Você está na página 1de 59

UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA – BRAGA

2007/2008
(Mestrado - 1º Semestre)

35ª, 36ª, 37ª e 38ª Aulas


Disciplina: Psicopatologia e Saúde
Curso: 2º Ciclo – Mestrado
Docente: Prof. Doutora Eleonora Veiga
Perturbações Sexuais e da
Identidade do Género
 Perturbações da Identidade Sexual:
 insatisfação psicológica com o próprio sexo
biológico;

 Disfunção Sexual:
 dificuldade em agir de forma adequada quando
têm relações sexuais;

 Parafilias:
 desvios sexuais nos quais a excitação sexual
ocorre no contexto de objectos ou indivíduos
desadequados;
Perturbações Sexuais e da
Identidade do Género
 Diferenças de Género
 Diferenças nas práticas sexuais e nas atitudes
face à sexualidade pré-marital casual;

 Diferenças Culturais
 Nova Guiné, Índia, Suécia e E.U.A.;

 Desenvolvimento da Orientação Sexual


 Contribuições biológicas, psicológicas e sociais;
Sequência de Acontecimentos
que conduzem à orientação
sexual (de Bem, 1996)
 Variáveis biológicas (e.g., genes, hormonas pré-natais);

 Temperamento infantil (e.g., agressão, nível de actividade);

 Actividade sexual típica ou atípica e preferências por


companheiros de jogos (e.g., conformidade/inconformidade
com o género);

 Sentir-se diferente dos companheiros do sexo oposto ou do


mesmo sexo (diferente, não familiar, exótico);

 Excitação automática não específica pelos companheiros do


sexo oposto ou do mesmo sexo;

 Atracção erótica ou romântica por pessoas do sexo oposto


ou do mesmo sexo (inclinação sexual).
A. Perturbações da Identidade
Sexual/Género
 Perturbação da Identidade Sexual

 Está presente se o género físico de uma pessoa não


é congruente com o seu sentido de identidade;
identidade

 Insatisfação com o papel de género e o desejo de


ser do outro sexo: desencaixe ou incongruência entre
o sexo biológicamente definido e o género definido
psicologicamente;

 Pode manifestar-se em crianças ou em adultos;


A. Perturbações da Identidade
Sexual/Género
 Sexo:
Sexo soma das diferenças anatómicas e fisiológicas
abertas entre homens e mulheres;

 Género:
Género fenómeno psicológico que se refere à soma de
diferenças comportamentais e psicológicas entre os dois
sexos;

 Papel de género: expressão ou manifestação do género;

 Identidade do género:
género identificação subjectiva como
homem ou mulher (normalmente estabelecido a partir dos 2
anos);

 Orientação sexual:
sexual preferência sexual de parceiro;
A. Perturbações da Identidade
Sexual/Género
 Perturbações de identidade de género
em crianças

 4 dos seguintes:
 Desejo ou afirmação de que é do outro sexo;
 Rapazes: preferência por roupas e adornos de
raparigas;
 Raparigas: preferência por roupas de rapazes;
 Preferência por representar papeis do outro
sexo;
 Desejo de participar em jogos típicos de outro
sexo;
 Preferência por companheiros de outro sexo;
A. Perturbações da Identidade
Sexual/Género
 Mal estar em relação ao seu sexo – um dos
seguintes:

 Rapazes:
 Afirmação de pénis e testículos
 Repugnantes ou afirmar que era melhor não ter pénis
 Aversão por jogos turbulentos

 Raparigas:
 Rejeição por urinar sentada
 Afirmação de não querer seios ou menstruação
 Aversão por vestuário feminino
A. Perturbações da Identidade
Sexual/Género
 Perturbações de identidade de género
em adolescentes e adultos

 Desejo expresso de ser do outro sexo, fazer-se


passar pelo outro sexo, de viver e ser tratado
como se fosse do outro sexo;

 Mal estar permanente em relação ao seu próprio


sexo;

 Prevalência
 Mais comum em rapazes: 1 em cada 30 000 vs
1 em cada 100 000;
A. Perturbações da Identidade
Sexual/Género
 Diagnóstico diferencial:

