Você está na página 1de 119

CAPÍTULO 5

Geologia na Engenharia

Disciplina: Introdução à
EEC-UFG
Geotecnia
1. INTRODUÇÃO

 Solução de engenharia + características


geológicas afetadas pelo empreendimento +
fenômenos geológicos/geotécnicos naturais;

 Raciocínio geológico;

 São necessárias algumas etapas.


2
Roteiro de trabalho (SANTOS, 2002)

3
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.1 Aplicação das Rochas Ígneas


 Edificações:
– Granito e Basalto: pedra de construção;
– Grandes blocos para pedestal de monumentos;
– Pedras para muros e meios-fios;
– Paralelepípedos e pedras irregulares para
pavimentação;
– Brita para concreto;
– Placa polida para revestimento de paredes, pisos,
etc.
4
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.1 Aplicação das Rochas Ígneas (cont.)


 Aterros:
– Solos de origem do granito:
 Mistura de grãos de quartzo e lamelas de argila;
 Excelentes materiais para a construção de aterros
compactados (apresentam tanto atrito como
coesão).
– Solos de origem do basalto:
 Grãos puramente argilosos;
 A resistência é devida somente à coesão.
5
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.1 Aplicação das Rochas Ígneas (cont.)

 Pavimentos:
– Rochas graníticas:
 Fragmentos de brita de forma cubóide;
 Usadas para a confecção da camada da base e
de revestimento;
 Elevada resistência à compressão e ao desgaste.
6
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.1 Aplicação das Rochas Ígneas (cont.)

 Barragens:
– Fundação em rocha de basalto:
 Rocha muito fraturada;
 Problema: elevada permeabilidade;
 Solução: injeção de calda de cimento, cortina de
jet grouting ou bermas de região à montante.
7
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.1 Aplicação das Rochas Ígneas (cont.)

(PORTES, 2004)

8
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.1 Aplicação das Rochas Ígneas (cont.)

 Fundações:
– Tanto rochas graníticas como basálticas são
excelentes para servirem de fundação de edifícios;
– Cuidado:
 Solos residuais dessas rochas;
 Presença de matacões.
9
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.1 Aplicação das Rochas Ígneas (cont.)

10 (PORTES, 2004)
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares

 Edificações:
– Rochas sedimentares bem cimentadas: blocos de
fundação, de alvenaria, calçadas, meios fios, etc. Ex:
Arenito Botucatu;
– Rochas sedimentares pouco cimentadas: dão origem
a depósitos de areias e pedregulhos usados na
confecção de concreto, tijolos e cerâmicas.
11
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares (cont.)

 Aterros:
– Solos sedimentares de rochas argilo-arenosas: atrito
e coesão que conferem boa resistência e fácil
trabalhabilidade;
– Solos predominantemente arenosos: problema, pois
são vulneráveis à erosão (água superficial e vento).
12
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares (cont.)

 Taludes:
– Estabilidade de taludes em rochas sedimentares:
função da direção do plano de estratificação da
rocha.

13
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares (cont.)

 Taludes (cont.):

(PORTES, 2004)
14
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares (cont.)

 Túneis:
– Comportamento do maciço na frente de escavação e
escolha dos possíveis tipos de tratamento e
escoramento: função da direção predominante do
plano de estratificação da rocha.

15
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares (cont.)


Túneis em relação à estratificação:
SITUAÇÃO 1: Camadas horizontais;
Desplacamento do teto;
Desfavorável.

SITUAÇÃO 2: Camadas diferentes;


Escavação: desmoronamentos;
Desfavorável.
16
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares (cont.)


Túneis em relação à estratificação (cont.):
SITUAÇÃO 3: Camadas verticais diferentes;
Não há descalçamento;
Favorável.

SITUAÇÃO 4: Camadas mergulhantes;


Lado direito: Desfavorável;
Lado esquerdo: Favorável.
17
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares (cont.)


Túneis em relação à estratificação (cont.):
SITUAÇÃO 5: Camadas verticais;
Lajes descalçadas (menor que
a Situação 1);
Desfavorável.
SITUAÇÃO 6: Camadas mergulhantes 2 vezes;
Lado esquerdo: Desfavorável;
Lado direito: Favorável.
18
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares (cont.)


