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Considerações éticas sobre a interrupção

da gravidez e gravidez na adolescência

RECIFE
2011
Gravidez na Adolescência

 Adolescência pode ser definida com um período de


profundas mudanças biopsicossociais, especialmente
relacionadas à maturação sexual, a busca da
identidade adulta e a autonomização frente aos pais.

A gravidez nesse momento de vida


oferece implicações
desenvolvimentais tanto para o
adolescente quanto para aqueles
envolvidos nessa situação.
Quem é o adolescente?

 A palavra adolescência vem do latim ad (a, para) e olescer


(crescer), significando a condição ou processo de crescimento,
em resumo o indivíduo apto a crescer. Adolescência também
deriva de adolescer, origem da palavra adoecer. (BOCK, 2001,
p.16).

 Para o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n.º 8069/90,


adolescente é todo indivíduo com idade entre 12 e 18 anos

 Para a OMS, esse período envolve indivíduos com idades


entre 10 a 19 anos.
Aspectos biológicos

“A maioria dos órgãos e sistemas desenvolve-se rapidamente durante


essa etapa da vida, principalmente o sistema reprodutivo. As
adolescentes contemporâneas atingem a maturidade física em
época bem anterior àquelas da virada do século. A média de idade
da menarca, por exemplo, tem apresentado um declínio de
aproximadamente quatro meses a cada década, com tendência
atual de estabilização (SILVA e CHINAGLIA, 2000, p. 1196).”

Mudanças hormonais;
Crescimento físico;
Questões emocionais;
Breve histórico

 Na antiguidade consta que contratos de casamentos eram lavrados


quando a menina se encontrava entre os 13 e 14 anos de idade, haja
vista que a expectativa de vida dos cidadãos dessa época era inferior
a 25 anos de idade. 
 Em meados do século XVII , começaram a surgir relatos de gravidez
muito precoce, como o caso de uma menina que deu a luz aos seis
anos, em 1658, e de outra, que em 1884, deu à luz aos sete anos, por
parto natural, a dois fetos do sexo masculino, natimortos, aqui no
Brasil
 No início do século XX, a gravidez entre a idade de 12 a 19 anos ainda
era considerada acontecimento habitual para os padrões culturais e
para os costumes vigentes. Em 1922, por exemplo, Harris definiu a
idade de 16 anos como o momento “ótimo” para o nascimento do
primeiro filho (NEME, 2000). 
“A minha mãe disse que me teve quando ela
tinha 16 anos. Naquela época não era muito
cedo não.Tava bom! Fazer o que? Mas hoje eu
não quero isso pra mim. O tempo mudou.
Tem que estudar mais, um filho ia acabar
com a minha vida! Eu nem conto pra todo
mundo que já fiquei grávida.”
Paula, 17 anos, estudante, uma
gestação interrompida aos 16 anos
Estatística

 Um levantamento realizado em 2004, por


Szwarcwald, Júnior, Pascom e Júnior (2004)
constatatou-se que os adolescentes brasileiros
têm iniciado a vida sexual mais cedo e mantêm
um maior número de parceiros. Segundo o
Ministério da Saúde (2006),
 36% dos jovens entre 15-24 anos relataram ter
tido a primeira relação sexual antes dos 15 anos
de idade, enquanto apenas 21% dos jovens entre
25-29 anos tiveram a primeira relação na mesma
época. Destes, 20% afirmaram ter tido mais de
dez parceiros nas suas vidas e 7% tiveram mais
de cinco parceiros no último ano.
Fatores ligados aos riscos da gravidez na adolescência.