 Fetichismo Trasvestido
 parafilia em que os indivíduos experimentam
excitação sexual ao colocarem peças de roupa
associadas com o sexo oposto;

 Indivíduos intersexuais (hermafroditos)


 nasceram com genitais ambíguos associados
com anormalidades hormonais ou físicas;
A. Perturbações da Identidade
Sexual
 Estatísticas:

 Pouco frequente;

 Incidência estimada (Suécia e Austrália): 1 em


37 000 e 1 em 24 000 em homens biológicos e 1
em 103 000 e 1 em 150 000 para mulheres
biológicas;

 Mudanças legais da identidade na Alemanha


– entre 2.1 e 2.4 em cada 100 000 habitantes;
Causas - Contribuições
biológicas e hormonais

 Resultados escassos e inconsistentes;

 Há algumas indicações de factores genéticos em


estudos de gémeos monozigóticos;

 Níveis elevados de testosterona ou de


estrogéneos em certos períodos críticos do
desenvolvimento poderiam masculinizar um feto
feminino e vice-versa;

 Provas de que a identidade sexual se confirma


entre os 18 meses e os três anos de idade;
idade
Causas - Outros factores
psicológicos:
 As práticas educativas: alguns estudos mostram que os
pais reforçam muitas vezes comportamentos típicos do
outro sexo;

 Relação parental:
parental mães com mais patologia; uma
atenção e um contacto/proximidade excessivo com a mãe;

 Falta de companheiros de jogos masculinos durante os


primeiros anos de socialização;

 Há muita história de abuso e trauma nos transexuais;

 Desenvolvimento de preferências homossexuais em 40% e


60% heterossexual;
(Green, 1987)
B. Disfunções Sexuais
 Alterações ou deficiências nas
mudanças psicofisiológicas que
caracterizam o ciclo de resposta sexual:
sexual
 problemas quantitativos com a intensidade do
desejo ou activação sexual;

 3 etapas do ciclo de resposta sexual


 desejo,
desejo excitação e orgasmo associam-se com
disfunções sexuais específicas
(Barlow & Durand, 2003)
O ciclo de resposta sexual: 4
Fases (Masters & Johnson,
1966; Kaplan, 1977)
 Desejo Sexual – aspectos motivacionais da resposta
sexual (fantasia, desejo);

 Excitação Sexual – sentimento subjectivo de prazer


sexual com mudanças fisiológicas (erecção do pénis,
lubrificação vaginal);

 Orgasmo – pico de prazer sexual com contracções


rítmicas da musculatura genital e ejaculação no
homem;

 Resolução – sensação geral de relaxamento e bem-


estar (no homem há período refractário);
No DSMV – 4 tipos de
perturbações
 Perturbação do Desejo Sexual

 Excitação Sexual (Perturbação da


Activação e Disfunção Eréctil)

 Orgasmo (Perturbação orgástica na


mulher e no homem, ejaculação precoce)
precoce

 Resolução (Perturbação de Dor como


Dispareunia e Vaginismo)
Vaginismo
Características Gerais
 Normalmente há disfunção a mais do que um
nível;
nível

 É difícil diferenciar entre psicogénica ou causada


organicamente;
organicamente

 Tem uma grande relação com afecto negativo e


baixa auto-estima;
auto-estima

 Há problemas de diagnóstico porque é uma


experiência subjectiva e influenciada pelo
comportamento e apreciação do parceiro mas
também pelas expectativas, muitas vezes irrazoáveis,
baseadas em filmes e livros;
1. Perturbação do Desejo
Sexual
 É comum uma imagem corporal pobre e evitamento
da nudez;

 Perturbação do Desejo Sexual Hipoactivo


 Deficiência ou ausência de fantasias sexuais e do
desejo de actividade sexual – sem interesse em
nenhum tipo de actividade sexual;

 Dificuldade em iniciar contacto ou não respondem às


iniciativas dos parceiros;

