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METABOLISMO DE LIPÍDEOS

Lipólise e -Oxidação

Vivian Sarmento de Vasconcelos


Fontes de Ácidos Graxos para a Oxidação

Biossíntese a partir
de Glicose e
Aminoácidos

Triacilgliceróis dos
Adipócitos

Lipídios da Dieta
Alimentar
LIPÓLISE
MOBILIZAÇÃO DOS TG
ARMAZENADOS
Regulação da Lipólise

No adipócito, a adrenalina
(exercício) e o glucagon (jejum,
inanição, diabete não tratado)
ativam uma enzima, a lipase
hormônio-sensível, que catalisa a
hidrólise de triacilgliceróis.

Os ácidos graxos são transportados


pela albumina sérica aos tecidos,
onde são oxidados. O glicerol fará
gliconeogênese no hepatócito.
 Controle da degradação dos triacilglicerídeos
(LIPÓLISE)
Adrenalina, glucagon
Célula adiposa
ADP + ATP
Triacilglicerídio

Lipase
P Lipase
ativa inativa

Glicerol +
Ácidos graxos livres -
Insulina
Em qual situação fisiológica AG são
oxidados ?
Os ácidos graxos são intensamente oxidados
durante:

• O jejum alimentar
• A inanição
• O exercício físico
• O diabetes não tratado

Como ocorre esta reação ?


Oxidação Mitocondrial
Local da  - Oxidação
A oxidação de ácidos graxos de cadeia curta, média e longa ocorre na
matriz mitocondrial
Oxidação
Ativação dos Ácidos Graxos
CH3 - (CH2)14 - COO- + ATP
Ácido graxo

Sintetase
dos Acil-CoA
PPi 2 Pi Para seguir a rota
Pirofosfatase
Graxos oxidativa, os ácidos
CH3 - (CH2)14 - C=O- graxos precisam ser
ativados, formando os
AMP acil-CoA graxos. Neste
Acil-graxo-AMP
processo há o
Sintetase
dos Acil-CoA CoASH acoplamento de duas
Graxos reações e o consumo de
CH3 - (CH2)14 - C=O- + AMP
duas ligações ricas em
energia.
SCoA
Acil-CoA graxo
Ácido graxo citosol
ATP

H2O Os ácidos
PPi Pi + Pi
graxos primeiro
Acil-CoA tem que ganhar
sintetase Acil adenilato
CoA, logo
CoA-SH ingressar na
matriz
AMP + H+
mitocondrial
Acil CoA através do
Carnitina acil CoA
tranferase I
sistema
Carnitina Acil carnitina transportador
acil-carnitina

Translocase

Matriz Carnitina Acil carnitina


mitocondrial CoA

Carnitina acil
Acil CoA tranferase II
1. Passo - ATIVAÇÃO DO ÁCIDO GRAXO
Oxidação
Transporte para a Matriz Mitocondrial
O Ciclo da Carnitina
Os acil-CoA graxos de ácidos graxos de cadeia longa precisam
ligar-se a um derivado de aminoácidos chamado carnitina, para
poderem atravessar a membrana mitocondrial interna

Rins
Fígado
Dieta de origem animal

97%

Músculo esquelético Coração


Oxidação
Transporte para a Matriz Mitocondrial
O Ciclo da Carnitina
CH3

CH3 - N+ - CH3

O CH2

CH3 - (CH2)n - C - SCoA + OH - CH - CH2 - COOH


Acil-CoA graxo Carnitina

CH3 carnitina acil-transferase I (CAT I) ou


carnitina palmitoil-transferase I (CPT I)
CH3 - N+ - CH3

O CH2
CH3 - (CH2)n - C - CoASH
O - CH - CH2 - COOH
Acil-carnitina graxo
Oxidação
Transporte para a Matriz Mitocondrial
O Ciclo da Carnitina

A acil-carnitina é
transportada do espaço
intermembrana para o
interior da mitocôndria,
por uma translocase
presente na membrana
mitocondrial interna.

Na matriz, a acil-carnitina
é convertida em carnitina
e acil-CoA graxo pela
CPT II ou CAT II
2. Passo - TRANSPORTE MITOCONDRIAL
-Oxidação
Ácidos Graxos de Número Par de Carbonos

Uma visão geral da


oxidação:
Os carbonos dos ácidos
graxos são convertidos
em acetil-CoA e
durante este processo
ocorre a formação de
NAD e FAD reduzidos
3. Passo - REAÇÃO DE  OXIDAÇÃO
Acil-CoA

FAD+ Acil-CoA
Oxidação dehidrogenase
FADH2

trans-2-enoil-CoA

H2O
Enoil-CoA
hidratase Hidratação

3-Hidroxiacil-CoA

NAD+
L-3-Hidroxiacil-
CoA Oxidação
deidrogenase NADH+H+

3-Cetoacil-CoA

CoA-SH
-Cetotiolase Tiólise
Acetil-CoA

Acetil-CoA + Acetil-CoA
-Oxidação
Ácidos Graxos de Número Par de Carbonos
A espiral da oxidação
-Oxidação
Tecidos que Não Utilizam a -Oxidação
Os eritrócitos não possuem mitocôndria,
logo não podem oxidar ácidos graxos via
oxidação

O cérebro não utiliza os ácidos graxos


como combustível energético, pois estes
não passam com eficiência a barreira
hemato-encefálica

Os adipócitos não oxidam ácidos graxos


para obtenção de energia
-Oxidação
Destinos da Acetil-CoA
O destino metabólico da acetil-CoA originada da
oxidação de ácidos graxos depende do momento
metabólico e do tecido.

Acetil-CoA

Outras Rotas Ciclo de Krebs Corpos Cetônicos


RENDIMENTO ENERGÉTICO DA OXIDAÇÃO
DE ÁCIDOS GRAXOS
 INTEGRAÇÃO ENTRE O CICLO DE LYNEN E O CICLO DE KREBS

Exemplo 1: Oxidação total do Ácido Palmítico (16 Carbonos)


 7 voltas no Ciclo de Lynen com produção de 8 acetil CoA. (última
volta produz 2 moléculas de Acetil-CoA)
 Cada volta no Ciclo de Lynen produz:
 1 NADH
 1 FADH2
 1 Acetil – CoA
 1 molécula de Acetil-CoA no Ciclo de Krebs produz:
 3 NADH
EQUIVALE A 12 ATPs
 1 FADH
 1 GTP
 Estes compostos quando totalmente oxidados produzem
respectivamente:
 1 NADH = 3ATPs
 1 FADH = 2 ATPs
 1 GTP = 1 ATP
RENDIMENTO ENERGÉTICO DA OXIDAÇÃO
DE ÁCIDOS GRAXOS

Ex: Oxidação Completa do Ácido Palmítico - 16C

1 2
 - Oxidação Ciclo de Krebs Total (1 + 2) ATP formados
8 8 ACETIL - COA
7 NADH 24 NADH 31 NADH 93
7 FADH2 8 FADH2 15 FADH2 30
8 GTP 8 GTP 8
TOTAL 131 (129)*
Calcule o rendimento energético da oxidação completa de um
AG com 22 carbonos.

2
 - Oxidação1 Ciclo de Krebs Total (1 + 2) ATP formados
11 ACETIL - COA
10 NADH 33 NADH 43 NADH 129
10 FADH2 11 FADH2 21 FADH2 42
11 GTP 11 GTP 11
TOTAL 182 (180)*
Oxidação
Balanço Energético

Quantas voltas na
oxidação são necessárias
para oxidar o ácido
palmítico?
Quantas acetil-CoAs são
formadas no total?

Quantos ATPs são


produzidos?

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