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Legislação alimentar
• Conceito de legislação;
• Convenções e protocolos internacionais ractificados por Moçambique;
• Directrizes regionais para regulamentação da segurança sanitária dos
alimentos nos países membros da SADC;
• Normas moçambicanas sobre produtos Alimentares
Porque regulamentar a segurança sanitária dos alimentos nos países membros da SADC?
As medidas Sanitárias e Fitossanitárias, conforme detalhadas no Acordo de Medidas Sanitárias e
Fitossanitárias (SPS) da Organização Mundial do Comércio (WTO) tornaram-se uma questão muito
importante no comércio mundial de produtos agrícolas e alimentares, dai que são motivo de preocupação
porque afectam os fluxos comerciais e a habilidade dos países em desenvolvimento para ganharem e/ou
manterem acesso aos mercados de produtos agrícolas e alimentos de maior valor, especialmente nos
países industrializados, SADC, (2011)
A gestão da segurança sanitária dos alimentos e a qualidade é assegurada de um modo melhor por meio de
uma abordagem integrada e multidisciplinar, considerando a cadeia alimentar na sua totalidade, desde a
produção primária ao consumidor final
A eliminação ou controlo de riscos alimentares logo de início, isto é, uma abordagem preventiva, que é mais
eficaz na redução ou eliminação de riscos de efeitos de saúde indesejáveis do que contar com o controlo final
do produto, tradicionalmente aplicado por meio de amostras de “verificação de qualidade”.
As abordagens à gestão da segurança sanitária dos alimentos têm evoluído nas últimas décadas, desde os
controlos tradicionais baseados em boas práticas (Boas Práticas Agrícolas, Boas Práticas de Higiene, Boas
Práticas Veterinárias, etc.), até aos sistemas de gestão alimentar mais direccionados baseados na análise de
perigos e pontos críticos de controlo (HACCP) para abordagens baseadas no risco da segurança sanitária dos
alimentos utilizando a gestão de análise de riscos na segurança sanitária dos alimentos.
SADC, (2011)
Deverão incluir uma infra-estrutura de gestão da segurança sanitária dos alimentos, legislação sobre a gestão da
segurança sanitária dos alimentos, serviços de inspecção e fiscalização, laboratórios de alimentos, TICs, recolha e
análise de informação científica, rastreio de produtos alimentares, gestão de crises de segurança sanitária de
alimentos, sistemas de gestão de garantia de qualidade, educação na gestão de segurança sanitária dos alimentos,
segurança de qualidade de alimentos importados e exportados, alimentos de novidade e tecnologias e participação em
fóruns internacionais de gestão de segurança sanitária de alimentos.
Todos estes elementos, quando tratados de modo eficaz e implementados ao nível regional ou dos Estados Membros
irão, então, constituir um sistema eficiente de gestão da segurança sanitária dos alimentos.
SADC, (2011)
INNOQ, (2017)
INNOQ, (2017)
Enga Floriana Joaquim Mastre Machava 19/02/2021
SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR NM ISO 22000
Se existe uma área para a qual os consumidores e os cidadãos em geral estão mais expostos e
sensíveis é a segurança alimentar, uma vez que ela interage directamente com a sua saúde, dai que as
organizacoes associadas a cadeia alimentar devem implementar metodologias capazes de assegurar
que os riscos e perigos para a saúde dos consumidores sejam eliminados ou reduzidos a níveis
aceitáveis.
