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Encontro de Agentes de Pastoral do Dízimo -

Diocese de Camaçari 1
DÍZIMO:
UMA MANEIRA DE SER IGREJA

Um olhar sobre o documento nº 8

PASTORAL DO DÍZIMO
Estudos da CNBB
Um olhar sobre o documento nº 8

INTRODUÇÃO
Documento nº 8 - Junho de 1975

X Assembleia Geral ( São Paulo, 1969), os bispos do Brasil,


respondendo a uma insistente solicitação dos presbíteros (cf.
“Documento dos Presbíteros”) , classificou como “pastoralmente
inadequado o sistema de taxas” e votou que se fizesse “ um
estudo teológico e científico sobre o dízimo a ser aplicado
sistematicamente”. Documento nº 8, pág. 7

A implantação do dízimo é agora colocada como meta a ser


atingida por todas as Igrejas Particulares do Brasil. Essa meta
não é uma mera exortação ou um objetivo desejável. As Igrejas
Particulares “devem” buscá-la. Documento nº8, pág. 9
Um olhar sobre o documento nº 8

DÍZIMO NA BÍBLIA

Gn 4 – Caim e Abel

Gn 14, 18-20 – Abraão

Ex 23,19 – Primícias

Js 24, 14 – “Servi o Senhor com fidelidade”

Ml 3 – “Fazei a experiência”

Mt 23, 23
“Então haverá um lugar que escolherá o
Senhor vosso Deus para ali fazer habitar o seu
nome; ali trareis tudo o que vos ordeno; os
vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e
os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa
mão, e toda a escolha dos vossos votos que
fizerdes ao Senhor...
Guarda-te, que não ofereças os teus
holocaustos em todo o lugar que vires.” – Dt
12,11.13
Um olhar sobre o documento nº 8

DÍZIMO E COMUNIDADE

A superação do sistema de taxas pelo dízimo adquire, assim,


um sentido pastoral essencial. Ele é verdadeira ligação do
cristão com a Igreja, onde vive o mistério da salvação.
Documento nº 8, pág. 54

O dom é feito a Deus, que dele não necessita, mas com o


sentido preciso de socorrer as necessidades da comunidade,
em termos de culto, de manutenção de serviços apostólicos, e
de socorro aos irmãos mais necessitados. Pág. 55

“Para não faltar alimento na minha casa.”


Um olhar sobre o documento nº 8

ESPONTANEIDADE OU ORGANIZAÇÃO

Um sistema de dízimos que simplesmente


deixasse plena espontaneidade para que
cada um contribuísse com quanto, como e
quanto quisesse já não poderia chamar-
se dízimo.
Um olhar sobre o documento nº 8

OS SINAIS VERMELHOS DA HISTÓRIA

Historicamente, o sistema de dízimo correu três


riscos fundamentais e, por vezes, neles incorreu:

1 - A rotina ou a perda de seu sentido religioso


verdadeiro.
2 - Os abusos em sua aplicação.
3 – A criação de uma mentalidade farisaica.
Um olhar sobre o documento nº 8

Subsídios para implantação

Preparação

Implantação
•Onde devolver?
•Como devolver?

Consequências

Resultados
Um olhar sobre o documento nº 8

A HORA E A VEZ DA OPÇÃO


DIOCESANA
O que pretende o dízimo?
Será possível, através dele, sustentar a comunidade, as
dioceses, as obras sociais e os ministros?
Não será uma temeridade lançar-se a um sistema
desconhecido, sujeito a tantos altos e baixos?
Não irão nossas comunidades definhar na miséria?

A motivação última e mais profunda, que leva a uma opção


pelo dízimo, não é financeira, mas pastoral.

O sistema do dízimo não é mais prático que o das taxas, se


por praticidade se entende a facilidade de captar recursos. É
sempre mais fácil receber a espórtula por ocasião dos atos
de culto.
Qualquer mudança de sistema supõe coragem para correr
riscos. Funcionando bem ou mal, um sistema existente traz
segurança: qualquer mudança em direção a algo novo
acarreta insegurança.
Um olhar sobre o documento nº 8

BUSCAR DIZIMISTAS OU MEMBROS PARA A


COMUNIDADE?

