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UNIDADE 2: A GESTÃO ORÇAMENTAL

Planos

Estabelecem o quadro em que se devem desenvolver as actividades futuras da


empresa. Os principais tipos de planos são: planos a longo prazo (planos
estratégicos); planos a médio prazo, planos anuais e mensais.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO
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Orçamentos

É um plano integrado e coordenado expresso em termos financeiros, que diz


respeito às operações e recursos que formam parte de uma empresa, para um
período determinado, com o fim de atingir os objectivos fixados pela alta direcção.

Objectivos

⇒ Apoiar as tarefas de planificação das operações anuais;

⇒ Quantificar os objectivos da gerência nas divisões operativas;

⇒ Motivar os responsáveis em relação a planos definidos no orçamento;

⇒ Controlar a consecução dos objectivos e planos.


UNIDADE 2: ORÇAMENTO
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Características

⇒ Capacidade de proporcionar estimativas razoáveis do futuro;

⇒ Economicidade;

⇒ Susceptibilidade de revisão;

⇒ Flexibilidade;

⇒ Participação;

⇒ Oportunidade.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO
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Vantagens da sua utilização

⇒ Motivam a alta direcção da empresa para que defina adequadamente os


objectivos básicos da actividade empresarial;

⇒ As técnicas utilizadas na elaboração dos orçamentos obrigam a aplicar o mais

eficientemente possível os recursos disponíveis;

⇒ Proporcionam uma base contínua de avaliação dos resultados reais;

⇒ Servem para coordenar a planificação a todos os níveis.


UNIDADE 2: ORÇAMENTO
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Limitações da sua utilização:

⇒ Utilização de estimativas;

⇒ Devem ser adaptados constantemente;

⇒ Um orçamento não deve substituir a gerência;

⇒ Se se colocar um ênfase excessivo no controlo orçamental, os diferentes níveis


de

responsabilidade poderão provocar resistência ao sistema, podendo até oferecer

estimativas falsas de custos e proveitos


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Tipos de Orçamentos:
1.Orçamento de Vendas;

2.Orçamento de Gastos de Exploração

3.Orçamento de Stocks (existências) de Produtos Acabados

4.Orçamento de Custos de Produção

5.Orçamento de Stocks (existências) de Materiais/Matérias

6.Orçamento de Compras

7.Orçamento de Investimentos

8.Orçamento de Tesouraria
UNIDADE 2: ORÇAMENTO
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Técnicas para a elaboração de Orçamentos

O Orçamento rígido é um orçamento elaborado exclusivamente para um


determinado volume de actividade estimado. Como tal, não é geralmente, o mais
adequado para a empresa. Os orçamentos rígidos são adequados para aquelas
empresas nas quais, ainda que não se cumpra com exactidão o nível de actividade
definido à priori, os desvios resultantes não são significativos.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO
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Os efeitos de alterações no volume de actividade podem ser


introduzidos no sistema orçamental por aquilo que se designa
orçamentos flexíveis. Este tipo de orçamentos supõe a elaboração de
um conjunto de orçamentos correspondentes a diversos níveis de
actividade previstos, partindo do pressuposto de que o
comportamento, tanto dos gastos fixos como dos gastos variáveis
depende, fundamentalmente, do nível de actividade.
Modelo de Gestão e Controlo Orçamental para garantir o
cumprimento do plano estratégico
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Os modelos teórico aconselham:


•Manter poucos KPI’s e procurar reduzir seu número constatemente;
•5 ou 6 KPI’s tipicamente explicam 80% do valor criado numa empresa
•Envolver as equipas locais no estabelecimento dos KPI’s
•Focar na responsabilização
•KPI’s devem ser práticos

Alguns modelos de Planeamento e Controlo


•Rolling Forecasting
•Better Budgeting
•Sistema de Informação
•Sistema de Indicadores
•Balanced Scorecard
Modelo de Gestão e Controlo Orçamental para garantir o
cumprimento do plano estratégico
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Exemplo de Rolling Forecasting


