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Adolescência:

Transição, Crise ou Mudança?

Carlos Araújo
26 de Abril de 2013 Psicólogo
Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

“Não acredito que


a história de um homem
esteja inscrita desde a sua
infância.
Penso que existem épocas
muito importantes
onde as coisas se inserem:
a adolescência, a
juventude...”

Jean-Paul Sartre

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Adolescência: o
conceito
 Adolescere = crescer
 É um processo dinâmico
de passagem entre a
infância e a idade adulta;
 É uma época da vida
humana marcada por
profundas
transformações
fisiológicas, psicológicas,
pulsionais, afetivas,
intelectuais e sociais.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Quando começa e acaba este período de


desenvolvimento?
Se se pode afirmar que a adolescência começa com a
puberdade, já não é tão fácil dizer quando termina;
 Dizer que a adolescência acaba quando se passa a
“ser adulto” é, na sociedade atual, difícil de definir...
 Horrocks, (1978) diz-nos que “A adolescência termina
quando o indivíduo atinge a maturidade social e
emocional e adquire a experiência, a habilidade e à-
vontade requeridas para assumir, de maneira
consistente, o papel de um adulto, que é definido pela
cultura em que vive.”

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 A adolescência termina com:


 Construção de uma independência e identidade;
 Elaboração de projetos de vida e de inserção social;

 Ao terminar a adolescência, o jovem tem:


 Sentimento de individualidade;
 Compreende o seu papel ativo na orientação da sua vida
aceitando compromissos;

 Ele cumpriu determinadas tarefas como:


 Afirmação da identidade pessoal, sexual e psicossocial e a
aquisição de uma autonomia a qual contribui para datar o fim
desta idade.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

“O adolescente teve êxito no seu


processo maturativo quando sabe
ser dependente, independente e
interdependente, quando
demonstra uma elevada auto-
estima e quando é capaz de ser
congruente.”
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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

Adolescência: um conceito ambíguo!

 A ambiguidade e as dificuldades na definição do


conceito são agravadas pela existência de preconceitos,
refletidos nas frases feitas do senso comum e que são
impeditivas da compreensão dos adolescentes;
 São comuns expressões do tipo: “idade do armário”;
“idade da parvoíce”; “estar na fase”;
 Simultaneamente, encontramos representações sociais
que quase associam o jovem a vandalismo,
marginalidade, delinquência.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

O atual período de escolaridade prolongou-se no tempo,


o que torna o adolescente familiar e socialmente
dependente;
Contudo, são-lhe exigidas, ao mesmo tempo, autonomia
e responsabilidade;
Esta situação reflete-se em expressões que são
contraditórias e paradoxais. O mesmo adulto pode dizer
ao mesmo adolescente:
“Já não és criança, tens idade para ser
responsável”; “Ainda não tens idade para saberes
o que queres.”
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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

Adolescência:

TRANSIÇÃO?
CRISE? ou

MUDANÇA?

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 TRANSIÇÃO?
- Define a adolescência pela negativa: o adolescente já
não é uma criança,

- E ainda não é adulto;

- Clarifica-se mal o seu papel (estatuto ambíguo).

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 CRISE?
- Período marcado por
tensões e conflitos inevitáveis;

- Predominam vivências de
tempestade e tensão, bem
como momentos de
turbulência e incerteza e,
perturbações que se
consideram necessárias ao
equilíbrio posterior.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

Anna Freud diz-nos que:

 “Ser normal durante o período da adolescência é,


em si mesmo, anormal.”
Destaforma, veio também a definir o período em causa
como um distúrbio do desenvolvimento;
O termo de crise não deixa de ser perigoso pois
comporta uma conotação pejorativa que reforça a ideia
de que a adolescência é uma idade ingrata de atravessar;
MAS, este período não é obrigatoriamente uma fase
perturbada.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 MUDANÇA?

“Não vês como isto é duro


ser jovem não é um posto
ter de encarar o futuro
com borbulhas no rosto.”

