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Curso Técnico em

Enfermagem
Disciplina: SAÚDE PÚBLICA

Professor: Enf. Esp. Deusimar Lago


Processo Saúde - Doença
Doença é um conjunto de sinais e
sintomas específicos que afetam
um ser vivo, alterando o seu
estado normal de saúde. O
vocábulo é de origem latina, em
que “dolentia” significa “dor,
padecimento”.
Saúde
• “ É o estado de completo
bem estar físico, mental e
social, e não apenas a
ausência de enfermidade
ou doença.”

(Organização Mundial de Saúde)


Dentro desta dinâmica da
vida, entre saúde e doença
qual é o papel da equipe de
enfermagem?
Determinantes Sociais da
Saúde
As condições sociais, a posição de casa individuo
na sociedade, as condições de habitação e as
condições ambientais do peridomicilio, a existência
na restrição no acesso á alimentação e a outros bens
fundamentais para as vidas, as atividades realizadas
no trabalho e as condições oferecidas para este
trabalho = São a base para o padrão sanitário da
população e base da própria saúde. São fatores que
podem implicar uma serie de riscos á saúde, em
geral, estão além da possibilidade do controle por
parte dos indivíduos.
Condições essencialmente determinadas pela posição dos indivíduos na hierarquia
social e na divisão social do trabalho e renda
Princípios e Diretrizes do
SUS
• Universalidade

Art. 196. A saúde é direito de


todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução
do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e
recuperação (BRASIL, 1988, p. 63)
• Equidade

O princípio da equidade é fruto de um dos maiores


e históricos problemas da nação: as iniquidades
sociais e econômicas. Essas iniquidades levam a
desigualdades no acesso, na gestão e na produção
de serviços de saúde. Portanto, o princípio da
equidade, para alguns autores, não implica a noção
de igualdade, mas diz respeito a tratar desigualmente
o desigual, atentar para as necessidades coletivas e
individuais, procurando investir onde a iniquidade é
maior.
• Integralidade
A integralidade apresenta-se como uma ruptura histórica
e institucional partindo da crítica à dicotomia entre ações
preventivas e curativas, cindidas historicamente desde a
origem da formalização das políticas de saúde no Brasil até
a extinção do modelo Instituto Nacional de Assistência
Médica da Previdência Social (Inamps).

• Descentralização
A descentralização que trata o SUS é coerente com a
concepção de um Estado federativo obediente a princípios
constitucionais que devem ser assegurados e exercidos em
cada esfera de governo;
• Regionalização e Hierarquização
Essa diretriz diz respeito a uma organização do
sistema que deve focar a noção de território, onde se
determinam perfis populacionais, indicadores
epidemiológicos, condições de vida e suporte social,
que devem nortear as ações e serviços de saúde de
uma região
Diagnóstico de Saúde
SAÚDE – UM CONCEITO POSITIVO

Ser saudável significa além de não estar doente,


ter a possibilidade de atuar, de produzir a sua própria
saúde, quer por meio de cuidados tradicionalmente
conhecidos, quer por ações que influenciem o seu
meio – ações políticas para a redução de
desigualdades, educação, cooperação intersetorial,
participação da sociedade civil nas decisões que
afetam sua existência.
História da Política de Saúde
no Brasil
Modelos de Atenção á Saúde

• Modelo Sanitarista Campanhista

• Modelo biomédico / hospitalocêntrico

• Modelo de Produção Social da Saúde


Documentário – Políticas de Saúde no Brasil: Um século de luta pelo direito à saúde https://www.youtube.com/watch?v=YmUsYSpi-

GQ Vídeo – A história da saúde pública no Brasil: 500 anos na busca de soluções https://www.youtube.com/watch?

v=7ouSg6oNMe8
Assistência de Enfermagem
em Saúde Pública
• Programa de Atenção à Saúde da
Criança;
1983 – Divisão Nacional Materno Infantil
( DINSAMI) elaborou o programa de
Assistência Integral da Mulher e da Criança
( PAISMC);