Modelo de Gestão e Controlo Orçamental para garantir o
cumprimento do plano estratégico
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Exemplo de Rolling Forecasting


Modelo de Gestão e Controlo Orçamental para garantir o
cumprimento do plano estratégico
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Exemplo de Rolling Forecasting


Modelo de Gestão e Controlo Orçamental para garantir o
cumprimento do plano estratégico
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Exemplo de Rolling Forecasting


UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Conforme, Hoji (2004 p.383) “ As decisões financeiras devem ser


tomadas com base em informações geradas por sistemas de
informações contábeis e financeiro adequadamente estruturado”, onde
um dos instrumentos mais utilizados e importantes nas tomadas de
decisões financeiras é o Orçamento Empresarial, que é representado
pelo orçamento geral, que por sua vez é composto por orçamentos
específicos
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Sendo assim define-se o orçamento como uma demonstração ou projeção de caixa,


sendo elas de entradas e saídas de caixa previstas na empresa, com objetivo de
estimar as necessidades de caixa no curto prazo, dando especial atenção ao
planeamento de superávits e déficits de caixa. Normalmente ele vem abranger o
período de um ano, dividido em intervalos menores, sendo que o numero e tipos de
intervalos dependem da natureza da actividade da empresa. (GITMAN, 2011,
p.108)
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Orçamento de capital tem a função de orientar aos tomadores de decisão no


sentido de um efectivo uso de ferramentas operacionais disponíveis, uma vez que
são utilizadas técnicas cientificas para tal feito. De qualquer forma, é importante
lembrar que as causas e os efeitos secundários ao que esta analisado, nunca
devem ser abandonados, caso busca-se uma perfeita resolução do problema.
Quanto mais variáveis se tem no modelo em estudo, maior será a precisão dos
resultados apresentados, por consequência, quanto mais simplificado este modelo,
mais se perde a sua relação com a realidade
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Etapas do processo
O processo de orçamento de capital compreende cinco etapas distintas, mas correlacionadas.
•Geração de proposta
•Revisão e análise
•Tomada de decisão
•Implementação
•Acompanhamento
Todas as etapas do processo são importantes, mas a revisão e análise e a tomada de decisões
(etapas 2 e 3) consomem a maior parte do tempo e dos esforços. O acompanhamento (etapa
5) é importante, mas muitas vezes desprezado, e tem por objetivo permitir que a empresa
aumente continuadamente a precisão de suas estimativas de fluxo de caixa.
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UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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TERMINOLOGIA BÁSICA

Os dois tipos mais comuns de projeto são:

 Os independentes e
 Os mutuamente excludentes.

Projetos independentes são aqueles cujos fluxos de caixa não estão relacionados entre si, ou
seja, são independentes uns dos outros; a aceitação de um não exclui os demais.

Projetos mutuamente excludentes são aqueles que exercem a mesma função e, por isso,
competem uns com os outros. A aceitação de um descarta a consideração de todos os demais
que atendam a propósito semelhante.
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Fontes de Fundos para Financiamentos de Projectos

Os fundos com a empresa se financia aquando da aceitação de um projecto de investimento


podem ser obtidos de vários modos:

Através de empréstimos bancários, geralmente de médio e longo prazo


Recorrendo a emissão adicional de títulos (Acções, obrigações ou outros)
Pela utilização de meios libertos pela exploração

Custo da dívida
A grande maioria das empresas recorre a empréstimos bancários, a contratos de leasing e a
outras formas de passivos para financiar os activos. Tais operações acrretam custos
significativos, facilmente quantificáveis, já que ele está explicíto no contrato de mútuo
realizado entre a instituição financeira e a empresa. O custo da dívida representa a taxa de juro
paga pela empresa
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DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC)

é um relatório de contabilidade que mostra as entradas e saídas de


dinheiro do caixa de uma empresa e quais foram os resultados desse
fluxo.

