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Derivada da função inversa

1. Revisão de função inversa.


Considere a função f dada por: f : A  B
f (x)  y
A B
f
x f(x) = y

f-1
1
Quando f é bijetora você pode definir uma função f-1 dada por: f : B  A
f 1( y )  x
A função f-1 é chamada inversa da função f.
1
Notação: f ( y)  x

Observe que: f 1  f ( x )  f 1( f ( x ))  f 1( y )  x


A B
f
x f(x) = y
f 1 : B  A
f -1

f 1( y )  x

Exemplo 1: f ( x )  x  3  y

Então a função inversa da função de f é dada por: f 1( y )  x


Como x  y  3 você pode escrever: f 1( y )  y  3

Exemplo 2: f ( x)  2x  y
A função inversa da função de f é dada por: f 1( y )  x

Como x  log2y você pode escrever: f 1( y )  log2y


Você pode concluir então que a função inversa da função exponencial
é a função logarítmica e vice versa.
Exemplo 3: f ( x )  sen( x )  y
R [-1,1]
 f 2
x f  4   sen 4   y
 4 f
2
x 3
3 f  3   sen 3   y
2
 1
x f x   senx   y
6 f-1 2

1  1 
Qual o valor do arco x tal que senx   ? Notação: arcsen  
2 2 6

arcsen(1) 
A função f-1 é chamada função arco seno. 2
  
f 1 :  1,1   , 
 2 2
f 1y   arcsen( y )
A B
f
x f(x) = y
2. Derivada da função inversa.
f-1
Considere as funções f e f-1 :
1
f : A  B , f (x)  y f : B  A , f 1( y )  x
Se a função f é derivável em xo e f’(xo) ≠ 0, então a função f-1 é derivável
em yo = f(xo), e 
f  ( y
1
o) 
1
f ( x o )
1
De fato, comece observando que f  f ( x)  x
Derivando membro a membro essa última igualdade, você obtém:

f  f (x)  f  f (x) f (x)  y  f (x) e


1  1 
f   1
x  1
  1  f  y   1
Daí,
f  y  f ( x)
1 1

f ( x )
Logo, f  ( y )  f (1x )
1
o
o
Exemplo 1:
Você pode calcular a derivada da função logarítmica como a função inversa
da função exponencial. Observe,

f (x)  ax  y f  ( y
1  1
o) 
f ( x o )
f 1( y )  logay
1 1
 
logay


1
 x 
 
ax
 a ln(a) y ln(a)

 
logay


1
y ln(a)

Ou seja,  
logax


1
x ln(a)
Exemplo 2: f ( y
1
o) 
1
f ( x o )
f ( y )  arcsen( y )

 1 1 1 1
arcsen( y )  
  
sen( x ) cos( x ) 1  sen ( x )
2
1 y2

 1
arcsen( y )  arcsen( y )  x  sen( x )  y
1 y2
sen2 ( x )  cos2 ( x )  1
Ou seja,
cos 2 ( x )  1  sen2 ( x )
 1
arcsen( x ) 
1 x2 cos( x )  1  sen2 ( x )
De forma análoga, você pode determinar as derivadas das outras funções
trigonométricas inversas e listadas a seguir.

 1  1
arcsen( x )  arccos( x ) 
1 x2 1 x2

1
arctg( x )  
arc cot g( x )  1
1 x2 1 x2

1 1
arc sec( x ) 
 arccos ec( x ) 
2
x x 1 x x2  1
Exemplo 3:
Determine as derivadas das funções dadas a seguir.


a)f ( x )  arcsen( x 2 ) 
arcsen( x ) 
2  1
 
 x 2 

2x
 
1 x 2 2
1 x4

b)f ( x )  arctg( x )  2x
4

arctg(x)4  2x  arctg(x)4   2x 



 4arctg( x )  arctg( x )  2
3

 1   4arctg( x )3 
 4arctg( x )  
3
2
2  2
 1 x   1 x2 
 

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