 Pode ser global ou específico: por um parceiro ou


actividade;
Perturbação do Desejo Sexual
Hipoactivo

 Muitas vezes é secundário a outra


perturbação:
perturbação anorgasmia ou disfunção
eréctil;

 Pode resultar de medicação ou


condição médica ou psicológica ou de
conflitos com o parceiro;
Perturbação do Desejo Sexual
Hipoactivo
 Estatísticas

 Varia de estudo para estudo mas é muito


elevada;
elevada

 Prevalência em cerca de 25% da população;


Mais de 15% dos homens;

 Aumento da procura de ajuda (65% dos


pedidos de clínicas de sexologia, 40% destes
têm outros problemas);

 A percentagem de mulheres é maior (2:1);


Perturbação do Desejo Sexual
Hipoactivo
 Contribuições psicológicas

 Raiva e ansiedade diminui o desejo, com


maior efeito nas mulheres (conflito conduz à
diminuição);

 A depressão é o maior concomitante da


diminuição do desejo (72% têm história de
perturbação de humor);

 História de abuso sexual ou trauma (85%


ficam com perturbação);
Perturbação do Desejo Sexual
Hipoactivo
 Factores de Relação:

 falta de confiança ou intimidade,


conflitos acerca de poder e controlo, falta
de atracção física;

 Nas mulheres insatisfação com a


relação tem maior peso;
Perturbação do Desejo Sexual
Hipoactivo
 Há pouco acordo sobre as causas;

 Factores biológicos e hormonais


 Resultados inconsistente;
 Resultados sobre alterações de hormonas
pituitária e gonodal; testosterona;
 Casos extremos mostram importância das
hormonas no desejo;
 O efeito das hormonas deve ser maior nos
homens;
Aversão Sexual
 Os sujeitos têm aversão e evitam os contactos
genitais;

 Comorbilidade com a Perturbação de Pânico (25%);

 Prevalência
 Desconhecida;
 Não costuma ser separada das Perturbações do
desejo sexual hipoactivo;

 Determinantes
 Factores biológicos e hormonais;
 Factores psicológicos (trauma, abuso, violação,
violência);
2. Perturbação da Excitação
Sexual
 Designadas na mulher por Perturbação da excitação
sexual feminina e no homem por disfunção eréctil;
eréctil

A. Perturbação da Excitação Sexual


Feminina:
Feminina incapacidade de atingir ou manter
lubrificação adequada.
 Pode haver actividade sexual, mas com dor ou
irritação;

B. Disfunção eréctil:
eréctil incapacidade de atingir ou
manter erecção o que dificulta ou impossibilita
relação sexual;
2. Perturbação da Excitação
Sexual
 Tem de haver stress e problemas interpessoais
para haver diagnóstico. Os homens ficam muito mais
stressados emocionalmente. Razões:

 Impede-os de realizar o acto sexual, enquanto as


mulheres podem compensar usando lubrificantes;

 A palavra impotência tem um sentido pejorativo:


menos competente e masculino. Podem isolar-se
social e sexualmente;

 As mulheres podem envolver-se sexualmente e nem


tão pouco notarem o problema;
2. Perturbação da Excitação
Sexual
 Prevalência:

 14% das mulheres em todas ou quase todas as


actividades sexuais; 23% ocasionalmente; 44%
das mulheres pós-menopausa;

 Homens entre os 40-70 anos


 52%, os mais velhos 3 vezes mais problemas;

 é a principal causa de procura de tratamento,


e pode ocorrer na presença ou ausência de
desejo;
Factores biológicos e hormonais
 Causas vasculares, hormonais ou
neurológicas:
 e.g., a lubrificação das mulheres tem a ver com
o estrogéneo;

 Doenças sistémicas:
sistémicas
 e.g., diabetes, doenças cardiovasculares e
medicamentos anti-hipertensivos e
psicotrópicos;

 Consumo de álcool e tabaco e cirurgia à


próstata também diminuem excitação;
Factores Psicológicos
 Psicossociais: ansiedade de performance, nos homens, é uma das
primeiras causas – medo de falhar e papel de observador, interfere
com a estimulação erótica;