Carlos Tê e Rui Veloso

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Define adolescência como um período pautado por


transformações que marcam quatro esferas do
desenvolvimento:

Representação
Corpo Pensamento Vida Social
de Si

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 O desenvolvimento pubertário
 O corpo da criança sofre modificações sexuais
fundamentais. Este facto traz consigo duas tarefas
desenvolvimentais principais:
- A necessidade de reconstruir a imagem corporal
sexuada e de assumir a identidade de género,
masculina ou feminina;
- Ascender progressivamente à sexualidade genital
adulta, caracterizada pela partilha do erotismo com
um parceiro sexual e a conjugação de dois desejos
complementares.

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  O desenvolvimento cognitivo
 O pensamento adolescente é marcado por um
conjunto de modificações quantitativas e qualitativas.
Esta evolução das capacidades cognitivas traduz-se
em duas aquisições principais:
- O aumento das capacidades de abstração, e
- O alargamento das perspetivas temporais.
 As novas capacidades intelectuais do adolescente
permitem-lhe pensar de maneira crítica e mais
independente.

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 As modificações sócio-afetivas
 Libertação da tutela parental: a modificação na
relação com os pais implica o abandono da posição
de dependência e a progressiva construção da
autonomia face à família;
 O relacionamento com os amigos e companheiros
está estreitamente relacionado com a progressiva
independência face à família; o grupo oferecer-lhe-á
segurança e uma certa estabilidade e sentimento de
pertença, ao poder partilhar as incertezas com os
amigos que o compreendem;

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 A substituição gradual
do grupo dos pares
como agente de
socialização, o que
exige a organização de
relações de competição
com os companheiros
de ambos os sexos.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 A construção da
identidade

- O adolescente adquire,
pouco a pouco, uma nova
subjetividade que modifica
a representação de si
próprio e do outro.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 A família na adolescência
 Relações positivas e estilos de vinculação seguros;
 Suporte emocional e social dos pais,
 Estilo de disciplina parental construtivo e consistente,
 Qualidade dos laços familiares e das normas
transmitidas,
 Modelação e monitorização parental,

relacionados com maiores índices de bem-estar e


de ajustamento na adolescência.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Processo de autonomia adolescente


 Na adolescência há tensões e conflitos que são provocados
pela necessidade que o adolescente tem de se tornar
independente em relação aos pais;
 A conquista da autonomia pressupõe um certo afastamento
dos pais que, no entanto, não passa pela desvinculação e
rutura;
 O conflito acentuado com os pais e a desvalorização persistente
da família constituem bons indicadores de desajustamento
psicológico;
 Uma fraca vinculação aos pais na adolescência tem sido
associada quer a comportamentos anti-sociais, quer a situações
de depressão persistente.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

Estilos educacionais

 Estilo democrático: as determinações parentais são


explicadas e negociadas; existem regras de
funcionamento familiar bem definidas, se bem que
flexíveis;
 Estilo autocrático: o poder dos pais pretende ser
absoluto, as negociações são raras ou muito limitadas, as
regras são imutáveis e as decisões são impostas pelos
pais;
 Estilo permissivo: a liderança dos pais é fraca ou
irregular, com fracasso do controlo parental.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 IDEIAS IMPORTANTES A RETER:


 Os adolescentes cujos pais foram exigentes e ao
mesmo tempo rejeitantes, frios e repressivos eram,
na adolescência indivíduos não autónomos e
ansiosos;

 Pais autocráticos ou muito permissivos acarretam


nos filhos baixa auto-confiança, dependência e
revolta;

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Os adolescentes que atingem a autonomia com menos


sobressaltos têm pais democráticos mas firmes, calorosos
e aceitantes face às sugestões das gerações mais novas,
e famílias caracterizadas por comunicações claras e
congruentes, com capacidade de negociação;
 A capacidade do adolescente se autonomizar depende
do encorajamento dos pais e da qualidade emocional do
vínculo que os liga (sentimentos de proximidade afetiva
com os pais).

