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CURSO DO

LIVRO DE
ANTÍOCO IV EPIFÂNIO
(DANIEL 8:9-12)

ALGUMAS RAZÕES
PORQUÊ ANTÍOCO NÃO
CUMPRE AS PROFECIAS
DE DANIEL 8:9-12:
ANTÍOCO IV EPIFÂNIO
(DANIEL 8:9-12)
De um dos chifres saiu um chifre pequeno e se
tornou muito forte para o sul, para o oriente e
para a terra gloriosa. Cresceu até atingir o
exército dos céus; a alguns do exército e das
estrelas lançou por terra e os pisou. Sim,
engrandeceu-se até ao príncipe do exército;
dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu
santuário foi deitado abaixo. O exército lhe foi
entregue, com o sacrifício diário, por causa
das transgressões; e deitou por terra a
verdade; e o que fez prosperou.
O QUE A PROFECIA PREVIU SOBRE O
CHIFRE PEQUENO:

Avançará irresistivelmente para o


sul, para o oriente e para a terra
gloriosa (verso 9).
O QUE A HISTÓRIA RELATA SOBRE
ANTÍOCO EPIFÂNIO

A Campanha no Egito foi um fiasco


imposto pelos romanos, a investida
para o oriente precipitou a sua
morte, e sua presença na palestina
foi de curta duração.
O QUE A PROFECIA PREVIU SOBRE O
CHIFRE PEQUENO:

Cresceria até atingir o exército do


Céu (povo de Deus) e o príncipe do
exército (versos 10 e 11).
O QUE A HISTÓRIA RELATA SOBRE
ANTÍOCO EPIFÂNIO
De fato perseguiu os judeus, mas não
atingiu nenhum príncipe deles. O
sumo sacerdote Onias III,
assassinado em 171 a.C., não pode
ser aqui evocado, mesmo porque sua
morte não deve ser creditada
diretemente a Antíoco. Além disso,
dificilmente Onias III seria príncipe
do exército que no verso 25 é
identificado como o príncipe dos
príncipes.
O QUE A HISTÓRIA RELATA SOBRE
ANTÍOCO EPIFÂNIO

Isso parece tão fora de questão que a


maioria dos intérpretes preteristas
interpreta “o príncipe” como sendo o
próprio Deus. Entendemos que
apenas a figura histórica de Jesus
cumpre este ponto, o que colocaria o
cumprimento para bem mais adiante
do tempo de Antíoco.
O QUE A PROFECIA PREVIU SOBRE O
CHIFRE PEQUENO:

Tiraria o contínuo e deitaria abaixo o


santuário (verso 11).
O QUE A HISTÓRIA RELATA SOBRE
ANTÍOCO EPIFÂNIO
Profanou o templo dos judeus mas
jamais o destruiu. Ademais a palavra
contínuo ( Hebraico: tamid ), ligada ao
ministério do santuário, define uma
atividade mais ampla que o
oferecimento de sacrifícios. Aliás a
palavra sacrifício não se acha ligada a
contínuo no original. Entendemos que o
todo do ministério diário , que no antigo
santuário era levado a efeito no pátio e
no lugar santo, é designado pelo termo.
O QUE A PROFECIA PREVIU SOBRE O
CHIFRE PEQUENO:

Teria êxito em deitar a verdade por


terra e cumprir outros desatinos
contra Deus (verso 12).
O QUE A HISTÓRIA RELATA SOBRE
ANTÍOCO EPIFÂNIO

Sua hostilidade contra a fé judaica


incrementou o zelo dos judeus por
sua religião e levou-os a resistir à
helenização de seu culto, até que
finalmente lograram a
independência no tempo dos
macabeus.
O QUE A PROFECIA PREVIU SOBRE O
CHIFRE PEQUENO:

Surgiria quando o poder dos quatros


chifres (as divisões do antigo
império de Alexandre) chegasse ao
fim (verso 23).
O QUE A HISTÓRIA RELATA SOBRE
ANTÍOCO EPIFÂNIO

Dominou cerca de 100 anos antes


do reino selêucida chegar ao fim
em 65 a.C. Depois de Epifânio
mais 14 reis ocuparam o trono da
Síria. O reino dos ptolomaidas ao
sul, outro dos 4 chifres, acabou
somente em 30 a.C.
O QUE A PROFECIA PREVIU SOBRE O
CHIFRE PEQUENO:

Seria grande em poder,um poder


não oriundo dele mesmo (verso 24).
O QUE A HISTÓRIA RELATA SOBRE
ANTÍOCO EPIFÂNIO

Não foi grandemente poderoso;


tampouco o poder que possuía
poderia ser tributado a outra fonte
que não ele mesmo.
O QUE A PROFECIA PREVIU SOBRE O
CHIFRE PEQUENO:

