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Estrutura e funcionamento do

Ensino Fundamental e Medio


Estrutura & Funcionamento

• associemos a ideia de estrutura à “organização, disposição


e ordem dos elementos essenciais que compõem um
corpo (concreto ou abstrato)” (HOUAISS & VILLAR,
2001, p. 1267).
• Os dicionários costumam ter longos verbetes para a
palavra que possui inúmeros sentidos, com usos em
campos tão diferenciados
quanto a Engenharia, a Filosofia e outros.
• Funcionamento diz respeito ao “ato ou efeito
de funcionar” que, por sua vez, também
comporta significados diversos. A ideia de “um
bom e regular desempenho” (Idem, p. 1403) é
útil a uma compreensão do significado do
termo no campo educacional.
• A estrutura e o funcionamento de uma escola e de
um sistema educacional não são imutáveis. Ao
contrário possuem natureza dinâmica, sujeita a
transformações. As reformas educacionais, em geral
introduzidas
por mudanças na legislação, costumam ser medidas
que causam impacto
tanto na estrutura, como no funcionamento do
ensino
Política Educacional
• A Política Educacional (assim, em maiúsculas)
é uma, é a Ciência Política em sua aplicação ao
caso concreto da educação, porém as políticas
educacionais (agora no plural e em
minúsculas) são múltiplas, diversas e
alternativas.
• A Política Educacional é, portanto, a reflexão
teórica sobre as políticas educacionais (…) se
há de considerar a Política Educacional como
uma aplicação da Ciência Política ao estudo do
setor educacional e, por sua parte, as políticas
educacionais como políticas públicas que se
dirigem a resolver questões educacionais
(PEDRÓ & PUIG, 1998. Grifos nossos)
Gestão da Educação
• Parte da dificuldade da gestão diz respeito ao
fato dela se situar na esfera das coisas que
têm que ser feitas o que nem sempre agrada a
todos. As mudanças, por menores que sejam,
atingem pessoas. Por isso mesmo, mudar
nunca é simples – das coisas mais
elementares, como a cor de uma parede ou
inclusão e retirada de uma disciplina.
• Gestão se faz em interação com o outro. Por
isso mesmo, o trabalho de qualquer gestor ou
gestora implica sempre em conversar e
dialogar muito. Do contrário, as melhores
ideias também se inviabilizam.
Gestão Educacional versus Gestão Escolar

• A gestão educacional diz respeito a um amplo


espectro de iniciativas desenvolvidas pelas
diferentes instâncias de governo, seja em
termos de responsabilidades compartilhadas
na oferta de ensino, ou de outras ações que
desenvolvem em suas áreas específicas de
atuação.
• A gestão escolar, por sua vez, como a própria
expressão sugere, situa-se no plano da escola
e trata de atribuições sob sua esfera de
abrangência.
Base legal
• Até a proclamação da Independência todas as orientações relativas à
educação do Brasil eram oriundas de Portugal.
• Constituição de 1824 e as reformas posteriores.
• Constituição de 1891 e as reformas posteriores.
• Constituições de 1934 e de 1937
• Constituição de 1946 (gerou a primeira LDB)
• Constituição, em 1967
• Constituição, em 1988
• LDB de 1996
A LDB de 1961

• A LDB de 1961 não teve longa vigência. Pouco anos depois de


sua aprovação, novas mudanças políticas motivariam
alterações de grande porte no campo educacional. Com a
ditadura militar, inaugurada em
1964, o país teria uma nova Constituição, em 1967. A
reorganização do ensino superior seria proposta através de um
conjunto de documentos que veio a configurar-se como a
Reforma Universitária (1968). Mais tarde também seria
apresentada a Reforma do Ensino de 1° e 2° Graus (1971),
voltada para a reestruturação do ensino primário, ginasial e
secundário.
Constituição de 1988 e LDB
• Algumas das mudanças estruturais da
educação brasileira têm origem na
Constituição Federal de 1988 (CF).
• O processo de implantacao e garantia do
previsto na constituicao e lento e requer
mudancas ate hoje.
• A LDB e uma forma de tentar acelerar o
previsto na CF.
Educação – direito e dever
• “direito de todos e dever do Estado e da família”, a
ser “promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade” (Art. 205). Aqui se introduz uma
primeira noção importante, a de que a educação é
tarefa a ser compartilhada entre o Estado e a
Sociedade. Na esfera do Poder Público este dever é
uma atribuição repartida entre as diferentes
instâncias governamentais (a União, o Distrito
Federal, os Estados e os Municípios).
Fins e princípios
• Conforme a Constituição o fim da educação é
o “pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” (CF, Art. 205 e
LDB, Art. 2º). A Lei Nº 9.394/96
• atribui sentido amplo à educação, a qual
“abrange os processos formativos que se
desenvolvem na vida familiar, na convivência
humana, no trabalho, nas instituições de
ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e
organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais”.
• A educação escolar é aquela disciplinada pela
legislação que define um vínculo entre a
escola, o mundo do trabalho e a prática social,
importante inovação da LDB (Art. 1º).
• I. igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola;
II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e
divulgar a cultura, a arte
e o saber;
III. pluralismo de ideias e concepções pedagógicas;
IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V. coexistência de instituições públicas e privadas de
ensino;
• VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos
oficiais;
VII. valorização do profissional da educação escolar;
VIII. gestão democrática do ensino público, na forma
desta lei e da legis
lação dos sistemas de ensino;
IX. garantia de padrão de qualidade;
X. valorização da experiência extraescolar;
XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as
práticas sociais.
Profissionais da Educação