A demonstração deve ser apresentada pelo menos uma vez por ano,
junto aos outros relatórios contabilisticos presentes no balanço da
empresa.
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DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC)

Sua obrigatoriedade tem relação com o facto de que, por meio de


análises e auditorias, é possível entender mais não apenas sobre a
saúde financeira da empresa, mas também buscar erros e possíveis
fraudes.

A finalidades da elaboração da DFC está em obter um controle


maior sobre o planeamento financeiro da empresa.
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A DFC permite identificar os períodos de sobra e de escassez de


recursos, garantindo que haja dinheiro disponível para cumprir as
obrigações dentro dos prazos de vencimento e ajudando na tomada
de decisões sobre investimentos.

Estrutura da DFC

As normas estabelecem uma estrutura comum para a elaboração de


uma DFC. O objetivo da existência de um modelo é permitir a
comparação entre o desempenho de diferentes empresas.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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A DFC deve ser estruturada em torno de três atividades:


operacionais, de investimentos e de financiamentos.
Actividades operacionais
Englobam todos os fluxos decorrentes da produção e da entrega de
bens e serviços pela empresa, ou seja, o movimento de recursos por
sua actividade principal.
São as transações ligadas às receitas, custos e despesas, os
pagamentos a vista, as contas a receber ou a pagar de transações a
prazo, o pagamento de impostos, o pagamento de fornecedores,
dentre outros itens.
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Actividades de investimento

As actividades de investimento correspondem ao uso, pela empresa, de


suas sobras de caixa em aplicações que visam obter benefícios future.
Fazem parte desse grupo as transações de compra e venda relacionadas
com o activo não circulante do balanço.

Actividades de financiamento

São aquelas que a empresa toma recursos emprestados de terceiros ou


de seus proprietários, devido a uma escassez de caixa.
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Além dos empréstimos e financiamentos propriamente ditos, também são


exemplos os aumentos de capital, a emissão de novas acções e a
recompra de papéis, dentre outros.

Métodos de elaboração da DFC

Método direito

As actividades operacionais são elaboradas usando os reais recebimentos


de clientes, pagamentos de fornecedores e pagamentos de despesas. Ou
seja, o método directo considera as entradas e saídas brutas de recursos.
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Método indireto

Pelo método indireto, em vez de considerar os recebimentos e


pagamentos reais, a elaboração das actividades operacionais é feita
por meio do ajuste do lucro líquido e considerando as variações das
contas patrimoniais relacionadas com a DRE.
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UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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• Fluxo de caixa
• Avaliação de fluxos de caixa futuros,
• Administração do capital de giro,
• Ciclo operacional,
• Disponibilidades,
• Contas a receber e estoques.
• Capital de giro, arrendamento mercantil – LEASING,
• Conta corrente garantida,
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• Fluxo de caixa

Para Assaf Neto (2002, p. 184), o fluxo de caixa é uma ferramenta


que representa a entrada e saída de capital de uma organização em um
tempo específico. Financiamento e empréstimos são exemplos
clássicos da actuação do fluxo de caixa, os quais ocorrem a entrada e
saída em tempos pré determinados.
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Fluxos de caixa convencionais e não convencionais

Os fluxos de caixa associados a projetos de investimento de capital


podem ser classificados como convencionais ou não convencionais.

Um fluxo de caixa convencional consiste em uma saída inicial,


seguida de uma série de entradas.

Em um fluxo de caixa não convencional há uma saída inicial, seguida


de uma série de entradas e saídas.
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Principais Componentes do Fluxo de Caixa

Os fluxos de caixa de qualquer projeto que se enquadre no padrão


convencional geralmente incluem três componentes básicos:
um investimento inicial,

entradas de caixa operacionais e

fluxo de caixa terminal.

Todos os projetos contêm os dois primeiros componentes. Alguns,


entretanto, não apresentam o último.
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Principais Componentes do Fluxo de Caixa

Os fluxos de caixa de qualquer projeto que se enquadre no padrão


convencional geralmente incluem três componentes básicos:
um investimento inicial,

entradas de caixa operacionais e

fluxo de caixa terminal.

