ILUMINAÇÃO

DIMENSIONAMENTO E ADEQUAÇÃO DE CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO

OBJETIVOS SEGUNDO A NR-17

A NR-17 visa o estabelecimento de parâmetros

que permitam a adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, de modo a proporcionar um
máximo de conforto, segurança e desempenho
eficiente.
ORIENTAÇÕES DA NR-17

Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação

adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar,
apropriada à natureza da atividade.
ORIENTAÇÕES DA NR-17

A iluminação geral ou suplementar deve ser

uniformemente distribuída e difusa, deve ser projetada e
instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos
incômodos, sombras e contrastes excessivos.
ORIENTAÇÕES DA NR-17

Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados

nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias
estabelecidos na NBR/ISO 8995.
ORIENTAÇÕES DA NR-17

A medição dos níveis de iluminamento deve ser feita no

campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual,
utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a
sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de
incidência.
OBJETIVOS GERAIS

Apresentar os conceitos luminotécnicos para

proporcionar um local de trabalho que atenda aos
requisitos regulamentados em termos de conforto
visual e saúde ocupacional.
CONCEITO DE LUMINOTÉCNICA

Luminotécnica é o estudo das técnicas de

dimensionamento de circuitos de iluminação artificial.
JUSTIFICATIVAS
Uma boa iluminação propicia a
visualização do ambiente, permitindo
que as pessoas vejam, se movam com
segurança e desempenhem tarefas
visuais de maneira eficiente, precisa e
segura, sem causar fadiga visual e
desconforto. A iluminação pode ser
natural, artificial ou uma combinação de
ambas.

F O N T E : ABNT NBR ISO/CIE 8995-1

REFERÊNCIAS

- NBR/ISO 8995
- NR- 17 
LUZ (CONCEITOS)
É uma fonte de energia radiante que impressiona nossos
olhos e nos permite ver. A percepção do olho humano às
ondas de luz visível se encontra na faixa de 380 a 760
nanômetros (nm).
Isso equivale ao limite inferior dos raios ultravioleta e ao
limite superior dos raios infravermelhos.
Raios Cósmicos Raios Gama Ultravioleta Infravermelho Ondas Radioelétricas
10-14 102

Comprimento de Onda Visível ao olho humano

Violeta Azul Verde Amarelo Laranja Vermelho

 
380 400 450 500 550 600 650 700 760 nm
FLUXO LUMINOSO
É a potência de radiação total emitida por uma fonte de

luz e capaz de estimular a retina ocular à percepção

luminosa, sua unidade é o Lúmen (ℓm).

Exemplo de fluxo luminoso:

 Lâmpada Incandescente Standard 100W: 1560 ℓm;

 Lâmpada Fluorescente 40W: 3150 ℓm.

 Lâmpada LED de 9W: 850 ℓm.

EFICIÊNCIA LUMINOSA
É a medida da relação entre a quantidade de luz
produzida e a energia consumida, sua unidade é o lúmen
por watt (ℓm/W).
Exemplos:
 Lâmpada Incandescente de 100W:
Eficiência Luminosa= lúmen/watt = 1560/100 = 15,6 ℓm/W

 Lâmpada Fluorescente de 40W:

Eficiência Luminosa = lúmen/watt = 3150/40 = 78,8 ℓm/W

 Lâmpada LED de 9W:

Eficiência Luminosa = lúmen/watt = 850/9 = 94,4 ℓm/W
CONCEITOS
Intensidade Luminosa
É a potência de radiação visível disponível numa
determinada direção. É devido ao fato de uma fonte de
luz não emitir a mesma potência luminosa em todas as
direções.
Símbolo: I
Unidade: Candela (cd)
ILUMINAMENTO ou ILUMINÂNCIA

É a relação entre o fluxo luminoso incidente em uma

superfície pela área dessa superfície.
Símbolo: E
Unidade: lux (ℓx).
Fórmula: E = Ф / S
Em que:
E – iluminamento ou iluminância, em lux (ℓx).
Ф – Fluxo luminoso, em lumen (ℓm).
S – Área da superfície, em metro quadrado (m2).
ILUMINAMENTO ou ILUMINÂNCIA

Na prática, o iluminamento (E) corresponde ao valor

médio, pois, o fluxo luminoso não se distribui
uniformemente sobre uma superfície. 

