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DISCIPULADO

MENSAGEIRO DO REI
LIÇAO 2-QUEM É JESUS
TEXTO BÍBLICO BASE Marcos 1.1-8

1 - Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.


2 - Como está escrito no profeta Isaías: Eis que eu envio o meu anjo ante a tua
face, o qual preparará o teu caminho diante de ti.
3 - Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas
veredas.
4 - Apareceu Joã o batizando no deserto e pregando o batismo de arrependimento,
para remissã o de pecados.
5 - E toda a província da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém iam ter com
ele; e todos eram batizados por ele no rio Jordã o, confessando os seus pecados.
6 - E Joã o andava vestido de pelos de camelo e com um cinto de couro em redor
de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre,
7 - e pregava, dizendo: Apó s mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual
nã o sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das sandá lias.
8 - Eu, em verdade, tenho-vos batizado com á gua; ele, porém, vos batizará com o
Espírito Santo.
QUEM É JESUS ?
Lev 18:24-28
Lev 20:22-24
Dt 28:15-68

II Rs 21: 1-18 Manassés


II Cr 24:17-22 idolatria de Joás
II Cr 36:11-21 Zedequias

Lc 2: 25-32 Lc 2:8-20 Ef 1:7-10 Cl 1:13-23


MEDITAÇÃO

“E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas


subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo da igreja;
é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para
que em tudo tenha a preeminência, porque foi do
agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse e
que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua
cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo
todas as coisas, tanto as que estão na terra como as
que estão nos céus” (Cl 1.17-20 )
0 FILHO DO HOMEM

1.1 - A primeira profecia acerca do Libertador.

Ainda nos primó rdios da humanidade, quando a serpente enganara a Eva, o texto
de Gênesis 3.15 informa que um descendente da mulher, esmagaria a cabeça da
serpente (“réptil” que, na Bíblia, tipifica Sataná s, cf. Ap 12.9; 20.2). Em sua
bondade e misericó rdia, o Criador sabia que a humanidade caída se tomaria
escrava de seus pró prios desejos egoístas, por isso, ali mesmo, o Senhor fez tal
promessa que antevia a necessidade da libertaçã o humana.
1.2 - A segunda profecia acerca do Libertador.

A despeito de Israel ansiar por um redentor apenas no exílio, tal já havia sido
profetizado por Moisés que, devidamente inspirado por Deus, profetizara que o
Senhor despertaria um profeta do meio do povo, isto é, da pró pria comunidade de
Israel, que certamente seria ouvido e nã o desobedecido como fizeram com o
legislador (Dt 18.15). Tal seria assim porque Deus mesmo colocaria as palavras em
sua boca e Ele entã o falaria sem hesitar tudo que o Senhor ordenasse (Dt 18.18). A
advertência divina era que todos os que nã o ouvissem tal Enviado, teriam de
prestar contas a Deus por tal descaso (Dt 18.19 cf. Jo 12.48).
1.3 - O Filho do Homem ou “último Adão”.

Apesar de a expressão “filho do homem” ser muito corriqueira na Bíblia (no


livro de Ezequiel seu uso é abundante), em parte alguma do texto ela é
devidamente explicada, de forma a se presumir tratar-se de um título que
objetiva destacar a humanidade, isto é, a nã o especialidade de alguém enviado
por Deus, pois a pessoa, em si, nã o tem superpoderes (Dn 8.17 cf. Tg 5.17,18).