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

“Por mais que o adolescente deva ir


assumindo maiores doses de
autonomia, continua a precisar que os
pais imponham determinados limites
às suas solicitações. Contudo, é
importante que, ao dizerem “não”, os
pais justifiquem a sua atitude e se
mostrem coerentes.”
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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

O papel dos pais deve ser:

 Estar atentos,
 Mobilizar sem dirigir,
 Apoiar nos fracassos e incentivar nos êxitos,
 Estar com eles e respeitar cada vez mais a sua
individualização;
 Mostrar flexibilidade, autoridade sem autoritarismo,
capacidade de ouvir e se pôr em causa e fazer notar que
pais e filhos não precisam de ter a mesma visão do
mundo, mas é necessário respeito mútuo e possibilidade
de troca de experiências. 

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

“A criança aprende a ser HOMEM vendo-se


ao espelho do que os adultos fazem e não
apenas ouvindo as coisas que eles dizem.
Há palavras que se dizem, palavras que se
lançam e palavras que se oferecem. [...]
Aprende a falar antes de lhe falares. Fala-
lhe com o coração mais do que com a
inteligência.”
João dos Santos

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

O adolescente e os seus problemas

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 A tirania do corpo
A rapidez das modificações corporais ataca a
consistência da imagem corporal que se tinha
constituído sem perturbações durante a infância,
fazendo-se então sentir a necessidade de reconstruir a
imagem corporal (realizar uma série de reajustes que
lhes permita identificar-se com a sua nova imagem);
A fragilidade sentida pode estimular surtos
regressivos, comportamentos associais, dificuldades
várias, como:

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Baixa auto-estima e fraco auto-conceito;


 Distúrbios alimentares (anorexia e bulimia);
 Atitudes de auto-destruição pessoal;
 Mau relacionamento com os pais;
 Fracas competências sociais;
 Desempenho académico pobre e absentismo escolar;
 Comportamentos desviantes (álcool, drogas,
delinquência);
 Comportamentos sexuais de risco;
 Depressão e ansiedade.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Adolescência e Depressão
 Um dos primeiros sinais pode ser a incapacidade
prolongada de concentração nos estudos, ou
marcadas dificuldades de rendimento escolar, se até
à data não tinham existido;
 Outras vezes aparece dissimulada sob a forma de
queixas físicas variadas, ou manifestam-se ainda e
com bastante frequência por perturbações do
comportamento. Estas, na fase inicial da
adolescência traduzem-se por:

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Desobediência,
 Fugas,
 Instabilidade,
 Irritabilidade,
 Hostilidade.
 Numa fase mais tardia, sob formas concretas de
acting-out (agir sem pensar): atos de tipo
delinquente, toxicodependência, tentativas de
suicídio.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

Os adolescentes
e as drogas

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Na adolescência verifica-se:
 Perceção / sentimento de invulnerabilidade;
 Tendência a subestimar os riscos ;

 Procuraincessante de novas sensações;


 Não pensar nas consequências a longo prazo ,

…face a comportamentos comprometedores da


saúde, o que pode deixar os adolescentes mais
suscetíveis a comportamentos de risco, como a

TOXICODEPENDÊNCIA
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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 O consumo de drogas
 Começa, geralmente, com o consumo de tabaco e
álcool e progride para marijuana, alguns
eventualmente para os opiáceos e outras
substâncias ilícitas;
 Os consumos iniciais ocorrem, numa larga maioria
(mais de 90%), na adolescência, fase da vida em
que outros problemas psicológicos (p.e. a
depressão) são frequentes.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Existem diferentes formas de consumir drogas