O iluminamento em um ponto “A” de uma superfície,

afastada de uma distância “d” da luminária, é calculada
por: 
E = I / d2  
ILUMINAMENTO ou ILUMINÂNCIA

No caso de a incidência de luz ser oblíqua, o

iluminamento no ponto “B” é calculado por:
E = I / d2 x cos ө = I / h2 x cos3 ө
ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR (IRC)
APARÊNCIA DA COR – TEMPERATURA DE COR CORRELATA

ASPECTOS DA COR

APARÊNCIA DA COR TEMPERATURA DE COR CORRELATA

QUENTE < 3300 K
INTERMEDIÁRIA ≥ 3300 K < 5300 K
FRIA > 5300 K

A temperatura de cor é uma analogia entre a cor da

luz emitida por um corpo negro aquecido até
a temperatura especificada em Kelvin e
a cor observada.
APARÊNCIA DA COR – TEMPERATURA DE COR CORRELATA

APARÊNCIA DA COR TEMPERATURA DE COR CORRELATA

QUENTE < 3300 K
INTERMEDIÁRIA ≥ 3300 K < 5300 K
FRIA > 5300 K

A escolha depende da iluminância, cores da sala e

mobiliário, clima e aplicação. Em climas quentes
geralmente é preferencial a aparência da cor de uma luz
mais fria, e em climas frios é preferencial a aparência da
cor de uma luz mais quente.
APARÊNCIA DA COR – TEMPERATURA DE COR CORRELATA

A temperatura de cor é medida em Kelvin e é baseada

na relação entre a temperatura de um material
conhecido como “corpo negro” e a distribuição de
energia da luz emitida. Na prática, é a cor emitida por
determinada fonte de luz.
APARÊNCIA DA COR – TEMPERATURA DE COR CORRELATA

Quanto maior a temperatura de cor de uma lâmpada,

mais clara será sua tonalidade da luz. Em contrapartida,
quanto mais baixa, mais suave será sua tonalidade.
APARÊNCIA DA COR – TEMPERATURA DE COR CORRELATA

Branco avermelhado: é uma luz quente que fica entre

2.600 e 3.000 Kelvin (residências, consultórios
médicos, hospitais, spas).
Branco alaranjado: é luz neutra que fica entre 3.000 e
4.000 Kelvin (cozinhas, sanitários e outros ambientes).
APARÊNCIA DA COR – TEMPERATURA DE COR CORRELATA

Branco amarelado: também é uma luz neutra que fica entre

4.000 e 5.000 Kelvin e provoca sensação de “luz do dia”
(lojas, pontos comerciais, shoppings, escritórios, escolas).
Branco azulado: é uma luz fria e está acima de 5.000
Kelvin (indústrias, drogarias, salas de cirurgia de hospitais
e clínicas, dentre outros).
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO

Antes da busca por materiais e componentes, deve-

se determinar quem será o público que fará uso do
ambiente, qual será a atividade a ser desenvolvida
no ambiente, assim como as características locais,
tais como: cor de parede, teto e piso, pé direito, altura
de trabalho, dentre outros.
ESCOLHA DA LUMINÁRIA
ESCOLHA DA LUMINÁRIA
ESCOLHA DA LUMINÁRIA
DIMENSÕES DA LUMINÁRIA
INTENSIDADES LUMINOSAS
CURVAS DE INTENSIDADES LUMINOSAS
FATOR DE UTILIZAÇÃO
ESCOLHA DA LUMINÁRIA
DIMENSÕES DA LUMINÁRIA
INTENSIDADES LUMINOSAS
FATOR DE UTILIZAÇÃO
ESCOLHA DA LUMINÁRIA
DIMENSÕES DA LUMINÁRIA
INTENSIDADES LUMINOSAS
FATOR DE UTILIZAÇÃO
PROJETO EXEMPLO 1
Área:
Galpão com 20m de comprimento, 10m de largura e
5m de altura;
Atividade: Empresa de fundição;
Sistema de iluminação escolhido: Fluorescente;
Luminária escolhida : Itaim 4320 com 2 lâmpadas de
32W cada;
PROJETO EXEMPLO 1
Nível de iluminação escolhido (E):
300 lux (de acordo com a NBR ISO/CIE 8995, item 9
da Tabela de Tipo de ambiente, tarefa ou atividade);