• Atividade sexual precoce


• Pobreza
• Problemas psicossociais;
• Baixa escolaridade;
• Ausência de projetos de vida;
• Assistência familiar insuficiente;
• Migração;
• Dificuldades para anticoncepção;
• Educação sexual ausente ou
insatisfatória;
• Facilidade de relacionamento com o
sexo oposto.
Segundo a Federação Brasileira de
Ginecologia e Obstetrícia (2001)

Principais causas de morte na gravidez de


adolescentes:

 Hipertensão
Ruptura Prematura de Membranas
 Anemia
Prevenção

 Aspectos biopsicossociais - maturação sexual


e o despertar da sexualidade podem gerar grande
ansiedade.
Conhecimento das mudanças biológicas.
Educação sexual aos 12 anos.
Reconhecer e não ignorar a
 atividade sexual nos adolescentes.
Pílulas ou preservativos?

(MONTEIRO et al, 2009)


Com clientes adolescentes agir:

- olhar/vendo;
- ouvir/ escutando;
- tocar/ sentindo;
- falar/ comunicando;
- perguntar/ ouvir;
- observar/ olhando.

Figueiredo e Tonini (2007), (Duarte, 2005).


O Enfermeiro na Educação

 O enfermeiro é formador de opiniões!


 Atingir escolas, igrejas e grupos sociais.
 Evidenciar não apenas a gravidez, mas as DST’s.
 PROGRAMA SAÚDE DO ADOLESCENTE (1989)
 Criação de espaços onde os adolescentes exteriorizem seus
sentimentos.
 Acesso à cultura e esportes.
• Fornecer informações sobre
sexualidade e saúde
reprodutiva
• Garantir acesso aos métodos
contraceptivos para os jovens
• Fornecer informações aos
pais, responsáveis, educadores
e profissionais de saúde.
Será que o aborto é
eticamente
permissível?
Aborto

Segundo a OMS, O aborto


é a interrupção da gestação
antes de 20–22 semanas
ou com peso fetal inferior a
500g.

•Precoce quando ocorre até


12 semanas;

•Tardio entre 13 e 20 – 22
semanas de gestação.
Tipos de Aborto

Aborto espontâneo;

Aborto voluntário.
Aborto Espontâneo

Anormalidades Cromossômicas;
Infecções;
Alterações Anatômicas;
Diabetes;
Drogas e agentes químicos;
Acidentes.
Aborto Voluntário (provocado)

 Envenenamento salino
(16-32+ semanas)

Solução salina concentrada. O


líquido amniótico contendo essa
solução é ingerido lentamente pelo
feto, envenenando-o e queimando
a pele e os pulmões.
- Espasmo, inchaço, congestão,
hemorragia, choque e por fim a
morte. É um processo lento e
prolonga-se por algumas horas.
 Por sucção ou aspiração
(até 12 semanas):
Insere-se no útero um tubo oco
que tem uma ponta afiada. Uma
forte sucção despedaça o corpo
do bebê assim como a placenta e
absorve o bebê.
O abortista introduz logo uma
pinça para extrair o crânio, que
costuma não sair pelo tubo de
sucção.
 Dilatação e Curetagem
(6-16 semanas):

É inserido uma cureta


(objeto em forma de colher
com bordas cortantes).
Despedaça o bebê dentro
da barriga da mãe e vai
retirando as partes do
bebê.
 Em ambos procedimentos(sucção ou curetagem), o médico
deve se certificar que não há pedaço do feto no útero.
 Como o útero é altamente vascularizado durante a gestação
o pus acumulado devido a inflamação pode causar infecção
generalizada.
 Retirada do resto fetal e fortes doses de antibiótico.
 Sufocamento
(Parto parcial)

O bebê é puxado para fora


deixando apenas a cabeça dentro
da mãe.
É introduzido um tubo na nuca do
bebê e suga a massa cerebral.
Como então a cabeça está "vazia"
o abortista consegue retirar o
bebê
Causas do Aborto

Dificuldades de sobrevivência da mulher ou da família em meio


a uma urbanização desenfreada;
Carência de programas educativos e de planejamento
reprodutivo;
Medo;
Alta do custo de vida;

Neles residem as possibilidades da mulher procurar o aborto


como meio de terminar uma gravidez indesejada ou
"impossível" de ser levada a cabo pela precariedade de sua
situação pessoal ou de condição de vida.
Consequências do aborto

 Deve-se considerar que o aborto provocado pode


afetar a mulher e as gestações subseqüentes
(prematuridade, abortamento espontâneo, baixo peso
ao nascer). Com a repetição do número de abortos
praticados os riscos se acentuam, trazendo não só
implicações de ordem orgânica, mas também social,
econômica e psíquica.