Seria quebrado sem o esforço da


mão humana (verso 25).
O QUE A HISTÓRIA RELATA SOBRE
ANTÍOCO EPIFÂNIO

Morreu em sua expedição ao


oriente, efetivamente com o
cuncurso da mão humana.
O QUE A PROFECIA PREVIU SOBRE O
CHIFRE PEQUENO:

O santuário seria pisado e ao fim de


2300 tardes e manhãs seria
purificado (verso 13,14).
O QUE A HISTÓRIA RELATA SOBRE
ANTÍOCO EPIFÂNIO

Em dezembro de 167 a.C. ( no décimo


quinto dia do mês de casleu do ano 145)
mandou construir um altar a Baal Shamem
(Zeus Olímpico) no lugar do altar de
sacrifícios do santuário. I Macabeus 1:54
BJ.
Em dezembro de 164 a.C. ( no dia 25 do do
nono mês – Chamado casleu – do ano 148 ),
o sacríficio foi restabelecido. (I Macabeus
4:52,53) Portanto o altar ficou destruido
por 1090 dias e não 1150 conforme dizem
os preteristas. Uma diferença de 60 dias.
O QUE A HISTÓRIA RELATA SOBRE
ANTÍOCO EPIFÂNIO
Desde o tempo em que Seleuco se fez rei
sobre a porção Síria do império de Alexandre,
constituindo-se assim o chifre sírio do bode,
até o país ser conquistado pelos romanos,
reinaram 26 reis sucessivamente sobre esse
território. O oitavo destes foi Antíoco
Epifanes. Este era, pois, simplesmente um
dos 26 reis que constituíram o chifre sírio do
bode. Foi, portanto, esse chifre enquanto
reinou. Por isso ele não podia ser ao mesmo
tempo uma potência separada e
independente, nem outro chifre notável como
foi o chifre pequeno.
Se fosse apropriado aplicar o símbolo da
ponta pequena a qualquer dos 26 reis sírios,
teria certamente de aplicar-se ao mais
poderoso e ilustre de todos. Mas Antíoco
Epifânio de maneira nenhuma foi o rei mais
poderoso da linhagem síria. Embora recebesse
o nome de Epifanes, isto é, “o ilustre”, ele só
foi ilustre no nome. Nada, diz Prideaux,
baseado na autoridade de Políbio, Lívio e
Deodoro da Sicília, nada pode ser mais alheio
ao seu verdadeiro caráter. Por causa de sua
vil e extravagante insensatez, alguns crendo
que ele era um louco, mudaram seu nome de
Epifanes, “o ilustre”, para Epimanes, "o
louco". (Humphrey Prideaux, The Old and New
Testament Connected in the History of the
Jews, vol. 2, pp. 106, 107).
Antíoco, o Grande, pai de Epifanes, depois de
ser terrivelmente derrotado numa guerra que
travou com os romanos, só pôde obter a paz
pelo pagamento de prodigiosa soma de
dinheiro e da entrega de uma parte de seu
território. Como penhor de que fielmente
cumpriria as condições do tratado, foi obrigado
a dar reféns, entre os quais estava Epifanes,
seu filho, que foi levado para Roma. Desde
então os romanos mesmo conservaram o
ascendente.
O chifre pequeno cresceu sobremaneira.
Mas tal não sucedeu com Antíoco. Ao
contrário, não ampliou seu domínio,
exceto por algumas conquistas
temporárias no Egito, que imediatamente
diminuíram quando os romanos tomaram a
parte de Ptolomeu e ordenaram que ele
desistisse de seus intentos naquela
região. A fúria de sua decepcionada
ambição, ele a verteu sobre os
inofensivos judeus.
O chifre pequeno, em comparação com as
potências que o precederam, cresceu muito. A
Pérsia é simplesmente chamada grande,
embora reinasse sobre 127 províncias. (Ester
1:1). A Grécia, sendo ainda mais extensa, é
chamada muito grande. Agora o chifre
pequeno, que se tornou excessivamente
grande, tem de ultrapassar a ambos. Quão
absurdo, pois, é aplicar isto à Antíoco, que foi
obrigado a abandonar o Egito sob a ordem
ditatorial dos romanos! Não é preciso muito
tempo para decidir a questão de qual foi o
maior poder: o que evacuou o Egito, ou o que
ordenou a evacuação.
O chifre pequeno havia de opor-se ao
Príncipe dos príncipes, expressão que aqui
significa, sem contestação, Jesus Cristo.
(Daniel 9:25; Atos 3:15; Apocalipse 1:5).
Mas Antíoco morreu 164 anos antes de
nascer nosso Senhor.
CONCLUSÃO

A profecia não pode, portanto aplicar-


se a ele, pois não cumpre as
especificações, salvo num ou noutro
ponto. Por que motivo alguém iria
aplicá-la a Antíoco? Respondemos: os
romanistas aceitam esta
interpretação para evitar a aplicação
da profecia a eles mesmos. E muitos
protestantes os seguem, para se
oporem ao ensino de que a segunda
vinda de Cristo está às portas.

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