 Causas remotas: trauma sexual, problemas de identidade sexual,


vinculação parentais mal resolvidas, ortodoxia religiosa;

 Humor deprimido;

 Imagem corporal negativa;

 História de abuso;

 Conflitos relacionais;

 Dificuldades de comunicação e falta de intimidade;


3. Perturbação do Orgasmo
 Dificuldades persistente e recorrente
de atingir o orgasmo.

 Alguns são orgásticos com masturbação


ou com jogo sexual, mas não no acto
sexual (perturbação situacional ou
secundária);

 Noutros há anorgasmia;
3. Perturbação do Orgasmo na
Mulher
 Muito controversa devido à diversidade e
variedade de estimulação que é necessária
para uma mulher ter orgasmo;

 Prevalência
 É mais prevalente nas mulheres e é
considerada a perturbação mais frequente nas
mulheres: 24 a 37% em clínicas específicas,
15% na população em geral pré-menopausa,
35% depois;
 Mais frequente nas solteiras;
Determinantes Etiológicos
 Relacionada com a assertividade sexual e conforto com
a masturbação;

 Religião e factores de relação parecem não estar


relacionados;

 Alguns autores consideram que o problema de muitas


mulheres é falta de excitação e o facto de fazerem
sexo por obrigação – não é um problema orgástico;

 Na anorgasmia secundária há menos satisfação


marital e mais rigidez em relação à masturbação.
Também há mais perturbação psiquiátrica e piores
resultados na intervenção;
3. Perturbação do Orgasmo no
Homem
 Não há orgasmo após excitação
normal;

 Prevalência
 Relativamente rara (3 8% das
populações clínicas);
 Será maior nos homossexuais (10-15%);
3. Perturbação do Orgasmo no
Homem
 Determinantes etiológicos

 Factores biológicos e hormonais


 Doenças e tratamentos (e.g.,
neurolépticos);

 Factores psicológicos
 Ansiedade de realização, medo de
engravidar;
Ejaculação Precoce
 Uma das questões é a definição de “precoce”. Há
alguns critérios, mas o diagnóstico é muito
subjectivo;
subjectivo

 Prevalência
 25 a 40% em algum momento da vida;

 Pode ser primária ou secundária;

 Os primeiros são mais jovens, tem mais ansiedade e


mais líbido;

 Os segundos têm mais disfunção eréctil;


Determinantes Etiológicos
 Factores biológicos e hormonais
 Poucos foram identificados;
 Tratamento de abuso de álcool e drogas
pode estar relacionado;

 Factores psicológicos
 Poucos confirmados;
4. Perturbação de Dor Sexual
 Dispareunia (“cohabitação infeliz”)

 Dor durante o coito é prevalente nas mulheres e


raro nos homens;

 A dor pode dever-se a falta de lubrificação, mas


no DSM tem de ser mais do que isso;

 Determinantes etiológicos
 Factores biológicos e hormonais
 Há vários factores como doença inflamatória, etc.,
que podem provocar dor;
4. Perturbação de Dor Sexual
 Factores psicológicos

 Segundo a psicanálise pode ser perturbação de


conversão:
conversão simboliza conflito intrapsíquico ou
aversão à sexualidade;

 Outros sugerem expectativas negativas em


relação ao sexo;

 Falta de técnica e relações interpessoais conflituosas,


trauma, religião, má imagem corporal, má
comunicação no casal, etc.;

 Também depressão (causa ou consequência);


4. Perturbação de Dor Sexual
 Vaginismo
 Espasmo involuntário nos músculos, no terço externo
da vagina;
 Difícil distinguir se é dor ou espasmo que impede
penetração;

 Prevalência
 15 a 20% nas clínicas de sexologia;

 Determinantes etiológicos
 Factores biológicos e hormonais;
 Factores psicológicos;
 Medos e fobias sexuais, trauma e abuso, cognições acerca
de penetração como algo difícil, etc.
Causas das Disfunções Sexuais
 Contribuições biológicas

