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CAPACIDADE CIVIL

Art. 1º -Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem


civil.

A capacidade jurídica, é uma medida limitadora ou


delineadora da possibilidade de adquirir direitos e de
contrair obrigações.
Capacidade significa a aptidão que a pessoa tem de
adquirir e exercer direitos.
CAPACIDADE CIVIL

TIPOS DE CAPACIDADE CIVIL

CAPACIDADE CIVIL

CAPACIDADE DE DIREITO CAPACIDADE DE FATO


ou de gozo ou capacidade ou de exercício ou
de aquisição capacidade de ação.

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TIPOS DE CAPACIDADE CIVIL

CAPACIDADE DE DIREITO CAPACIDADE DE FATO OU


OU GOZO DE EXERCÍCIO
É a própria aptidão genérica É a aptidão para praticar
reconhecida universalmente, pessoalmente os atos da vida
para alguém ser titular de civil, ou seja, é a possibilidade
direitos e obrigações. Confunde- de praticar atos com efeito
se com a personalidade. Toda jurídico, adquirindo, modificando
pessoa natural a tem, pela ou extinguindo relações
simples condição de pessoa. jurídicas.
Deflui do próprio nascimento A capacidade de fato ou de
com vida. É aptidão para exercício admite gradações:
aquisição de direitos e deveres. plenamente capaz,
relativamente capaz e
absolutamente incapaz.

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CAPACIDADE DE DIREITO OU DE
GOZO
Consiste na capacidade de contrair direitos; todos os
indivíduos possuem tal capacidade visto que de
acordo com o. Art. 1º C.C. “ Toda pessoa é capaz de
direitos e deveres na ordem civil.” Esta, também pode
ser chamada de capacidade de gozo ou de aquisição.
A capacidade de direito surge com o nascimento e
termina com a morte.

A personalidade jurídica ou civil confere a pessoa uma


capacidade de direito.

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APACIDADE DE EXERCÍCIO OU DE FATO

A capacidade de exercício é a tão


conhecida capacidade civil
plena, qualidade que confere às
pessoas naturais que a possuem
a plena condição de exercício
livre, pleno e pessoal de seus
direitos, bem como do
cumprimento de seus deveres.

5
APACIDADE DE EXERCÍCIO OU DE FATO

Possui a capacidade de fato aqueles que se dirigem


com autonomia no mundo civil, agindo pessoal e
diretamente, sem intervenção de uma outra pessoa que
os represente ou os assiste. Diz-se que essa pessoa se
acha em pleno exercício de seus direitos.
A capacidade de fato ou de exercício admite gradações:
• plenamente capaz,
• relativamente incapaz
• absolutamente incapaz.
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Toda pessoa tem capacidade de direito; mas nem
toda a de fato.

Toda pessoa tem faculdade de adquirir direitos, mas


nem toda pessoa tem o poder de usá-los
pessoalmente e transmiti-los a outrem por ato de
vontade.

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INCAPACIDADE

Incapacidade é a restrição legal ao exercício de atos da

vida civil, imposta pela lei somente aos


que, excepcionalmente necessitam de proteção,
tendo em vista
as suas naturais deficiências decorrentes em geral,
da idade, da saúde e do desenvolvimento mental e
intelectual.
Deve ser analisada de forma restrita, porque como ensina a
doutrina deve ser aplicado o princípio de que “a capacidade
8
O instituto da incapacidade foi
construído para proteção dos
que são por motivo de idade, ou
doença não podem exercer por
sí, seus direitos. A lei
não institui o regime
incapacidades para prejudicar
das
aquelas pessoas determinadas,
mas, ao contrário, para proteger-
lhes. 11
IPÓTESES LEGAIS DE INCAPACIDADE CIVIL

incapacidade absoluta e Incapacidade relativa


Será absoluta a incapacidade quando a lei considera um
indivíduo totalmente inapto ao exercício da atividade da vida
civil. Os absolutamente incapazes podem adquirir direitos, pois
possuem a capacidade de direito, mas não são habilitados a
exercê-los, pois falta a capacidade de exercício.
A incapacidade relativa permite que o relativamente incapaz

pratique atos da vida civil desde que assistidopor


seu legal, sob pena de anulabilidade
da representante (CC.art.171,I). 10
A incapacidade absoluta acarreta a
proibição TOTAL do exercício, por si
só , do direito. O ato somente poderá
ser praticado pelo representante legal
do absolutamente incapaz. A
inobservância dessa regra provoca a
NULIDADE do ato nos termos do art.
166, I, do Código Civil.
A incapacidade absoluta gera a nulidade de
pleno direito do ato praticado (art. 166 do CC)
11
IMPORTANTE