A implantação do dízimo é um
instrumento pastoral poderoso de
renovação em direção à comunidade.
Seja qual for o ponto de partida, a
formação de uma comunidade
consciente deve ser o objetivo em mira.
Documento nº 8, pág. 79
Um olhar sobre o documento nº 8

CONSCIENTIZAR A COMUNIDADE OU ATINGIR A


OPINIÃO PÚBLICA?

O problema do dízimo é um problema interno


da Igreja, é um problema de participação de
seus membros e não uma mensagem a ser
lançada na opinião pública nacional, a todos
os homens de todas as crenças, ideologias e
posições. Documento nº 8, pág.80
REVENDO:

DÍZIMO NA HISTÓRIA DA IGREJA

No início nem precisava falar em dízimo


(cf. Atos 4,32)
No ano 380 o assunto dízimo, meio esquecido,
começou a ser relembrado.
• Século VI os concílios da Igreja foram reafirmando o
dever do dízimo como reconhecimento

• Século VII, poder civil apoia a Igreja


exigindo o dízimo dos fiéis. Obrigado por
lei, deixando de ser espontâneo , um ato
de fidelidade e generosidade.
DÍZIMO NA HISTÓRIA DA IGREJA
No Brasil

Estado cobra o dízimo como um imposto e repassava parte


para a Igreja. até a proclamação da República em 1889.

A Igreja separa-se do Estado;


O padroado (regime de sustentação da Igreja e do clero pelo
Estado) através do dízimo cobrado como imposto, foi eliminado.

A Igreja para sobreviver, improvisa a cobrança de taxas pelos


serviços religiosos, que perdura até hoje. O que foi criado
para resolver uma emergência já dura mais de 100 anos.
O dízimo nos leva ser mais Igreja. Uma Igreja de
unidade e trabalho onde todos participem, cada
um cumprindo seu papel sem distinções. Todos
são vitais para o crescimento da Igreja.

Que o dízimo possa realizar em nossas


comunidades a opção preferencial de Cristo e da
Igreja pelos pobres. Que os mais simples se
encontrem e se sintam amados. Que não
tenhamos uma Igreja de elite financeira ou
intelectual, mas de irmãos que amam a Deus e O
servem.
O dízimo é capaz de transformar pedra sem valor
em diamante. O cristão consciente, dizimista,
deixa de ser número para ser membro ativo.Não
nos preocupemos com a quantidade de cristãos,
e sim com a qualidade deles. Ser dizimista é dar
passos de qualidade na vida da comunidade.

Que o dízimo nos ensine a olhar os nossos irmãos


da Igreja como singulares, únicos. Para cada
coração um cuidado, para cada família uma
palavra. Que as pequenas comunidades de bairro,
ruas, vilas, rurais sejam motivadas para o estudo
e a encarnação do evangelho.
COM
ESPIRITUALIDADE
Vivência das virtudes teologais

“Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha
fé pelas minhas obras”Tg 2,18b

Esperança
“Porque pela esperança é que fomos salvos” Rm 8, 24a

Caridade
É da caridade que nasce a espiritualidade do dízimo
como um gesto de comunhão e partilha.
RESPONSÁVEL E TRANSPARENTE

“O Dízimo deve ser administrado por um grupo


de leigos eleitos pela própria comunidade, e
nunca pelo padre ou alguém de sua confiança,
e é preciso que estes mesmos representantes
constantemente prestem conta à comunidade,
porque é indispensável que a comunidade
tenha conhecimento dos pormenores da
arrecadação e da sua aplicação, evitando que
se crie uma suspeição maléfica e danosa para o
próprio sistema e para a Igreja em geral” –
Documento nº 8
A maior Forma de Captar:
Recursos Humanos
Trazemos o fiel para o seio da comunidade

Recursos espirituais
Vivencia das primeiras comunidades Cristãs
Recursos Financeiros
De forma bíblica a sustentabilidade da Igreja
Recursos materiais
Tudo que é necessário para a Evangelização

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