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SINAPSE QUÍMICA

Profª Erika Barreto


Mestre em Cognição e Linguagem
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental
Contato (22) 998741424
A maioria das sinapses utilizadas para transmissão do
sinal no sistema nervoso central da espécie humana
são as sinapses químicas, que sempre transmitem esse
sinal em uma direção, ou seja, possuem uma condução
unidirecional. Essa é uma característica importante
desse tipo de sinapse, permitindo que os sinais atinjam
alvos específicos.
Uma sinapse química é o local de contato entre
neurônios. Na verdade, há um espaço entre os
neurônios que realizam uma sinapse, chamado fenda
sináptica. Dessa forma uma sinapse é formada por uma
especialização pré-sináptica, uma fenda e uma
especialização pós-sináptica. A região de uma sinapse é
altamente especializada para a liberação de um
medidor químico após a chegada de um potencial de
ação e também é o local interneural polarizado, de um
neurônio pré-sináptico para outro pós sináptico. O
elemento sináptico apresenta o receptor.
Quando um sinal nervoso chega ao final do neurônio, ele não pode
simplesmente continuar para a próxima célula.
Em vez disso, ele deve desencadear a liberação de neurotransmissores que
podem então levar o impulso através da sinapse para o próximo neurônio.
Uma vez que um impulso nervoso desencadeou a liberação de
neurotransmissores, esses mensageiros químicos atravessam o pequeno
espaço sináptico e são absorvidos por receptores especializados na superfície
da próxima célula. Estes receptores agem como uma fechadura e os
neurotransmissores funcionam muito como uma chave. Este processo converte
então o sinal químico de volta em um sinal elétrico. Se o sinal for
suficientemente forte, ele será propagado pelo próximo neurônio por
um potencial de ação até que ele chegue novamente a uma sinapse e o
processo é repetido mais uma vez.
Quando o potencial de ação, que caracteriza a transmissão do
impulso nervoso ao longo do axônio do neurônio, atinge a
região terminal da célula pré-sináptica (terminação nervosa), a
mudança de potencial elétrico resulta na liberação de
neurotransmissores armazenados em vesículas sinápticas por
exocitose. O neurotransmissor difunde-se através da fenda
sináptica e se liga a receptores na membrana plasmática da
região de sinapse da célula alvo (pós-sináptica). Isso provoca
alterações elétricas na célula pós-sináptica, uma vez que, em
geral, os sítios de ligação apresentam-se localizados em canais
iônicos controlados por transmissor.
Dessa forma, a ligação do neurotransmissor causa a
abertura temporária desses canais e uma breve
alteração da permeabilidade da membrana, o que
provoca o fluxo de íons através dela, gerando
mudanças em sua natureza elétrica, que por sua vez
desencadeia a transmissão do potencial de ação na
célula pós-sináptica pela conversão de um sinal
químico extracelular (o neurotransmissor) em sinal
elétrico.
Enquanto receptores, os canais iônicos
controlados por transmissores possuem elevada
especificidade com o neurotransmissor e,
enquanto canais, são seletivos em relação ao tipo
de íon que atravessa a membrana plasmática.
Essas duas características conferem a natureza
altamente específica da resposta pós-sináptica.
As sinapses químicas podem ser excitatórias ou
inibitórias. Os neurotransmissores excitatórios
(acetilcolina, glutamato e serotonina) abrem canais de
cátions, induzindo o influxo de Na+, o que despolariza a
membrana pós-sináptica para ativar o potencial de ação. Já
neurotransmissores inibitórios (ácido γ-aminobutírico, ou
GABA, e glicina) abrem canais de Cl- e K+.

