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TRANSTORNOS

DA
ANSIEDADE
Disciplina: Psicopatologia Geral
Disciplina: Psicopatologia Geral
Professora: Ana Maria Melo de Pinho
Professora: Ana Maria Melo de Pinho
Equipe:
Equipe:
Andréa
Andréa deDaniel
Paula Cavalcante
Daniel Braga
Elizabeth
Elizabeth Silva Uchôa
Juliana
LenieJuliana
HeimerMaciel
Correia
LenieRoqueline
Heimer Correia
Roqueline Bezerra
CONTEXTUALIZAÇÃO PSICOSSOCIAL
- Acontecimentos estressantes, na maioria interpessoais e sociais, como casamento, divórcio,
dificuldades no trabalho, morte de umDisciplina: Psicopatologia
ente querido, Geralfísicos (lesão ou enfermidade),
ou até mesmo
desencadeiam vulnerabilidades psicológicas e biológicas para a ansiedade.
Professora: Ana Maria Melo de Pinho
- Uma pessoa está sob grande pressão, particularmente de estressores interpessoais,
determinado estressor pode ativar suas tendências Equipe:
biológicas, de ser ansioso e suas tendências
Andréa
psicológicas de sentir que não é capaz de administrar a situação e de controlar o estresse. Uma vez
que esse ciclo começa, tende a se autoalimentar, Daniel
de maneira que pode não parar, mesmo quando um
Elizabeth
estressor em particular já foi eliminado há tempos.
Juliana
Lenie Heimer
-Acontecem com mais frequência nos adultos, Correia nas
principalmente
mulheres. Roqueline

- Na maioria das vezes, prejudicam as atividades diárias, devido ao medo


de ter crises e outros sintomas.
-Essas situações que geram ansiedade, podem trazer grande sofrimento e exigir participação de outras
pessoas para serem realizadas, podendo afetar a qualidade de vida, diminuir o grau de independência e
ocasionar rompimentos sociais, de relacionamentos e abandono de atividades prazerosas.

-Compreender as interferências dos quadros de saúde mental no cotidiano dos indivíduos e como esses fatores
são associados, pode contribuir para o desenvolvimento de políticas de saúde e melhoria dos serviços de
atendimento.

- O motivo das mulheres apresentarem maior risco de desenvolverem transtornos de ansiedade, pode ser
devido a pressão social que recebem, da jornada de trabalho e da renda inferior; muitas são únicas
responsáveis pela família, ou devido à exposição à violência que muitas se submetem no dia a dia, que pode
deixá-las em constante sensação de medo, angústia e ansiedade.

- Independente do sexo, os transtornos de ansiedade podem causar grande prejuízo funcional


na vida das pessoas e graves consequências, como dificuldade de se empregar, de conviver em
grupos e participar de atividades de lazer.

- Os transtornos da ansiedade apresentam as condições socioeconômicas e também podem


ter as substâncias ilícitas associadas a eles.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS E CARACTERÍSTICAS DIAGNÓSTICAS

O uso dos critérios do DSM envolve a evidente vantagem de criar uma linguagem comum
para comunicação entre clínicos sobre o diagnóstico de transtornos.
CRITÉRIOS
DIAGNÓSTICOS
• Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG):
Critérios Diagnósticos 300.02 (F41.1)
• Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG):Disciplina:
CritériosPsicopatologia Geral(F41.1)
Diagnósticos 300.02
• A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por
pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades
Professora: (tais como
Ana Maria Melodesempenho
de Pinho escolar ou profissional).
• B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
• C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo
Equipe:
menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses).
Andréa
• D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo
Daniel
no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo
• E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos deElizabeth
uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento)
ou a outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo). Juliana
Lenietranstorno
• F. A perturbação não é mais bem explicada por outro Heimer Correia
mental
(p. ex., ansiedade ou preocupação quanto a ter ataques de Roqueline
pânico no transtorno de pânico, avaliação negativa no
transtorno de ansiedade social [fobia social], contaminação ou outras obsessões no transtorno obsessivo-
compulsivo, separação das figuras de apego no transtorno de ansiedade de separação, lembranças de eventos
traumáticos no transtorno de estresse pós-traumático, ganho de peso na anorexia nervosa, queixas físicas no
transtorno de sintomas somáticos, percepção de problemas na aparência no transtorno dismórfico corporal, ter
uma doença séria no
transtorno de ansiedade de doença ou o conteúdo de crenças delirantes na
CARACTERÍSTICAS DIAGNÓSTICAS
As características essenciais do transtorno de ansiedade generalizada são ansiedade e preocupação excessivas
(expectativa apreensiva) acerca de diversos eventos ou atividades. A intensidade, duração ou frequência da
ansiedade e preocupação é desproporcional à probabilidade real ou ao impacto do evento antecipado.
O indivíduo tem dificuldade de controlar a preocupação e de evitar que pensamentos preocupantes interfiram
na atenção às tarefas em questão.

Os adultos com transtorno de ansiedade generalizada frequentemente se preocupam com circunstâncias diárias
da rotina de vida, como possíveis responsabilidades no trabalho, saúde e finanças, a saúde dos membros da
família,
desgraças com seus filhos ou questões menores (p. ex., realizar as tarefas domésticas
ou se atrasar para compromissos).