 Doenças neurológicas e outras doenças que


afectam o sistema nervoso (e.g., diabetes);

 Problemas vasculares (e.g., insuficiência


arterial);

 Doenças crónicas (e.g., ataques cardíacos);

 Consumo de fármacos e outras substâncias;


Causas das Disfunções Sexuais
 Contribuições Psicológicas

 Ansiedade de execução;

 Excitação

 Processos cognitivos

 Afecto negativo
Causas das Disfunções Sexuais
 Contribuições Sociais e Culturais

 Cognições negativas sobre a sexualidade –


erotofobia;

 Pistas sexuais associadas com afecto negativo;

 Abuso sexual prévio;

 Guiões culturais – atitudes negativas sobre o


sexo;
5. Parafilias
 Activação sexual (fantasias ou desejos) em resposta
a estímulos desviantes ou não normativos: objectos
não humanos, actividades que provocam dor,
parceiros que não consentem – como crianças.

 Podem ter algo em comum como a perturbação


obsessivo-compulsiva:
obsessivo-compulsiva fantasias repetidas e
impulsividade;

 Podem ter vítimas (pedofilia, exibicionismo e


voyeurismo) ou não (fetichismo ou travestismo). Os
dois primeiros são crimes sexuais;

 Têm de ser reportados: denúncia obrigatória.


obrigatória
5. Parafilias
 No DSM aparecem 8 tipos:
tipos
 Exibicionismo
 Fetichismo
 Frotteurismo
 Pedofilia
 masoquismo sexual
 sadismo sexual
 fetichismo travestido
 Voyeurismo
 soe

 Apenas 10% dos sujeitos só têm uma parafilia, 20%


têm 2, quase 32% 3 ou mais, 38% tem mais quase
de 4;
5. Parafilias
 Prevalência

 Sabe-se pouco porque as pessoas não revelam;


 Sabe-se através das vítimas:
vítimas 20 a 25%
das mulheres são vítimas antes dos 18 anos
e 8 a 10% dos homens; 44% são vítimas de
exibicionismo;

 Normalmente estes casos não são relatados;


relatados

 Normalmente é uma perturbação dos homens;


homens
5. Parafilias
 Exibicionismo
 6 meses de duração
 Fantasias, impulsos sexuais ou fantasias sexualmente
excitantes recorrentes implicando actos que
envolvem a exibição dos órgãos sexuais a
estranhos;
estranhos

 Alguns masturbam-se enquanto exibem;


 Antes do acto estão muito ansiosos e não pensam nas
consequências;
 Quanto mais chocada a vítima, mais excitação;
 Alguns são agressivos: actos sexuais violentos como
raptos e violações;
 Idade média: 30 anos. Normalmente começa antes dos
18 anos. Raramente depois dos 40.
5. Parafilias
 Fetichismo

 6 meses de duração;

 Fantasias, impulsos ou comportamentos


excitantes, intensos e recorrentes que envolvem
o uso de objectos inanimados.
inanimados Normalmente
roupa interior de mulher;

 Alguns masturbam-se com o objecto, outros


querem que o seu parceiro os use. Alguns não
conseguem ficar excitados sem ele;
5. Parafilias
 Frotteurismo

 6 meses de duração

 Fantasias, impulsos ou comportamentos excitantes,


intenso e recorrentes implicando tocar ou roçar-se
em alguém que não o consente;
consente

 Normalmente acontece em locais com muita gente


como transportes públicos;

 Início na adolescência e diminui a partir dos 25 anos;


5. Parafilias
 Pedofilia

 6 meses de duração;

 Fantasias, impulsos ou comportamentos excitantes,


intensos e recorrentes implicando a actividade
sexual com crianças antes da puberdade.
puberdade Tem de
ter mais de 16 anos e ter mais de 5 do que a criança;

 Subtipos:
Subtipos
 atraídos por só de um sexo ou de ambos os sexos;
 só crianças da família ou só fora da família;
 12% é só incesto; Envolve ou não penetração;
5. Parafilias
 Pedofilia

 Características:

 Não diferem da população geral em termos


de ocupação, estatuto marital, nível social,
mas têm mais conflitos conjugais;
conjugais

 O interesse por crianças começa antes dos


18 anos;
5. Parafilias
 Masoquismo Sexual

 6 meses de duração

 Fantasias, impulsos ou comportamentos excitantes, intensos e


recorrentes implicando actos de serem humilhados,
agredidos, presos ou submetidos a sofrimento;
sofrimento

 Muitos tb ficam excitados no papel de sádicos e vice-versa;

 Asfixia auto-erótica é uma forma de masoquismo que pode


levar à morte;

 Início após os 20; 28% são mulheres;


5. Parafilias
 Sadismo Sexual

 6 meses de duração;

 Fantasias, impulsos ou comportamentos


excitantes, intensos e recorrentes
implicando actos em que há sofrimento
psicológico ou físico da vítima;
vítima
5. Parafilias
 Fetichismo transvestido

 Heterossexuais;

 6 meses de duração;

 Fantasias, impulsos ou comportamentos excitantes,


intensos e recorrentes implicando travestismo:
travestismo
 E.g., muitos homens excitam-se quando vestidos de
mulher a imaginar-se simultaneamente homens e
mulheres;

 Pode ser só roupa interior ou fato completo:


completo
 1/5 já saiu à rua travestido.
5. Parafilias
 Voyeurismo

 6 meses;

 Fantasias, impulsos ou comportamentos


excitantes intensos e recorrentes ao observar
pessoas desprevenidas nuas, a despir-se ou
envolvidas em actos sexuais;
sexuais

 Podem ter outras parafilias e comportamentos


criminosos;
5. Parafilias
 S.O.E.

 Zoofilia ou bestialismo – procura de satisfação


sexual através de animais:
 E.g., os homens utilizam a vagina de fêmeas
geralmente domésticos; as mulheres, a língua de
animais domésticos que são educados previamente
nesse sentido (Doyle, 1992);

 Hipersexualidade – impulso sexual muito intenso,


não satisfeitas sexualmente, com desejo “insaciável”
de realizar o coito:
 E.g., ninfomania (procura activa e compulsiva da
satisfação sexual da mulher) e satiríase (homem) (Luria
& Rose, 1979).
5. Parafilias
 Urofilia: prazer sexual é alcançado mediante o acto de
urinar, enquanto se mantêm relações sexuais;

 Coprofilia: prazer sexual é associado ao desejo de defecar


no parceiro, que este defeque sobre si ou de comer fezes;

 Necrofilia: excitação sexual que decorre das relações


sexuais que se mantêm com cadáveres;

 Klismafilia: excitação sexual obtida através da aplicação de


clisteres;

 Hipoxifilia: a pessoa excita-se a si mesma sexualmente,


retendo a respiração enquanto se masturba;
Determinantes etiológicos
 Factores biológicos e hormonais
 Alguns estudos encontraram alterações hormonais;

 Factores psicológicos
 Condicionamento e aprendizagem social;
 Trauma e abuso sexual – frequente;
 Défices nas relações interpessoais e sexuais,
especialmente com o parceiro primário;
 Personalidade e psicopatologia: traços impulsivos e
obsessivos;
 Há um elevado grau de psicopatologia –
especialmente perturbação do humor;
Modelo de Desenvolvimento das
Parafilias
 Associações ou experiências sexuais inapropriadas precoces (umas
acidentais outras vicariantes);

 Possível desenvolvimento inadequado de padrões consensuais


adultos de excitação;
 Possível desenvolvimento inadequado de competências sociais
apropriadas para se relacionar com os adultos;

 Fantasias sexuais inapropriadas associadas com actividades


masturbatórias e fortemente reforçadas;

 Tentativas repetidas de inibir a excitação e o comportamento


indesejado que dão por resultado um aumento dos pensamentos,
fantasias e comportamento parafílico;

Parafilia
Casos Clínicos
 Caso Clínico I, II e III

 Diagnóstico Multiaxial
 Diagnóstico Diferencial

Você também pode gostar