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PRESSÃO ATMOSFÉRICA E PRECIPITAÇÃO

9º ANO
Pressão atmosférica – é a força que o ar atmosférico exerce por unidade de
superfície.

Varia com

Temperatura Altitude Densidade

Quanto maior a Quanto maior a altitude, Quanto maior a


temperatura, menor a menor a pressão densidade, maior
pressão a pressão
A pressão atmosférica varia no tempo e no espaço, devido a:

-Variações da temperatura (influência térmica);


- Densidade do ar;
- Movimentos da atmosfera (influência dinâmica).

Movimentos do ar na atmosfera

Verticais Horizontais

Ascendentes Descendentes Convergentes Divergentes


A pressão atmosférica é, normalmente, reduzida ao nível do mar, traduzindo-
se num valor, designado de pressão normal:
• 1013 mb (milibares) ou hPa (hectopascais) – os mb são mais utilizados
em meteorologia.

Assim…
•Valores superiores a 1013 mb – Altas pressões
• Valores inferiores a 1013 mb – Baixas pressões

As linhas isóbaras ou isobáricas, são


linhas que unem pontos com igual valor
de pressão atmosférica. Estas formam
determinadas configurações,
designadas de sistemas de pressão
ou centros barométricos.
Os centros barométricos resultantes são:

Centros de Alta Pressão ou Centros de Baixas Pressão ou


Anticiclones Ciclones ou
Depressões Barométricas

Quando a pressão
atmosférica é superior a Quando a pressão
1013 mb (hPa) atmosférica é inferior a 1013
mb (hPa)
▪A pressão aumenta da
periferia para o centro.
▪A pressão diminui da periferia
para o centro
▪Os anticiclone representam-se
com a letra A (como na figura
▪Representam-se com a letra
acima), ou com o sinal + (por
B, D, com o sinal  - , ou
ser maior que o normal), ou
apenas com o valor (por
apenas pelo valor da pressão,
exemplo 990).
por exemplo 1020.
CIRCULAÇÃO DO AR NOS CENTROS BAROMÉTRICOS

Ao longo da superfície da Terra, distribuem-se em faixas mais ou menos


alternadas, dois tipos núcleos de pressão ou centros barométricos: as
altas e baixas pressões. Dando origem aos movimentos do ar, ou seja,
aos ventos.

Esta circulação ocorre sempre das altas para as baixas pressões!

No hemisfério Norte os ventos sofrem um desvio para a direita


Quanto mais próximas estão as
linhas isobáricas, mais forte é a
velocidade do vento Mais
Forte

Mais Fraco
A origem e os estados do tempo associados
aos centros barométricos
Distribuição dos centros
barométricos
❑ Existe uma variação em latitude dos centros barométricos de origem
dinâmica, que se distribuem em faixas paralelas ao Equador;

❑ Os centros barométricos encontram-se intercalados, entre baixas e


altas pressões, em latitude;

❑ De acordo com a estação do ano, os centros barométricos sofrem


pequenas oscilações, para Norte, no Verão, e para Sul no Inverno – no
Hemisfério Norte.
Variação da pressão atmosférica com a Latitude e a Circulação Geral da
Atmosfera

PN
PN
Círculo Polar Árctico ++ Altas pressões polares (N)

Ventos de
- - Leste
- - Baixas pressões
ste subpolares (N)
e Oe
sd
nto
Ve
Trópico de Cancer ++ ++ ++ ++ Altas pressões
s
l ís
eo subtropicais (N)
A
os rte
nt
Ve No

Equador - - - - - - - - Baixas pressões


Ven equatoriais
t os
A líse
os
S ul

Trópico de Capricórnio ++ ++ ++ ++ Altas pressões


Ven
subtropicais (S)
tos d
e Oe
ste
- - - - Baixas pressões
Ventos de
Leste
subpolares (S)
Círculo Polar Antárctico ++
Altas pressões polares (S)
PS
PN
Deslocação das cinturas ciclónicas e anticiclónicas com as estações do
ano
Distribuição da precipitação

Dada a influência meteorológica


dos centros de pressão, as áreas
do globo que registam fracos
níveis de precipitação
encontram-se, geralmente, sob a
influência dos centros de altas
pressões, como acontece, por
exemplo, com o deserto quente do Mapa de isoietas*
Sara, localizado entre os 30º e 35º
de latitude a Norte.

Pelo contrário, as regiões que


registam elevados totais de
precipitação encontram-se,
normalmente, sob a influência
dos centros de baixas pressões,
como se verifica na região
equatorial.

* Isoietas - linhas que unem


lugares com igual valor de
precipitação
Processo de formação

CHUVAS
FRONTAIS,
CONVECTIV
AS E
OROGRÁFI
CAS/RELEV
Chuvas Frontais
Massas de ar
Porção da atmosfera horizontalmente homogénea, no que respeita à temperatura, à
humidade e à densidade.

