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IV.

INSPECÇÃO DE ACESSÓRIOS
DAS LINGAS

Ze Luis (2021) 1
1. Introdução

Em conformidade com os procedimentos de operacionais,


todos os acessórios de içar e de ligação deverão ser
inspecionados a fim de se evitar acidentes. Realizamos
a inspeção de acessórios de içamento visual
e dimensional, trimestrais (ou em outras periodicidades
definidas em comum acordo com o usuário) e anuais com
técnicos e engenheiros treinados e qualificados.

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1.1. Objectivos

No final desta aula, espera-se que o estudante seja


capaz de:
Descrever os procedimentos de inspeção no
recebimento, visual e completa dos acessorios de içar
e de ligação
Elaborar o relatório da inspeção

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1.2. Conceito – Inspecção

A inspeção em acessórios de içar e de ligação da carga


é uma pratica que consiste em identificar possíveis
desgastes nos acessórios usados nas operações de
movimentação da carga e por objectivo garantir a
segurança no processo de elevação ou movimentação
das cargas.

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2. Tipos de inspecção

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2.1. Tipos de inspecção

De acordo com a modalidade e frequencia, a inspecção pode


ser:
Inspeção Frequente: antes de cada uso e realizada pelo
operador;

Inspeção periódica: realizadas em prazo definido pela


empresa e por pessoa qualificada e é elaborado um relatorio

Inspeção especializada: realizada em 6 meses por pessoas


qualificadas, baseadas nas normas internacionais e no fim, é
elaborado um relatório e assinado pelo responsável técnico
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3. Procedimentos de inspecção dos
acessórios

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3.1. Procedimentos de inspecção dos
acessórios

Existem três procedimentos de Inspeção de acessórios de


icamento:

Inspecção no Recebimento
Inspecção Visual
Inspecção Completa

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3.1.1. Inspecção no Recebimento

 Assegurar que o material está de acordo com o solicitado.


 Verificar se está acompanhado do Certificado de Qualidade
do fabricante do Acessório.
 Assegurar que o acessório foi fabricado com material novo,
sem uso e qualificado para tal aplicação

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3.1.2. Inspecção Visual

Consiste em localizar qualquer defeito exterior, por exemplo:


deformação, amassamento, torção, fissuras, etc. Além disso, é
verificado o ajustamento entre os componentes e sua eficácia
durante o uso.

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3.1.2. Inspecção Visual.Cont.

 Antes de cada série de movimentação devem ser


inspecionados visualmente quanto a defeitos ou
deteriorações.

 A inspeção é realizada por um profissional qualificado com


a finalidade de se detectar alguns tipos de danos ou
desgastes de maneira prévia, possibilitando a necessidade
de realizar se manutenção do acessorio ou a substituição do
do mesmo

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3.1.3. Inspecção Completa

 Antes de cada série de movimentação devem ser


inspecionados quanto a defeitos ou deteriorações.

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4. Inspecção Completa dos Acessórios

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4.1. Etapas de Inspecção Completa

 Levantamento: o inspetor faz um levantamento de todos


acessórios que precisam ser inspecionados.
 Identificação: consiste em identificar os acessórios, para
buscar o histórico de inspeção dos mesmos.
 Registo das informações: conciste no preenchimento das
fichas de inspeção e coletacta de fotos
 Execução: conciste na realização da inspeção dos
acessórios
 Finalização: consiste na elaboração do relatorio da
inspecção

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5. Inspecção Completa das correntes

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5.1. Inspecção de correntes

A inspeção de correntes
faz parte de um
processo minucioso que
tem como principal
objetivo evitar possíveis
imprevistos em
empresas

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5.2. Danos nas correntes

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5.2. Danos de correntes. Cont.

Desgaste: As correntes devem ser substituídas quando o


diâmetro médio (dm) apresentar redução igual ou superior a
10% do diâmetro nominal

Alongamento: as correntes devem ser substituídas quando a


medida externa do elo exceder em 3% o seu passo original, o
que corresponde a 5% do passo interno do elo.

Passo externo = passo interno + 2d.

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5.3. Utilização segura de lingas de
correntes
 Nunca exceda o WLL especificado para a aplicação;
 Distorcer as correntes antes de utilizá-las e, jamais, dar nós
nas correntes;
 Certificar-se de que a corrente não apresenta danos ou
desgaste antes do uso (ter fichas de controlo das lingas).
 Certifique-se de que a corrente esteja protegida de cantos
vivos da carga – considerar redução de 30% do seu WLL;
 As correntes não devem ser deixadas no chão onde possam
sofrer danos mecânicos ou corrosão e, até mesmo, se
perderem.

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6. Inspecção de cabo de aço

20
6.1. Inspecção de cabo de aço

Para evitar possóveis


trastornos durante a
movimentação de cargas,
a inspeção em cabos de
aço é fundamental

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6.1. Inspecção de cabo de aço.Cont.