A CAPACIDADE É A REGRA, OU SEJA, PELO


CÓDIGO CIVIL TODA PESSOA É CAPAZ DE
DIREITOS E DEVERES NA ORDEM CIVIL;

A INCAPACIDADE É A EXCEÇÃO, OU SEJA,


SÃO INCAPAZES AQUELES DISCRIMINADOS
PELA LEGISLAÇÃO (MENORES DE 16 ANOS,
DEFICIENTES MENTAIS, ETC).

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Incapacidade X impedimento

A incapacidade não se confunde com o impedimento.


Neste ocorre a vedação à realização de certos negócios
jurídicos, como por exemplo, fazer contratos, adquirir bens
etc.
Não constitui incapacidade a proibição que a lei
estabelece a que certas pessoas realizem certos negócios
jurídicos, p.e., proíbe que o tutor adquira bens do pupilo
(art. 1.749 CC); que os ascendentes vendam bens imóveis
aos descendentes, sem o expresso consentimento dos
demais descendentes (art. 496 CC) , a proibição que o
leiloeiro e seus prepostos adquiram, ainda que em hasta
pública, os bens de cuja venda estejam encarregados.

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Art. 3º CC-INCAPACIDADE ABSOLUTA

Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente


os atos da vida civil:
I.- os menores de dezesseis anos;
II.- os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o
necessário discernimento para a prática desses atos;
III.- os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir
sua vontade .

Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:


I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;

14
Art. 3º, II, C.C.

II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o


necessário discernimento para a prática desses atos;

Compreende-se aqui todos os casos de insanidade mental


permanente e duradoura, caracterizada por graves alterações
psíquicas. Todos os casos de insanidade mental, provocada por
doença ou enfermidade mental congênita ou adquirida como a
oligofrenia e a esquizofrenia, bem como por deficiência mental
decorrente de distúrbios psíquicos ( doença do pânico p. ex.,
desde que em grau suficiente para acarretar a privação do
necessário discernimento para a prática de atos da vida civil.
15
O objetivo do Civil foi compreender nesta
Código expressão, de insanidade
todos
permanente eos
duradoura, adquirida
casos ou hereditária. mental,

Para que os atos praticados pelas pessoas elencadas no


Art. 3º, II, C.C. é necessário que seja interditada
judicialmente, ou seja, o juiz declara por sentença que tal
pessoa é absolutamente incapaz e que os atos por ela
praticados serão nulos e não surtirão nenhum efeito no
mundo civil.
16
A sentença de interdição é meramente declaratória e não
constitutiva, uma vez que não cria a incapacidade, pois esta
advém da alienação mental.
Se o ato foi praticado após a sentença de interdição, será nulo
de pleno direito; se porém, foi praticado antes, a decretação
da nulidade dependerá da produção de prova inequívoca da
insanidade.
Atos anteriores à interdição poderão ser anulados, se a causa
da interdição existia notoriamente à época em que tais fatos
foram praticados. 19
Art. 3º, III, C.C.