1984 – Surgiu o Programa de Assistência


Integral á Saúde da Criança (PAISC);
• OBJETIVO INICIAL
Criar condições para um atendimento integrado à
saúde da criança de zero a cinco anos com a
prioridade para os grupos de risco, através de
aumento de cobertura da assistência e melhoria da
qualidade do atendimento diminuindo assim a
morbimortalidade infantil
• Linhas de Cuidado
- Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento
Materno;
- Redução da Mortalidade;
- Atenção Humanizada e Qualificada
Programa de Atenção Integral
a Saúde da Mulher (PAISM)

• Política Nacional de Atenção Integral à


• Saúde da Mulher.
• Princípios e Diretrizes.
• Mortalidade Materna.
• Precariedade da Atenção Obstétrica.
• Abortamento em Condições de Risco.
• Precariedade da Assistência em Anticoncepção.
• DST/HIV/Aids.
Programa de Atenção Integral
á Saúde do Adulto e do Idoso
PAISA tem como foco
principal a atuação de agravos
“específicos” ao adulto, entre
os quais, citam-se:
- hipertensão arterial;
- diabetes mellitus,
- tuberculose e hanseníase.
PAISA

Constitui como uma das iniciativas a priorização de


agravos específicos na saúde do adulto pelo
Ministério da Saúde, pautadas no perfil
epidemiológico da população para articular ações de
caráter individual e coletivo.
Previamente as
complicações da
HAS e DM, bem
Processo dos como as
cuidados primários transformações
PAISA
de saúde junto á pelas quais
comunidade adulta passam os
indivíduos a partir
da quinta década
de vida

ATUA FOCA
Programa de Imunização
• Criado em 1973

Tem finalidade de integrar e ampliar as atividades de imunizações


distribuídas em diferentes programas visando 02 Objetivos.
1. estabelecer as linhas gerias para administração dos
imunobiológicos na rede de serviços de saúde.

2. Padronizar e disciplinar critérios e técnicas para administração


de vacinas e soros utilizados pelo PNI.
Vacinas
• Produzidas com Bactérias ou vírus mortos ou
enfraquecidos (Atenuados) ao entrar no corpo do
ser humano provoca uma reação de imunização,
produzindo anticorpos contra aquela substância,
desta forma prepara o organismo para em caso
da infecção por este agente patogênico o
sistema de defesa possa Agir.
Tipos de Vacinas

• Vacinas Vivas: Organismos vivos

• Vacinas Vivas: Organismos Vivos Atenuados

• Vacinas Mortas

• Vacinas Inativadas
Calendário da Criança
Ao nascer – BCG e Hepatite B

2 meses: 1ª Pentavalente, 1ª VIP, 1ª Pnemumocócica 10 v,


1ª Rotavírus Humano.

3 meses: 1ª Meningocócica C;

4 meses: 2ª Pentavalente, 2ª VIP, 2ª P`neumocócica 10 V, 2ª


Rotavírus Humano.
• 5 Meses: 2ª Meningocócica C
• 6 Meses: 3ª Pentavalente (DTP + HIB + HEP B), 3ª
VIP ( Vacina Inativa Contra a Pólio).
• De 6 meses a 5 anos anualmente - Influenza
• 9 Meses: Febre Amarela
• 12 Meses: Reforço Pneumocócica 10 V, reforço
meningocócica C, Tríplice Viral.
• 15 Meses: 1º reforço DTP, 1º reforço VOP, Hepatite
A, tetra Viral.
• 4 Anos: 2º reforço DTP, 2º reforço VOP, 2º Varicela.
Calendário do Adolescente
• 11 á 19 anos – Hepatite B ( 1ª, 2ª e 3ª).
• Dupla tipo adulto (dT).
• Febre Amarela
• Triplique Viral (SCR)
Calendário do Idoso
• 60 anos ou mais
• Febre Amarelo – ( dose único, se nunca tiver
vacinado).
• Hepatite B ( 3 doses, dependendo da situação
vacinal).
• Dupla Adulto ( reforço a cada 10 anos)
• Pneumocócica 23 valente ( dependendo da condição
clinica).
Enfermagem e os
Programas
• Programa de Saúde da Mulher
• Programa de Saúde da Criança
• Programa de Saúde do Adolescente
• Programa de Saúde do Adulto
• Programa de Saúde do Idoso
Visita Domiciliar
• Tem como objetivo assistência á família.