No entanto, quando a expressão é utilizada de forma profética, referindo-se a


alguém que transcende, ou seja, que ultrapassa o acontecimento histó rico de quem
está profetizando, diz respeito ao Enviado especial de Deus, cuja identificação
com a nossa humanidade se faz necessária para que Ele possa ser ouvido: “Eu
estava olhando nas minhas visõ es da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um
como o filho do homem; e dirigiu-se ao anciã o de dias, e o fizeram chegar até ele”
(Dn 7.13 cf. Ap 1.13; 14.14)
É possível notar que depois de Ezequiel e Daniel que, inclusive, nã o deram a si
mesmos esse título, mas foram, por Deus, assim chamados, o ú nico a ter tal título
atribuído a si mesmo, inclusive por Ele, foi Jesus (a expressã o é abundantemente
citada nos quatro Evangelhos).
Em Romanos, e também na primeira epístola aos Coríntios, Paulo refere-se
ao Enviado de Deus como o “último Adão” que tem poder e legitimidade de
representar a humanidade, tal como o primeiro Adão o fizera no Jardim do
Éden (Rm 5.12-21; 1 Co 15.21-49).

Assim como aquele era homem, este ú ltimo também o é! A diferença entre ambos
é que, enquanto o primeiro sucumbiu à tentação, o último, embora em tudo
tenha sido tentado, não pecou. E é justamente nisso que Ele, ao mesmo tempo
em que se identifica conosco, se distingue do outro Adão, podendo nos ajudar (Hb
2.5-18; 4.14-16).
2. O FILHO DE DEUS

2.1 - A pré-encarnação do Filho de Deus.

O evangelho de João, em seu capítulo primeiro, chamado de “pró logo”, informa que
a existência do Filho de Deus, identificado no texto pela expressã o “Verbo”,
antecede em muito o seu nascimento humano. É o que chamamos de “pré-
encarnaçã o”, isto é, sua existência antes de tornar-se um ser humano como nó s (Jo
1.1-14). Justamente por isso o apó stolo do amor informa, inclusive, que tudo o que
existe foi igualmente feito, ou criado, nã o apenas por Deus, mas também pelo Filho
de Deus (v.3). É glorioso pensar no fato de que, mesmo com toda essa importâ ncia,
diz Joã o, “o Verbo se fez carne e habitou entre nó s, e vimos a sua gló ria, como a
gló ria do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (v.14).
“Eu e o Pai somos um”.

João 10:30
2 .2 -0 “nascimento” do Filho de Deus.

A pró pria simplicidade do nascimento terrenal do Filho de Deus demonstra o


quanto Ele, a despeito de ser divino, se sujeita a identificar-se conosco naquilo
que é mais comum, simples e trivial (Lc 2.1-38). Sua discriçã o contrasta com a
pompa e a grandiloquência humanas. É bem por isso que Herodes surpreende-se
com a informaçã o dos magos do Oriente de que nascera, em Belém, um rei (Mt
2.1-12). Temendo perder o seu posto, e na intençã o de exterminar o Filho de
Deus, o malévolo governador da Judeia, mandou entã o que se assassinasse todos
os meninos belemitas de até dois anos (Mt 2.13-18). Felizmente, divinamente
avisado, José, esposo de sua mã e Maria, considerado pai terreno de Jesus, fugiu
com ela e o menino para o Egito, escapando assim da crueldade herodiana.

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado


está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso,
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

Isaías 9:6
Tanto Mateus quanto Lucas declaram de modo específico e inequívoco que Jesus
veio a este mundo como resultado de um ato milagroso de Deus. Foi concebido
mediante o Espírito Santo e nasceu de uma virgem, Maria (Mt 1.18,23; Lc
1.27).
Devido à sua concepçã o milagrosa, Jesus era um “santo” (1.35), i.e., livre de toda
má cula do pecado. Por isto, Ele era digno de carregar sobre si a culpa dos nossos
pecados e expiá -los (ver Mt 1.23 nota).
Sem um Salvador perfeito e sem pecado, nã o poderíamos jamais obter a
redençã o.
 
2 .3 -0 que significa ser “Filho de Deus”.