Índice Local (K):

altura útil (h) = pd – ht – hs = 5 – 1,0 – 0,5 = 3,5m
K = C x L / ((C + L)h) = 20x10/((20+10)3,5 = 1,9
PROJETO EXEMPLO 1
Fator de utilização (U):
  
 
 
 
 
 
 

pd – pé direito
hs – altura de suspensão da luminária
ht – altura do plano de trabalho
h – altura de montagem (pd-hs-ht)
PROJETO EXEMPLO 1

Fator de utilização (U):

   De acordo com a tabela da luminária 4320,
obtemos U=0,73, utilizando o valor mais próximo a
1,9 (2,0). Com reflexão do teto, paredes e piso iguais
a 70%, 50% e 10% respectivamente.
PROJETO EXEMPLO 1
Fator de perdas luminosas (FPL): d = 0,7 (médio)

Ambiente Depreciação (d)

Limpo 0,8

Médio 0,7

Sujo 0,6
PROJETO EXEMPLO 1

Fluxo luminoso Ф (catálogo do fabricante da lâmpada):

Ф= 2700lm

Quantidade de luminárias: N = E.C.L / n.Ф.U.FPL;

N = 300 x 20 x 10 / 2 x 2700 x 0,73 x 0,7 = 21,74

Arredondado para 22
PROJETO EXEMPLO 1

Distribuição das luminárias:

QC = C/√((CxL)/N) = 20 / √((20x10) / 22) = 6,63
Arredondado para 6 luminárias.

QL = L / √((CxL) / N) = 10 / √((20x10) / 22) = 3,31

Arredondado para 4 luminárias

Iluminação média: E = (N x n x Ф x U x FPL) / C x L

E = (24 x 2 x 2700 x 0,73 x 0,7) / 20 x 10 = 331,12 lux

PROJETO EXEMPLO 1 (PI = 1536 W)
Cálculo para distribuição dos pontos de iluminação, ou
seja, definição do eixo central de cada luminária na área.
a = C / QC = 20 / 6 = 3,33 m
b = L / QL = 10 / 4 = 2,5 m
a/2 a a a a a a/2

b/2

b
b/2
PROJETO EXEMPLO 2
Área:
Galpão com 20m de comprimento, 10m de largura e
5m de altura;
Atividade: Empresa de fundição;
Sistema de iluminação escolhido: Fluorescente;
Luminária escolhida : Itaim 4010 com 2 lâmpadas de
20W cada;
PROJETO EXEMPLO 2
Nível de iluminação escolhido (E):
300 lux (de acordo com a NBR ISO/CIE 8995, item 9
da Tabela de Tipo de ambiente, tarefa ou atividade);

Índice Local (K):

altura útil (h) = pd – ht – hs = 5 – 1,0 – 0,5 = 3,5m
K = C x L / ((C + L)h) = 20x10/((20+10)3,5 = 1,9
PROJETO EXEMPLO 2
Fator de utilização (U):
  
 
 
 
 
 
 

pd – pé direito
hs – altura de suspensão da luminária
ht – altura do plano de trabalho
h – altura de montagem (pd-hs-ht)
PROJETO EXEMPLO 2

Fator de utilização (U):

   De acordo com a tabela da luminária 4010,
obtemos U=0,64, utilizando o valor mais próximo a
1,9 (2,0). Com reflexão do teto, paredes e piso iguais
a 70%, 50% e 10% respectivamente.
PROJETO EXEMPLO 2
Fator de perdas luminosas (FPL): d = 0,7 (médio)

Ambiente Depreciação (d)

Limpo 0,8

Médio 0,7

Sujo 0,6
PROJETO EXEMPLO 2
Fluxo luminoso Ф (catálogo do fabricante da lâmpada):
Ф= 1060lm

Quantidade de luminárias: N = E.C.L / n.Ф.U.FPL;

N = 300 x 20 x 10 / 2 x 1060 x 0,64 x 0,7 = 63,17

Arredondado para 64
PROJETO EXEMPLO 2
Distribuição das luminárias:
QC = C/√((CxL)/N) = 20 / √((20x10) / 64) = 11,31
Arredondado para 11 luminárias.