Todos os projetos contêm os dois primeiros componentes. Alguns,


entretanto, não apresentam o último.
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• Avaliação de fluxos de caixa futuros,


• Técnicas de Avaliação
Período Payback
Prazo exigido para que uma empresa recupere o investimento inicial
em um projeto, calculando com base em suas entradas de caixa”
(GITMAN, 2011, p. 366)

O período de payback pode ser encontrado dividindo-se o


investimento inicial pela entrada de caixa anual, essas entradas
precisam ser acumuladas até que o investimento inicial seja
recuperado (GITMAN, 2011, p. 366).
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• Critérios de DecisãoPayback

Para se tomar decisões de aceitação e rejeição utilizando o período


payback, utiliza-se os seguintes critérios:
Se o período do payback for menor do que o período máximo

aceitável de payback, deve-se aceitar o projeto.

 Se o período do payback for maior do que o período máximo

aceitável de payback, deve-se rejeitar o projeto


UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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 Valor Presente Líquido (VPL)

Para Gitman (2011, p. 369), VPL considera explicitamente o valor do


dinheiro no tempo, é considerado uma técnica sofisticada de
orçamento de capital. Todas as técnicas desse tipo descontam de
alguma maneira os fluxo de caixa da empresa a uma taxa
especifica, a taxa de desconto, retorno requerido, custo de capital
ou custo de oportunidade.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Valor presente Líquido é uma técnica sofisticada de orçamento de


capital, é calculado subtraindo-se o investimento inicial do valor
presente das entradas de caixa do projeto, sendo estas descontadas á
taxa de custo de capital da empresa (GITMAN, 2011, p. 369).

Critérios de Decisão VPL


Se o VPL for maior que 0, deve-se aceitar o projeto.

Se o VPL for menor que 0, deve-se rejeitar o projeto.


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Taxa Interna de Retorno (TIR)

Taxa Interna de Retorno (TIR), uma técnica sofisticada de orçamento


de capital; é a taxa de desconto que iguala o VPL de uma
oportunidade de investimento a zero, isso porque o valor presente das
entradas de caixa iguala-se ao investimento inicial). É a taxa de
retorno anual composta que a empresa obterá, se aplicar recursos em
um projeto e receber as entradas de caixa previstas (GITMAN, 2011,
p. 371).
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Taxa Interna de Retorno (TIR), uma técnica sofisticada de orçamento


de capital; é a taxa de desconto que iguala o VPL de uma
oportunidade de investimento a zero, isso porque o valor presente das
entradas de caixa iguala-se ao investimento inicial). É a taxa de
retorno anual composta que a empresa obterá, se aplicar recursos em
um projeto e receber as entradas de caixa previstas (GITMAN, 2011,
p. 371).
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Critérios de Decisão TIR


Se a TIR for maior do que o custo de capital, deve-se aceitar o

projeto.
Se a TIR for menor do que o custo de capital, deve-se rejeitar o

projeto.

Esses critérios garantem que a empresa receba, pelo menos o retorno


requerido, o resultado deve aumentar o seu valor de mercado e a
riqueza de seus proprietários (GITMAN, 2011, p. 371).
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• Administração do capital de giro,

A expressão Capital de Giro é comumente definida como o montante


total investido no activo circulante (caixas, bancos, aplicações
financeiras, inventarios e contas a receber de clientes), enquanto a
expressão Capital de Giro Liquida é definida como sendo a diferença
entre o activo circulante e o passivo circulante, ou seja: Capital de
Giro = Ativo Circulante; ou Capital de Giro Líquido = Activo
Circulante - Passivo Circulante (VIEIRA, 2005).
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO


Segundo Vieira (2005) um dos temas que vêm, recebendo crescente
interesse é o da administração do capital de giro, devido as suas
implicações sobre o equilíbrio e a estabilidade financeira da
organização. Por causa disso, é uma actividade que vem consumindo
uma parcela significativa do tempo dos executivos

financeiros.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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 Activo não Corrente ou fixo inclui activos com grau de liquidez fraco, cuja

transformação em dinheiro é lenta, sempre superior a um ano.


