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CRITÉRIOS DE

VALORIMETRIA
Custo Medio, FIFO e LIFO
Denisia Franciso Borges
Iracema Katar Sulemane
Lázio Teixeira Brito
Saly Velasco Muneme

Contabilidade Financeira III


INTRODUÇÃO

O presente trabalho no âmbito de um trabalho em grupo a que fomos submetidos pelo docente da
cadeira, tem como tema Critérios de Valorimetria. As existências são fonte dos mais diversos e
difíceis problemas da contabilidade, tanto no campo teórico como no campo pratico, (Araújo,
2009).

No que se refere a valorimetria, existem critérios de ampla aceitação e critérios que só em


circunstâncias especiais são admitidos. Segundo Costa e Alves (2008) O critério geral é o de
valorizar as existências ao custo de aquisição ou ao custo de produção, sendo admitidas outras
bases apenas em situações excepcionais. Este critério esta, alias, de acordo com o princípio do
custo histórico, segundo o qual os registos contabilísticos devem basear-se em custos de aquisição
ou de produção, quer a euros nominais, quer a euros constantes.
ESTOQUES
Segundo Coelho, Siqueira e Lins (2008), os estoques representam um dos itens mais relevantes do
activo e ainda caracteriza-se por uma grande movimentação nas indústrias e no comércio em geral.
Nesse sentido, seu acompanhamento torna-se fundamental para um correcto controle de entradas e
saídas desses activos nas empresas.

Tipos de Controle de Inventario


 Controle Periódico

 Controle Permanente
CONTROLE PERIÓDICO

O controle periódico ou inventário periódico pode ser encontrado em empresas de pequeno porte,
tem como principais características a facilidade de entendimento e implementação, além do fato de
exigir uma única contagem física dos estoques no final de ano, quando é apurado o saldo final dos
estoques é contabilizado no balanço.

CMV = EI + C - EF
Onde:
EI = Estoque Inicial
C = Compras
EF = Estoque Final conforme a contagem física anual
CONTROLE PERMANENTE

O controle permanente, ou inventário permanente, apresenta um controle sobre cada movimentação


da conta estoques de mercadorias. Significa que a movimentação dos estoques é feita directamente
na correspondente, não sendo necessária a utilização da conta compras, conforme o controle
periódico.
Quando a empresa tem quantidade e movimentação muito grandes em seus estoques, geralmente é
feita uma classificação denominada ABC. Nessa classificação, os itens em estoques são
classificados quanto ao grau de importância e/ou valor financeiro para a empresa.
Classe A- os mais importantes;
Classe B- os intermediários;
Classe C- os demais.
CRITÉRIOS DE VALORIMETRIA

Segundo Araújo (2009), a valorização da existência como processo de determinação dos preços de
entrada e saída, assim assume um relevo tanto mais especial quanto maior for o volume de
estoques da empresa. Relativamente as entradas, as existências devem ser valorizadas pelo preço de
custo, consistindo este em todos os encargos (preço da fatura, fretes, seguros, etc.) deduzidos todos
os descontos comerciais obtidos, em que se ocorreu para se efectivar a posse definitiva dos bens.
Segundo Costa e Alves (2008), no que se refere a valorimetria existem critérios de ampla aceitação
e critérios que, em circunstâncias especiais são admitidos. Eis os principais:
 Custo medio ponderado;
 FIFO (first in, first out);
 LIFO (last in, first out).
CUSTO MEDIO PONDERADO

Coelho, Siqueira e Lins (2008) afirmam que a avaliação da movimentação da conta estoque
utilizando o custo tem como característica a desconsideração dos lotes necessários nas outras
formas de controle. Sua metodologia consiste em atualizar o custo unitário de estoque
considerando cada compra de forma que as vendas de mercadorias sejam baixadas pelo valor
unitário medio.