É importante ressaltar, contudo, que nem toda a sinalização química do


sistema nervoso opera por canais iônicos controlados por transmissores.
Algumas moléculas sinalizadoras secretadas por neurônios ligam-se a
receptores que controlam canais iônicos apenas de maneira indireta: são
receptores ligados à proteína G ou receptores ligados à enzima.
Os peptídeos neuroativos podem atuar como neurotransmissores
ou neuromodulares (se deixados próximo à célula alvo) podendo agir
na célula pós-sináptica modificando a condutância aos íons, ou na
célula pré-sináptica modulando (regulando), o quanto será liberado de
neurotransmissor. Por isso pode haver a coexistência de um
neurotransmissor peptídeo com um neurotransmissor não peptídeo na
mesma sinapse. Os peptídeos são sintetizados no corpo celular e são
conduzidos pelo chamado transporte axônico rápido até o botão
sináptico, enquanto os neurotransmissores não peptídicos são
sintetizados no axônio (ex.: Ach). Além do mais, os
neurotransmissores peptídicos em geral tem uma ação mais
prolongada na emissão do sinal em quantidades bem maiores do que
as outras classes de neurotransmissores. Além destas funções, as
substâncias peptídicasneuroativas, também podem ser hormônios (são
liberadas no sangue para irem agir a distância).
Neuromoduladores
Os neuromoduladores sãosubstâncias que
possuem a capacidade de prolongar ou reduzir o
efeito de um neurotransmissor, ou seja, podem
modular a excitabilidade de uma membrana, e
normalmente atuam em conjunto com os
neurotransmissores porém sem alterar a essência
de sua transmissão
Neurotransmissores
Os neurotransmissores são pequenas moléculas responsáveis
pela comunicação das células no Sistema Nervoso, na sua
maioria são provenientes de precursores de proteínas e são
normalmente encontradas nos terminais sinápticos
dos neurônios. Essas moléculas são liberadas na fenda
sináptica e agem em receptores pós-sinápticos localizados no
neurônio pós-sináptico, fazendo com que esses receptores se
abram dando liberação na maioria das vezes à íons, dando
origem ao que chamamos de transmissão sináptica, onde um
impulso nervoso é passado para outra célula. As respostas
dadas pelos neurônios à um estímulo vai depender da
característica do neurotransmissor e do receptor, essas
respostas podem ser excitatórias ou inibitórias.
Acetilcolina (Ach)
Este neurotransmissor está envolvido em muitos comportamentos
dentre eles o aprendizado, a memória, e a atenção (testes feitos
em animais revelaram que o bloqueio da liberação desse
neurotransmissor é responsável pelo déficit desses aspectos
cognitivos).
É o neurotransmissor do sistema nervoso autônomo
parassimpático e sua sinalização neste sistema dá origem a
constrição dos brônquios, vasos sanguíneos, e pupilas, reduz
batimentos cardíacos, produz ereção entre outros. Esse transmissor
é importante para a movimentação do nosso corpo pois sua
liberação em músculos promove a contração das fibras musculares.
Serotonina (5HTP)
Envolvido nas desordens do humor, seu entendimento é
importante para o tratamento da desordem obsessiva
compulsiva, latência do sono, ansiedade, depressão e outros
transtornos do humor. Fármacos que atuam no bloqueio de
sua degradação ou receptação podem elevar os níveis deste
neurotransmissor reduzindo os sintomas destas patologias. O
leite é um alimento rico em triptofano, aminoácido necessário
para a síntese de 5HT, sua ingestão antes de dormir pode
elevar níveis de 5HT facilitando o sono.
A serotonina é um potente neurotransmissor responsável pelas
melhores emoções que temos. No entanto, seu processo pode estar
muito mais relacionado aos intestinos do que o cérebro propriamente
dito.
Nós seres humanos temos um conjunto de emoções complexas. Todas
estas emoções, na verdade, são frutos de diversas reações químicas
que ocorrem no seu cérebro.
Lógico que se você conseguir controlar as substâncias químicas
secretadas pelo seu próprio corpo você controlará também as suas
emoções. Na maioria das vezes a serotonina é relacionada às melhores
emoções.
Entretanto 95% da serotonina produzida pelo corpo não vem do
cérebro e sim dos intestinos.
O funcionamento dos intestinos humanos e também de outros animais
é um sistema muito complexo. Além de envolver a assimilação de
nutrientes e líquidos fundamentais para o corpo, os intestinos ainda
possuem seus movimentos próprios e deve manter também a pressão
adequada em suas paredes.
Todo este trabalho exige ainda mais do corpo para o seu perfeito
funcionamento. E como um órgão sem inteligência pode trabalhar de
forma tão complexa praticamente sozinho?
Isso ocorre devido à grande quantidade de neurônios que os intestinos
possuem. Fora o cérebro que mantém a maior concentração de
neurônios os intestinos ficam em segundo lugar
Quando não temos uma boa alimentação, seja pela falta de nutrientes
ou pelo consumo de alimentos sem qualidade nutricional como os
alimentos industrializados. Podemos apresentar até mesmo mudanças
em nossos comportamentos.
Com o consumo constante dos alimentos desvitalizados da indústria o
seu corpo não pode assimilar os nutrientes mais importantes. Com essa
carência pode haver diversos impactos emocionais.
Os impactos emocionais menores são as irritações repentinas, o
estresse diário entre outras emoções que surgem. Quando a falta de
nutrientes é maior os resultados podem ser ainda mais sérios.
É possível desenvolver uma má memória, baixa ou dificuldade de
concentração, dificuldade de atenção e mudanças de humor.

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