III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir


sua vontade

Aqui compreende-se as pessoas que não puderem exprimir


totalmente sua vontade por causa transitória, ou em virtude
de alguma patologia (arteriosclerose, excessiva pressão
arterial, paralisia, embriaguez não habitual, uso eventual e
excessivo de entorpecentes ou substâncias alucinógenas,
hipnose ou outras causas semelhantes, mesmo não
permanentes). Não se compreende aqui as pessoas
portadoras de doença ou deficiência mental.
18
Art. 4º. CC-INCAPACIDADE RELATIVA

As pessoas mencionadas no art. 4º encontram-se numa


zona intermediária, entre a capacidade plena e a
incapacidade total pois já possuem razoável discernimento,
e, por isso, não ficam afastadas da atividade jurídica,
podendo praticar determinados atos por si sós. Mas para os
atos em geral, devem estar devidamente assistidas por seu
representante legal sob pena de ANULABILIDADE

19
Art. 4º. CC-INCAPACIDADE RELATIVA

A incapacidade relativa permite que o relativamente incapaz


pratique atos da vida civil desde que assistido por seu
representante legal, sob pena de anulabilidade
(CC.art.171,I).
Certos atos porém, pode praticar sem a assistência de seu
representante legal, como ser testemunha (art. 229,I), aceitar
mandato (art.666), fazer testamento (art. 1.860, parágrafo
único), exercer empregos públicos para os quais não for
exigida a maioridade (art.5º, parágrafo único, III), casar
(art.1517), ser eleitor, celebrar contrato de trabalho etc.
20
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os
exercer:
I.- os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II.- os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por
deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
III.- os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação
especial.

Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio
jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente
21
Art. 4º, I, CC

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

São os menores púberes do CC de 1916, podem praticar


apenas determinados atos sem a assistência seus
de representantes: aceitar mandato,
ser
testamento,
testemunha,
etc. Não se tratando desses casos especiais,
fazer
necessitam da referida assistência, sob pena de
ANULABILIDADE do ato, se o lesado tomar providências
nesse sentido e o vício não houver sido sanado.

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Se, entretanto, propositadamente, ocultarem sua idade
ou espontaneamente declararem-se maiores, no ato de
se obrigar, perderão a proteção que a Lei confere aos
incapazes e não poderão, assim, anular a obrigação por
eles contraída ou eximir-se de cumpri-la (art. 180, CC/2002).
Exige-se, no entanto, que o erro da outra parte seja
escusável.
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-
se de uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando
inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.
23
Se não houve malícia por parte do menor, anula-se o
ato, para protegê-lo. Como ninguém pode locupletar-se
(= enriquecer-se, levar vantagem) à custa alheia,
determina-se a restituição da importância paga ao
menor se ficar provado que o pagamento nulo reverteu
em proveito dele (art. 181 do CC/2002).

Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação


anulada, pagou a um incapaz, se não provar que reverteu em
proveito dele a importância paga.
24
Se a vítima não conseguir receber a indenização da
pessoa encarregada de sua guarda, que continua
responsável em primeiro plano (art. 932, I, II), poderá o
juiz, mas somente se o incapaz for abastado, condená-lo
ao pagamento de uma indenização equitativa. Adotou-se
o princípio da responsabilidade subsidiária e mitigada
dos incapazes.
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as
pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo
ou não dispuserem de meios suficientes.
27
Art. 4º, II, CC

II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por


deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;

Somente os alcoólatras, ou dipsômanos (os que têm impulsão


irresistível para beber) e os toxicômanos, isto é, os viciados no
uso e dependentes de substâncias alcoólicas ou
entorpecentes, bem como os fracos da mente são assim
considerados.
Os usuários eventuais que, por efeito transitório dessas
substâncias, ficarem impedidos de exprimir plenamente sua
vontade estão incluídos no rol dos absolutamente incapazes
(art. 3º, inciso III do NCC). 26
Os deficientes mentais de discernimento reduzido são
os fracos da mente. Estabeleceu-se, assim, uma
gradação para a debilidade mental:
•quando privar totalmente o amental do necessário
discernimento para a prática dos atos da vida civil,
acarretará a incapacidade absoluta (art. 3º, inciso II do
NCC);
•quando, porém, causar apenas a sua redução,
acarretará a incapacidade relativa.
27
Art. 4º, III, CC

III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo

O Código
considera relativamente
incapazes
apenas os portadores
não de
Síndrome de Down, mas
todos os excepcionais sem
completo desenvolvimento
mental,por exemplo, os
surdos-mudos.
28
ATENÇÃO

Somente considerados relativamente incapazes


são surdos- os que, pornão terem recebido
mudos
adequada e permanecerem
educação isolados, ficaram privados de um
desenvolvimento mental completo. Se a tiverem recebido, e
puderem exprimir plenamente sua vontade, serão capazes.
Poderão, ainda, enquadrar-se como
incapazes, se absolutamente deficiência privá-los
a
necessário discernimento.
totalmente
Assim, também
do ocorre com todos
os excepcionais sem desenvolvimento mental completo.
29
Art. 4º, IV, CC

IV - os pródigos.

