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CURSO DE

PORTUGUÊS
B&E ASSESSORIA
Simbolismo

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Leia com atenção o poema a seguir, em que o eu lírico descreve os
sentimentos despertados por uma mulher.

Dilacerações

Ó carnes que eu amei sangrentamente, Passai, dilaceradas pelos zelos,


Ó volúpias letais e dolorosas, Através dos profundos pesadelos
Essências de heliotropos e de rosas Que me apunhalam de mortais horrores...
De essência morna, tropical, dolente...
Passai, passai, desfeitas em tormentos,
Carnes virgens e tépidas do Oriente Em lágrimas, em prantos, em lamentos,
Do Sonho e das Estrelas fabulosas, Em ais, em luto, em convulsões, em dores...
Carnes acerbas e maravilhosas,
Tentadoras do sol intensamente... Cruz e Sousa
1) O poema pode ser dividido em duas partes: os dois quartetos e os
dois tercetos. O que é apresentado pelo eu lírico na primeira parte?
E na segunda?
 O texto trata do erotismo e de sua sublimação. Em que parte está
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tratado cada um desses temas? Justifique.

2) O poema apresenta uma associação comum na poesia simbolista: amor sensual e


morte. Aponte as palavras ou expressões que estariam relacionadas ao amor e à
morte.

 Explique por que o eu lírico afirma que as carnes estão “dilaceradas pelo zelos”.
 Qual a natureza dos pesadelos e por que eles o “apunhalam”?
 Nesses versos, o amor sensual é apresentado de forma negativa? Por quê?
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3) O gosto pelo exotismo também marca a poesia simbolista. No
soneto, que elementos revelam essa característica?
Que outros traços simbolistas podem ser apontados ainda nesse
soneto, além dos já apresentados?

4) Explique o título do poema.


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Sonho Branco

De linho e rosas brancas vais vestido,


Sonho virgem que cantas no meu peito!...
És do Luar o claro deus eleito,
Das estrelas puríssimas nascido.
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Por caminho aromal, enflorescido,
Alvo, sereno, límpido, direito,
Segues radiante, no esplendor perfeito,
No perfeito esplendor indefinido...

As aves sonorizam-te o caminho...


E as vestes frescas, do mais puro linho
E as rosas brancas dão-te um ar nevado...

No entanto, Ó Sonho branco de quermesse!


Nessa alegria em que tu vais, parece
Que vais infantilmente amortalhado!

Cruz e Sousa
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