 Activo corrente ou circulante inclui activos de elevado grau de liquidez que se

transforma em dinheiro num prazo inferior a um ano.


 Capital Permanente são capitais com grau de exigibilidade reduzida

 Capitais Próprios que não tem exigibilidade

 Passivo não corrente: dívidas cuja data de vencimento é a mais de um ano da data

do balanço
 Passivo Corrente ou Circulante dívida em elevado grau de exigibilidade. Todas as

dívidas a terceiros a curto prazo (Data de vencimento ocorrem no período máximo


de um ano).
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Regra de equilibrio Financeiro Mínimo

Os capitais utilizados por uma empresa para financiar uma


imobilização, uma existência ou outro active, devem permanecer à
sua disposição durante um tempo que corresponda, pelo menos, à
duração dessa imobilizaçãaaao, existência ou outro activo.

Activo Corrente – Passivo Corrente = 0


UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Regra de equilibrio Financeiro Mínimo


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Fundo de Maneio

Margem de segurança constituida pelo excedente dos activos


circulante em relação às dívidas de curto prazo.
Fundo de Maneio = Activos Correntes – Passivos Corrente

Ou
Fundo de Maneio = Capitais Permanentes – Activos não correntes
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Necessidade de Fundo de Maneio

É a necessidade de financiamento de ciclo de exploração que exige


uma série de meios financeiros para executar os pagamentos das
despesas operacionais, antes ainda de se obter os recebimentos dos
clientes
Necessidade de Fundo de Maneio = Necessidades Ciclicas –

Recursos Ciclicos
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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ORÇAMENTO DE CAPITAL
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UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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• Ciclo operacional,

Traduz, na sua rotação, uma das mais importantes fontes de


sustentabilidade empresarial. A transformação dinámica dos
inventários adquiridos ou produzidos em meios financeiros líquidos

Os ciclos dividem-se em Ciclo Econômico, Ciclo Financeiro e o Ciclo


Operacional que compõe todo o sistema.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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CICLO ECONÔMICO
Inicia-se com a compra da mercadoria e encerra-se com a venda da
mesma. Este ciclo é o giro de estoques, ele nos diz quanto tempo a
empresa está demorando para girar o seu estoque. Quanto maior for o
estoque, mais lento será o giro do mesmo, acasionando, inclusive,
numa possível insuficiência crônica de caixa, forçando-a a captação
sistemática de recursos de terceiros comprometendo a saúde
financeira da empresa.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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CICLO FINANCEIRO

Tem início com o desembolso de numerários para a aquisição da mercadoria que


será revendida pela empresa e encerra-se com o recebimento relativo à venda da
mesma. Este é o ciclo de caixa. O reflexo do Ciclo Econômico se dará neste ciclo.
Se o giro do estoque é lento, primeiro a empresa pagará para após receber,
ocasionando em desembolso desnecessário. Cabe salientar que além de
compromissos com fornecedores a empresa também deve honrar outros
compromissos mensais, que são os Custos Fixos ou Despesas Operacionais. São

gastos necessários para que a empresa possa operar.


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CICLO OPERACIONAL

Representa os dois ciclos juntos, iniciando-se quando da compra da


mercadoria e encerrando-se quando da venda ou do recebimento dos
recursos da venda. Segundo Hoji, o Ciclo Operacional inicia-se junto
com o Ciclo Econômico ou Ciclo Financeiro, o que ocorrer primeiro,
e encerra-se junto com o encerramento do Ciclo Econômico ou
Financeiro, o que ocorrer por último.
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UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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• Disponibilidades,

Designa se de disponibilidade o dinheiro em caixa e bancos, bem como valores


equivalentes, como cheques em mãos e em trânsito que representam recursos com
livre movimentação para aplicação nas operações da empresa e que não haja
restrições de uso imediato.