De acordo com a temperatura, podem ser:


❑Massa de ar quente – vinda do equador/trópicos
❑Massa de ar frio – vinda dos pólos

De acordo com a humidade as massas podem classificar-se como:


❑Massa de ar marítima – formada no oceano
❑Massa de ar continental – formada no continente

Nota: As características de uma massa de ar não são constantes, acabando por


se modificarem ao afastarem-se das regiões de origem – adquirindo as
características das áreas envolventes.
Formação e Evolução da frente
No H.N.:
❑ a massa de ar frio desloca-se para sul
❑ a massa de ar quente para norte.

Deste deslocamento surge o confronto entre duas massas de ar


completamente diferentes, o que constitui como que uma “frente de
batalha”, onde disputam o ar frio e ao quente.

Ar frio Ar Ar frio
Quente
As superfícies frontais e as frentes
Quando se movimentam na direcção
das baixas pressões, as massas de ar frio Superfície Frontal – é uma
e quente colidem umas com as outras – superfície de descontinuidade
essa área de confronto entre duas entre duas massas de ar de
massas de ar chama-se superfície natureza diferentes.
frontal.

Frente – é a linha de
intersecção da superfície
frontal com a superfície
da Terra.
Superfície frontal e Frente Fria
Quando a massa de ar frio “empurra” a
massa de ar quente surge a superfície
frontal/frente fria.
Superfície muito inclinada, o ar frio
introduz-se sob o ar quente e “obriga-o” a
subir de forma rápida e violenta, o que leva
à formação de nuvens de grande
desenvolvimento vertical, dando origem a
aguaceiros e trovoadas.
Superfície frontal e Frente
Quente
Quando a massa de ar quente
“empurra” a massa de ar frio surge a
superfície frontal/ frente quente.
Superfície pouco inclinada e o ar
quente desloca-se lentamente sobre o
ar frio, onde se formam nuvens de
desenvolvimento horizontal e
precipitação sob a forma de chuvisco.
Superfície Frontal/Frente Oclusa
Embora se desloquem no mesmo sentido, as duas frentes avançam a velocidades
diferentes, influenciando a evolução da perturbação frontal:

❑ A superfície frontal fria/frente fria deslocam-se mais rapidamente que a quente.


❑ O sector do ar quente vai sofrendo um progressivo estrangulamento, reduzindo cada vez
mais a distância que separa as duas frentes.
❑ A frente fria atinge a frente quente, havendo uma junção do ar frio posterior e anterior,
levando à ascensão forçada de todo o ar quente.
❑ Ocorre a oclusão, dando origem à superfície frontal oclusa/frente oclusa – frente resultante
da junção da frente fria com a frente quente.
❑ No princípio da oclusão a chuva pode ser violenta, o mau tempo dissipa-se gradualmente.
Esquema da evolução das
superfícies frontais

Consulta o site (animações das diferentes superfícies frontais):

http://www.educaplus.org/climatic/03_fact_frentes.html
Cartas Sinópticas do tempo

Mapa onde estão assinalados os fenómenos atmosféricos registados à


superfície, por forma a dar uma imagem geral do estado da atmosfera num dado
momento e região.

É possível verificar, entre outras coisas, a posição das superfícies frontais


ao nível do solo (as frentes).
Bom Tempo e Mau Tempo
em Portugal
Primavera/Verão

Somos afectados pelas altas pressões e Elevado aquecimento da P.Ibérica


a inclinação dos raios solares é menor – (interior) origina a formação de uma baixa
as temperaturas são elevadas e o céu pressão – temperaturas elevadas, chuvas
apresenta-se limpo. fortes e possibilidade de trovoadas.
Bom Tempo e Mau Tempo
em Portugal
Outono/Inverno

Somos afectados (perturbação da frente Somos afectados ar frio continental –


polar) pelas superfícies frontais – chuva e céu geralmente limpo e temperaturas
alternância de temperaturas amenas e baixas. Pode formar-se geada e neve
baixas. nas terras altas.
Chuvas Convectivas
Frequentes nas regiões equatoriais e no interior dos continentes durante o
verão (em Portugal, no Alentejo)

Quando o ar entra em contacto com a superfície terrestre muito aquecida,


torna-se mais quente e leve, por isso sobe em altitude, ao subir arrefece
perdendo a sua capacidade de conter vapor de água, aumenta a humidade
relativa, atinge o ponto de saturação e condensa – Estado do tempo:
ocorrência de precipitação intensa com probabilidade de trovoada.
Chuvas Orográficas/relevo
Ocorre nas regiões de montanha.
O ar húmido ao encontrar uma barreira – vertente da montanha exposta aos
ventos húmidos – é obrigado a ascender, ao subir a temperatura do ar diminui
e facilmente é atingido o ponto de saturação e a condensação, pelo que há
grande probabilidade de ocorrência de precipitação.
Nas vertentes opostas, o ar desce, aquece e a precipitação diminui.

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