Túneis próximos a encostas íngremes:

SITUAÇÃO 1: Muito estável

SITUAÇÃO 2: Pouco estável

19
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares (cont.)


Túneis próximos a encostas íngremes (cont.):

SITUAÇÃO 3: Razoavelmente estável

SITUAÇÃO 4: Muito estável

20
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares (cont.)


Túneis próximos a encostas íngremes (cont.):

SITUAÇÃO 5: Muito estável

SITUAÇÃO 6: Pouco estável

21
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares (cont.)


 Barragens:
– Garantir o atrito entre o corpo da barragem e a rocha
de fundação: tirantes ancorados abaixo do último
plano de estratificação;

22
(PORTES, 2004)
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares (cont.)


 Erosão:
– Erosão interna: provocada pela percolação de águas
ácidas (dissolve o carbonato de cálcio e gera a
formação de cavernas);

23
(PORTES, 2004)
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares (cont.)

 Erosão (cont.):
– Erosão externa: provocada
pela água que sai da
barragem pelas estruturas
hidráulicas (vertedouro e
descarga de fundo). Carrega
as rochas sedimentares
pouco ou medianamente
cimentadas. (PORTES, 2004)
24
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares (cont.)

 Fundações:
– Sedimentos recentes encontrados nas planícies de
inundação dos cursos d’água;
– Influência nos projetos de fundações:
 Água na superfície;
 Camadas de argila mole.
– Rochas calcárias: erosão interna;
– Arenitos pouco cimentados: erosão externa;
25
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares (cont.)

 Fundações (cont.):

(PORTES, 2004)
26
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.2 Aplicação das Rochas Sedimentares (cont.)

 Carvão mineral:
– É uma rocha sedimentar de cor preta;
– Combustível;
– Utilizadas nas usinas termoelétricas e na siderurgia;
– Matéria-prima na fabricação de vários tipos de
plásticos e compostos químicos.
27
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.3 Aplicação das Rochas Metamórficas

 Materiais de construção:
– Depende do grau de metamorfismo e da composição
mineralógica;
– Pedra britada:
 Aproveitável: gnaisses, quartizitos e mármores;
 Não aproveitáveis: rochas xistosas geram fragmentos
28 lamelares (não serve nem para concreto nem para asfalto).
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.3 Aplicação das Rochas Metamórficas (cont.)

 Materiais de construção (cont.):


– Revestimento de pisos e paredes:
 Mármore polido;
 Indicado para pisos e paredes internos;
 Cuidado em prédios públicos: mármore (dureza 2) riscado
pelos fragmentos de areia (dureza 7).
29
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.3 Aplicação das Rochas Metamórficas (cont.)

 Materiais de construção (cont.):


– Coberturas:
 Ardósia;

 Facilidade de se separar em placas;

 Telhas, lajotas de revestimento de calçadas.

30
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.3 Aplicação das Rochas Metamórficas (cont.)


 Taludes:
– Mesmas considerações apresentadas para rochas
sedimentares;
– Agravantes:
 Xistosidade mais grave (menos resistente) que
estratificação;
 Camadas de baixíssima resistência devido à existência de
mica.
31
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.3 Aplicação das Rochas Metamórficas (cont.)


 Túneis:
– Estabilidade dos túneis e processo de
escoramento/tratamento: deve obedecer o plano de
xistosidade e a composição mineralógica do maciço;
– Mesmas observações feitas para rochas
sedimentares;

32 – Xistosidade pior que estratificação.


2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.3 Aplicação das Rochas Metamórficas (cont.)


