Práticas de leitura na escola

Como formar leitores críticos?

Voos de uma professora de Língua
Portuguesa.

Professora Josenéia Costa

"Ninguém nasce borboleta", pensou Breno.
Depois disse baixinho: "A borboleta é um
presente do tempo". Lá fora, ela, a borboleta,
não pensava nada disso. [...] Breno tem 9 anos
e é uma criança, a lagarta é como se fosse
uma borboleta criança, mas quando Breno for
adulto vira homem e não borboleta, e homens
não voam." ( Geovani Martins. O Sol na
Cabeça. Companhia das Letras: 2018).
"Ninguém nasce borboleta. Aquelas asas não
crescem de uma hora pra outra, aquelas cores
maravilhosas não surgem do nada.
Há um processo antes. Aliás, um doloroso, mas
necessário processo de transformação, de
superação, de aprendizagem!
Ninguém nasce borboleta, mas qualquer pode
aprender a ser.” (Lídia Vasconcelos)
 Antes da sala de aula, os primeiros voos
1- Planejamento sobre as temáticas e discussões que se pretende
abordar em sala de aula.
2- Contato com os consultores literários- escuta de indicações de obras-
sugestões.
3- Escolha, leitura e partilha das obras pré-selecionadas.
Entendendo as competências específicas de linguagem
(BNCC)
 Compreender as linguagens como construção humana, histórica,
social e cultural, de natureza dinâmica [...]

 Utilizar diferentes linguagens – verbal [...] corporal, visual, sonora e

digital

 Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que

respeitem o outro[...]
Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as
diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais,
inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da
humanidade, bem como participar de práticas diversificadas,
individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à
diversidade de saberes, identidades e culturas.
Para formar leitores críticos na escola é preciso auxiliar os estudantes
a desenvolverem habilidades de ler, compreender, interpretar,
relacionar o que se lê com o mundo cultural.

“É preciso articular a leitura, a literatura e a formação literária na sala de aula”.

(Teresa Colomer)
É importante oportunizá-los a aprender como funciona a linguagem
literária, a estrutura composicional de cada gênero (contos,
biografias, poemas, romances, textos híbridos).

Cabe instrumentalizá-los para reconhecer foco narrativo, espaço

físico, psicológico, tempo da narrativa e sobretudo, as temáticas que
atravessam as obras.

“Literatura não é luxo. É a base para construção de si mesmo”. (Teresa

Colomer)
Práticas de leituras literárias em sala de aula
Onde: Land School, Salvador- Bahia

Séries: 7º e 8º anos Ensino Fundamental II

Anos: 2019 e 2020

Propostas em sala de aula
Tudo começa com a noção africana e
indígena de circularidade.

As aulas são propostas como momentos

de círculos de leitura em que não existe
começo nem fim, professor ou aluno...
Fazemos parte de um coletivo em
pulsante aprendizagem.
Leituras individuais
Leituras em duplas
Leituras em dupla para discutir sobre a
obra, analisar criticamente abordagens
temáticas que desenvolvem as
habilidades de ler, interpretar e
compreender e articular a outros saberes
cotidianos e produções de sentidos.
 Mesa redonda
e conversa com o
escritor
Podcast temático.
Ressignificando as linguagens

Esquetes (pequenas
peças teatrais) para
apresentar trechos da
obra lida.
Teatro itinerário
Teatro itinerário
 Contos em sala
acompanhados de
leitura dramática e
esquetes
 Dossiê literário

Atividade pautada na perspectiva metodológica da

aprendizagem colaborativa, que consiste em reunir o
grupo em torno do objetivo de apresentar neste dossiê
literário discussões críticas sobre a obra A hora da
estrela, de Clarice Lispector, e ao mesmo tempo um
senso de responsabilidade individual e cooperativismo
na construção e compartilhamento de saberes.
Mesas de comunicação
Live
Encontros em sala
de aula
Encontros em sala de
aula
 A leitura nos possibilita enxergar o mundo por diferentes
vieses, pode nos tornar mais empáticos, altruístas, mais
sensíveis e observadores, mais criativos e críticos.

Ousemos novos e diferentes voos e experimentamos a

grande emoção que é sair do chão.

Josenéia Costa
 Muito obrigada!

josycosta34@yahoo.com.br