A inspeção em cabos de aço é um processo extremamente


importante, sempre realizada para garantir a segurança dos
operadores, das cargas movimentadas e certificar e
acompanhar a vida útil do equipamento.

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6.2. Metodologia de inspecção de
cabo de aço

A primeira fase da inspeção em cabos de aço é verificar o


número de arames rompidos, o que pode ocorrer por diversos
fatores (abrasão ou fadiga por flexão), tanto nos arames
externos quanto nos internos. Feito isso, ocorrerá a inspeção
mais detalhada, onde o operador deverá observar as causas dos
defeitos nos cabos de aço

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6.3. Causas dos defeitos nos cabos de
aço

Arames gastos por abrasão – causado pelo atrito do cabo,


sob pressão, com os canais das polias e do tambor e pode ser
acelerado por deficiências de lubrificação. Mesmo sem a
ruptura total do cabo, o seu desgaste reduz a sua resistência
através da redução da área metálica, tornando seu uso
perigoso

Arames gastos por corrosão – diminui a resistência à tração


através da redução da área metálica do cabo, além de acelerar
a fadiga.
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6.3. Causas dos defeitos nos cabos de
aço. Cont.

Deformações – ocorrem principalmente devido ao mau uso


ou irregularidades no equipamento em contato com o cabo e
ainda por métodos inadequados de fixação, no caso dos laços.

25
7. Inspecção das cintas

26
7.1. Inspecção das cintas

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7.2. Inspecção de cintas

A inspeção de cintas é de extrema importância antes, durante


e depois do içamento da carga. Qualquer detalhe poderá fazer
a diferença, tanto para a carga, que pode ser perdida e/ou
avariada, como para a segurança de todos os operadores que
estão em campo realizando o serviço de transporte e os demais
usuários das vias.

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7.3. Tipos de danos nas cintas

Existem alguns exemplos de danos que devem ser


verificados durante a inspeção de cintas de amarração:

Cortes
Desfiamentos
Ausência de identificação
Deformação dos terminais

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7.4. Metodologia de Inspecção das
cintas
Existem pontos a serem observados durante a inspeção de
cintas de içamento:

Inspeção de danos no corpo e nos olhais


Etiqueta de identificação do equipamento
Cortes ocasionados por cantos vivos
Proteções complementares
Encaixes e acessórios

30
8. Inspecção de manilhas

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8.1. Inspecção de manilhas

Inspecionar a manilha periodicamente e sempre verificar,


antes da utilização, os seguintes itens:

Corpo e pino estão identificáveis como sendo do mesmo


tamanho, tipo e aço;
A marcação é legível;
As roscas do pino e do corpo da manilha não estão
danificadas.

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9. Inspecção de Olhais

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9.1. Inspecção de Olhais

A inspeção de olhais é um
processo fundamental para
que o equipamento
trabalhe de acordo com as
principais normas técnicas.

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10. Inspecção de ganchos (gatos)

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11. Inspecção de ganchos (gatos)

Quando a abertura do gancho estiver deformada ou desgastada


em mais de 10%, o mesmo deve ser substituído. Cortes ou
partes quebradas também implicam em substituição. Os
ganchos VIP possuem indicadores para facilitar a inspeção. O
desgaste máximo permissível do pino VG é 10%.

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12. Relatório de Inspecção

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12.1. Relatorio de Inspecção

No fim da inspecção é elaborado um Relatorio.


Portanto, as informações da inspeção visual em cabos
de aço são coletadas e inseridas no relatorio, o que
garantirá maior confiabilidade e agilidade na geração
do relatório final de inspeção. De posse do relatório,
o usuário poderá tomar a melhor decisão á respeito da
manutenção do cabo de aço em serviço ou posterior
substituição do mesmo.

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12.2. Relatório de Inspecção. Cont.

O relatório de Inspeção de acessórios de içamento conterá


todas as informações técnicas colhidas em campo, fotografias
e o confronto com as tolerâncias dimensionais normativas será
apresentado e disponibilizado para que as providências sejam
tomadas, como por exemplo:

Remoção de serviço com substituição do item


Remoção de serviço com possibilidade de reparo ou
aprovação
Continuidade para mais um ciclo de trabalho.

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12.3. Relatório de Inspecção. Cont.

Elementos que devem ser respeitados na elaboração de


Relatório de Inspecção:

 Documento conténdo fotos


 Descrição de todos os itens inspecionados
 Lista de acessórios que estão aptos para serem usados
 Lista de acessórios que devem ser trocados ou consertados
 Lista de acessórios que estão danificados.

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12.3. Ficha de Inspecção

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13. Referencia Bibliográfica

https://www.amarracaodecargas.com.br/inspecao-de-eslingas/

https://www.rud.com.br/produtos/movimentacao-amarracao-
cargas/inspecao-lingas-acessorios/

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Adaptado do Marion
(2009):
Um Pátio Portuário ou
Porto Seco, sem
procedimentos, é como
um barco, em alto-mar,
sem bussola,totalmente a
deriva (p.28).

Turma D20 - INP


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