 Barragens:
– Rochas metamórficas: pouco permeáveis;
– Apresentam estrutura de solo: isto justifica a opção
por barragens homogêneas de terra;
– Problema: atitude (direção e mergulho) da
xistosidade.
33
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia
 Visam a caracterização e a classificação das
rochas;
 Tipos:
– Físicas;
– Químicas;
– Mecânicas;
– Geotécnicas.
34
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Físicas:
 Cor:
– Muita variedades dentro de uma mesma jazida;
– Fator “fraco” para a classificação;
– Tipo de classificação:
 Monócromas: coloração única (uniformemente distribuída);
 Polícromas: várias cores.
35
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Físicas (cont.):
 Peso específico:
– Peso específico aparente: relação entre o peso e o
volume total. Não são descontados os vazios (poros)
na sua determinação;
Ptotal
 (kN/m3)
36 Vtotal
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Físicas (cont.):
 Peso específico:
– Peso específico aparente seco: relação entre o peso
seco e o volume total;

Psec o
 (kN/m3)

37
Vtotal
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Físicas (cont.):
 Peso específico:
– Peso específico real: relação entre o peso total e o
volume só da rocha (volume dos sólidos);

Ptotal
 (kN/m3)
Vsólidos
38
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Físicas (cont.):
 Densidade:
– Relação entre o peso da rocha e o peso da água à
4º C, num mesmo volume ;

Procha
d (adimensional)
Págua
39
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS (cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Físicas (cont.):
Exemplo 1:
Tem-se 516 g de um corpo de prova de granito. Pede-
se para determinar as seguintes propriedades: massa
específica, peso específico e densidade. Considerar
um corpo de prova de 10 cm de altura e 5 cm de
diâmetro.
40
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Físicas (cont.):
 Absorção:
– Líquido absorvido por capilaridade;
– Quantidade de líquido que ocupa os vazios de uma
rocha;
Psaturado  Psec o Págua
i i
41 Psec o Psec o
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Físicas (cont.):
 Porosidade:
– Existência de vazios nas rochas;
– Geralmente, quanto maior é a porosidade, maior é a
absorção de água e menor é a resistência.
Vvazios
  100 (%)
42 Vtotal
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Físicas (cont.):
 Porosidade:
(IAEG, 1979)

43
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Físicas (cont.):
 Dureza:
– Função dos minerais que compõem a rocha;
– Difícil determinação;
– Tipos:
 Moles: riscada pela unha e facilmente pelo canivete;
 Médias: riscada pelo canivete;
44  Duras: dificilmente riscada pelo canivete ou não riscada.
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Químicas:
 Composição química:
– Varia muito de amostra para amostra;
– Não é suficiente para classificar a rocha;
– É determinada por meio de ensaios laboratoriais
45 específicos.
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Químicas (cont.):
 Reatividade:
– Alguns minerais podem entrar em contato com outros
compostos químicos e reagirem;
– Reação álcali-agregado:
 Minerais da rocha reagem com os álcalis livres do cimento;
 Gera expansão após a pega do cimento (problemas em
46 obras).
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Químicas (cont.):
 Reatividade (cont.):
– Água com sulfato de cálcio pode penetrar num túnel
e atacar o concreto que reveste o mesmo;
– Adesividade do agregado ao ligante betuminoso em
47 obras de pavimentação.
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Mecânicas:
 Resistência à compressão simples:
– Medida da carga de ruptura de uma amostra, isenta
de falhas e defeitos;
– Parâmetros obtidos:
 Curva tensão() x deformação ();
48  Tensão de ruptura.
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

(MARANGON, 1995) F
A

49
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Mecânicas (cont.):
 Resistência à compressão simples (cont.):
– Fatores que interferem na resistência:
 Composição mineralógica;
 Fissuramento;
 Leitos de estratificação e xistosidade;
50  Umidade, etc.
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Mecânicas (cont.):
 Resistência à compressão simples (cont.):
– Coeficiente de amolecimento ():
Rsaturada

Rsec a
– Para alvenaria,  > 0,75.
51
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Mecânicas (cont.):
 Resistência à compressão simples (cont.):
– Parâmetros de resistência:
 Módulo de Elasticidade (E): relação da tensão com a
deformação longitudinal;

E (MPa)
52 
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)

53 (MARANGON, 1995)
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Mecânicas (cont.):
 Resistência à compressão simples (cont.):
– Parâmetros de resistência (cont.):
 Coeficiente de Poisson (): relação da deformação horizontal
com a deformação longitudinal;

x X

l L
54
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Mecânicas (cont.):
 Resistência à compressão simples (cont.):
– E e  são utilizados nos projetos de vários tipos de
obras geoténicas:
 Fundações;
 Túneis;
 Barragens;
55  Etc.
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.) (IAEG, 1979)

