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SOCIOLOGIA GERAL PROFº: Guilherme Souza

E DA RELIGIÃO

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 A DIMENSÃO MATERIAL  AULA 3
DA ESTRUTURA SOCIAL
INTRODUÇÃO
Estudamos na aula anterior a dimensão simbólica da sociedade, que chamamos de mundoda­
vida. Neste texto trataremos da dimensão material, chamada de sistema. Lembre-­se de
que esta é uma distinção didática, explicativa. Na vida concreta das sociedades, ambas as
dimensões coexistem, misturadas. A diferença fundamental entre essas dimensões é que o
mundo  da  vida  é  predominantemente  simbólico  (idéias,  valores,  conceitos,  organizados
discursivamente),  e  o  sistema  é  predominantemente  concreto  (empresas,  organizações,
instituições, organizados institucional e juridicamente).   

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   1. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA
A dimensão material da estruturação social é chamada de Sistema. Na teoria habermasiana,
os componentes do sistema são as estruturas derivadas  dos meios sistêmicos poder e
dinheiro, a saber, estruturas políticas e as estruturas econômicas da sociedade. Assim como
cada sociedade desenvolveu diferentes conteúdos e formas do mundo­da­vida, também se
produziram diferentes estruturações das relações políticas e econômicas entre as pessoas. 

ECONOMIA

SISTEMA

POLÍTICA

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ESTADO (QUE ASSUME O PAPEL DE ÚNICA
 INSTITUIÇÃO SOCIAL SANCIONADORA LEGÍTIMA)

ESTADO
MERCADO (QUE ASSUME O PAPEL DE ÚNICA
INSTITUIÇÃO ECONÔMICA LEGÍTIMA)

CIÊNCIA (ESPECIALMENTE NAS DIVERSAS 
MÍDIA SISTEMA MERCADO
FORMAS DE TECNOLOGIA DE PONTA)

MÍDIA (NAS SUAS DIVERSAS FORMAS, COMO RÁDIO, TV E A REDE 
MUNDIAL DE COMUNICAÇÃO, SEJA NO
CIÊNCIA SISTEMA DE SATÉLITES, SEJA NA INTERNET)

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   2.  PROBLEMAS E ENFRENTAMENTO 
DE PROBLEMAS SISTÊMICOS
Esta descrição nos ajuda a entender e explicar a estrutura das patologias sociais no Ocidente
moderno (opressão, repressão, perda de sentido, falta de participação política, etc.). Para
Habermas, essas patologias são o resultado da colonização do mundo da vida pelo sistema.
A colonização do mundo de vida se dá na medida em que os meios sistêmicos de
coordenação da ação social subordinam a interação social regida pela ação comunicativa. Ou
seja, quanto mais complexas se tornam as estruturas econômicas e políticas e as instituições
e avanços tecnológicos e midiáticos, mais elas se regem por seus próprios interesses,
tornando-se cada vez mais impessoais.

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   3. DO COTIDIANO À SOCIEDADE
Ao conversarmos e agirmos em sociedade, produzimos “representações” dos
nossos mundos (objetivo, social, subjetivo). Algumas dessas representações
tornam-se
mais aceitas socialmente e vão se transformando em textos (verbais,
escritos ...). Esses textos vão se tornando mais complexos e se configurando
em discursos, que representam diferentes visões de algum aspecto dos nossos
mundos. Esses discursos, que expressam também conflitos sociais, se
aglutinam – por afinidade – em formações discursivas,as quais, por sua vez,
também, por afinidade, se aglutinam em formações ideológicas; todos esses
níveis representam tanto os acordos quanto os conflitos simbólicos em uma
dadasociedade.

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   3. DO COTIDIANO À SOCIEDADE

INSTITUIÇÕES CAMPOS DE
GRUPOS SOCIAIS ATUAÇÃO
SOCIAIS

FAMÍLIA ESCOLAS CAMPO ECONÔMICO


AMIGOS EMPRESAS CAMPO POLÍTICO
BAIRRO PARTIDOS CAMPO EDUCACIONAL
CAMPO ARTISTICO
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CONCLUSÃO

Os conceitos de mundodavida e sistema nos ajudam a entender os complexos


processos mediante os quais uma sociedade existe e se reproduz no tempo e no
espaço. Também nos ajudam a entender porque existem problemas sociais
sérios cuja solução não depende apenas da boa vontade das pessoas, mas
também da aplicação de conhecimentos sociológicos. É claro que a sociologia
não pode ser vista como o remédio para os males sociais, mas ela é muito útil
na busca de soluções viáveis. Para todos aqueles que acham que viver a vida de
maneira mais consciente vale a pena, a sociologia é um guia bem-vindo.

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BIBLIOGRAFIA:
 HABERMAS, J. “Acções, actos de fala, interacções linguisticamente mediadas e o
mundo vivo” in Racionalidade e Comunicação. Lisboa. Edições 70: 2002.

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