Pródigo é o indivíduo que dissipa o seu


patrimônio desvairadamente. Trata-se de
um desvio da personalidade e não,
propriamente, de um estado de alienação
mental. Pode ser submetido à curatela
(art. 1.767, inciso V do NCC), promovida
pelos pais ou curadores, pelo cônjuge ou
companheiro, ou por qualquer parente.
30
O pródigo só ficará privado, no entanto, de praticar, sem
curador, atos que extravasam a mera administração (esta
ele poderá exercer) e implicam no comprometimento do
patrimônio, como emprestar, dar quitação, alienar, hipotecar
(art. 1.782 da Lei n.º10.406/2.002). Pode praticar,
validamente e por si só, os atos da vida civil que não
envolvam o seu patrimônio e não se enquadrem nas
restrições mencionadas. Pode, assim, casar, dar
autorização para casamento dos filhos menores, etc.
31
Art. 4º, Parágrafo único
A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.

Os Índios ou silvícolas são os habitantes


das selvas, não integrados à civilização.O
diploma legal (= Lei) que atualmente
regulamenta a situação jurídica dos índios
no País é Lein.º 6.001, datada
a que dispõe sobre
de19/12/1.973,
Estatuto do Índio, oproclamando que ficarão
sujeitos à tutela da União, até se
adaptarem à civilização.
32
A referida Lei considera nulos os negócios
celebrados entre um índio e pessoa estranha à
comunidade indígena, sem a participação da
Fundação Nacional do Índio (Funai),
enquadrando-o, pois, como
incapaz. Entretanto, absolutamente
considerará válido tal ato declara
se o índio revelar
que
consciência e conhecimento do ato praticado
se
e, ao mesmo tempo, tal ato não o prejudicar
33
O falido não é incapaz, apenas lhe são impostas
restrições à atividade mercantil.

A condenação criminal não implica capacidade civil.


Como pena acessória, pode sofrer o condenado a perda
de função pública ou do direito à investidura em função
pública; a perda do poder familiar, da tutela ou da
curatela.

34
Da cessação da incapacidade

Cessa a incapacidade, em primeiro lugar, quando cessar


a sua causa (enfermidade mental, menoridade, etc.) e,
em segundo lugar, pela emancipação.
A menoridade cessa aos dezoito anos completos (art. 5º
do novo Código Civil), isto é, no primeiro momento do dia
em que o indivíduo perfaz os dezoito anos. Se é nascido
no dia 29 de fevereiro de ano bissexto,completa a
maioridade no dia 1º de março.

35
Da cessação da incapacidade

Capazes.
Segundo o artigo 5o do NCC, a menoridade cessa aos
18 anos completos, passando a ficar habilitada à
praticar todos os atos da vida civil. No parágrafo único
do mesmo artigo, elenca-se outras possibilidades, para
os menores, de alcançar a capacidade completa.

36
Art. 5º, CC

A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando


a pessoa fica habilitada à prática de todos os
atos da vida civil.

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro,


mediante instrumento público, indºependentemente de
homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o
menor tiver dezesseis anos completos;
II.- pelo casamento;
III.- pelo exercício de emprego público efetivo;
IV.- pela colação de grau em curso de ensino superior;
V.- pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de
relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com
dezesseis anos completos tenha economia própria.37
A emancipação

EMANCIPAÇÃO: É a antecipação da capacidade civil .