As normas internacionais trabalham mais com o conceito de Caixa e Equivalentes


de Caixa, o que engloba, além das disponibilidades propriamente ditas, valores que
possam ser convertidos em dinheiro, no curto prazo, sem riscos. Os equivalentes de
caixa são mantidos com a finalidade de atender compromissos de curto prazo e
devem ter conversibilidade imediata em um montante conhecido de caixa.
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• Disponibilidades,

Um investimento, normalmente, se qualifica como equivalente de caixa quando tem


um vencimento de curto prazo, por exemplo, de três meses ou menos, a contar da
data da contratação.
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• Capital de giro

Toda a empresa precisa de capital para que possa existir. O capital da


empresa pode ser próprio ou de terceiros. É próprio quando sua
origem é dos sócios, dos lucros, de terceiros quando sua origem é
estranha à empresa e neste caso pode ser por empréstimos,
financiamentos, fornecedores, etc.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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• Capital de giro

O capital de giro corresponde a uma parte do capital social aplicado


na empresa. São aqueles recursos aplicados em activos e que estão em
constante rotação dentro da empresa, proporcionando transformações
no patrimônio da empresa constantemente.

O capital de giro da empresa é formado pelo activo circulante e pelo


passivo circulante. A gestão do capital de giro abrange a
administração das contas circulantes da empresa, incluindo activos
circulantes e passivos circulantes.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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• Estoques.

O estoque deve ser bem gerido dentro de uma organização, quando


não controlado adequadamente, pode trazer sérios danos às finanças
empresariais, pondo em risco a saúde financeira da empresa.

A má gestão dos estoques pode levar uma empresa a enfrentar sérios


problemas financeiros, como a falta de Capital de Giro de qualidade
que afecta o Fluxo de Caixa, obrigando o executivo a tomar capital de
terceiros para honrar compromissos.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Estoques.
• Venda Média Mensal

Corresponde à quantidade média de um produto vendido em certo período de


tempo.

Venda Média Mensal = Soma das vendas no período / Meses do período


•Tempo de Cobertura

É o tempo que se levará para repor o estoque, ou seja, desde o momento que o
produto atingiu o estoque mínimo até sua reposição. Dependendo do tipo de
mercadoria ou a distância do fornecedor, este tempo poderá ser extremamente curto
ou muito elástico.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Estoques.
•Estoque Mínimo

É a quantidade mínima de uma mercadoria em estoque, que serve de alerta para a


necessidade de ser adquirido novo lote de mercadorias para o estoque.

ESTOQUE MÍNIMO = (Venda Média Mensal X Tempo de Cobertura) / 30 dias


•Estoque Máximo

É o estoque máximo de cada produto que estamos dispostos a manter para que não
prejudique a qualidade do Capital de Giro e também não afete o " Cash Flow " da
empresa.

ESTOQUE MÁXIMO = ESTOQUE MÍNIMO X 2


UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Estoques.
•Giro do Estoque

Este coeficiente informa quantas vezes rodamos os estoques em


função das vendas. Quanto mais girarmos os estoques, melhor para
a empresa, significando que as mercadorias estão ficando pouco
tempo nos estoques.

Informações Necessárias:

- Estoque Médio

- Quantidade de Mercadorias Vendidas


UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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• Contas a receber

As Contas a Receber são geradas pelas vendas a prazo que são feitas
após concessão de crédito. Às vendas a prazos estão associados os
riscos com incumrimento, despesas com cobrança entre outros, mas
são fundamentais para alavancar o nível das operações e o giro dos
estoques. Quanto mais frouxo o sistema de política de crédito da
empresa, maior serão os riscos que o Administrador Financeiro
enfrentará para solucionar os problemas de capital de giro e fluxo de
caixa
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Política de Crédito

A política de crédito trata dos aspectos de prazos, seleção de clientes e limite de


crédito.

Uma política de crédito liberal alavancará os níveis de vendas mas acarretarão em


maiores despesas e problemas para os recebimentos. Prazos mais dilatados exigirão
maior aporte de capital de giro para que a empresa possa honrar seus compromissos.

O administrador financeiro deve estar atento para evitar a concessão de crédito em


situações irregulares, estabelecendo políticas de crédito e cobrança claramente
definidas. 