 Consumo experimental: muitos jovens sentem
curiosidade em conhecer os efeitos das drogas. Essa
curiosidade pode levá-los a experimentar. O consumo
poderá limitar-se a essa experiência ou tornar-se um
consumo esporádico ou habitual;
 Consumo recreativo: associado à diversão, à busca de
um prazer momentâneo; pode estar associado a uma fase
do crescimento, vindo a ser naturalmente abandonado;
em certos casos pode persistir ao longo da vida com
caráter meramente recreativo, existindo sempre a
possibilidade de passar a ter um caráter de dependência;

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Dependência:
 Quando o consumo se torna numa necessidade;
 Quando se consome para aliviar o sofrimento e o
mal-estar;
 O principal objetivo do consumo deixa de ser a
procura de prazer, mas uma forma de evitar o
desprazer.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 As quatros etapas do consumo de drogas

1.ª – ENTRADA: “Entra em terreno proibido”;

2.ª – PERDA DO MEDO;

3.ª – DESCONTROLO: “Não consegue controlar-se”;

4.ª – TOXICODEPENDENTE: “Não pode viver sem


drogas”.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Porque se drogam os adolescentes?


Curiosidade e divertimento;
Experiência de novas sensações;

Desejo de se sentirem independentes perante o mundo

adulto e de serem aceites pelo grupo de pares;


Ultrapassar o tédio, sentir-se seguros e acalmar os nervos;

 Ultrapassar problemas ou situações difíceis;

Desejo de testar limites e transgredir regras;

Desafio à autoridade;

Desejo de afirmação;

Informação incorreta ou ausência de informação.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 A personalidade mais vulnerável –


PERSONALIDADE IMATURA:
 Impulsividade;
 Baixo sentido de responsabilidade;
 Dificuldades para lidar com a frustração e
necessidade de gratificações imediatas (sem olhar a
consequências);
 Dificuldades em lidar com a autoridade e a tendência
para a transgressão;
 Procura de sensações e falta de um projeto de vida.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Algumas características que tornam uns adolescentes


mais vulneráveis do que outros:
 O adolescente cujos pais bebem diariamente álcool;
 O jovem com dificuldades de relacionamento com as pessoas da
mesma idade, ou que se aborrece;
 O jovem que mantém por muito tempo um baixo rendimento
escolar e não teve o necessário acompanhamento terapêutico;
 As famílias com problemas económicos, profissionais, etc.;
 Os filhos de pais alcoólicos ou toxicodependentes;
 Os que desde a infância vivem em lares nos quais predominam os
distúrbios emocionais, a tensão, os insultos, a falta de amor;
 Os jovens que na infância sofreram maus-tratos ou abuso sexual.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

“A existência de falhas
emocionais precoces parece
justificar traços temperamentais
de fragilidade e imaturidade da
maioria dos jovens que abusam
de drogas na adolescência.”
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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Como detetar o consumo


 A existência de um dos seguintes sintomas não significa que
se esteja perante um problema de drogas; a presença de
vários deles ao mesmo tempo é que deve levar os pais a
suspeitarem:
 Pupilas contraídas ou dilatadas (que não reagem à luz), olhos
avermelhados ou congestão nasal;
 Contração ou rigidez dos maxilares;

 Náuseas ou vómitos;

 Calafrios ou mudanças de temperatura;

 Mal-estar geral, alterações no apetite ou peso do corpo e

problemas de sono;
 Fracasso escolar ou desinteresse pelos estudos;

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Mudanças no estado de espírito (pode estar irritadiço ou mais


apático) e estados de ansiedade (estão mais inquietos, nervosos,
com suores...) ou de depressão;
 Descuido nas obrigações durante a semana;
 Conflitos de relação com a família ou com os amigos;
 Distanciamento do ambiente familiar;
 Falta de respeito para com as regras e falta de responsabilidade;
 Tendência a ser abusivo verbal ou fisicamente e excesso de
rebeldia;
 Ausências repentinas de casa;
 Aumento excessivo de necessidades económicas;
 Desaparecimento de objetos ou de dinheiro.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Como agir se descobrir que um filho consome


drogas?
 A chave para se poder resolver a situação no futuro
reside em manter, a todo custo, um bom canal de
comunicação com o adolescente;
 Perante a suspeita de um possível consumo de drogas
por parte do filho, é preciso:
Manter a calma. Se os pais se deixarem levar pela emoção
(acusando-o e criticando-o), a relação com o filho pode
deteriorar-se, perdendo-se a possibilidade de obter
informação e esclarecer a situação;