OBRIGATORIEDADE DE REGISTRO DA EMANCIPAÇÃO:
Quando a emancipação é concedida pelos pais ou por um deles na
falta do outro ou judicialmente, só produz efeito depois de
registrada.
PERÍODO EM QUE A EMANCIPAÇÃO PODE SER CONCEDIDA:
A emancipação pode ser concedida entre 16 e 18 anos.
CARTÓRIO ONDE DEVE SER REGISTRADA A EMANCIPAÇÃO:
No Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais do 1º Subdistrito
da Sede da Comarca do domicilio do (a) emancipado (a).
38
A emancipação

Tipos de emancipação: voluntária, judicial e legal

A Emancipação Voluntária - é concedida pelos pais,se o


menor tiver dezesseis anos completos (art. 5º, parágrafo
único,inciso I do Código Civil). Deve ser concedida por
ambos os pais, ou por um deles na falta de outro. A
impossibilidade de qualquer deles participar do ato, por se
encontrar em local ignorado ou por outro motivo relevante,
deve ser devidamente justificada em juízo.

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Se os pais divergirem entre si, a divergência deverá
ser dirimida pelo juiz.
Forma: quanto à forma, é expressamente exigido o
instrumento público, independentemente de
homologação judicial (art. 5º, parágrafo único,inciso I
do NCC).
O registro da emancipação concedida pelo juiz é feito
em cumprimento a mandado judicial.

40
A emancipação judicial é concedida por sentença, ouvido o
tutor, em favor do tutelado que já completou dezesseis anos.
Se o menor estiver sob tutela, deverá requerer sua
emancipação ao juiz, que a concederá por sentença, depois
de verificar a conveniência do deferimento para o bem do
menor. O tutor não pode emancipá-lo.

As emancipações voluntária e judicial devem ser registradas


em livro próprio do 1º Ofício do Registro Civil da comarca do
domicílio do menor, anotando-se também em seu registro de
nascimento
41
A emancipação legal é a que decorre de determinados
fatos previstos na lei, como o casamento, o exercício de
emprego público efetivo, a colação de grau em curso de
ensino superior e o estabelecimento com economia própria.
Independe de registro e produzirá efeitos desde logo, isto
é, a partir do ato ou do fato que a provocou..

42
Quando concedida por sentença, deve o juiz comunicar, de
ofício, a concessão ao escrivão do Registro Civil (= ao
Cartório onde fora assentado o registro de nascimento do
menor).

A emancipação é irrevogável. Não podem os pais, que


voluntariamente emanciparam o filho, voltar atrás.
A colação de grau em curso de ensino superior, e
estabelecimento civil ou o
comercial,
relação de emprego,
ou desde
a que, em função deles,
existência
o menor
com dezesseis anos completos tenha economia de própria,
justificam a emancipação, por demonstrar maturidade
própria do menor.

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Suprimento da incapacidade

A incapacidade dos incapazes pode ser suprida pelos


institutos da assistência e da representação.

Assistência é o instituto ligados aos


relativamente incapazes.
Os assistentes dos incapazes serão:
a)os pais ou tutor – assistem os maiores de 16 e menores
de 18 anos.
b)o curador – assiste os pródigos e os que possuem
o discernimento reduzido, se maiores de 18 anos.
44
Representação
A representação é instituto ligado ao absolutamente incapaz.
Os representantes não gozam de poderes ilimitados, sendo
imprescindível a autorização do juiz e do Ministério Público
para a realização de qualquer ato que importe perda
patrimonial, pelo que fica vedada a prática dos seguintes atos
sem autorização: venda, doação ou troca de bens, renúncia de
direitos etc. Os representantes dos absolutamente incapazes
serão: os pais, o tutor, o curador.
47
a) os pais – no caso dos menores de 16 anos.
representação A nesse caso dá-se automaticamente, o
representante do incapaz não necessita de qualquer ato de
investidura ou designação.
b) tutor – no caso dos menores de 16 anos, se os pais não
forem vivos ou forem ou tornarem-se incapazes, ou perderem
o poder familiar (poder parental). O tutor é nomeado pelo juiz
ou pelos próprios pais. Poderá ser um parente ou qualquer
pessoa que goze da confiança do juiz ou dos pais. Tanto
nesse caso do tutor quanto do curador a representação não
se dá de forma automática, ocorrendo por designação
judiciária. O representante adquire esta qualidade em razão
de um ato judicial, e só em função dele é que se legitima a
representação.
46
c) curador – no caso em que o incapaz possui
uma enfermidade ou deficiência mental e for maior de 18
anos.