.
As crianças com o transtorno tendem a se preocupar excessivamente com sua competência ou a qualidade de seu
desempenho. Durante o curso do transtorno, o foco da preocupação pode mudar de uma preocupação para outra. Várias
características distinguem o transtorno de ansiedade generalizada da ansiedade não
patológica. Primeiro, as preocupações associadas ao transtorno de ansiedade generalizada são excessivas e geralmente
interferem de forma significativa no funcionamento psicossocial, enquanto as preocupações da vida diária não são
excessivas e são percebidas como mais manejáveis, podendo ser adiadas quando
surgem questões mais prementes. Segundo, as preocupações associadas ao transtorno de ansiedade generalizada são mais
disseminadas, intensas e angustiantes; têm maior duração; e frequentemente ocorrem sem precipitantes.

Quanto maior a variação das circunstâncias de vida sobre as quais a pessoa se preocupa (p. ex., finanças, segurança
dos filhos, desempenho no trabalho), mais provavelmente seus sintomas satisfazem os critérios para transtorno de
ansiedade generalizada. Terceiro, as preocupações diárias são muito menos prováveis de ser acompanhadas por sintomas
físicos (p. ex., inquietação ou sensação de estar com os
nervos à flor da pele).

Os indivíduos com transtorno de ansiedade generalizada relatam sofrimento subjetivo devido à preocupação
constante e prejuízo relacionado ao funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes de sua vida. A
ansiedade e a preocupação são acompanhadas por pelo menos três dos seguintes sintomas adicionais: inquietação ou
sensação de estar com os nervos à flor da pele, fatigabilidade, dificuldade de concentrar-se ou sensações de “branco” na
mente, irritabilidade, tensão muscular, perturbação do sono, embora
PREVALÊNCIA
QUESTÕES DIAGNÓSTICAS RELATIVAS AO GÊNERO
QUESTÕES DIAGNÓSTICAS RELATIVAS AO GÊNERO
• Cerca de 55 a 60% dos indivíduos  são do sexo feminino
• Nos estudos epidemiológicos 2/3 dos participantes são do sexo feminino
• Quando observados indivíduos do mesmo sexo, vê-se que os sintomas são semelhantes mas as comorbidades têm
padrões diferentes
• Os homens geralmente estão propensos a transtornos por uso de substâncias e as mulheres depressão unipolar
COMORBIDADE
CONCEITO
A comorbidade é simplesmente a ocorrência de duas ou mais doenças
relacionadas no mesmo paciente e ao mesmo tempo.

QUEM TEM TRANSTORNO DE ANSIDADE, TEM COMORBIDADE?

TIPOS DE COMORBIDADES DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE

• Em crianças, o transtorno de ansiedade de separação é altamente comórbido ao transtorno de ansiedade


de separação e fobia específica;
• Em adultos, as comorbidades mais comuns são fobia específica, transtorno obsessivo-compulsivo e
transtornos da personalidade;
• Os transtornos depressivo e bipolar são comórbidos ao transtorno de ansiedade de separação em
adultos;
• A fobia específica, devido a seu início precoce, costuma ser o transtorno que primeiro se desenvolve. Os
indivíduos com a doença estão em risco aumentado de desenvolvimento de outros transtornos, incluindo
os demais transtornos de ansiedade, os transtornos depressivo e bipolar, os transtornos relacionados a
substâncias, transtorno de sintomas somáticos, transtornos relacionados e os transtornos da personalidade
(particularmente transtorno da personalidade dependente).
EXEMPLO DE CASO
• paciente A.K.S, mulher branca, solteira, 28 anos, católica, heterosexual, namorando, estudante do quinto semestre de
pedagogia. 
•gestação e infância 
•motivo de procura por atendimento médico: palpitações, fadiga, dir de cabeça, tensão muscular, sudorese, preocupação
excessiva e não conseguia dormir bem
• exame de estado mental: boa aparência, bem vestida, higiene preservada, leve agitação psicomotora nas mãos e pernas,
ansiosa, triste, um pouco distraída, roendo as unhas
Diagnóstico: O diagnóstico mais provável é o de Transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
O diagnóstico no TAG é basicamente clínico. A agitação e a tensão muscular são os únicos critérios que podem ser
encontrados no exame físico.
Os critérios necessários para diagnosticar esse transtorno, de acordo com o DSM-IV-TR, são: (1) ansiedade e preocupação
excessiva persistindo por mais de 6  meses; (2) paciente refere não controlar a preocupação; (3) sintomas apresentados
(pelo menos 3) – inquietação, fatigabilidade, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e perturbação do
sono. (4) ansiedade e preocupação; (5) sofrimentos clínicos causados pela ansiedade e preocupação – funcionamento
social ou ocupacional. Assim, ao menos três dessas características têm de estar presentes para suspeitar de TAG.
Conclusão

Após a anamnese, a equipe (psiquiatra e psicólogo) decidiu iniciar o tratamento com venlafaxina de liberação
controlada, associado à psicoterapia de abordagem Cognitivo-comportamental. A hipervigilância e a insônia ainda
estavam presentes e, com isso, o paciente teve de iniciar com um benzodiazepínico para conseguir controlar seu sono.
Ratificou-se a importância de a paciente criar um vínculo com a psicoterapia e que desse continuidade ao tratamento,
mesmo quando seu quadro do humor estabilizar completamente. Até o presente momento, quase um ano de tratamento,
o quadro vem se estabilizando.

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