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JESUS DE NAZARÉ

E SUA COMUNIDADE
Aqui vamos estudar os escritos
constitutivos de uma
comunidade que nasceu do
judaísmo antigo: a comunidade
cristã. Sem querer reconstituir a
biografia do personagem que
deu seu nome ao cristianismo,
Jesus de Nazaré,
queremos estudar o
nascimento das “Sagradas
Escrituras” que refletem a fé
que foi posta em Jesus, os
escritos chamados de o
“Novo Testamento”.
Quanto ao essencial, o
Evangelho anunciado por
Jesus diz respeito ao reinado
de Deus, conjugado com as
esperanças messiânicas e
apocalípticas vigentes no fim
do judaísmo antigo.
Mas há um detalhe: o que
Jesus trouxe a respeito do
reinado de Deus não cabia nos
conceitos que povoavam a
mente dos seus
contemporâneos. O conteúdo
transbordava o recipiente.
Por isso, os seguidores de Jesus não
anunciaram o reinado de Deus nos
mesmos termos de Jesus, mas
começaram a anunciar o próprio Jesus.
O proclamador tornou-se o
proclamado. Proclamaram sua vida e
morte como manifestação do Reino de
Deus, e sua ressurreição como
confirmação conferida por Deus à sua
obra.
As fontes do estudo de Jesus Cristo
e dos primeiros cristãos são
principalmente os próprios escritos
do Novo Testamento. Como fontes
externas temos os escritos de Flávio
Josefo e, com peso menor, os de
Plínio Júnior, Suetônio e Tácito,
referindo-se antes aos cristãos do
que a Jesus.
Os recentes documentos de
Qumrã não revelaram, até
hoje, nada de novo a respeito
do Jesus histórico.
Jesus de Nazaré: o
evento referencial
Narram os “evangelhos da
infância” (Mt 2,1; Lc 2,4)
que Jesus nasceu em Belém
da Judeia, cumprindo,
assim, a profecia de Mq 5,1,
a respeito de um novo
salvador.
Conforme os cálculos modernos, o
nascimento de Jesus pode ser datado
por volta do ano 5 ac (o atual
calendário cristão, estabelecido no
século 4 dC, foi calculado com uma
defasagem de cinco anos). Conforme
os evangelhos, Jesus passou sua
infância e juventude em Nazaré, na
Galileia. Daí o seu apelido: Nazareno.
Sua atuação pública se deu
principalmente na Galileia, a qual,
depois da invasão dos assírios, ficou no
poder dos gentios, chamada por isso
mesmo de “Galileia dos gentios” (Is
8,23). No tempo de Jesus a região era
bilingue: a língua tradicional era um
dialeto hebraico-aramaico, mas os
helenizados (soldados, comerciantes
estrangeiros etc.) falavam o grego.
Entre os galileus piedosos reinava
um forte nacionalismo, que deu
origem a movimentos
revolucionários. Foi na Galileia
que, por volta de 60 dC,
aconteceram as insurreições que
dariam início à Guerra Judaica,
descrita por Flávio Josefo.
Segundo os evangelhos, Jesus
iniciou sua missão profética na
órbita de João Batista. O batismo
de Jesus por João é interpretado
como o momento em que Deus
investiu Jesus com sua missão:
levar a boa-nova do Reino de Deus
aos pobres (Lc 4,18-19; cf. Is 61,1).
A atuação de João e de Jesus se alinha
com as grandes intervenções proféticas
dos tempos passados. João convoca
para a conversão. Jesus anuncia a
chegada do reinado de Deus, predito
pelos profetas. Sua pregação é
acompanhada por sinais milagrosos,
de modo que o povo conclui: “Um
grande profeta surgiu entre nós; Deus
visitou o seu povo” (Lc 7,16).
