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Circuitos Elétricos

(ELE0506)
Análise de Circuitos em Regime
Permanente Senoidal
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Fasores e Equações Diferenciais Ordinárias
Representação de uma Senóide por um fasor
• Define-se uma senóide de freqüência angular ω como uma função do
tempo de (-∞, ∞), na forma:
f t   Am cost   

• Onde as constantes Am, ω,  são respectivamente a amplitude,


freqüência angular e fase da senóide. Todo o desenvolvimento a seguir é
baseado no seguinte teorema:
“ A soma algébrica de um número qualquer de senóides de mesma
freqüência angular e de um número qualquer de suas derivadas, de
qualquer ordem, resulta também em uma senóide de mesma freqüência
”.
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Fasores e Equações Diferenciais Ordinárias
• Como decorrência natural desse teorema fica a sugestão de que senóides podem ser
tratadas através de métodos algébricos, dispensando o uso de derivadas e, portanto,
evitando a solução de equações diferenciais.

• Primeiramente, observe que uma senóide fica perfeitamente definida através de sua
freqüência angular, sua amplitude e sua fase.

• Isso sugere que uma senóide seja representada por um número complexo A=Amej , desde
que fique subentendida a sua freqüência angular ω.

• A fim de reproduzir a função no tempo, utiliza-se a relação:

 
f t   Am cost     Re Am e j t    Re[ Ae jt ]  Re[ Am e j .e jt ]

onde Am, ω,  são números reais e o número complexo A (A=Re[Amej(φ)]), representativo da


senóide, é chamado de “fasor”.
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Fasores e Equações Diferenciais Ordinárias
• Exemplo: Seja vt   2  220 cos120t   6 V . O fasor representativo dessa tensão é:
Am ω

A  2.220e j 6  2.220(cos  jsen )
6 6
e a função pode ser dada por:
 
vt   Re Ae j120t  v(t )  Re[ 2 .220.e
j
6
.e j120t ]  Re[220. 2.e
j (120t  )
6
]

• Cabe registrar que, em Engenharia de Sistemas de Energia Elétrica, costuma-se adotar


como módulo do fasor representativo das grandezas senoidais seus valores eficazes,
em vez das amplitudes. Esse não é o caso do presente texto.
• As coordenadas do número complexo Aejωt são:

xt   Re Ae jt ;  
yt   Im Ae jt 
• Pode-se imaginar que essas funções são as projeções de um fasor girante de
velocidade angular , no plano complexo, no sentido anti-horário, conforme mostra a
figura a seguir.
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Fasores e Equações Diferenciais Ordinárias

• A representação fasorial de senóides é usada principalmente na solução de equações diferenciais


ordinárias lineares, com coeficientes reais e constantes, quando a excitação é uma senóide.
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Fasores e Equações Diferenciais Ordinárias
Aplicação do Método Fasorial à Solução de Equações Diferenciais
• Considere a equação: d nx d n 1 x dx
a0  a1    an 1  an x  Am cost     Re[ Am e j (t  ) ] (1)
dt n dt n 1 dt

onde ai, i=0,1,...,n; Am, ω e  são reais.


• Substituindo: X
xt   ReXe jt   ReX m e   Lembrando que:
j

 e jt  Re X m e j t   (2)
et   ReAe jt   ReAme j
 e jt   ReA e   
m
j t   
x(t )  Re Xe jt 
dx
dt
 Re[X ( j )e jt ]

• Fazendo (2) em (1):


a0 ReX  j  e jt  a1 ReX  j  e jt    an ReXe jt   ReAe jt 
n n1

• Como   , e jt
Re M e jt  Re N   t ,Mtem-se:
N

A
X
a 0  j   a1  j     an
n n 1

• Dessa forma, calcula-se o número complexo X, cujo módulo e cuja fase definem a senóide da
resposta.
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Fasores e Equações Diferenciais Ordinárias
• Exemplo 1: Determine a resposta de • A solução particular dessa equação é
regime permanente do circuito RLC da forma: v t   ReV e  V  V e. Assim:
c c
jt
c c
j

série da figura abaixo, para uma


excitação senoidal et   E cost     ReEe 
jt
LC j   RC j   1V e
2
c
jwt
 Ee jwt
m E
V c  2
1   LC  jRC
E (1   2 LC )  jRC
  