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Se o filho tiver um caráter fechado, convém não o pressionar


e deixar que seja ele próprio a aproximar-se dos pais;
 Deve-se falar dos medos e receios, mas também dos
conflitos e tensões em geral, para manter a relação de
confiança mútua;
 Perguntar-lhe sobre o consumo, mas sem o culpar. O filho
deve compreender que o diálogo com os pais é possível
mesmo em circunstâncias difíceis e de conflito;
 Uma atitude serena e construtiva por parte dos pais –
evitando brigas, proibições e castigos – ajudará a ter mais
informação sobre o que se passa e a encontrar alternativas
mais facilmente.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Educar face às drogas


 Os pais como exemplo:
As atitudes e os hábitos dos pais exercem uma profunda
influência nos filhos que, desde muito pequenos, tendem a
imitá-los;

 Transmitir valores positivos;

 Atitude construtiva dos pais:


Estar conscientes das dificuldades pelas quais passam os
seus filhos adolescentes;
Não mostrar antipatia nem hostilidade pelos seus amigos;
Prestar atenção às suas necessidades interiores.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Educar para fazer frente às drogas


 Ensinar a resolver problemas, tomar decisões responsáveis,
enfrentar situações difíceis, aceitar e controlar as emoções;
 Interessar-se pelos passatempos do filho, pelos seus
problemas, pelas questões que coloca, pelas dúvidas e por
aquilo que o faz sentir bem e lhe dá prazer;
 Ajudar a desenvolver auto-estima e aceitação de si próprio,
espírito de superação, autonomia e tolerância perante a
frustração;
 Preencher a vida dos jovens, canalizando o seu tempo de
ócio em atividades de distração física e mental sadias.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 PREVENÇÃO
 É crucial incrementar os fatores de proteção:
Relação entre os membros da família caracterizada
como boa, próxima, duradoura e sem conflitos;
Métodos de disciplina adequados à idade;

Ocupação atraente do tempo;

Assertividade;

Expectativas de êxito;

Projetos para o futuro;

Ter responsabilidades.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Os programas preventivos devem contribuir para:


 Melhoria da saúde mental, das aptidões sociais e das
capacidades relacionais;
 Favorecer a auto-estima e reduzir sentimentos de alienação;
 Tomar consciência dos valores;
 Encorajar a tomada de decisões (avaliando as consequências),
a resolução de problemas e a escolha de um modo de vida são;
 Proporcionar atividades alternativas e conhecimentos sobre as
consequências dos comportamentos de risco;
 Ensinar a lidar com o stresse e gerir as emoções;
 Fornecer suporte para resolver os problemas de vida;
 Traçar objetivos para o futuro.

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Adolescência: Transição, Crise ou Mudança?

 Família e escola são co-participantes no processo


educativo da criança e do adolescente, numa
interpenetração de funções:
 A escola fornece um contexto vivencial de maior
independência, autonomia e relacionamento com outros
sistemas pessoais;
 A família providencia maior segurança, proteção,
cuidados e apoio;
 Os dois sistemas contribuem convergentemente para o
objetivo comum que é o desenvolvimento individual e
social adequado.

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A melhor forma para lutar contra os
comportamentos de risco não é a
REPRESSÃO
mas sim

A EDUCAÇÃO

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“Os filhos não precisam de pais
extraordinários, mas de seres
humanos que falem a sua
linguagem e sejam capazes de
penetrar no seu coração”
Adolescência: Transição,
Fim
Crise ou Mudança?
Obrigado pela Atenção

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