O teor desta reação do povo só se
percebe quando se sabe que,
desde o tempo pós-exílico (séc. 4
aC), a voz dos profetas emudecera
(Lm 2,9; Sl 74,9). Portanto, a nova
comunicação do espírito profético
era considerada sinal da total
renovação dos tempos:
chegou o tempo escatológico, o
“tempo do fim”, os “últimos dias”
(At 2,17-21 = Jl 3,1-5). Jesus foi,
assim, interpretado na linha da
expectativa judaica apocalíptica,
que esperava que Deus realizasse
“tempos novos”, totalmente
diferentes da desordem
estabelecida.
Sabemos que o “Evangelho” de
Jesus foi a pregação da chegada
do Reino de Deus (Mc 1,15).
Resta saber de que maneira
Jesus era o enviado
“escatológico” de Deus e o que
significava para ele o “reinado
de Deus”.
A partir das curas, dos exorcismos e
dos ensinamentos de Jesus, fica claro
que o reinado de Deus é a realização,
aqui na terra, da vontade de Deus,
que não é senão o seu amor paterno,
exigindo que seus filhos se tratem
mutuamente como irmãos, o que
significa também a verdadeira
“justiça” (cf. Mt 5,17-20).
Essa concepção de justiça, por
sua vez, confronta-se com a
“justiça que vem do
cumprimento da Lei”, exigida
pelos líderes religiosos, para os
quais somente a observância de
todas as prescrições da Lei
garante ao homem o
merecimento da salvação.
Por sua vez, Jesus deixa claro que
Deus salva seus filhos porque os
ama; sua bondade é gratuita e
universal (Mt 5,45; 20,1-16). A Lei e
a justiça não são meios de
autoafirmação egocêntrica, nem
razões de orgulho autossuficiente,
mas orientações para amar os
outros filhos de Deus.
Se, por um lado, as palavras e ações
de Jesus apontavam para o Messias
esperado, por outro lado ele
decepcionou a opinião geral, que
imaginava o Messias como um
“salvador da pátria”. Jesus não era
um novo Davi, um guerreiro que
expulsasse os estrangeiros e
inaugurasse uma dominação judaica
universal.
O sinal claro disso é que quando
ele entra em Jerusalém,
acolhido pelos entusiastas
peregrinos galileus, não o faz
montado num cavalo, mas num
jumentinho, como o Messias
pacífico e sofredor, profetizado
em Zacarias.
Além de ensinar o povo, Jesus reuniu
seguidores que fizeram da sua vida e
morte a estrutura fundamental de uma
nova comunidade. Sendo assim, Jesus
faz de sua morte a conclusão de uma
“nova Aliança” (cf. Jr 31,31-35) com a
comunidade dos seus seguidores,
aliança selada em seu próprio sangue
(Mt 26,26-29; Mc 14,22-25; Lc 22,15-20;
1Cor 11,23-25).
O reinado de Deus não vem
ostensivamente como que
caindo do céu (Mc 4,26-29),
mas é um novo modo de viver
que se inaugura entre as
pessoas: “O Reino de Deus está
no meio de vós” (Lc 17,21).
Morte e ressurreição
A causa da morte de Jesus foi religiosa
ou política? Jesus morreu porque foi
fiel àquilo que tinha iniciado: uma
nova maneira de viver, no mundo, a
vontade de Deus, ou seja, o amor ao
Deus de amor e fidelidade e a todos os
seus filhos e filhas.
Ele mexeu, sobretudo, com a estrutura
religiosa na qual os fariseus
dominavam a mente do povo a serviço
do sistema do Templo regido pelos
sacerdotes. Sem dúvida, Jesus
incomodou muito mais a religião do
que a política do seu tempo. Todavia,
a pregação de Jesus também tinha um
caráter político.
Ele não tomou o poder, mas colocou-se
ao lado do não-poder, para, em nome do
Pai, desafiar o poder a pôr-se a serviço da
justiça e da fraternidade. As sérias
críticas que Jesus fez ao dinheiro,
juntamente com a defesa dos pobres e
excluídos, mexeu com as estruturas
político-econômico-sociais estabelecidas,
insensíveis à situação dos mais sofridos.