56
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Mecânicas (cont.):
 Deformabilidade:
– É a propriedade de um material se deformar quando
submetido a um carregamento;
 Corpo elástico: quando descarregado, volta à posição
original;
 Corpo plástico: quando descarregado, não volta à posição
57 original.
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Mecânicas (cont.):
 Deformabilidade (cont.):
– Para sua análise é necessário determinar os valores
de E e ;
– As propriedades elásticas dependem da:
 Anisotropia (em qual direção os parâmetros estão sendo
medidos?);
 Umidade;
58  Presença de fraturas.
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Mecânicas (cont.):
 Deformabilidade (cont.):

59
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)

60
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Mecânicas (cont.):
 Resistência à tração:
– Tensão aplicada no momento da ruptura por tração
(To);
– Ensaios mais comuns:
 Ensaio de tração por compressão diametral;
61  Ensaio de tração na flexão.
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)

62 (MACIEL FILHO, 1997)


2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)

Propriedades Mecânicas (cont.):

 Resistência ao cisalhamento:
– Tensão cisalhante máxima necessária para a ruptura

do corpo-de-prova (o);

63
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)

(MACIEL FILHO, 1997)

64
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Mecânicas (cont.):
 Resistência ao desgaste:
– Mostra o comportamento dos materiais rochosos
quando são submetidos à abrasão de outros corpos
de prova ou ao atrito mútuo;
– Depende da textura e da granulação do material;
65
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Mecânicas (cont.):
 Resistência ao desgaste (cont.):
– Importante quando a rocha é empregada como
pavimento;
– Resistência baixa: superfície lisa (inconveniente);
– Ensaio mais comum: resistência à abrasão Los
66 Angeles.
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)

67
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Mecânicas (cont.):
 Resistência ao choque:
– Resistência ao impacto de um peso que cai de uma
altura fixa.
 Resistência à britagem:
– Maior dificuldade da rocha se fragmentar quando
68 submetida à britagem.
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Geotécnicas (cont.):
 Grau de alteração:
– Rocha praticamente sã;
– Rocha alterada;
– Rocha muito alterada.
– Extremamente alterada: material de transição ou
69 solos de alteração de rocha.
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Geotécnicas (cont.):
 Grau de resistência à compressão simples:

70
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Geotécnicas (cont.):
 Grau de consistência:
– Muito consistente;
– Consistente;
– Quebradiça;
– Friável.
71
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)

72
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Geotécnicas (cont.):
 Grau de fraturamento:
– Número de fraturas por metro linear, em sondagens
ou em paredes de escavação, ao longo de uma
mesma direção;
– Cuidado: considerar fraturas originais.
73
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)

74
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Propriedades Geotécnicas (cont.):
 Caracterização geotécnica das rochas:
– Reunião dos parâmetros apresentados;
 Alteração;
 Resistência;
 Consistência;
 Fraturamento.
75
2. APLICAÇÕES DAS ROCHAS
(cont.)

2.4 Propriedades das Rochas Aplicadas em


Engenharia (cont.)
Ex.:

76
3. AGREGADOS E BLOCOS

3.1 Classificação
 Agregado:
– Material natural de propriedades adequadas;
– Ou obtidos por fragmentação artificial;
– Agregado miúdo: 0,075 mm a 4,8 mm;
– Agregado graúdo: 4,8 mm a 100 mm.
 Pedra britada ou brita:
– Britagem da pedra;
77 – 4,8 a 100 mm.
3. AGREGADOS E BLOCOS (cont.)

3.1 Classificação (cont.)

78
3. AGREGADOS E BLOCOS (cont.)

3.1 Classificação (cont.)

 Pedrisco: 0,075 a 4,8 mm;


 Pó de pedra ou filer: menor que 0,075 mm;
 Pedregulho:
– Material natural inerte de forma arredondada;
– 2,0 a 100 mm.

79
3. AGREGADOS E BLOCOS (cont.)

3.1 Classificação (cont.)


 Areia:
– Material natural;
– De 0,075 a 2,0 mm.

80
3. AGREGADOS E BLOCOS (cont.)

3.1 Classificação (cont.)


 Bloco de Pedra:
– Pedra angulosa;
– Obtida por fragmentação artificial;
– Maior que 10 cm.
 Matacão:
– Pedra arredondada:
– Maior que 10 cm.
81  Pedra amarroada: pedra bruta (pedra de mão).
3. AGREGADOS E BLOCOS (cont.)