Neme et al., 1975


Efeitos Físicos Efeitos Psicológicos
Sentimento de culpa 
Infecção pélvica Impulsos suicidas 
Risco da infecundidade Pesar/Abandono 
Abortos espontâneos   Arrependimento/Remorso 
Natimortos  Perda da fé 
Hemorragias e Infecções   Baixa auto-estima
Útero perfurado  Preocupação com a morte 
Peritonite   Desespero/Desamparo 
Insônia  Frustração do instinto maternal 
Perda de interesse sexual 
Incapacidade de se auto-perdoar
Horror ao abuso de crianças
Dados sobre o Aborto

Numero de abortos por ano no mundo: entre 46 a 55


milhões;
Numero de abortos por dia: aproximadamente 126.000;
78% países em desenvolvimento.
22% em países desenvolvidos.
Contribui com 15% da mortalidade materna no país e é a
quarta causa de morte materna;
 Em 2009, foram realizadas 183,6 mil curetagens pelo
SUS. Dentro das razões previstas em lei, foram
realizados 1.850 abortos.
 A marca de reprovação que carrega aborto no
Brasil nem sempre esteve presente ao longo da
história da humanidade.
 Difundido na maiorias das culturas dos povos da
antiguidade

O imperador chinês Shen Nung cita


em texto médico escrito entre 2737 e
2696 a.C. a receita de um abortífero
oral, provavelmente contendo
mercúrio.
E o que pensavam os filósofos na Grécia Antiga?

O aborto deveria ser obrigatório, por


Método eficaz para limitar motivos eugênicos, para as mulheres
os nascimentos e manter com mais de 40 anos e para
estáveis as populações das preservar a pureza da raça dos
guerreiros
cidades gregas

Aconselhava às parteiras, por


Em seu juramento, assumiu o sinal profissão de sua mãe,
que facilitassem o aborto às
compromisso de não aplicar
mulheres que assim o
pressagio em mulheres para desejassem
provocar aborto

Aristóteles

Platão

Sócrates
Hipócrates
Aspectos históricos

Em Roma
O aborto era interpretado em diferentes óticas
dependendo da época

Quando a Quando a natalidade


natalidade era alta caiu na época do
no tempo da Império, passou a ser
República era bem considerado delito
tolerado contra segurança do
estado
Aspectos históricos
 No século VXIII a maioria das legislações
equiparava o aborto ao homicídios que
sobrevieram a Filosofia Iluminista e a Revolução
Francesa com a Declaração dos Direitos
Humanos.
 Questões como queda de natalidade,
principalmente durante e pós guerra, fizeram
com que alguns países proibisse o aborto como
incentivo ao crescimento da população :
 França na I Guerra mundial foi severa quanto ao
aborto e métodos contra conceptivos
 Em países onde se instalou o nazifacismo o
aborto era crime com pena de morte. Lema:
Filhos para a pátria.
 Processo inverso aconteceu com a Revolução de
1917, na União Soviética, o aborto deixou de ser
considerado um crime naquele país, tornando-se
um direito da mulher a partir de decreto de 1920
Aspectos históricos

 Após a Segunda Guerra Mundial, as leis continuaram


bastante restritivas até a década de 60, com exceção dos
países socialistas.
 A partir dos anos 60, em virtude da evolução dos
costumes sexuais, da nova posição da mulher na
sociedade moderna e de outros interesses de ordem
político-econômica, a tendência foi para uma crescente
liberalização.
 casos de países que voltaram às leis anteriores, como
aconteceu com a Romênia, Bulgária e Hungria (razões
de ordem demográfica) e com Israel (motivos político-
religiosos).
Aspectos históricos