• a formação de docentes para atuar na educação


básica far-se-á em nível superior, em curso de
licenciatura, de graduação plena, em universidades
e institutos superiores de educação, admitida, como
formação mínima para o exercício do magistério na
educação infantil e nas quatro primeiras séries do
ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na
modalidade Normal (Art. 62).
• valorização dos profissionais da educação
assegurando-lhes, inclusive nos termos dos
estatutos e dos planos de carreira do magistério
público:
ingresso exclusivamente por concurso público de
provas e títulos; aperfeiçoamento profissional
continuado, inclusive com licenciamento
periódico remunerado para esse fim;
• piso salarial profissional; progressão funcional
baseada na titulação ou habilitação, e na
avaliação do desempenho; período reservado
a estudos, planejamento e avaliação,
incluídona carga de trabalho; e, condições
adequadas de trabalho (Art. 67, I a VI).
Gestão educacional

• A gestão educacional também depende de


circunstâncias políticas e envolve constante
negociação e conflito. Uma arena propícia ao
entendimento dessa dimensão diz respeito ao
encaminhamento de projetos, sejam estes de
autoria do Poder Executivo, ou não e sua
respectiva tramitação no âmbito do Poder
Legislativo.
Gestão escolar

• São tarefas específicas da escola a gestão de seu


pessoal, assim como de seus recursos materiais e
financeiros. Noutras palavras, cabe a ela gerir seu
patrimônio imaterial e material. O primeiro refere-se
às pessoas, às ideias e à cultura produzida em seu
interior; o segundo diz
respeito a prédios e instalações, equipamentos,
laboratórios, livros, enfim, tudo aquilo que se traduz
na parte física de uma instituição escolar.
Gestão democrática
• Os sistemas de ensino definirão as normas da
gestão democrática do ensino público na educação
básica, de acordo com as suas peculiaridades e
conforme os seguintes princípios: I – participação
dos profissionais da
educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola; II – participação das comunidades escolar e
local em conselhos escolares ou equivalentes (LDB,
Art. 14).
Financiamento da Educação
• Fontes do Financiamento
Os recursos para a educação provêm de fontes
diversas do setor público e do setor privado.
No primeiro caso, são movimentados através
dos diversos órgãos da administração direta e
indireta no âmbito federal, estadual e
municipal.
• No segundo caso, originam-se de mensalidades pagas
pelas famílias às escolas privadas e de outras fontes de
arrecadação e aplicação. Importante destacar que nos
últimos anos, o setor privado vem aportando recursos
financeiros na educação pública, especialmente através
de iniciativas desenvolvidas sob o manto da
responsabilidade social que tem no terceiro setor
constituído por fundações, institutos e organizações
não governamentais seu grande baluarte.
Distribuição de responsabilidades

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Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
(MDE)
• “a aplicação dos recursos de impostos deve
ser feita em Manutenção e Desenvolvimento
do Ensino (MDE)” (Art. 212). É importante,
pois, desfazer o equívoco de julgar que
todos os gastos em educação podem ser
financiados pelo Poder Público.
• 18%
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (FUNDEB)
• O FUNDEB promove a distribuição dos
recursos com base no número
de alunos da Educação Básica pública
(creches, pré-escola, ensino fundamental,
ensino médio, educação especial e educação
de jovens e adultos).
• Estados e Municípios passaram a aplicar 60%
dos 25% da receita proveniente de impostos (ou
seja, 15% dos impostos e
transferências) nesta Etapa da Educação Básica,
tendo por base de cálculo o número de alunos
matriculados em cada rede de ensino público.
(antigo FUNDEF)
• Gradativamente os municipios deverao ampliar de
15 para 20%
Salário-Educação
• São os recursos do SE que fi nanciam os
grandes programas federais no campo da
educação – Merenda Escolar, Livro Didático,
Bibliotecas nas Escolas, Programa Dinheiro
Direto na Escola (PDDE), Ações
Complementares do FNDE via Resoluções
e/ou Editais lançados para
benefi ciar estados e municípios.
• Esta contribuição social equivale a 2,5%de pagamentos
recolhidos pelas “empresas em geral e as entidades
públicas e privadas vinculadas ao Regime Geral da
Previdência Social”, com algumas exceções
especifi cadas em lei (Decreto Nº 28/12/2006, Arts. 1º e
2º). Os recursos recebidos pelo FNDE são distribuídos em
duas quotas, a saber: a “quota federal, correspondente a
um terço do montante dos recursos” e a “quota estadual
e municipal, correspondente a dois terços do montante
de recursos” (Art. 9º).
Programas Federais
• O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
• Os programas de livros didáticos – Programa Nacional
do Livro Didático (PNLD), Programa Nacional do Livro
Didático para o En-sino Médio
(PNLEM) e Programa Nacional do Livro Didático para a
Alfabetização de
Jovens e Adultos (PNLA).
• Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE).
• O Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar
(PNATE).
• O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).
Outros investimetos
• Familiares
• Empresas
• Internacionais
• Outros?

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