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Disciplina: Sociologia – 1º Profª Ana

anos Paula
Fonte/imagem:blogdomariofortes.blogspot.com
Por que estudar Sociologia?
Por que ela é importante?
De que forma esse conhecimento se
relaciona com as nossas vidas?
Alguns estudantes podem também perguntar:
Afinal, para que serve a Sociologia?

Talvez possamos responder assim:

Vivemos numa sociedade altamente


tecnologizada, em que se exige tanto ao
jovem como aos adultos uma utilidade prática
nos conhecimentos adquiridos em todas as
disciplinas do Ensino Médio.
Por conta disso, não podemos “perder tempo”...
Concordam?

Então, será que estudar Sociologia significará


“perda de tempo”?
As respostas às questões
apresentadas nos slides
anteriores, por mais simples que
sejam, não deixam de
representar uma certa análise
sociológica da nossa parte. Por
quê? Ora, porque estamos
dizendo, de certa forma, aquilo
que a sociedade espera de nós.
A Sociologia nos ajuda a refletir sobre nosso cotidiano. Na
foto, professores reunidos no centro do Rio de Janeiro, em
2008, para iniciarem um passeio de reconhecimento e estudo
sobre a influência da população negra na história da cidade.
Da mesma forma, enquanto ciência, a
Sociologia estuda os fenômenos sociais. Ou
seja, as relações que os indivíduos estabelecem
entre eles próprios, gerando normas de
comportamento, atitudes, formação de grupos
e elaboração de ideias sobre os mesmos grupos.

Enfim, estes são alguns dos objetos de estudo


da Sociologia.
Uma questão básica: nossa vida cotidiana é social, ou
seja, não estamos sós no mundo.
Estabelecemos
relações com outros indivíduos e
criamos regras de convivência.
Algumas já existiam quando
nascemos e, provavelmente, existirão depois
de nosso falecimento. Concluímos, então,
que o indivíduo é um produto social, isto é, o
que as pessoas fazem é condicionado, muitas
vezes, pela convivência com outros indivíduos
e grupos de indivíduos.
Um sociólogo norte-americano
chamado Charles Wright Mills
escreveu, em 1959, que a
Sociologia nos ajuda a entender o
que acontece no mundo e como
nos situamos nele.
Ele utilizou dois exemplos bem
simples: o desemprego e o
divórcio. Charles Wright Mills
(1916-1962)
“A imaginação sociológica”
Wright Mills está nos apresentando uma questão simples e que serve para
pensar nossas vidas, ou seja, aquilo que experimentamos na vida em vários
e específicos ambientes cotidianos, como o desemprego, as separações
etc., muitas vezes é influenciado pelas modificações culturais, econômicas
ou outras de caráter mais geral que ocorrem nas sociedades.

Por isso é que ele diz que precisamos ter consciência da ideia e da
existência de uma estrutura da sociedade, das relações sociais, e utilizá-las
com sensibilidade, para sermos capazes de identificar as ligações entre as
nossas diversas experiências da vida cotidiana.

Ter essa consciência e essa capacidade é ter o que Wright Mills intitula
como imaginação sociológica.
“A imaginação sociológica”
O conceito de imaginação sociológica ajuda a desenvolver o pensamento crítico.
Livro: A Imaginação Consiste na habilidade de conectar história, biografia pessoal e as relações entre
Sociológica
elas na sociedade.

A imaginação sociológica possibilita aos estudantes verem e perceberem sua


experiência pessoal e a de outros no contexto da sociedade em geral,
identificando fatos que aparentemente são individuais como fenômenos sociais,
criando assim uma consciência da realidade e ajudando a fazer melhores escolhas.

O conceito opera com processos do conhecimento relacionados ao ver, imaginar,


criar e projetar, ampliando a visão de mundo, relacionando e conectando
situações aparentemente desconexas, díspares e até mesmo contraditórias. A
imaginação tem o poder de perguntar e problematizar algo antes visto como
simples, corriqueiro e natural. Ou seja, ajuda a contextualizar e desnaturalizar,
Fonte: Mills (1959). causando estranhamento frente à realidade, promovendo assim um
deslocamento do sujeito, mobilizando reflexão e pensamento crítico.

Fonte: nossoensinomedio.org.br
Algumas reflexões...

• Quais são os seus problemas cotidianos?

• Quais são as questões que mais lhe preocupam?


• Será que essas questões têm a ver só com o seu
comportamento individual, com as suas atitudes ou
com o seu modo de ser?
Enfim, voltando às perguntas iniciais, será que
a Sociologia pode ajudá-lo a pensar sobre a sua
vida cotidiana? O que acha?
Então, vamos viajar um pouco no
mundo da Sociologia a partir de agora...
Antes, segue uma reflexão final, proposta pelo
cartunista argentino Quino.
Fonte: https://www.slideshare.net/manomoura/a-sociedade-humana
PENSANDO EM ALGUMAS RESPOSTAS....

Ciência da sociedade

Métodos e técnicas de estudo e de pesquisa


Análise e compreensão da realidade social

elaboração de conceitos explicativos


A Sociologia e o Senso Comum
Segundo o sociólogo Boaventura de Souza Santos, “O
senso comum é o conhecimento vulgar e prático que, no
cotidiano, orienta nossas ações e lhes dá sentido”.

Podemos dizer também, tomando como base a produção


científica da Sociologia que, “O senso comum é o
conhecimento que permeia o imaginário popular”.

A Sociologia, enquanto Ciência Social, busca identificar


esse conhecimento e entendê-lo no contexto em que está
inserido.

Cotidianamente, o conhecimento do senso comum faz


parte da vida dos indivíduos.
A Sociologia e o Senso Comum

É o senso comum que está presente na vida


da maior parte das comunidades e das
famílias.

É a partir da educação que recebemos e do


processo de socialização contínuo que o
conhecimento científico vai fazendo sentido
para os indivíduos.

São exemplos: a reeducação alimentar, a Fonte/imagem:luisprandel.blogspot.com

consciência ecológica, o entendimento dos


processos sociais nos quais estamos
inseridos.
Sociologia como ciência.
Uma dificuldade: o problema do SENSO
COMUM

“Verdades” ou “mentiras”?

- “o povo brasileiro é preguiçoso”;

-“todo político é corrupto”;

- “favelado é bandido”.

(OLIVEIRA; COSTA, 2016, p. 14)


“O povo brasileiro é preguiçoso”?
“Todo político é corrupto”?
“Favelado é bandido”?
FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA O
SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
CONTEXTO
HISTÓRICO
Século XVI: A partir do
Renascimento, consolidou
– se uma visão da natureza
e das sociedades humanas
com base em
evidências
obtidas da observação
sistemática (científica) de
dados empíricos.
As revoluções liberais
(Inglaterra, 1649/1689;
EUA, 1776; França, 1789)
destruíram os
fundamentos religiosos
que legitimavam o poder
das monarquias. A
possibilidade de
mudanças racionais na
organização
sociedades
das
SÉCULOS XVII - XVIII pelos próprios
promovidas
indivíduos foi a base do
Iluminismo.
SÉCULOS XVIII -
XIX
A Revolução Industrial,
iniciada na Inglaterra,
transformou as bases
das sociedades
tradicionais europeias,
potencializando os
efeitos das revoluções
científica e política.
REFERÊNCIAS:

Barros, Fischer e Associados. Resumão – Sociologia (série


Ciências Humanas, nº 5). 1ª Edição. Agosto de 2008.

Oliveira, L. F.; COSTA, R. C. R. Sociologia para Jovens do Século


XXI. 4ª ed. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016, p. 08-18
[Cap. 1].

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