Quem condenou Jesus: os judeus
(religião) ou os romanos (política)?
Quem condenou Jesus foram os
detentores do poder, que se viam ora
provocados, ora ameaçados. Seu
messianismo ameaçava tanto a religião
quanto a política da época, pois o
Messias era interpretado como uma
ameaça ao Imperador de Roma.
No processo contra Jesus fica claro que
ele foi condenado pelo sumo
sacerdote, primeiramente. Os líderes
religiosos, por sua vez, fizeram
pressão sobre Pôncio Pilatos para que
o condenasse à morte. Podemos dizer
que os líderes religiosos mataram
Jesus, usando para isso as mãos do
poder político (Roma).
O mais importante é que a história
de Jesus não termina com sua morte.
Ele “ressuscitou ao terceiro dia”,
sinal de que Deus ficou com ele na
morte e para além da morte. A
ressurreição de Jesus foi a
confirmação de Deus acerca de cada
palavra e de cada atitude de Jesus.
Os discípulos reconheceram
que Deus declarou Jesus justo,
dando-lhe o título de “Senhor”
(Fl 2,11; Jo 21,7); exatamente, o
título que o imperador romano
havia usurpado.
Enquanto ressuscitado, o Senhor
Jesus “precede”, qual pastor a
seu rebanho, os seus, na
Galileia, onde se reconstituirá a
comunidade (Mc 16,7; cf; 14,17-
18). A ressurreição de Jesus é
inseparável da comunidade
cristã.
Primórdios da comunidade de Jesus
Jerusalém – Os Atos dos Apóstolos narram o
caminhar da Igreja após a ascensão de Jesus e
a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos.
Mantendo-se, num primeiro momento,
unicamente em Jerusalém, a comunidade
cristã tem como missão anunciar Jesus Cristo
“em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e
até os confins da terra” (At 1,8).
A primeira metade dos Atos (1 – 15)
apresenta a comunidade dos primeiros
cristãos em Jerusalém e com alguma
abertura aos pagãos, abertura esta
imposta pelo Espírito Santo (At 10 – 11).
A primeira comunidade nos é
apresentada por Lucas como exemplo de
radical fraternidade, comunhão de
corações e partilha de bens materiais (At
2,42-47; 4,32-35; 5,12-16).
No âmbito dos judeus de língua
grega residentes em Jerusalém – a
sinagoga dos Libertos (At 6,9) –
surge o grupo dos “Sete”: são
diáconos, ordenados para o socorro
aos pobres, uma vez que os
apóstolos entendiam ser prioritário o
anúncio da Palavra e a vida de
oração.
Estêvão, um dos “Sete” é martirizado, e
seu martírio provoca a dispersão dos
primeiros cristãos pela Síria (Damasco e
Antioquia), dando origem a uma
atividade missionária que atingirá a
Ásia Menor, Chipre etc. (At 8 – 12 ).
Surge Saulo de Tarso, que se converterá
em apóstolo dos pagãos e ocupará a
segunda parte dos Atos dos Apóstolos
(16 – 28).
Junto com Barnabé, Paulo assume a
atividade missionária em função da
igreja de Antioquia. Os pagãos
começam a entrar em massa na
Igreja, obrigando a liderança da
mesma, que se encontra em
Jerusalém, a rever a obrigatoriedade
da circuncisão para os convertidos ao
cristianismo.
O Concílio de Jerusalém (At
15) estabelece que não é
necessário que primeiro um
pagão se torne judeu para
somente então se tornar
cristão.
Com a nova dimensão missionária que
Paulo e outros imprimem à comunidade
cristã, o espaço desta vai se ampliando,
enquanto aumenta a distância temporal
de suas origens. As primeiras
testemunhas começam a morrer. Como
conservar viva a memória das palavras e
das ações de Jesus? É dessa preocupação
que nascem as Escrituras cristãs.