(1   2 LC )  jRC (1   2 LC )  jRC



E (1   2 LC )  jRC 
(1   2 LC ) 2  jRC  j 3 LRC 2  jRC  j 3 LRC 2  (RC ) 2
E (1   2 LC ) ERC
 j
• Temos, 2 2
(1   LC )  (RC ) 2
(1   LC ) 2  (RC ) 2
2

Cdvc Re Im
i (1) E 2 (1   2 LC ) 2 E (RC ) 2
2
dt | Vc |  
di [(1   2 LC ) 2  (RC ) 2 ]2 [(1   2 LC ) 2  (RC ) 2 ]2
LKT :  Ri  L  vc  e(t )  0 ( 2)
dt E 2 [(1   2 LC ) 2  (RC ) 2 ] E
| Vc | 
• Substituindo (1) em (2) 2 2
[(1   LC )  (RC ) ] 2 2
[(1   2 LC ) 2  (RC ) 2 ]

d 2 vc dv ERC
LC 2
 RC C  vc  e(t )
dt dt (1   LC ) 2  (RC ) 2
2
RC
 c  tg 1 2
 tg 1
(Equação diferencial do circuito) E (1   LC ) (1   2 LC )
(1   2 LC ) 2  (RC ) 2
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Conceitos de Impedância e Admitância
• As relações tensão-corrente nos elementos de circuito foram
apresentadas através de relações integro - diferenciais.

• Por esse motivo, as leis de Kirchhoff dos nós e das malhas resultavam em
equações dessa mesma natureza, i. e., equações diferenciais ordinárias.

• Na seção precedente, mostrou-se como utilizar fasores complexos para


representar as grandezas de excitação e resposta de um circuito, que
podem se constituir de tensões ou correntes.

• Se essa representação for realizada já na fase de estabelecimento das


relações tensão-corrente para os diversos elementos de circuito, alguns
parâmetros podem ser definidos para esses elementos, de maneira que
a própria aplicação das leis de Kirchhoff para equacionamento do
problema fica facilitada.
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Conceitos de Impedância e Admitância

Relações fasoriais para os elementos do circuito:


vt   Vm cost  V   ReVe jt 
• Nesta seção serão deduzidas as
it   I m cost   I   ReIe jt 
relações fasoriais entre tensão e
corrente para os três elementos básicos onde : V  Vme j e v
I  I m e j i

de circuito: resistor, indutor e capacitor. a) Resistor, R


• Em cada caso, assumir-se-á que o vt   Rit 
elemento em questão está conectado a   
Re V e jt  R  Re I e jt  
 Re R I e jt   V  R I  Vme jv  RI me jI
I  GV
um circuito linear invariante no tempo, • Representação no plano complexo
funcionando em regime permanente
senoidal, com freqüência angular ω.
 i

• Representação como elemento de ckt


• .
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Conceitos de Impedância e Admitância
b) Indutor, L
c) Capacitor, C
dit  dv c t 
vt   L
dt
  d
   L ReI  j e 
 Re V e jt  L Re Ie
dt
jt jt i t   C
dt

 Re jL I e jt    d
  
Re I e jt  C Re V e jt  Re CV  j e jt 
Portanto: dt
V  jL I  Vme jv  jLI me jI  V 1
I  jCV   Z c  ; Y c  jC
 Vme jV  Le j 90º I me jI  Vme jV  LI me j (I 90º) I jC
Logo, V  Z  jL; I  Y  1  I me jv  jCVme jI  CVme j (V 90º)
L L
I V jL
• Representação no plano complexo
• Representação no plano complexo

• Representação como elemento de ckt


• Representação como elemento de ckt
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Conceitos de Impedância e Admitância
Conexões série e paralelo de impedâncias
• De uma maneira geral, pode-se então
caracterizar uma impedância como:
Z  R  jX
• Considerando a conexão série de um • onde X é denominada “reatância”,
resistor com um indutor, tem-se: podendo ser indutiva ou capacitiva.
v(t )  vR (t )  vL (t )  Re[vR e jt ]  Re[vLe jt ]  Re[(VR  VL )e jt ] Semelhantemente, tem-se:
V  V R  V L  R  jLI Y  G  jB
V
Portanto,  R  jL Z  R  jX  Y 
1 ( R  jX )
 2
R  jX

