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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

Profa. Mestre Cláudia Alves


História da Psicologia

 O mundo psíquico não é uma coisa eterna e imutável.

 Desde que o homem pensa, ele pensa sobre si mesmo.

 Por qual motivo nasceu a demanda por uma profissional, dentro dos
moldes da ciência, para dar conta das crises de identidade ou do controle
dos comportamentos?
 Sentimento característico da Modernidade: a de que possuímos uma
interioridade.
História da Psicologia -
Passagem da Idade Média ao Renascimento

 Nossa concepção atual do que seja o “eu” não era possível na Idade Média.
 Somente com o Renascimento e o humanismo moderno é que surge a
concepção de subjetividade privada.
 Na Grécia Clássica (século V A.C.), encontraríamos uma valorização do ser
humano já não submetido ao poder dos deuses, mas a comocação do homem
como medida de todas as coisas surge dentro da Idade Média.
 Em Santo Agostinho (séculos IV e V), aparece a desvalorização do corpo e de
tudo que é mindano e aparece a valorização da alma como algo interno.
História da Psicologia
 Mundo Medieval – considerava o mundo organizado em torno de um
centro.
 Haveria uma ordem absoluta, representada por Deus e Seus legítimos
representantes na terra: a Bíblia e a Igreja.
 A possibilidade de crença na liberdade humana é muito restrita.
 Não havia lugar para a privacidade. Nada poderia ser mantido em segredo.
Música – Canto Gregoriano

 Apresentação de um mundo sem novidades. Não deve “prestar


atenção” ou estar consciente do que ouve, mas se deixar levar por este
mar ou rebanho.
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
O CORPO SOCIAL – John of Salisbury (século XII)
 Cabeça: Príncipe
 Coração: Senado
 Olhos, Ouvidos e Língua: Juízes e Governadores das Províncias
 Mãos: Oficiais e soldados
 Estômago e Intestino: Oficiais financeiros e comerciantes
 Pés: Camponeses

Em tal universo, não faz sentido pensarmos que uma pessoa teria a liberdade de optar pelos rumos de
sua vida. O homem não seria, assim, propriamente sujeito.
Pintura – Giotto de Bondonne (1266- 1337)
Pintura – Giotto de Bondonne
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA – O humanismo
no renascimento
 Diminuição do poder da igreja, Reforma, crise do sistema feudal, nascimento das
cidades, rotas de comércio, expansão marítima, etc.
 Valorização do homem como um todo
 O homem deve se contruir enquanto humano.
 A diminuição do poder da igreja e a abertura do mundo fechado do feudos leva ao
surgimento da ideia de liberdade, mas o mesmo tempo de solidão e
responsabilidade.
 Agora Deus é entendido como um criador que paira sobre sua obra.
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA – O humanismo
no renascimento
 Começa a surgir assinaturas dos artistas em suas obras. Leonardo da Vinci, Michelangelo,
dentre outros.
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA – O humanismo
no renascimento

Michelangelo
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA – O humanismo
no renascimento
 A colocação do homem no centro do mundo nos traz a ideia de que
toda as coias existem para sua contemplação e uso.
 Torna-se natural para o homem matar animais ou devastar a natureza
na medida de seu interesse.
 O homem é o centro e é livre para tornar-se o que quiser, mas ele não
é propriamente nada. O mundo já não é fechado, já não há
estabilidade possível, o homem deve continuamente tornar-se,
contituir-se, mover-se
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA – O humanismo
no renascimento
 “Este imenso espaço de liberdadeserá também o espaço das virtudes que
consistem desde então no bom uso desta liberdade. É ainda o espaço de
uma aventura sem destino certo, sem arrimos nem garantias. É
finalmente, o espaço insólito da ingnorância, da ilusão, do erro, da
dúvida e da suspeita” (FIGUEIREDO, 2002, p.24).

 Entre o mundo medieval e o mundo renascentista, qual parece gerar


mais angústia no homem?
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA – O encontro
com a multiplicidade
 Abertura do mundo- novas
civilizações, costumes, línguas,
hábitos alimentares, etc.

 A diversidade na feira de rua.


HISTÓRIA DA PSICOLOGIA – O encontro
com a multiplicidade
Atitudes diante do que diferente:

1- reassegura a certeza sobre si, considera a diferença um erro; se o


outro pensa de forma diferente da minha, ele está errado e cabe,
por isso catequizá-lo.

2 – Auto-crítica; a verdade tomada agora como não única.


HISTÓRIA DA PSICOLOGIA – O encontro com a multiplicidade

Bosch
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA – O encontro com a multiplicidade

Arcimboldo
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA – O encontro
com a multiplicidade
 Música - Polifonia

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