O administrador financeiro deverá implantar um sistema eficiente de política de


crédito e cobrança para evitar as inadimplência.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Empréstimos Bancários

é concretizado através de um contracto de empréstimo (mútuo),


contracto pelo qual uma entidade, o mutuante, cede ou coloca à
disposição de outra entidade, o mutuário, uma certa importância,
mediante determinadas condições, nomeadamente, o prazo total do
empréstimo, o número de prestações, a taxa de juro do empréstimo, a
forma de reembolso do capital e de pagamento dos juros (serviço da
divida) e ainda as devidas comissões de gestão e manutenção.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Empréstimos Bancários
O prazo total do empréstimo pode subdividir-se nos seguintes
períodos:
Prazo de utilização – denomina o período durante o qual a empresa pode
usar o empréstimo;
Prazo de diferimento – período durante o qual não existe serviço da
divida, ou seja, não há lugar a reembolso de capital nem a pagamento de
juros, podendo no entanto não existir este período;
Prazo de carência – é o período de tempo, em que não há amortização de
capital, mas existe o pagamento dos juros, podendo da mesma forma que o
período anterior não existir;
Prazo de reembolso – período durante o qual é amortizado o empréstimo
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Sistemas de amortização de Empréstimos

A amortização pode ser processada de várias formas, dPagamento da


dívida em prestações periódicas, representadas ependendo das
condições acordadas entre as partes. Por exemplo:
por parcelas de juros + capital;

Prestações constituídas exclusivamente de juros, ficando o capital

pagável de uma só vez, no vencimento da dívida.


Juros capitalizados para pagamento, junto com o capital, ao final da

dívida.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Sistemas de amortização de Empréstimos


Mês Saldo Devedor Prestação Juros Amortização
(n) (SDn = SDn-1 - An ) (PMT) (Jn = SDn-1 x i) (An = PMTn - Jn)
0 R$ 100.000,00 --- --- ---
1 R$ 81.902,52 R$ 23.097,48 R$ 5.000,00 R$ 18.097,48
2 R$ 62.900,17 R$ 23.097,48 R$ 4.095,13 R$ 19.002,35
3 R$ 42.947,70 R$ 23.097,48 R$ 3.145,01 R$ 19.952,47
4 R$ 21.997,60 R$ 23.097,48 R$ 2.147,38 R$ 20.950,10
5 R$ 0,00 R$ 23.097,48 R$ 1.099,88 R$ 21.997,60
 --- --- --- R$ 100.000,00
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Overdraft
Trata-se de uma forma temporária de empréstimo, utilizada por
posições devedoras na conta de depósitos à ordem, com prazos de
utilização definidos. Os juros são postecipados, no final da
utilização ou noutros prazos previamente acordados.
Envolve os seguintes encargos:
Taxa de Juro Acordado
Imposto de selos sobre os juros
O overdraft é utilizado, sobretudo, por empresas de media ou
grande dimensão, fucionando como conta corrente, feita à medida
do cliente.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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• Arrendamento Mercantil

Acordo pelo qual o locador transfere para o locatário o direito à


utilização de um determinado bem, por um período de tempo
acordado, por contrapartida de um pagamento ou série de pagamentos.

Locação Financeira

O locador transfere para o locatário todos os riscos e vantagens


inerentes à detenção de um activo, independentemente do título de
propriedade poder ser ou não transferido;
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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é classificada como um activo, surgindo como uma forma de facilitar


a obtenção de financiamento pelas empresas, pois muitas vezes não
têm possibilidade de recorrer ao crédito bancário para renovar Activos
Fixos Tangíveis (AFT).

No final do contrato o locatário pode optar por: adquirir o bem pelo


montante de opção de aquisição, ou celebrar um novo contrato de
locação, ou restituir o bem.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Locação Financeira

Condições necessárias para a classificação deste tipo de locação:

- a propriedade seja transferida no final do prazo da locação;

- o contrato contenha uma opção de compra de muito baixo preço;

- o prazo de contrato abranja a maior parte da vida útil do bem;

- o valor presente das rendas seja igual ou superior ao Justo Valor (JV)
do bem.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Locação Operacional

Contrato de locação de curta duração, em que o locador cede a sua utilização


temporária ao locatário, mediante o pagamento de uma renda ou aluguer.