3.2 Uso em Lastro de Vias Férreas e Pavimentos


 Brita em tamanhos progressivos de baixo para
cima;
 Função:
– Suportar dormentes;
– Distribuir as cargas de rodas.
 Pedra britada: base e revestimento;
 Paralelepípedos e pedras irregulares:
82 calçamento de ruas ou estradas.
3. AGREGADOS E BLOCOS (cont.)

3.2 Uso em Lastro de Vias Férreas e Pavimentos

Revestimento

Base

83 Subleito
3. AGREGADOS E BLOCOS (cont.)

3.3 Enrocamentos e Filtros


 Enrocamentos:
– Acúmulo de fragmentos de rochas;
– Função de construir o corpo de uma obra;
– Forma uma proteção contra a erosão.
– Solicitações:
 Forças mecânicas: compressão, descompressão e atrito;
 Ação de intempéries: umedecimento, secagem e variação
84 de temperatura.
3. AGREGADOS E BLOCOS (cont.)

3.3 Enrocamentos e Filtros (cont.)


 Enrocamentos (cont.):
– Propriedades exigidas:
 Resistência à compressão;
 Resistência à tração;
 Resistência ao desgaste;
 Resistência ao intemperismo.

85
3. AGREGADOS E BLOCOS (cont.)

3.3 Enrocamentos e Filtros (cont.)

86
3. AGREGADOS E BLOCOS (cont.)

3.3 Enrocamentos e Filtros (cont.)

 Filtros:
– Permitir a passagem de água e impedir a passagem
de partículas finas;
– Construídos com areia fina;
– Solicitações:
 Durante a execução: atrito, abrasão e impacto;
 Compressão;
87  Possíveis reações químicas.
3. AGREGADOS E BLOCOS (cont.)

3.3 Enrocamentos e Filtros (cont.)

 Filtros (cont.):
– Propriedades exigidas:
 Resistência à compressão simples;
 Resistência á abrasão;
 Isolubilidade.

88
3. AGREGADOS E BLOCOS (cont.)

3.4 Concreto

 Seu maior volume é constituído de brita ou


pedras maiores;
 Funções do agregado no concreto:
– Resistir aos esforços solicitantes;
– Resistir ao desgaste e à ação das intempéries;
– Reduzir a variação de volume;
– Reduzir custos.
89
3. AGREGADOS E BLOCOS (cont.)

3.4 Concreto (cont.)

 Solicitações:
– Atrito e impacto durante a mistura;
– Compressão e tração da estrutura;
– Reação com álcalis do cimento;
– Intemperismo.

90
3. AGREGADOS E BLOCOS (cont.)

3.4 Concreto (cont.)

 Propriedades exigidas:
– Resistência à compressão simples;
– Resistência à tração;
– Resistência ao desgaste;
– Não reatividade;
– Resistência ao intemperismo;
– Reatividade.
91
4. PEDRA DE CANTARIA,
REVESTIMENTO E CALÇAMENTO

 Pedra de cantaria:
– Afeiçoada manualmente;
– Atua como elemento estrutural ou ornamentação;
– Utilização: meio-fio, pórticos, muros, etc.
 Pedra de revestimento:
– Embelezar e proteger a superfície.
 Pedra de calçamento:
– Paralelepípedos e pedras irregulares.
92
4. PEDRA DE CANTARIA,
REVEST. E CALÇAMENTO (cont.)

 Solicitações:
– Intemperismo (umedecimento, secagem, variação
térmica);
– Ataque químico por substâncias de limpeza;
– Flexão (durante o afeiçoamento e a instalação);
– Desgaste em função do uso.

93
4. PEDRA DE CANTARIA,
REVEST. E CALÇAMENTO (cont.)

 Propriedades exigidas:
– Beleza;
– Resistência;
– Homogeneidade;
– Impermeabilidade.

