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CAPITULO 11

Religião, razão e fé
Trabalho realizado por: Dora Azevedo
Nº1 Turma 11ºE
Conteúdos

01 02 03
Argumentos
O problema da
O conceito teísta sobre a
existência de
de Deus existência de
Deus
Deus

04
Deus e o
argumento do
mal. Teodiceia
01
O problema de
existência de Deus
O problema da existência
de Deus
A religião é um fenómeno universal e trans histórico, que corresponde á
necessidade natural do ser humano de explicar o universo e também
encontrar um sentido da existência humana.
A filosofia, não esta interessada tanto na religião, mas sim em:
● Razões;
● Justificações;
● Argumentos;
Que possam ser apresentados em geral acerta as crenças religiosas mais
fundamentais, a começar com a existência de Deus.
O conceito
02teísta de
Deus
O conceito teísta de
Deus
Existem inúmeras religiões e variantes delas, seria impossível
debater e conhecer cada uma delas. Então optamos por as
propriedades centrais:

• Ser único;

• Perfeito;

• Omnipotente;

• Omnisciente;

• Supremamente bom.

Esta conceção de Deus é conhecida como teísmo.


Argumentos

03
sobre a
existência
de Deus
Argumentos

Argumneto
Argumento Argumento
cosmológic O fideísmo
teleológico ontológico
o
O argumento cosmológico O argumento teleológico O argumento ontológico é De acordo com o fideísmo
parte da observação de que ou do desígnio baseia-se um argumento a priori. a relação entre razão e fé
tudo o que acontece tem numa analogia. religiosa é de oposição.
uma causa.
Argumento cosmológico
O argumento cosmológico parte da observação de que os fenómenos que ocorrem em nosso
redor, todos eles tem causas específicas. As causas foram longas sequências de
acontecimentos que se estendem até ao passado remoto. Na conclusão há uma causa do
universo e essa causa é Deus. Trata-se de um argumento muito simples:

1. Consiste numa generalização universal;


2. Estabelece que aquilo que se verifica a respeito de cada acontecimento particular se
aplica ao universo no seu conjunto;
3. A série das causas não podem ser infinitas;
4. Não é possível que recuem, ou seja, a cadeia não pode ser infinita.
Duas críticas ao argumento
cosmológico
Qual foi a causa de Deus? O universo poderia ser incriado e eterno.

Se consistirmos numa generalização Ainda que todos os acontecimentos tenham uma causa, a
universal for verdade, e que tudo tenha de série de causas e de efeitos podia estender-se ao longo
ter uma causa, isso implica que Deus de um tempo sem fim. A possibilidade de tudo o que
também tem de ter uma causa, logo Deus existe ter uma causa é compatível com um mundo sem
não seria a primeira causa. princípio nem fim, quer na direção do passado quer na
direção do futuro, como os números.
Argumento teleológico
Este argumento é o mais discutido atualmente. O argumento teleológico, baseia-se numa
analogia entre o universo e um artefacto humano, como por exemplo um relógio ou uma
maquina.
• Se um objeto composto por varias partes diferentes que surgem organizadas para
trabalharem juntas para um resultado final, a nossa conclusão será pensar que esse
objeto não é fruto por acaso, mas sim de um ser inteligente.
Trata-se de um argumento por analogia, nunca sendo infalível, procura dar-nos boas
razões para acreditar numa alta probabilidade da conclusão.
Argumento teleológico
Por exemplo: um relógio e um ser vivo;
um relojoeiro dispõe de várias peças de modo a que se obtivesse a leitura das horas. Nos
seres vivos a grande organização, cada uma delas com uma função, mas concorrendo para a
sobrevivência desses organismos, sugere que eles foram concebidos por uma força
inteligente com um propósito, essa força é Deus.
Argumento teleológico
Máquinas Seres vivos
Composto por peças Composto por células
Partes pequenas formam partes maiores Partes pequenas formam partes maiores
(órgãos)
Funções inferiores permitem funções Funções inferiores permitem funções
superiores superiores
Todas as partes e funções são necessárias Todas as partes e funções são necessárias

Função geral (dar as horas) Função geral (sobrevivência)