Objetivos
- Prestar atendimento a domicilio
- Orientar um ou mais membros da família
- Coletar informações da família
- Procura de casos que necessite de assistência

Consulta de Enfermagem
É o cuidado prestado ao individuo, á família e/ou a comunidade de
modo sistematizado e contínuo e sistematizado.
Roteiro
- Condições sanitárias da habitação;
- Renda familiar;
- Plano de assistência á saúde;
- Conhecimento e utilização de recursos da
comunidade;
- Avaliação da Visita
- Data da próxima visita
- Assinatura e data
Epidemiologia
• Epidemiologia pode ser definida como a ciência que
estuda o processo saúde-doença em coletividades
humanas, analisando a distribuição e os fatores
determinantes das enfermidades, danos à saúde e
eventos associados à saúde coletiva, propondo
medidas específicas de prevenção, controle ou
erradicação de doenças e fornecendo indicadores
que sirvam de suporte ao planejamento,
administração e avaliação das ações de saúde
(ROUQUAYROL; GOLDBAUM; SANTANA, 2013)
Aplicação da Epidemiologia
• » epidemiologia clínica;
• » epidemiologia investigativa;
• » epidemiologia nutricional;
• » epidemiologia de campo;
• » epidemiologia descritiva;
• » etc
Diagnóstico da Situação de
Saúde
Investigação Etiológica
• Inicialmente, foi adotada uma abordagem unicausal para o
processo de adoecimento, ou seja, toda doença apresentava um
agente etiológico que, uma vez identificado, poderia ser
combatido. Tal abordagem solucionou vários problemas de saúde
pública:
Conceitos
• ENDEMIA
• - Constante
• Populações em espaços determinantes
• Longo Período
• Incidência estável com variações cíclicas
• EPIDEMIA
- Elevações inesperadas de incidência
- SURTO
- Casos relacionados
- Limitados
Instrumentos de
Levantamento Epidemiológico
Doenças de Notificação
Compulsória
• Lista Nacional Doenças de Notificação Compulsória
• PORTARIA Nº 264, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2020 
DOU de 19/02/20 - Seção 1 - p. 97
Altera a Portaria de Consolidação nº 4/GM/MS, de 28 de setembro de
2017, para incluir a doença de Chagas crônica, na Lista Nacional de
Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública
nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional.
 
• Lista Nacional de Notificação Compulsória (anexo 1 do anexo V, Portaria d
e Consolidação nº 4 GM/MS de 3/10/2017)

• DOU - PORTARIA No 204, de 17 de fevereiro de 2016


Rotina da Sala de Vacinas
Procedimentos Básicos na Conservação
das Vacinas
Equipamentos distante de
Afastar o Refrigerador da Usar uma toma exclusiva
fonte de calor e raios
parede, pelo menos 20 cm para cada equipamento
solares;

Temperatura interna Usar o equipamento


Verificar a temperatura 2
preferencialmente de + 5º C exclusivamente para
vezes ao dia
, > 2º C e < + 8ºC conservar imunobiológicos
• Refrigerador Duplex – Não é
recomendado;

• Limpeza do Refrigerador –
Feita a cada 15 dias ou com
camada de gelo > 0,5 cm;
• Falta de energia elétrica – na
temperatura a partir de 7º C, os
imunobológicos passam para
uma caixa térmica.
Cuidados de Enfermagem no
Preparo e Administração de
Algumas Vacinas
• Cuidados a serem observados pelo vacinador:
• Paciente Certo: confirmar o nome do paciente para evitar a aplicação em pessoa
errada.
• Vacina Certa: conferir, ao menos em três momentos distintos do processo de
vacinação, qual vacina deve ser preparada para administração.
• Momento Certo: analisar cuidadosamente a carteira de vacinação para ter certeza de
que é o momento correto para administrar determinada vacina.
• Dose Certa: administrar a dose correta. O cuidado deve ser redobrado quando a
apresentação da vacina for multidose.
• Preparo e Administração Certos: preparar a vacina de acordo com sua
apresentação. Exemplos: diluir o pó da vacina com o conteúdo inteiro do diluente; não
agitar a vacina com força após a diluição; aspirar todo o conteúdo, quando a vacina for
monodose, e a dose correta quando esta for multidose; utilizar a agulha correta e
escolher a melhor área para a aplicação da vacina — se subcutânea ou intramuscular,
na perna ou no braço.
Obrigado!

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