Já Araújo (2009) diz que de acordo com este método, o inventário é visto como um todo, pelo que
os lotes perdem a sua individualidade. O custo de cada elemento é determinado a partir da média
ponderada do custo dos elementos existentes, ou seja:
Entradas Saídas Existências
Doc
Descrição
nº. Q. P.U Valor Q. P.U Valor Q. P.U Valor
Data

02/12               500 90,0 45.000


Transporte

Guia
10/12 101 300 94,0 28.200       800 91,5 73.200
entrada

15/12 1300 G. Saída       450 91,5 41.175 350 91,5 32.025

20/12 102 G. Entrada 500 94,9 47.450       850 93,5 79.475

G. E.
23/12 103 150 91,5 13.725       1000 93,2 93.200
(devol,)
G. S.
27/12 1301       50 93,2 4.660 950 93,2 88.540
(ofertas)

30/12 1302 G. Saída       420 93,2 39.144 530 93,2 49.396


FIFO

Conforme já comentado por Coelho, Siqueira e Lins (2008) no inventário permanente, para toda a
movimentação de entrada e saída, a conta “ Estoque” é atualizada imediatamente. Para que seja
possível determinar o valor pelo qual será dada a “baixa” (saída) no estoque por venda ou por
qualquer outro motivo, é necessário que todos os valores de entrada no estoque sejam identificados
por “lotes”. No caso do FIFO, as baixas serão efectuadas seguindo a ordem ö primeiro lote que
entrou será o primeiro lote a sair”. Esse procedimento, conforme veremos, permite que a conta
“Estoque” sempre esteja com seus valores mais atualizados, pelo facto de manter sempre em
estoque os valores comprados mais recentemente.

EX:
  Entrada Saída Estoque
Data Qtd V.un. Total Qtd V.un. Total Qtd V.un. Total

01/01/X6 1.000 1,00 1.000,00 - - - 1.000 1,00 1.000,00

1.000 1,00 1.000,00

01/02/X6 500 1,20 600,00 - - - 500 1,20 600,00


400 1,00 400,00

10/05/X6 - - - 600 1,00 600,00 500 1,20 600,00


400 1,00 400,00

15/06/X6 - - - 200 1,20 240,00 - - -

30/06/X6 200 1,25 250,00 - - - 300 1,20 360,00


              200 1,25 250,00

Totais     1.850,00     1.240,00 500   610,00


LIFO

No caso do LIFO, para que seja possível determinar o valor pelo qual será dada a “baixa” (saída) no
estoque, são considerados os valores dos lotes relativos às últimas compras. Nesse sentido, havendo
aumento de preços, o saldo final da conta “Estoques” apresentará valor inferior ao obtido pelo FIFO.

Repare que o estoque avaliado pelo FIFO apresenta um saldo maior que os demais ($ 610).
Esse facto é decorrente, conforme já comentado, da contabilização das saídas pelas compras
que entraram primeiro em uma economia com aumento de preços. Consequentemente, os
valores do estoque ficam mais próximos das compras mais recentes. O raciocínio inverso é
aplicado ao LIFO, cujo estoque esta avaliado pelos valores das primeiras entradas, já que as
saídas foram efectuadas com base nas ultimas entradas. No caso do custo médio, este se
mantém sob efeito do valor “médio” das compras efectuadas.
  Entrada Saída Estoque
Data Qtd V.un. Total Qtd V.un. Total Qtd V.un. Total
01/01/X6 1.000 1,00 1.000,00 - - - 1.000 1,00 1.000,00
  - - - - - - 1.000 1,00 1.000,00
 

01/02/X6 500 1,20 600,00 - - - 500 1,20 600,00


Saldo - - - - - - 1.500 - 1.600,00
10/05/X6 - - - 500 1,20 600,00 - - -
  - - - 100 1,00 100,00 - - -
  - - - 600 - 700,00 - - -
Saldo             1.500,00 - 1.600,00
15/06/X6 - - - 600 1,00 600,00 - - -
Saldo       - - - 300 1,00 360,00
        - - - 300 1,00 360,00
30/06/X6 200 1,25 250,00 - - - 200 1,25 250,00
Totais     1.850,00     1.300,00 500   550,00
CONCLUSÃO
Depois da abordagem percebeu-se que dependendo do tamanho e das características da empresa,
dois tipos de controles podem ser usados: O controle periódico ou inventário periódico pode ser
encontrado em empresas de pequeno porte, tem como principais características a facilidade de
entendimento e implementação, além do fato de exigir uma única contagem física dos estoques no
final de ano, quando é apurado o saldo final dos estoques é contabilizado no balanço. E o controle
permanente, ou inventário permanente, apresenta um controle sobre cada movimentação da conta
estoques de mercadorias. Significa que a movimentação dos estoques é feita directamente na
correspondente, não sendo necessária a utilização da conta compras, conforme o controle
periódico.

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