QL = L / √((CxL) / N) = 10 / √((20x10) / 64) = 5,65

Arredondado para 6 luminárias

Iluminação média: E = (N x n x Ф x U x FPL) / C x L

E = (66 x 2 x 1060 x 0,64 x 0,7) / 20 x 10 = 313,42 lux
PROJETO EXEMPLO 2 (PI = 2640 W)
Cálculo para distribuição dos pontos de iluminação, ou
seja, definição do eixo central de cada luminária na área.
a = C / QC = 20 / 11 = 1,81m
b = L / QL = 10 / 6 = 1,66m
a/2 a a a a a a a a a a a/2

b/2

b
b
b

b
b
b/2
PROJETO EXEMPLO 3
Área:
Galpão com 20m de comprimento, 10m de largura e
5m de altura;
Atividade: Empresa de fundição;
Sistema de iluminação escolhido: Fluorescente;
Luminária escolhida : Itaim 4050 com 2 lâmpadas de
32W cada;
PROJETO EXEMPLO 3
Nível de iluminação escolhido (E):
300 lux (de acordo com a NBR ISO/CIE 8995, item 9
da Tabela de Tipo de ambiente, tarefa ou atividade);

Índice Local (K):

altura útil (h) = pd – ht – hs = 5 – 1,0 – 0,5 = 3,5m
K = C x L / ((C + L)h) = 20x10/((20+10)3,5 = 1,9
PROJETO EXEMPLO 3
Fator de utilização (U):
  
 
 
 
 
 
 

pd – pé direito
hs – altura de suspensão da luminária
ht – altura do plano de trabalho
h – altura de montagem (pd-hs-ht)
PROJETO EXEMPLO 3

Fator de utilização (U):

   De acordo com a tabela da luminária 4050,
obtemos U=0,64, utilizando o valor mais próximo a
1,9 (2,0). Com reflexão do teto, paredes e piso iguais
a 70%, 50% e 10% respectivamente.
PROJETO EXEMPLO 3

Fator de perdas luminosas (FPL): d = 0,7 (médio)

Ambiente Depreciação (d)

Limpo 0,8

Médio 0,7

Sujo 0,6
PROJETO EXEMPLO 3

Fluxo luminoso Ф (catálogo do fabricante da lâmpada):

Ф= 2700lm

Quantidade de luminárias: N = E.C.L / n.Ф.U.FPL;

N = 300 x 20 x 10 / 2 x 2700 x 0,66 x 0,7 = 24,05

Arredondado para 24 luminárias

PROJETO EXEMPLO 3
Distribuição das luminárias:
QC = C/√((CxL)/N) = 20 / √((20x10) / 24) = 6,92
Arredondado para 7 luminárias.

QL = L / √((CxL) / N) = 10 / √((20x10) / 64) = 3,46

Arredondado para 4 luminárias
PROJETO EXEMPLO 3
Iluminação média: E = (N x n x Ф x U x FPL) / C x L
E = (28 x 2 x 2700 x 0,66 x 0,7) / 20 x 10 = 349,27 lux
PROJETO EXEMPLO 3
Exemplos com adoção de outros arredondamentos:
Iluminação média: E = (N x n x Ф x U x FPL) / C x L
E = (28 x 2 x 2700 x 0,66 x 0,7) / 20 x 10 = 349,27 lux

E = (21 x 2 x 2700 x 0,66 x 0,7) / 20 x 10 = 261,95 lux

E = (24 x 2 x 2700 x 0,66 x 0,7) / 20 x 10 = 299,37 lux

PROJETO EXEMPLO 3 (PI = 2640 W)
Cálculo para distribuição dos pontos de iluminação, ou
seja, definição do eixo central de cada luminária na área.
a = C / QC = 20 / 7 = 2,85m
b = L / QL = 10 / 4 = 2,50m
a/2 a a a a a a a/2

b/2

b
b/2
EXEMPLOS DE LUMINÁRIAS SUBDIMENSIONADAS
EXEMPLOS DE LUMINÁRIAS SUBDIMENSIONADAS
EXEMPLOS DE LUMINÁRIAS SUBDIMENSIONADAS
EXEMPLOS DE LUMINÁRIAS SUBDIMENSIONADAS