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TOLERÂNCIA E

MECANISMOS DA AUTO-
IMUNIDADE
Auto-imunidade
A doença auto-imune é uma ocorrência relativamente comum,
afetando entre 1% a 5% dos indivíduos em algum momento de
suas vidas.

Indício de uma reação imunológica a componentes próprios na


ausência de uma doença declarada.

Todos nós temos a capacidade de desenvolver


respostas auto-imunes, e, em algumas
circunstancias, isto pode ser uma reação
fisiológica saudável.
Espectro das respostas auto-imunes
Nível de resposta Características
Potencial auto-imune ONIPRESENTE; reflete a
diversidade do receptor das
células T e B; resposta
saudável.
Auto-imunidade fisiológica ESPORÁDICA; diz respeito
ao dano transitório de
tecido; pode ter papel
homeostático.
Auto-imunidade patológica RARA(5%); resulta de
complexas interações
genéticas e fatores do meio.
Tolerância imunológica
Pode ser definida como a incapacidade controlada de
responder a antígenos para os quais um individuo tem o
potencial de resposta.

A tolerância é especifica para o antígeno, sendo


alcançada através de linfócitos (deleção clonal) ou de
sua inativação funcional (anergia clonal), ou mediante
um mecanismo de controle dos linfócitos T auxiliares,
também denominado supressão.
Figura (9.1 pag: 115)
As características gerais da tolerância são:

Dependência da dose: doses “grandes” e “pequenas”


de antígeno são potentes indutores de tolerância;
Dependência do local: os antígenos administrados
oralmente têm maior chance de induzir a tolerância;
Dependência da liberação: antígenos na ausência de
co-sinais resultam em anergia.
MECANISMOS DA TOLERÂNCIA
CENTRAL
Linfócitos T: O local para indução da tolerância central, no caso
dos linfócitos T, é o timo. Durante este processo, as células T com
afinidade muito alta para o complexo molécula do MHC próprio,
são deletadas. Tal processo é chamado de “deleção clonal”

Linfócitos B: O conceito de que a deleção clonal é importante


no controle da tolerância dos linfócitos B foi notado há muito mais
tempo do que em relação ás células T.

(figura 9.2 pag: 115)


Além da deleção clonal, existe outro mecanismo de
tolerância para a célula B. Em experimentos diferentes utiliza-
se um anticorpo para a IgM de superfície, de modo a
mimetizar a ligação com o antígeno.

Contrariamente, quando se usa uma dose menor


(0,1μg/ml), aparecem células B apresentando IgM+ de
superfície, mas elas não podem ser induzidas a ploriferar por
mitógenos das células B. Esta ausência de resposta celular é
chamada de anergia, e o processo de tolerização que ela
embasa se denomina anergia clonal.
MECANISMOS DA TOLERÂNCIA
PERIFÉRICA

Apesar de serem os órgãos linfóides primários os locais


predominantes para a indução da tolerância, evidencias
experimentais sugerem que a tolerância também pode ser
alcançada em células T e B maduras.

Diversos estudos recentes demonstraram que os


linfócitos T maduros podem-se tornar não responsivos, se um
antígeno específico lhes é apresentado na ausência de co-
sinais necessários.
Fig: 9.4 pag 117

Finalmente, podemos admitir que a tolerância a um


antígeno pode ser adquirida perifericamente através de um
processo de supressão. Tal forma de tolerância estaria nas mãos
de grupos de linfócitos T imunorreguladores, sendo provável
que possa controlar respostas indesejadas de linfócitos B e T.
MODELOS ANIMAIS DAS DOENÇAS
CLÍNICAS AUTO-IMUNES
Modelo animal Método de indução Equivalente humano
Camundongo diabético O diabetes surge Diabetes tipo 1
não obeso (NOD) espontaneamente (insulinodependente)
Encefalomielite Imunização com Esclerose múltipla
alérgica experimental proteína básica da
(EAE) mielina xenogenética
Tiroidite alérgica Imunização com Tiroidite de Hashimoto
experimental (EAT) tireoglobulina
xenogenéica
Artrite induzida por Imunização com Artrite reumatóide
adjuvante adjuvante (derivado do
Mycobacterium
tuberculosis)
Artrite induzida por Imunização com Artrite reumatóide
colágeno colágeno
Auto-imunidade e tolerância
A doença auto-imune ocorre quando surge uma resposta
imunológica para os componentes próprios
aparentemente saudáveis.
A auto-imunidade pode ser órgão-especifica ou não-
órgão-específica.
A tolerância é a habilidade controlada de deter a
resposta a antígenos para os quais existe um potencial de
resposta.
A tolerância ocorre através da deleção, inativação
(anergia) ou supressão de linfócitos.
A tolerância dos linfócitos T ocorre predominantemente
por deleção e nos linfócitos B por anergia.
 Os clones são formados pelos descendentes de uma
única célula, possuindo todos as mesmas características.
“ Jamais considere seus estudos como
uma obrigação, mas como uma
oportunidade invejável para aprender a
conhecer a influência libertadora da
beleza do reino do espírito, para seu
próprio prazer pessoal e para proveito
da comunidade à qual seu futuro
trabalho pertencer”
(Albert Einstein)

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