 Brasil
 Até 1830 não havia lei sobre aborto no Brasil

 Em 1830 - Código criminal do império: alocou


aborto no capítulo Contra segurança das
pessoas e da vida. Punia-se o “aborteiro” com 1 a
5 anos de prisão

 Em 1890 - Código Penal da República :


 Aborto praticado por terceiros era penalizado
com ou sem aprovação da gestante, se dele
resultasse morte. Auto-aborto, redução de pena

 A partir 1940 – Código Penal Brasileiro


inscreveu aborto nos crimes contra a vida.
Aspectos religiosos

Catolicismo Repugnam o aborto. Entre a


vida do feto e da mãe, prevalece a do feto. A
posição da igreja se baseia em 4 princípios:

 Deus é o autor da vida;


 A vida humana inicia desde com o momento da
concepção;
 Ninguém têm direito a tirar a vida inocente;
 O aborto em qualquer estágio significa tirar a vida
inocente.
Aspectos religiosos

 Judaísmo Permite o aborto


terapêutico para salvar a vida da mãe.
 Protestantismo Reconhecem o
aborto como uma escolha legítima da mãe.
A maioria admite o aborto terapêutico
 Espiritismo o aborto é um crime
Vêem neste ato uma recusa aos desígnios
de Deus.
 Islamismo São desfavoráveis ao
aborto.
O aborto e o código penal Brasileiro

Aborto provocado pela gestante ou com seu


consentimento
 Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que
outrem lho provoque:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.

Aborto provocado por terceiro


 Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da
gestante:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos.
 Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da
gestante:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
 Parágrafo único - Aplica-se a pena do artigo anterior,
se a gestante
 não é maior de 14 (quatorze) anos, ou é alienada ou
débil mental, ou se o consentimento é obtido
mediante fraude, grave ameaça ou violência.
Forma qualificada

 Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores


são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do
aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a
gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são
duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém
à morte.
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por
médico:
Aborto necessário
I- se não há outro meio de salvar a vida da
gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
 
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é
precedido de consentimento da gestante ou,
quando incapaz, de seu representante legal.
Indicações do aborto não reconhecidas legal e
deontologicamente

 Abortamento eugênico:

É confundido com o terapêutico, legalmente aceito


para salvar a vida da mãe e não para prevenir futuros
nascimentos defeituosos (CP, Art. 128).
 Motivo social ou sentimental:

Acontece para ocultar uma situação ou para “salvar a


honra”, no sentido de uma gravidez indesejada por
comprometer o “bom nome” da pessoa que
engravidou, perante os pais, o ambiente de trabalho
ou grupo de convívio social.
 Motivo econômico:

É o que ocorre pelo fato de mais um filho não ser


compatível com a renda familiar. Ou seja, a mulher
pratica um aborto, questionando a falta de emprego,
de oportunidade por ter muitos filhos, por não ter
uma boa escolaridade por achar que não tem
condições de educar mais um filho, entre outros.
Aborto e o código de ética dos
profissionais de enfermagem

Em se tratando do Código de Ética dos Profissionais


de Enfermagem é proibido:
 Art. 45 – Provocar aborto ou cooperar em prática
destinada a interromper a gestação.
 Parágrafo único – Nos casos previstos em Lei, o
profissional deverá decidir, de acordo com a sua
consciência, sobre a sua participação ou não no ato
abortivo.
Considerações éticas sobre o aborto
Heteronomia da vida X Autoninomia reprodutiva

Santidade da vida Tangibilidade da vida

Aborto é crime Aborto é moralmente neutro


As escolhas morais processam-se de inúmeras
maneiras , com influências da família, do matrimônio,
da escola, dos meios de comunicação em massa, etc. o
que acaba por mesclar princípios e crenças
inicialmente inconciliáveis.
 O argumento principal dos
defensores da legalização ou
descriminalização do aborto é o
do respeito à autonomia
reprodutiva da mulher e/ou do
casal, baseado no princípio da
liberdade Individual.

