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CAPÍTULO 4 – ANOTAÇÃO / USO DA LETRA “H”

PROFESSORA: JAQUELINE SOARES


DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
TURMAS: 605 E 606
ANOTAÇÕES: FUNÇÃO, ESTRUTURA E LINGUAGEM
Durante sua vida escolar, você certamente já fez
muitas anotações. Nas aulas, ao estudar, ao ler um
texto ou ao coletar informações para um trabalho a
ser apresentado, constantemente anotamos as
partes mais importantes do conteúdo que lemos e
ouvimos. Na verdade, esse é um hábito que
também praticamos fora da escola, sempre que
precisamos, por exemplo, organizar informações e
passá-las a outra pessoa. Por meio das anotações,
podemos nos lembrar de dados importantes ao
executarmos nossas atividades diárias.
Sendo assim, uma anotação sempre se origina de um texto-
fonte. Seja sobre um texto argumentativo ou um mito que
lemos, seja sobre uma aula da qual participamos, ou até
mesmo sobre uma série de pensamentos e ideias que
formulamos, a anotação se baseia em conteúdo preexistente.
Para isso, selecionamos as partes mais marcantes,
descartamos aquilo que não é tão significativo,
transcrevemos e parafraseamos fragmentos dos textos-fonte,
sublinhamos frases e palavras-chaves, rabiscamos setas e até
fazemos desenhos. Tudo com o propósito de obter um
material que sirva de apoio quando precisarmos estudar um
conteúdo, relembrar informações ou guiar apresentações.
Por essa razão, as anotações possuem uma estrutura breve e
direta. Elas podem ser organizadas em tópicos, apresentar
abreviações de palavras e manter um vocabulário informal, até
mesmo apresentando desvios à norma culta. Contanto que a
mensagem fique clara para o autor – e, em alguns casos, para o
receptor – da anotação, todos esses recursos são válidos.
Ao fazer anotações, podemos recorrer a algumas
“ferramentas” que podem ser úteis para organizar as ideias.
Algumas delas são os marcadores textuais, que são palavras ou
expressões utilizadas para conectar frases ou ideias,
geralmente para aclarar uma informação. Há diversos tipos de
marcadores, que variam de acordo com a finalidade; nas
anotações, os mais usados são os seguintes:
TIPOS DE MARCADORES TEXTUAIS
1. Explicativos/de explicação: marcadores que introduzem uma informação
que esclarece ou explica algo mencionado anteriormente. Possibilidades de
marcadores: quer dizer, ou seja, isso quer dizer, em outras palavras etc.

Ex.: Damos o Homem-Aranha aos jovens, ou seja, nós os ensinamos sobre


poder e responsabilidade de forma divertida.

2. Exemplificativos/de exemplificação: marcadores que introduzem


exemplos referentes a algo mencionado em outra frase do texto.
Possibilidades de marcadores: por exemplo, para exemplificar, tal como, tal
qual etc.

Ex.: Os deuses gregos receberam outros nomes na mitologia romana. Por


exemplo, Poseidon passou a ser Netuno
USO DA LETRA “H”
As letras são uma representação dos sons da fala. Às vezes, um mesmo som
pode ser representado por mais de uma letra, como acontece nas palavras
“mesa ”, “ exagero” e “zeloso”. Em outras, uma mesma letra pode representar
diferentes sons, como acontece com a letra “G” em “longe” e “logo ”.

Em língua portuguesa, a letra “H”, quando no início da palavra, não representa


som algum. Observe:

Ex: Helena, heroico, helicóptero

Já ao compor dígrafos, a letra “H” pode fazer muita diferença: ela se junta às
consoantes “N”, “C” e “L” para representar sons específicos. Confira:
•fala → falha
•caco → cacho
•gana → ganha
HÁ ≠ A ≠ AH
1. Usa-se “há” no sentido de “existir” ou para indicar tempo passado, equivalendo a “fazer”, também com esse
sentido. Nesses casos, o verbo “haver” só pode ser conjugado na 3ª pessoa do singular.

Ex.:Há muitos heróis inspirados na mitologia.(Há = existem)


Há vários dias que estou lendo este livro de mitos.(Há = faz)

Obs.: Os casos anteriores demonstram os usos mais comuns do verbo “haver” na atualidade. Porém, mais
raramente, ele pode ser encontrado com o sentido de “conseguir, obter, adquirir”. Nesse caso, o verbo deve ser
conjugado.

Ex.:Os alunos houveram a permissão da biblioteca para levar os livros. (houveram = obtiveram)

O vocábulo “a” pode representar muitas categorias na língua portuguesa, mas o que costuma causar dúvida, nesse
caso, é o uso da preposição “a” para indicar distância e tempo futuro.

Ex.:Estamos a três quilômetros da cidade que você procura. estamos (a = distância)


Daqui a dez minutos ele chegará do trabalho. (daqui a dez minutos = tempo futuro)

A palavra “ah” é utilizada unicamente como interjeição, ou seja, uma palavra ou expressão que indica uma
emoção.

Ex.:Ah! Essa história é fantástica! (Ah = interjeição que expressa admiração)


NADA A VER ≠ NADA A HAVER
•“A ver”, nessa expressão, significa “ter relação com”. Diz
respeito a manter semelhança, compromisso ou ligação.

Ex.:Esse herói não tem nada a ver com o mito original.


(Não tem nenhuma relação)

•“Haver”, nesse caso, significa “receber”, “creditar”. Diz


respeito a valores, bens e riquezas.

Ex.:Aquela empresa não tem nada a haver no banco. (Não


tem nada a receber)
VALE LEMBRAR
Por fim, vale ainda destacar que, na formação de
palavras, quando um prefixo se une a uma palavra
iniciada com “H”, deve-se empregar o hífen. Essa regra,
porém, não se aplica a alguns prefixos, como “co-” ou
“des-”. Nesses casos, remove-se a letra “H”, e o hífen
não é utilizado.
Ex.:
•super-homem
•anti-higiênico
•sobre-humano
•coerdeiro

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