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O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA:

PRÁTICAS DE LEITURA NO ENSINO


MÉDIO
Larissa Gabriela Souza Almeida
Identificação
● Título: O ensino de Língua portuguesa: Práticas de leitura e escrita no ensino
médio.
● Área de pesquisa: Educação, Ensino e Aprendizagem, Letras, Linguística.
● Autora: Larissa Gabriela Souza Almeida
Introdução- Tema e Problema
● Um dos principais desafios da prática docente, nas aulas de língua
portuguesa é a realização de um processo eficaz de ensino-aprendizagem
em leitura, principalmente de forma produtiva e crítica.
● A inabilidade da leitura iniciar-se nas séries iniciais, pois a maioria dos
professores tem a concepção equivocada de leitura.
● Os professores que não tem o hábito da leitura, seja por diversos fatores,
falta de tempo, desmotivação.
● A formação social e cultural dos lares brasileiros o hábito de leitura é
deficiente ou inexistente, devido ao fato de que a maioria dos pais de alunos
que frequentam o ensino básico ou médio da rede pública são analfabetos
funcionais ou literais.
Introdução- Tema e Problema
Diante do exposto, surgiram questões que nortearão está pesquisas, que ao
sistematizá-las podem abranger as inquietações expostas, tais como:

● Quais as dificuldades apresentadas pelos professores para o


desenvolvimento da prática da leitura em Língua portuguesa, no ensino
fundamental e médio;
● Quais as necessidades dos alunos para que se tornem um público leitor;
● Quais as formas teóricos metodológicas que viabilizem sanar as dificuldades
identificadas no processo de ensino de leitura e como promover projetos que
equacione essas dificuldades.
Justificativa
● É muito comum professores de língua portuguesa mencionarem “Meus
alunos não gostam de ler”. muitos docentes buscam promover práticas
metodológicas para desenvolver o leitor, no entanto, por terem uma
concepção de leitura e texto equivocadamente, acabam desmotivando o
aluno a desenvolver o hábito de ler.
● É um problema que afeta os professores de matemática, química, física,
ciências, história e geografia que tendem a reclamar da falta de leitura dos
seus alunos.E as consequências são devastadoras,, principalmente em
momentos como provas que buscam a avaliar o desempenho da escola,
como a Prova Brasil e até mesmo os exames seletivos como ENEM, SAEB,
Prova Brasil.
Justificativa
● Ler é um ato iminentemente civilizador. Há algo de disciplinador na leitura. A
necessidade de deter-se respeitosamente diante do livro é disciplinadora. A
necessidade de estar atento e dedicar toda mente ao que se lê é um
exercício que alarga os horizontes cognitivos, desenvolve a inteligência,
exige do ser um algo mais do que efemeridades cotidianas. A obrigação
autoimposta de compreender o que se lê força as capacidades cognitivas e
ser ve exercício fortalecedor da mente. Ferrarezi Jr e Carvalho (2012, p.17)
● Quando falamos de leitura, aqui, estamos nos referindo à leitura do livro, do
artigo profundo, do material substancial que exige tempo, disciplina pessoal e
largueza para ser lido.Ferrarezi Jr e Carvalho (2012, p.17)
Justificativa
● Quando falamos de leitura no sentido mais exato da palavra, não falamos de
ler lista de compras do supermercado ou rótulo do achocolatado que vai ser
dissolvido no leite do desjejum. Não se trata de uma abordagem
preconceituosa do que se ler, trata-se de fazer um recorte de níveis, um
recorte qualitativo: não é possível colocar a leitura do rótulo do achocolatado
a de um romance de Guimarães rosa no mesmo balaio. propor que um gibi
do Cebolinha ou do Super-Homem tem o mesmo efeito, sobre o intelecto das
pessoas, do que a leitura de Grande Sertão: Veredas ou de os irmãos
Karamazovi é algo simplesmente inaceitável.Ferrarezi Jr e Carvalho (2012,
p.17)
Objetivos
Objetivo geral

● Analisar a prática docente no processo de aquisição da leitura no ensino


fundamental e médio, nas escolas Ulisses Guimarães e Luís Nunes, por meio
do Programa Residência Pedagógica.
Objetivos
Objetivos específicos
● Identificar as dificuldades expostas pelos professores ao aplicarem
metodologias de ensino de competência leitora em ambas as escolas e
níveis de ensino.
● Analisar e caracterizar as formas de como são aplicadas e o material didático
utilizado para aquisição da leitura.
● Diagnosticar problemas e desenvolver procedimentos metodológicos
suscetível de ser mais efetivo na intervenção didática nas aulas de língua
portuguesa, ao que se refere a habilidade de leitura.
Referencial Teórico
● O desenvolvimento do processo de leitura:

Kleiman (1993, apud MATENCIO, 1994, pag.39) “ a leitura envolve múltiplos


aspectos que englobam questões cognitivas e o processamento dessas
informações envolve três níveis os de unidades lexicais, agrupamento textual
e interpretação semântica, no entanto o atual modelo de escola não trabalha
de forma condizente a esses aspectos.”