Locação Operacional

Regra geral não se prevê a transferência da propriedade jurídica do bem locado para
o locatário, ficando esbatido o carácter financeiro deste tipo de contrato.
é considerada como um custo (gasto) do exercício;

é assim classificada caso não se verifique um conjunto de condições, à data do

início da operação, nem de determinados indicadores de situações, para uma


locação ser classificada como financeira
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Sale & Leaseback

Este tipo de operação é a opção de indústrias que precisam captar


recursos, mas não podem arcar com custos financeiros. Nesta medida,
há possibilidade de conseguir dinheiro rápido e com taxas menores,
onde os bens (como imóveis ou veículos) são vendidos, e alugados de
volta para a empresa que os vendeu. No final do contrato, o bem volta
a pertencer à empresa original, que realizou a venda.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Factoring ou cessão Financeira

Aquisição de créditos a curto prazo, derivados da venda de produtos


ou de prestação de serviços, nos mercados interno e externo.
Sem Recurso (SR):

o factor assume riscos inerentes à aquisição de créditos não podendo


reclamar junto da aderente a falta de pagamento do devedor;

a aderente vende as dívidas a receber como quaisquer outro tipo de activos e


transmite todos os riscos e recompensas ao factor, com excepção de
eventuais devoluções ou descontos acordados com o devedor.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Sem Recurso (SR):

o factor assume riscos inerentes à aquisição de créditos não podendo


reclamar junto da aderente a falta de pagamento do devedor;

a aderente vende as dívidas a receber como quaisquer outro tipo de


activos e transmite todos os riscos e recompensas ao factor, com
excepção de eventuais devoluções ou descontos acordados com o
devedor.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Com Recurso (CR):

o factor não assume o risco de crédito, ficando com direito de


regresso sobre a aderente, quando houver falta de pagamento do
devedor;
a aderente mantém o risco pela não cobrança do crédito, pelo que não
há venda de activos, devendo o valor antecipado pelo factor ser
tratado como uma operação de financiamento, mantendo-se no activo
as dívidas a receber dos clientes,
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
82
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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• Franchising

Acordo pelo qual uma empresa – o franqueador/franchisor – concede


a um produtor ou comerciante – o franqueado/franchisee -, por
intermédio de uma licença formal o direito exclusivo de fabricar ou
vender os produtos ou serviços do franqueador numa certa área.

As franquias são normalmente concedidas a um só franqueador em


cada área geográfica – cidade, província ou região.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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O franqueado:

tem a obrigação de pagar ao franqueador um royalty sobre a facturação bruta


mensal e uma comparticipação nas despesas de publicidade e promoção, mais

uma quantia mensal relativa às despesas de manutenção do estabelecimento


comercial, se o contrato tiver associado a si a cessão de exploração de
estabelecimento comercial, quando este é de propriedade do franqueador.

O franchising de marca trata-se de fabricação sobre licença, no qual o franqueador


proporciona:

muitas vezes know-how e,

algumas vezes, o financiamento para iniciar a produção de um produto particular.


UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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• Conta corrente garantida,

A Conta Garantida é uma modalidade de Capital de Giro a curto


prazo, onde há um crédito rotativo específico com um limite máximo
pré-estabelecido e disponível para saque, semelhante a um cheque
especial. Basicamente, é um contrato de abertura de crédito que o
banco concede à empresa. Para adquirir um empréstimo imediato para
cobrir o caixa, às vezes por um dia apenas, sem burocracias e com
liberação automática.
UNIDADE 2: ORÇAMENTO DE CAPITAL
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Vantagens

O crédito pode ser utilizado para cumprir as obrigações em um curto


período.

A liberação do dinheiro é rápida e, na hora de pagar os juros para o


banco, só será cobrado apenas no último dia do mês.

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