.
• Desenvolvimento de novas tecnologias ou melhoramento das já existentes dirigidas para a
recuperação de matérias-primas ou energia contidas nos lixos domésticos.
• Encontrar o aproveitamento mais adequado para os valores contidos nos resíduos, abrindo
novas vias de utilização.
• Minimização dos efeitos contaminantes na água, ar e solo provocado pela má gestão no
tratamento dos resíduos.
• Lucros pela venda de produtos e energia.
• Redução do volume de resíduos, o que supõe menos problemas de contaminação e maior
poupança energética.
• Menor necessidade de espaço dedicado ao aterro controlado.
• Gerar uma infra-estrutura industrial e comercial capaz de criar postos de trabalho. Partindo do
princípio de que tudo aquilo que se recupera não contamina, tem-se procurado desenvolver
novas fontes de aproveitamento de matérias-primas e energia contidas nos resíduos.
1.1.4 TECNOLOGIAS LIMPAS
As Nações Unidas definem como tecnologias limpas, ou tecnologias sem resíduos, os processos
de fabrico de produtos nos quais as matérias-primas e energias são utilizadas de forma mais
racional e integrada no ciclo (recursos naturais ou recursos materiais primários de produção e
consumo recursos materiais secundários), de forma que o impacto sobre o normal funcionamento
do meio ambiente seja mínimo.
A modificação dos processos existentes, a redução na origem e a reciclagem constituem
procedimentos estreitamente ligados aos sistemas de produção, pelo que podem integrar-se sob a
denominação comum de mudanças do processo em sentido amplo.
A aplicação de novas tecnologias trás consigo uma mudança drástica dos processos de produção,
e é precedida duma fase mais ou menos importante de investigação e desenvolvimento. Por isso,
esta técnica é mais facilmente aplicável a fábricas novas
1.1.5 DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
O conceito de desenvolvimento sustentável resultou da evolução das políticas de conservação da natureza a
nível mundial e assenta no princípio de que os recursos naturais não são inesgotáveis e que por esse facto
devem ser utilizados de forma racional.
O homem parece agora mais consciente de que a utilização dos recursos do modo como tem vindo a ser feita,
faz perigar a continuação da sua existência e evolução. Não podemos esquecer-nos de que a Terra não é
propriedade nossa.
Embora a recebêssemos como herança dos nossos pais teremos que entregar esse legado aos nossos filhos, e,
certamente que não é nosso objectivo entregar esse legado morto.
Assim o desenvolvimento sustentável passa por um controle harmonioso e equilibrado das actividades
económicas, um crescimento não inflacionista que respeite o ambiente, convergência dos comportamentos das
economias, um elevado nível de emprego e de protecção social, aumento do nível da qualidade de vida, a
coesão económica e social e a solidariedade entre os Estados.
1.1.6 RESPONSABILIDADES DO
POLUIDOR
Qualquer resíduo é propriedade de quem o originou. Se ao
desfazer-se do seu resíduo o proprietário causa um problema
de poluição, então cabe-lhe pagar os prejuízos porque o
poluidor é legalmente responsável por toda a poluição que
lança para o meio ambiente.
TAREFA
1 - De que forma podemos reduzir a produção de resíduos sólidos?
2 – Que procedimentos são utilizados para reduzir a produção de resíduos sólidos ?

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