I R  jX ( R  jX ) R  jXR  jXR  X 2
• R X
É evidente que, se em vez de um  2 2
j 2
R X R X2
indutor houvesse um capacitor, a G B
relação acima ficaria:
• onde G é a condutância e B é
V
 R
1
 R j
1 denominada “susceptância”,
I jC C
podendo também ser indutiva ou
capacitiva.
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Conceitos de Impedância e Admitância
• Considere agora a associação série de V V  1 1 
I  I1  I 2      V
duas impedâncias: Z 1 Z 2  Z 1 Z 2 

V 1 Z Z
  Z eq   1 2
I 1 1 Z1  Z 2

Z1 Z 2

• Observe que, se em vez dos valores


• Mais uma vez, tem-se:
de impedância, forem usados valores
V 1  Z 1 I ;V 2  Z 2 I e V  V 1  V 2  Z 1  Z 2 I  Z eq I
de admitância, nas associações
• Ou seja: Z eq  Z 1  Z 2 acima, obtém-se para a associação
em:
• Por outro lado, para a associação de – Paralelo  Y eq  Y 1  Y 2
Z1 e Z2 em paralelo, vale:
1 1 1
 
– Série  Y eq Y 1 Y 2
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Análise de Malhas e Nodal para Regime Permanente Senoidal
1 1 1
ZC   j j   j   YC  j 4
C 2 2 4
1
• As leis de Kirchhoff ainda se aplicam quando Z L  jL  j 2  2  j 4  YL   j
4

as relações tensão-corrente nos elementos


de circuito se apresentam em forma fasorial.
• As equações resultantes formam um sistema
de equações lineares e complexas, cuja
solução pode ser obtida através dos métodos
numéricos tradicionais.
• Exemplo 1: No ckt abaixo, a fonte de corrente
é caracterizada por i f  10 cos2t  30º A. I c  Y c V c  jC V 1  V 3   j 4V 1  V 3 
Considerando 1 que:1
I L  Y LV 2  V2 j V2
jL 4
Pretende-se determinar a tensão V3, em
regime permanente, através de análise nodal.
Para tanto, convertem-se as grandezas do a1 : Iaplicação das Lei de Kirchhoff das
nó f  1V 1  1V 1  V 2   j 4V 1  V 3  ou : 2  j 4V 1  V 2  j4 V 3  I f
circuito para seus respectivos fasores:
Correntes resulta em: 1  1
nó2 : 1V 2  V 1   1V 2  V 3     j V 2  0 ou : V 1   2  j V 2  V3  0
  1030 ;
i f  Re I f e
j 2t
0
  V 
v1  Re V 1e
j 2t

1 v1

1
4 

4
3 
nó3 : j 4V 3  V 1   1V 3  V 2   V 3  0 ou :  j 4V 1  V 2    j 4 V3  0
 ReV e   V  ; v  ReV e   V  2
j 2t j 2t
v2 2 2 v2 3 3 3 v3
2 
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Análise de Malhas e Nodal para Regime Permanente Senoidal

• Na forma matricial, tem-se: • Em forma compacta, pode-se



2  j 4 
 escrever: YV  I .
1  j 4  V   I  1030 0  8,91  j 4,54 
  1 f
 1  1     
 2 j  1  V 2   0 
 

 4
 V 3   0  • onde Y é a matriz admitância, que
3  
  j4 1   j4 pode ser obtida através da mesma
 2 
regra de formação que a matriz de
V 1   5,35  j 3,56  condutância G, anteriormente
V  V 2   4,56  j 4,47 (V ) estudada.
V 3   4,88  j 4,25

2 2
• Notar que Y é complexa e, como tal,
| V3 | 4,88  4,25  6,47
V3  6,47410 pode ser desmembrada na soma:
4,25
 V3  tg 1  410
4,88 Y  G  jB.

V3  6,47 cos(2t  410 ) B é a matriz de susceptância.


Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Ressonância
• Circuitos ressonantes serão Admitância como Função de Freqüência
usados para ilustrar alguns Freqüência de Ressonância (aquela com que
aspectos da análise de regime excitamos o ckt) implica que as reatâncias do
capacitor e da bobina possuem módulos
permanente senoidal. iguais. Tendo elas sinais opostos, irão anular-
se e a impedância do ckt será puramente
resistiva. Desse modo obteremos uma
• Utilizam-se, basicamente, dois corrente eficaz maior, pois toda corrente do
tipos de circuitos ressonantes: ckt estará em fase com a tensão.
paralelo e série. L 
1
 
1
C LC

• Neste texto, analisar-se-á • Considere o circuito RLC paralelo a


exclusivamente o circuito seguir, excitado por uma fonte de
ressonante paralelo, uma vez corrente senoidal, de freqüência
que o circuito série é o seu dual. angular ω.
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Ressonância
• Nesse caso, diz-se que o circuito
está “em ressonância”.
• Dois gráficos podem ser traçados, a
fim de caracterizar o
comportamento da admitância com
freqüência, conforme se mostram
• A admitância equivalente do circuito abaixo:
vista pela fonte (nos terminais A e B), é
(admitância de entrada):
1  1 
Y  j   G  jC  G j  C  
jL  L 

• Observa-se que a parte real de Y


(condutância) é constante, mas sua parte
imaginária (susceptância) varia com a Quando a freqüência ω << ω0, B
1 B tende a 1/WL, quando ω >> Y = G + j(ωC-1/ωL)
freqüência do
B   C sinal de excitação,
; para B   0   0i.e.:
1
ω0, B tende a WC. Para ω=ω0, ω=ω0 apenas a parte real de
L LC
B=0. Y.
ω=0  Y tende a -.
1 C LC CL  LC LC 0 ω=+  Y tende a + .
  0   B(  0 )    
LC LC L L LC L LC
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Ressonância
• O gráfico (b) mostra a variação, no • Nesse caso, a representação de Z
plano complexo, entre as partes real pode ser feita em um “plano de
e imaginária de Y. impedância” e a curva resultante é o
“lugar de Z”. Essa representação está
• Nesse caso, o plano é chamado de mostrada abaixo:
“plano de admitância” e a curva
resultante, “o lugar de Y”.

• Note que outra forma de caracterizar


o comportamento de Y com a
freqüência é através de Y=|Y| e Y.

• O circuito RLC paralelo poderia ainda


ser caracterizado por sua impedância
de entrada: Para ω = 0,
1 (G  jB ) G  jB
Y  G  jB  Z  1    B(ω) = - ∞ ⇒ Z(ω) = j0+
Y G  jB (G  JB) G 2  jGB  jGB  B 2
Para ω = ∞, B
1 G B  B(ω) = ∞ ⇒ Z(ω) = j0- Y = G + j(ωC-1/ωL)
Z  2 j 2
Y G  B  
2
G  B 2   Para ω = ω0,
B(ω) = 0 ⇒Z(ω)=1/G.
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Ressonância
• As correntes no indutor e no
• O significado de ressonância pode ser capacitor são diretamente opostas,
melhor entendido ao examinar a se anulam, ao se adicionarem no nó
variação de Z com ω no lugar de Z . comum.
Observe que paraω=0, tem-se Z=0 e
em ω=ω0 Z atinge o valor máximo • Em baixas freqüências, a maior parte
1/G, para depois decrescer até zero da corrente passa no indutor (ω<<ω0)
quando ω. e em altas freqüências no capacitor
(ω>>ω0).
• Fisicamente, toda a corrente da fonte
passa através do resistor, quando
ω=ω0.
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Diagrama Fasorial
• Exemplo: Seja i t   cost  I  1e  10º ;
f f
j 0º
• No plano complexo, fica:
Considere R=1Ω, L=1/4H e C=1F.

Y  j1  G  j C  1 
L  1  j3  10  71,6º
1
Z  j   1
Estão em fase
 71,6º Adiantada em
Y  j1 10 relação a V
1 1
V  Z  j1 I f  71,6º10º  V  71,6º (V )
10 10

Logo:

V 1 1
 IR   71,6º  I R  71,6º ( A);
R 10 10 Atrasada em
relação a V
1
71,6º
V V 10 4
 IL     IL    18,4º ( A);
jL j / 4 1 90º 10
4
V 1 1
 IC   jCV  71,6º190 º  161,6º ( A)
1 10 10
jC
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Diagrama Fasorial
• Exemplo 2: Considere agora que a freqüência do sinal de entrada é    0  1
LC
 2.rd / s
Assim:

 C  1 L
 2  1 LC
  1
LC
0  1  1
1
 2 rd / s
1 1
4 2

ω = ωo  Z=R+j0

e : V  Z  j  I f  1e j 0  10º
0

0 V 1
I R  GV  1e j 0 ; I L  j   j 2  2e  j 90º
jL 1
2
I c  jCV  j 2  1e 0  2e j 90 º
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Diagrama Fasorial
• No plano complexo, fica: • A corrente no resistor não se altera com a
variação da resistência, mas as correntes IL
e IC podem ser sensivelmente alteradas.

• Por exemplo, para uma resistência R=250Ω,


obtém-se correntes IL e IC de 500A. Define-
se, portanto o “fator de qualidade do
circuito ressonante” como:
IL Ic  0C
Q     0 RC
If If 1
 j0
R

• Devido a esse fenômeno, muito cuidado


deve se ter ao medir tensões e correntes
em um circuito ressonante. Por exemplo,
• É importante ainda observar o efeito da em um circuito ressonante série, excitado
resistência
I V no comportamento
V V por uma fonte de tensão de alguns volts,
V  RI 
ressonante do circuito. Como, na
G a tensão no indutor ou no capacitor pode
V
I   GV
R
ressonância, YL = -YC , as correntes ficam: atingir algumas centenas de volts!
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Função da Rede, Resposta em Freqüência
• Considere ainda o circuito RLC • Note que H(jω) é uma função complexa
paralelo e assuma que a resposta é a de ω. Para esboçar o seu
corrente no resistor. Define-se comportamento com a freqüência, é
“função de rede” como a razão entre necessário então definir as funções
correspondentes ao seu módulo e a sua
o fasorI de saídaG e o fasor de1 entrada,  
H  j   R
  fase: 1  jQ  
 
0

na forma: I
f 
G  jC 
1  
 1  jR C 
1 

 
H  j   0
2
1  Q 2   
0 
 L   L   
 0
IR =GV
1   
If =YeqV Sendo G=1/R: H  j   ;  ( )  tg 1Q  0 
1 
2
 0  
H ( j )  R 
1 1  Q 2    0 
1  j (C  1 ) 1  jR (C  1 )  0 
R L L

• Observe ainda que apenas dois


1 1 parâmetros são suficientes para
H  j     H  j  e i ( )
1  j  Q   Q  1  jQ    
Como   
Q = ω0RC ou RC=Q/ω   0
 0, fica: caracterizar a função de rede H(jω): Q e
•   0  0 LC   0 
ω0.
=1/ ω02
0  1  0  1
2
 LC  1 2 • Na figura (a) e (b) seguintes esboçam-se
LC LC 0
os gráficos de |H(jω)| e (jω) em função
de ω/ω0, usando como parâmetro.
Análise de Circuitos em Regime Permanente Senoidal –
Função da Rede, Resposta em Freqüência
• Observa-se nos gráficos de |
H(jω)| que quanto maior o valor
de Q, mais acentuada é essa
característica.

H  j  
1
;
   • Por isso, circuitos dessa natureza
 ( )  tg 1Q  0 
são conhecidos ainda como “filtro
2
1  Q 2    0   0  
 0 
Para:
Para:
•ω/ω0 =0: |H(jω)|0
•ω/ω0 =1: tg-1 Q(ω/ω0 – ω0/ω)=0° passa-faixa”.
•ω/ω0 =0: tg-1 Q(ω/ω0 – ω0/ω)=90°
• ω/ω0 =1: |H(jω)|=1
•ω/ω0 =: tg-1 Q(ω/ω0 – ω0/ω)=-90°
• ω/ω0 =: |H(jω)|0

• Um filtro passa-faixa ideal permite


• Como |IR|=|H(jω)|.|If|, o gráfico |H(jω)| dá uma idéia
da faixa de freqüência para a qual o circuito atenua o a passagem integral de sinais com
sinal de entrada. freqüência “dentro da faixa” e
• Diz-se que o circuito funciona como um filtro que corta integralmente sinais de
permite “passar” sinais com freqüência próxima de ω0 freqüência “fora da faixa”.
e “corta” sinais com freqüência muito diferente de ω0.

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