Matencio (1994) “ a leitura é uma atividade individual e para que ocorra um


bom desenvolvimento da mesma é necessário que o leitor seja capaz de
construir hipóteses relacionadas ao conhecimento de outros textos e a sua
experiência de mundo e assim obter as informações que procura no texto.”
Referencial Teórico
● A escola na formação de leitores:

Lerner (2002) propõe que a escola assuma uma nova versão social
funcionando como uma microcomunidade de leitores e escritores.

“ O necessário é fazer da escola um âmbito onde leitura e escrita sejam


práticas vivas e vitais, onde ler e escrever sejam instrumentos poderosos que
permitem repensar o mundo e reorganizar o próprio pensamento, onde
interpretar e produzir textos sejam direitos que é legítimo exercer e
responsabilidades que é necessário assumir.” (LERNER,2002,p.18)
Referencial Teórico
● A leitura como objeto de ensino na escola:

Lerner (2008) “ Se faz necessário transformar a leitura muito além de um


objeto de ensino nas escolas, mas sim em um objeto de aprendizagem para
os alunos, que tenha significado e possa atingir um propósito em que o aluno
valorize e perceba a função social da leitura fora da escola.”

Lerner (2008) “Construção de projetos nas escolas que cerne aspectos de


leitura devem estar correlacionados tanto nos propósitos didáticos de ensino
quanto nas situações que envolvem os diversos propósitos sociais.”
Metodologia
Pesquisa Qualitativa de origem fenomenológica.

● Tipo de pesquisa será etnográfica colaborativa.

Magalhães e Fidalgo (2010, apud Gasparoto e Menegassi, 2016) defendem a


pesquisa colaborativa por que a mesma ressalta a construção coletiva do
conhecimento e intervenção da realidade estudada e se constitui em um
trabalho participativo de interação entre o professor e o pesquisador.

● Gil (2010) “Na pesquisa etnográfica são utilizados vários procedimentos para
coleta de dados. Os fundamentais são a observação e a entrevista.”
Participantes da pesquisa:

➢ professores de Língua Portuguesa


➢ Alunos das escolas Ulisses Guimarães.

Procedimentos metodológicos:

● Observação da prática docente.


● Entrevista semi-estruturada com o docente para identificar as possíveis
dificuldades em desenvolver a leitura nas aulas de língua portuguesa.
● Questionário para os alunos com intuito de verificar que tipo de leitura mais
os interessa.
● Propor um projeto em regime colaborativo com o docente que viabilize
equacionar as possíveis dificuldades.
Critérios de Avaliação
● Fazer perguntas facilitadoras no processo de interferência
● Verificar se a intertextualidade será uma das principais estratégias utilizadas
● Notar se as informações lidas e experiências cotidianas dos leitores é uma
estratégia produtiva tento na mediação dos pesquisadores quanto nas
estratégias espontâneas dos leitores.
● À medida que a fluência na leitura aumenta, levando em consideração
ausência de pausas, hesitações, falsos começos, trocas de letras, sílabas ou
palavras, tc. e pela rapidez na leitura) o processo de compreensão tornar-se
mais competente.
● O contorno entoacional das frases de acordo coom a pontuação facilita a
compreensão.
Critérios de Avaliação
● Facilitar a produção de sínteses e a identificação da organização analítica
dos textos.

(Adaptado de Bortoni-Ricardo. et.al 2012, p.12 e13)


Referências
FERRAREZI JR, Celso; CARVALHO, Robson Santos de. De alunos a leitores: o ensino da leitura na
educação básica. São Paulo: Parábola Editorial, 2017.

BORTONI-RICARDO, Stella Maris et al. Leitura e mediação pedagógica. São Paulo: Parábola, 2012.

GASPAROTO, Denise Moreira. MENEGASSI, Renilson José. Aspectos da pesquisa colaborativa na


formação docente. Perspectiva, Florianópolis, v.34, n.3,p.948-973, set/ago. 2016.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2010.

LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o imaginário. Porto Alegre: Armed,
2002.

MATENCIO, Maria de Lourdes Meirelles. Leitura, produção de textos e a escola: reflexões sobre o
processo de letramento. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1994.

MOREIRA, Marco Antonio. Metodologias de pesquisa em ensino. São Paulo: Editora Livraria da

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