Tais diferenciações acarretam diversos efeitos jurídicos, os


atos praticados pelos absolutamente incapazes são nulos
(art.166 CC), e os praticados pelos relativamente incapazes
são anuláveis (art. 171 CC).
47
Assim, os atos praticados pelo absolutamente incapaz é
nulo de pleno direito, é ato inválido, não surte qualquer
efeito, não sendo reconhecida pelo direito a transação.
Os atos praticados por pessoa relativamente incapaz o
ato será válido podendo ser anulado.
ATO NULO – É INVÁLIDO E NÃO SURTE EFEITO.
ATO ANULÁVEL – O ATO É VÁLIDO SURTE EFEITO
ATÉ A SUA ANULAÇÃO.
48
Caso Concreto 1

As irmãs ROSA, VIOLETA e MARGARIDA, respectivamente, com


18, 16 e 14 anos de idade, moram na encantadora cidade de
Aracaju, capital do estado de Sergipe e estudam bem pertinho de
casa, no COLEGIO ESTADUAL PROF HAMILTON ALVES
ROCHA, que fica na Av. Marginal Alves Rocha, no Centro. Vendo
aproximar-se o mês de maio e pretendendo recursos para o
presente de sua mãe, dona DÁLIA, aceitam a sugestão da irmã
mais velha e todas vendem para a OFICINA DO ALCICLEI sua
bicicletas. Como podem ser classificados os negócios jurídicos por
cada uma das irmãs, tendo por base a capacidade jurídica de cada
uma delas ? Justifique. 51
Caso Concreto 2

José e Maria, durante sua relação, afetiva tiveram um filho,


Davi, hoje com seis anos de idade. Com o recente fim do
relacionamento, Maria procura um advogado para que este
ajuíze ação de alimentos em face de José com o escopo de
obter pensão alimentícia somente para seu filho David, já
que ela possui meios próprios de subsistência. O advogado,
então, inicia sua petição da seguinte forma:
“Davi da Silva, relativamente incapaz, assistido por sua mãe
Maria da Silva, domiciliado na Rua da Paz, s/n°, vem, por
seu advogado ao final subscrito, propor a presente ação de
alimentos em face de José da Silva, domiciliado na Rua da
Paz, s/n° pelos fatos e fundamentos que a seguir expõe
(...)”.

50
Após a distribuição (ato de dar entrada) da referida petição
inicial, para começar o processo judicial, determina o juiz da
vara de família que seja emendada (corrigida) essa petição
inicial.

Responda às questões seguintes, JUSTIFICANDO suas


respostas.
a)Davi da Silva é incapaz? Em caso positivo, qual a espécie
de incapacidade o atinge?

b)O juiz determinou que a petição inicial do advogado fosse


emendada, ou seja, corrigida. Que erro cometeu o
advogado? Faça a correção necessária.
51
c) O instituto da incapacidade tem por finalidade punir o
incapaz por sua falta de discernimento e pelos prejuízos
que pode causar à sociedade em razão dela?

Em caso negativo, qual seria então o escopo do instituto?

52
questão objetiva

Esta questão contém duas afirmações. Assinale o


item CORRETO e justifique.
I.- Ao nascer com vida, adquire-se capacidade de fato
PORQUE
II.- A capacidade de direito somente se adquire com a ocorrência
das hipóteses do art. 5º CC, ou seja, quando se pode exercer
plenamente o direito.

(A) se as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.


(B)se as duas são verdadeiras e a segunda não justifica
a primeira.
(C) se a primeira é falsa e a segunda é verdadeira.
(D) se a primeira é verdadeira e a segunda é falsa
(E) se as duas são falsas.
53

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