Para o efeito, os intervenientes nesta cadeia, desde os produtores e fabricantes, distribuidores,
transportadores, fornecedores de embalagens e materias-primas manipuladoras e prestadores de
servicos associados, podem adoptar o modelo de Gestão de Segurança Alimentar, estabelecido pela
norma ISO 22000, que especifica um conjunto de requisitos, reconhecidos como essenciais, que
permitem garantir a segurança dos géneros alimentícios ao longo da cadeia alimentar, até ao
consumidor final, INNOQ, (2017),
De acordo com o INNOQ, (2017), a implementação de um Sistema de Gestão de Segurança Alimentar para além do
controlo dos perigos e do cumprimento de requisitos legais, e importante porque as organizações se beneficiam de
um conjunto vantagens adicionais tais como:
Transmitir maior confiança aos consumidores, reforçando a sua imagem no mercado;
Melhorar a satisfação dos clientes;
Comunicar com maior eficácia a todas as partes interessadas sobre as questões relativas à segurança alimentar;
Assegurar que actua em conformidade com a sua política declarada sobre segurança alimentar;
Gerir com maior eficácia os seus recursos internos;
Reduzir os custos em função da melhoria da eficiência do sistema de gestão implementado; e
Aceder a possibilidade de concretizar a entrada noutros mercados.
O sistema de classificação de Normas segundo o ICS é uma estrutura hierárquica subdivida em três níveis:
Nível 1: Comporta as áreas genéricas de actividade. A descrição numérica deste nível é composta por dois (2) dígitos:
Exemplo: 67 Tecnologia Alimentar.
Nível 2: Comporta áreas secundárias que se integram nas áreas genéricas descritas no Nível 1. A descrição numérica
deste nível é composta pelo número da área genérica ao qual são integrados três dígitos.
Exemplo: 67 120 Carne, produtos de carne e outros produtos de origem animal
Nível 3: Comporta secções que se integram nas áreas secundárias descritas no nível anterior. A descrição numérica deste
nível é composta pelo número da área genérica, seguida do número da área secundária e por mais dois dígitos.
Exemplo: 67 120 20 Aves e ovos
A relação de normas classificadas por assunto segundo o ICS contém a informação bibliográfica de cada documento na
seguinte sequencia: (1) (2) (3) (4)
Norma Descrição
67 020 Processos da indústria alimentar
NM ISO 22000:2006 Ed. 1 44p Sistemas de Gestão de Segurança Alimentar — Requisitos para qualquer organização
que opere na cadeia alimentar
NM 98: 2009 Ed. 1 24p. Código de Boas Práticas para higiene dos géneros alimentícios
NM ISO/TS 22004: 2006 Ed. 1 24p. Sistema de gestão da segurança de alimentos — Guia de aplicação da ISO
22000:2006
67 040 Produtos alimentares em geral
NM 54: 2008 Ed. 1 40p. Princípios gerais para a higiene de alimentos
NM 345: 2011 Ed. 1 24p. Código de prática de higiene para alimentos préconfecionados
NM 512: 2014 Ed. 1 96P Norma geral para os contaminantes e toxinas presentes nos alimentos e racoes
Decreto n.º 9/2016 de 18 de Abril. Regulamento de Fortificação de Alimentos com Micronutrientes Industrialmente Processados
Decreto n." 71/2001 de 12 de Junho, (2001). REGULAMENTO DE INSPECÇÃO E GARANTIA E QUALIDADE DOS PRODUTOS DA PESCA. I
serie, n° 23
FAO. World food summit - synthesis of the technical background documents. Rome, FAO, 1996.
Glossário temático, (2008). Alimentação e nutrição/Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Secretaria de Atenção à Saúde. 1.ª edição – 2.ª reimpressão.
Editora do Minis tério da Saúde. Brasília
INNOQ, (2017). Catalogo de normas Mocambicanas. Maputo, Mocambique
Maluf, R.S.; Menezes, F & Marques, S.B.; (s.a) Caderno “Segurança Alimentar”, Brasil
Pinto, J.N.; (2011). Direito à Alimentação e Segurança Alimentar e Nutricional nos Países da CPLP.
Diagnóstico de Base. Project Number: GCP/INT/297/SPA
República de Moçambique, Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional, (2007). Estratégia e plano de acção de segurança alimentar e
nutricional 2008-2015; - (ESAN II, 2007)