Teve um criador (relojeiro) Teve um criador (Deus)
Duas críticas ao argumento
teleológico
Limitações da prova. Uma explicação para a organicidade.
Mesmo aceitando o argumento, ele não prova A teoria da evolução das espécies é a explicação
a existência do Deus omnipotente, alternativa e cientifica para propriedades dos seres vivos
omnisciente, bondoso, eterno e único, para que fundamentam a analogia. A natureza produz
uma tão grande criação, seria até mais variações, das quais as mal sucedidas desaparecem,
provável que resulte da colaboração entre deixando as bem sucedidas com as suas qualidades de
vários cocriadores. adaptação que parecem propositadas.
Argumento ontológico
Este argumento é a priori e por redução ao absurdo. Anselmo define Deus como um ser que
acumula em si todas as perfeições que existem, que detém todas as propriedades positivas e
nenhuma negativa, de tal que seja o máximo possível da perfeição.
Argumento ontológico
Mais detalhado:
• Deus existe no pensamento; algo que existe só no pensamento pode ser maior do que é-
se existisse também na realidade;
• Suponha-se que Deus não existe na realidade; então é possível um ser maior do que ele –
um Deus igual mas que exista na realidade;
• Há na nossa mente um ser que é o maior que se pode pensar, e ao mesmo tempo, um ser
maior que ele, mas existe na realidade.
• Conclui-se que Deus existe na realidade e no pensamento.
Uma critica ao argumento
ontológico
A existência não é a propriedade, não está na lista das propriedades
que as coisas reais possuem. Dizer que X tem Y não é dizer que
algo é um X tem Y e existe. Se a existência não é uma propriedade,
não aumentamos o conceito de Deus juntando-lhe mais uma, a
existência. Não podemos abdicar da existência de X apelando
apenas ao conceito que temos de X.
Seriamos obrigados a admitir que todo e qualquer conceito de uma
entidade que consigamos imaginar no seu grau mais perfeito nos
prova que essa entidade existe.
O fideísmo é a posição que defende que razão e fé

Fideísmo religiosa se opõem, e que só a fé que sentimos nos deve


levar à crença.

Críticas ao fideísmo
Ao acreditar em Deus sem
Se o sentimento interior é o nosso seguir o sentimento para identificar a
apelo à razão, estamos a forçar
único guia, todas as religiões estão verdade contra a razão, a fé cega o
a mente a acreditar em algo que
corretas acerta daquilo que os seus ignorar da avaliação de razões e
é muito provavelmente
crentes acreditam. Mas como pode argumentos levam as pessoas ao
impossível.
isso acontecer se as religiões fanatismo, ao odio e à violência contra
sustentam crenças contraditórias as outras religiões.
entre si?
A aposta de
Procura concluir que é preferível acreditar nela. Se
apostarmos na existência de Deus e ele existir, temos o
maior ganho possível enquanto se ele não existir, perdemos

Pascal
apenas tempo dedicado ao culto. Agora se apostarmos que
Deus não existe e ele existir, corremos o risco de sofrer as
penalizações que as religiões reservam para os descrentes.

Críticas a aposta de
Pascal
Acreditar em função da Não dá razões Deus pode decidir em função Não podemos
contabilização de lucros e para seguir uma do comportamento e não da decidir ou
prejuízos parece imoral e fé teísta em vez crença e do culto, ou pode obrigar-nos a
hipócrita, podendo desagradar de outra; perdoar a todos; acreditar;
a Deus.
04
Deus e o argumento
do mal
Teodiceia
O argumento do
mal
O problema do mal é a incompatibilidade entra a
existência do mal e a de um Deus. Um Deus
omnisciente sabe necessariamente a total dimensão
do mal do universo. Sendo omnipotente teria criado
um mundo onde não houvesse mal. Contundo dado
que o mal existe, ou Deus não possui três atributos
em causa ou não existe. A teodiceia procura negar a
incompatibilidade.
a justificação do
mal: livre-arbítrio
O mal moral pode ser necessário para termos
livre-arbítrio. Sem ele, não seriamos livre
nem bons. Faríamos o bem, não por
escolha mas si, porque Deus suprimiu o
mal
Críticas
1. O livre-arbítrio exigirá a possibilidade do mal moral?
2. As nossas ações morais estão sempre entre a máxima bondade, e temos o poder
de escolher, mas sem nunca originar o mal.
3. Deus podia ter-nos dotado de livre arbítrio e possibilidade de escolher o mal,
mas criando-nos de modo a pensarmos sempre corretamente.
4. A justificação do mal moral pressupõe que um mundo com mal moral e livre-
arbítrio é melhor que um mundo sem um nem outro.
5. Deus poderia ter criado um mundo sem possibilidade de mal moral.
6. Se Deus já sabe todas as opções que vamos tomar na vida antes de as
tornarmos, seremos mesmo assim tão livres?
Este é o melhor universo possível, e qualquer estado de coisas alternativo a
este teria a mesma quantidade de mal. Deus não é omnipotente mas o que diz

a justificação é uma alternativa melhor simplesmente não faz parte do campo das
possibilidades, exemplo 2+2 dê 5 ou criar quadrados redondos. Não ser capaz
de fazer isso não põe em causa a sua omnipotência porque não conseguimos

do mal natural dizer se Deus não consegue fazer. Um mundo com menos mal do que este
pode ser impossível, se Deus evitasse alguns males teria de criar outros
piores.

Críticas ao mal natural


Não da razões para aceitar uma Deveria dar pelo menos alguns
hipótese especulativa, como é a fundamentos para percebermos por
de que este é o melhor dos que razões um mundo com menos
mundos possíveis, apesar de tanto mal seria impossível.
mal.
Fim

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