 Já os oponentes do aborto
têm como nó a heteronomia,
isto é, a idéia de que a vida
humana é sagrada por
princípio.
As exceções de alguns oponentes:
 A continuação da gravidez põe em risco a vida da
mulher;
 A gravidez resultou de um ato de violação;
 O feto sofre de deficiências ou doenças que afetam muito
negativamente a sua qualidade de vida.
O primeiro é a crença de que o feto é
pessoa humana desde a fecundação;
o segundo, a defesa da potencialidade do
feto em tornar se pessoa humana.
“O direito à vida”.

E, para os mais extremistas, sendo o feto uma pessoa


humana torna-se impossível qualquer dispositivo legal
que permita o aborto.
Finnis pode ser considerado um exemplo interessante
deste posicionamento extremo, diz ele: “...Sustento
que o único argumento razoável é que o não-nascido é
já pessoa humana (...) Todo ser humano individual
deve ser visto como uma pessoa (...) Uma lei justa e
ética médica decente que impeça a morte dos não-
nascidos não pode admitir a exceção “para salvar a
vida da mãe”.
A segunda idéia, a de que o feto é uma pessoa humana
em potencial, tem ainda maior número de defensores
do que a que concede o status de pessoa ao feto desde
a fecundação. A teoria da potencialidade sugere que o
feto humano representa a possibilidade de uma
pessoa humana e, portanto, não pode ser eliminado. O
aborto possui um significado moral e jurídico de um
assassinato.
Por outro lado, há escritores que
argumentam que, caso o feto seja Frente à defesa de que o feto é
mesmo pessoa, a mãe e/ou o pessoa humana desde a
casal que deseja a interrupção da fecundação, os bioeticistas
gestação é ainda mais pessoa do proponentes argumentam que a
que o feto. Por isso, seus idéia de “pessoa humana” é antes
interesses (mãe/casal) devem um conceito antropológico que
prevalecer sobre os supostos jurídico e necessita, portanto, da
interesses do feto. relação social para fazer sentido.
Os limites gestacionais em que um aborto seria moralmente
aceitável. Em geral, os limites estabelecidos baseiam-se em
argumentações científicas tais como: quando o feto começa a sentir
dor, quando iniciam os movimentos fetais, quando há a
possibilidade de vida extra- uterina.

Harris diz sobre isso:


“...Eu espero que tenhamos alcançado
o ponto no qual ficará claro que
os recém-nascidos, os bebês, os
neonatos têm, qual seja, o status moral
dos fetos, embriões e zigotos. Se o
aborto é justificável, também o é o
infanticídio (...)” .
A mera ausência de razões para acreditar na
imoralidade de uma certa prática ou categoria de atos
autoriza a convicção na sua permissividade.
Fugir à questão:

 Não devemos confundir o problema ético do aborto com o


problema essencialmente político de saber se (e em que
termos) a lei deve proibir o aborto;
 Ainda que sejam distintos, estão relacionados.

Não devemos proibir algo simplesmente por não ser moral.


O certo seria levantar os argumentos que comprovem que o
aborto é tão errado quanto um homicídio.
 John Stuart Mill (1859): A lei não deve proibir práticas que
prejudicam os outros pelo que se impõe a revogação das
leias que criam “crimes sem vítimas”
O aborto é uma das questões
paradigmáticas da bioética exatamente
porque nele reside a essência trágica
dos dilemas morais que, por sua vez,
são o nó conflitivo da Bioética.
Tallita de Almeida Albuquerque
Rafaela Fernanda Leite
Juliana Aires
Isabela Yasmin
Maria Eduarda Beringuel
Augusto Fernando
Débora Rakel
Fim

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