94
5. ARGILAS E AREIAS

 Argilas:
– Plasticidade quando molhadas;
– Rígida quando seca;
– Utilização: cerâmica, núcleos de barragem, lama
para perfuração, etc.
 Areias:
– Confecção de concreto;
– Material filtrante (drenos de estradas e barragens).
95
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS

6.1 Obtenção de Materiais para a Construção


 Procura de ocorrências naturais (jazidas ou
áreas de exploração);
 Materiais de construção:
– Pedras;
– Areias;
– Saibros;
– Argilas.
96
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.1 Obtenção de Materiais para a Construção


(cont.)

 Identificação de jazidas (mapas geológicos):


– Pedreiras (pedras e britas): utilizadas para confecção
de concretos, pavimentação, revestimentos de
edifícios, etc.
– Cascalho e Areia: utilizados para revestimento de
leitos de estradas, construção de aterros, confecção
97 de concretos, obras de drenagem, etc.
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.1 Obtenção de Materiais para a Construção


(cont.)

 Identificação de jazidas (cont.):


– Argila: utilizada para impermeabilização de obras de
terra, confecção de cerâmicas, fabricação de tijolos,
etc.
– Minerais nobres: mármore, granito e outros.

98
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.2 Construção de estradas, corte em geral e


minas a céu aberto

 A geologia local pode ser fator determinante


para inviabilização (econômica) de traçados de
estradas;
 É necessária a realização de investigações
geológicas e geotécnicas;
99
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.2 Construção de estradas, corte em geral e


minas a céu aberto (cont.)
 Cortes:

(MARANGON, 1995)

10
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.2 Construção de estradas, corte em geral e


minas a céu aberto (cont.)

(MARANGON, 1995)
10
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.2 Construção de estradas, corte em geral e


minas a céu aberto (cont.)

 Fundação de estradas:
– Problema: argila mole ou terreno pantanoso;
– Grandes recalques;
– Ruptura da fundação.
10
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.3 Fundações de Edifícios


 Escolha do tipo de fundação: função das
informações geológicas obtidas por meio de
sondagem a percussão;
 Em solos: “Standard Penetration Test” (SPT);
 Em rochas: sondagem rotativa com broca de
diamante;
 Em barragens ou outras obras: estudos
10 especiais.
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

10
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.3 Fundações de Edifícios (cont.)

10
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.3 Fundações de Edifícios (cont.)


 Problemas:

(MARANGON, 1995)
10
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.3 Fundações de Edifícios (cont.)


 Problemas (cont.):

(MARANGON, 1995)
10
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.3 Fundações de Edifícios (cont.)


 Problemas (cont.):

(MARANGON, 1995)
10
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.4 A Questão da Água Subterrânea


 Aproveitamento da água subterrânea: poços;
 Problemas em obras de engenharia:
imprevistos e acidentes;
 Solução:
– Drenagem;
– Rebaixamento do lençol.
10
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.5 Barragens de Terra e Aterros


 Barragens de acumulação:
– Abastecimento de cidades;
– Suprimento para a irrigação;
– Produção de energia elétrica.
 Aterros de solo compactado:
– Em estradas e obras em geral.
11
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.5 Barragens de Terra e Aterros (cont.)

Jusante Montante

Xistosidade de montante para jusante


Maior possibilidade de ruptura
11
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.5 Barragens de Terra e Aterros (cont.)

Jusante Montante

Xistosidade de jusante para motante


Menor possibilidade de ruptura
11
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.5 Barragens de Terra e Aterros (cont.)

Diabásio

Folelho-Arenito

Diques verticais em rochas sedimentares


Favorece a localização de barragem
11
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.5 Barragens de Terra e Aterros (cont.)

Maciço
Venicular

Camadas alternadas maciço - venicular


Baixa resistência e fácil decomposição
11 da camada venicular.
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.6 Túneis e Escavações Subterrâneas

11
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.6 Túneis e Escavações Subterrâneas (cont.)

Condições desfavoráveis
11
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.6 Túneis e Escavações Subterrâneas (cont.)

Condições desfavoráveis
11
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.6 Túneis e Escavações Subterrâneas (cont.)

Condições desfavoráveis
11
6. OBSERVAÇÕES PARA OBRAS
(cont.)

6.7 Propriedades dos Solos


 Todas as propriedades dos solos serão
apresentadas detalhadamente nas disciplinas
Mecânica dos Solos I e II.

11

Você também pode gostar