Gestação do “Novo Testamento”

As primeiras coordenadas da narração a


respeito de Jesus foram estabelecidas na
pregação oral, por aqueles que com Ele
conviveram. A Galileia de Jesus era uma
sociedade oral. Os estudos mais recentes
sobre a alfabetização na terra de Israel
durante o período romano concordam em
que, no século I, a taxa de alfabetização
judaica provavelmente se situava abaixo
dos 10% (M. Bar-Ilan e C. Hezser).
A grande maioria dos galileus,
incluindo a grande maioria dos
que seguiam Jesus, eram
tecnicamente iletrados.
Consequentemente, devemos
considerar que as tradições mais
antigas sobre Jesus foram
transmitidas de boca em boca.
A formulação da mensagem
cristã como “evangelho”
aconteceu durante o período
em que a tradição cristã
sobre Jesus ainda estava
predominantemente em
forma oral.
Assim, podemos deduzir que a
formação da tradição sobre Jesus
como “evangelho”, e na forma
como Marcos a providenciaria (ou
consolidaria), já começou a
acontecer durante o período em
que a tradição sobre Jesus ainda
estava sendo contada em forma
oral.
Enquanto Paulo centrou o
significado evangélico decisivo da
missão de Jesus em sua morte e
ressurreição, Marcos deu o passo
lógico de dar o título de
“Evangelho” ao relato da missão
de Jesus, um relato que culminou
na sua morte e ressurreição.
Assim como Jesus havia
anunciado o seu “evangelho”
da chegada do reino de Deus,
os apóstolos anunciam Jesus
como sendo o próprio
“evangelho”, isto é, como
Salvador e Messias.
Com o tempo, a pregação
dos apóstolos foi registrada
por escrito, e o termo
“evangelho” iria designar os
escritos que narram a
atuação de Jesus.
O surgimento do Evangelho escrito se deu em
três etapas
• A) Jesus anuncia o Evangelho do Reino de
Deus – O Reino de Deus, esperado para o
futuro, chega na ocasião da pregação de Jesus:
Mt 4,23; 9,35; 11,5; 24,14; Mc 1,14; Lc 4,18-43;
7,22; 8,1; 16,16; At 8,12, 10,36; 13,32. Jesus tem
consciência de que, por seu intermédio, o
Reino de Deus chega, e é o objeto da oração
que ele deixa a seus discípulos: “Venha o teu
Reino” (Mt 6,9).
B) Os discípulos anunciam o
Evangelho de Jesus – O anunciador
torna-se o anunciado! Jesus anunciava
o Reino de Deus; os discípulos
anunciam Jesus ressuscitado.
Proclamar que Deus ressuscitou Jesus
equivale a proclamar que o Reino de
Deus já veio, que os últimos tempos
começaram.
Neste sentido, podemos condensar o
conteúdo do Evangelho numa fórmula
com três itens:
• 1) Deus interveio de maneira decisiva,
• 2) em Jesus Cristo,
• 3) em nosso favor.
C) Marcos escreve um Evangelho –
“Princípio do evangelho de Jesus Cristo,
Filho de Deus” (Mc 1,1): dificilmente
imaginamos a novidade que
representava esta expressão de Marcos.
Os cristãos, ao contrário dos judeus, não
possuíam “escritos” particulares,
considerados sagrados, nos quais se
apoiarem.
Marcos abre caminho a um novo gênero
literário sem precedentes em outras
literaturas. Essa inovação correspondia a
uma necessidade: as testemunhas
autênticas começavam a desaparecer;
diante de numerosas interpretações, por
vezes, divergentes, do pensamento do
Mestre, urgia criar garantias e fixar suas
raízes no passado de Jesus.
Desde cedo constituíram-se,
primeiro de modo oral e depois por
escrito, coleções de sentenças e
milagres de Jesus. A pregação dos
apóstolos se transmite, assim, à
próxima geração, torna-se tradição,
primeiro oral, depois escrita (cf. 1Cor
15,1-5).
A transmissão da mensagem de
Jesus se deu por duas línguas
diferentes: na terra de Israel
(Galileia, Jerusalém), as sentenças
eram decoradas em aramaico; em
Antioquia e em outros centros, a
língua usada era o grego, língua que
se tornou “oficial” para a redação
dos Evangelhos.
Marcos foi o primeiro a escrever seu
Evangelho. Caso se pensasse numa
prioridade de Mateus ou Lucas, seria
difícil explicar como Marcos pudesse
deixar de fora tanto material
interessante que os outros traziam. Não
possuindo muitas fontes a respeito das
palavras de Jesus, Marcos concentrou-se
em narrar as ações dele.
Mateus e Lucas trazem um
abundante material em comum,
tirado provavelmente de uma outra
fonte. A tradição histórica cristã
fornecia uma explicação suficiente
para isso falando de um Evangelho
aramaico de Mateus,
chamado também de Logia
(discursos e narrações), que
apareceu antes de qualquer
outro escrito evangélico. Mas o
problema sinótico exigia uma
solução mais complexa.
Desde a segunda metade do século I
devem ter certamente circulado
escritos de vários gêneros, com
coletâneas parciais de fatos, de
milagres, de parábolas e
ensinamentos de Jesus, para uso dos
pregadores.
Pelo menos o Evangelho atual de
Mateus e o de Lucas devem ter
feito uso abundante disso.
Também a tradição oral das
testemunhas oculares e das
igrejas deixou sinais
inconfundíveis nos sinóticos.
É certo que os três evangelhos
não se podem ter originado com
independência completa uns dos
outros. Se os três concordam em
grande parte entre si, é possível
que sejam derivados de um
escrito comum.
Desse modo, procurou-se
resolver o problema sinótico
admitindo a chamada TEORIA
DAS DUAS FONTES,
introduzida pelo filólogo K.
Lachmann (1835) e por exegetas
protestantes, e desenvolvida
ulteriormente.
De acordo com essa suposição,
Marcos, como o mais breve,
também teria sido o mais antigo
dos evangelhos. Mateus e Lucas
aproveitaram o Evangelho de
Marcos como base, seguindo-o
em grande parte.
Concordam entre si, quando
concordam com Marcos;
quando se afastam de Marcos,
também se diferenciam entre
si. Logo, Marcos é a trilha
comum que seguem.
Mateus e Lucas são em parte
idênticos, e em parte muito
diferentes. Por isso,
dificilmente se poderá
admitir que Mateus dependa
de Lucas ou Lucas de Mateus.
Também da história da infância,
completamente diferente, e da
história da Páscoa, em grande
parte diferente em Mateus e
Lucas, deve-se concluir que os
dois evangelistas não se
conheciam.
A concordância entre Mateus e
Lucas, na parte em que superam
Marcos, deverá ser explicada pelo
fato de que aproveitaram uma fonte
comum, chamada de Q (Quelle),
fonte (em alemão). Portanto, Q teria
contido principalmente palavras e
discursos de Jesus.
Os mais antigos documentos escritos
da missão cristã, hoje conservados,
são as cartas enviadas pelo apóstolo
Paulo aos fiéis por ele
evangelizados, a partir de 50 dC.
Essas cartas supõem a pregação oral
a respeito do que Jesus disse e fez,
embora não a reproduzam.
Mesmo assim, elas se assentam sobre
a tradição recebida dos apóstolos:
1Cor 11,23-25; 7,10; 15,3-5. Assim,
desde os primeiros documentos
conservados, tomamos conhecimento
de um processo de recepção e
transmissão da “narrativa” de Jesus:
é o que se chama “tradição cristã”.

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