Em um de seus embates com os religiosos de sua época, ao utilizarem a figura de


Abraã o inquirindo Jesus se Ele achava-se mais importante que o patriarca, o
Mestre respondeu que Abraã o ansiou por vê-lo atuando e que, pela fé “viu”, tendo,
por isso, se alegrado (Jo 8.53,56). Indignados com essa afirmaçã o, e alegando o
fato de Jesus nã o ter ainda cinquenta anos, sendo por isso impossível ter “visto”
Abraã o, o Mestre respondeu que antes do patriarca Ele “já era”, isto é, já existia (Jo
8.57,58). Em outra situaçã o, ao revelar ser Filho de Deus, Jesus sabia que tal
pronunciamento significava o mesmo que afirmar que era semelhante, ou igual, a
Deus (Jo 5.18). Em outras palavras, conforme os pró prios judeus entenderam
bem, Ele estava dizendo que era Deus. 0 propó sito primá rio de dizer que o
Enviado é o Filho de Deus, além de isso ser verdade, ressalta o cará ter de sua
dupla natureza, ou seja, Ele tanto é humano quanto divino, identificando-se
conosco através de sua humanidade, e com Deus, através de sua divindade. Assim,
é o ú nico, verdadeiro e exclusivo mediador entre nó s e Deus (1 Tm 2.5; Hb 8.6;
9.15; 12.24).
3. JESUS DE NAZARÉ

3.1 - Infância, adolescência e juventude de Jesus.

Apó s o nascimento do Filho de Deus e sua apresentaçã o no Templo, a fuga para


o Egito e a volta da família para morar em Nazaré (daí o porquê de Ele ser
chamado de “Jesus de Nazaré”), excetuando um pequeno acontecimento em sua
pré-adolescência (Lc 2.39-51), Lucas é sucinto em informar que crescia Jesus em
sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2.52).
Assim, fora o fato de que Jesus provavelmente deve ter tido uma vida como
qualquer menino judeu de sua época, tudo o que se disser sobre sua trajetó ria,
sobretudo acerca desse período em que a Bíblia silencia, é mera especulaçã o.
3.2 - Jesus apresenta-se a João Batista.

Com a idade de trinta anos Jesus apresenta-se ao seu primo distante, Joã o
Batista, e permite-se ser batizado (Mt 3.13-17). Apesar da relutâ ncia do Batista,
Jesus quer identificar-se com as pessoas de seu tempo, e “cumprir toda a justiça”
(Mt 3.15). Contudo, Ele é objetivo ao dizer que “todos os profetas e a lei
profetizaram até Joã o” (Mt 11.13; Lc 16.16). Em outras palavras, um novo tempo
chegara (Mc 1.1 cf. Lc 7.18-22). Verdade seja dita, até mesmo Joã o Batista
reconhecia isso e sabia que seu tempo terminaria assim que chegasse a “luz” (Jo
1.6-10,15-34).
O Batismo de Jesus
Quando Jesus foi batizado por Joã o Batista, Ele, que
posteriormente batizaria seus discípulos no
Espírito, no Pentecoste e durante toda a era da
igreja (ver Lc 3.16; At 1.4,5; 2.33,38,39), Ele mesmo
pessoalmente foi ungido pelo Espírito (Mt 3.16,17;
Lc 3.21,22).
O Espírito veio sobre Ele em forma de uma pomba,
dotando-o de grande poder para levar a efeito o seu
ministério, inclusive a obra da redençã o. Quando
nosso Senhor foi para o deserto depois do seu
batismo, estava “cheio do Espírito Santo” (4.1).
Todos os que experimentarem o sobrenatural
renascimento espiritual pelo Espírito Santo, devem,
como Jesus, experimentar o batismo no Espírito
Santo, para lhes dar poder na sua vida e no seu
trabalho (ver At 1.8 notas).
3.3 - Jesus desenvolve seu ministério terreno e cumpre sua missão.

Em um curtíssimo espaço de tempo de aproximadamente três anos, Jesus


revolucionou a realidade, primeiramente dos judeus e, posteriormente, do mundo
inteiro. Tudo em Jesus surpreende, desde seu nascimento até a sua ressurreiçã o.
Em virtude de termos diversas liçõ es que abordarã o, tanto o cará ter do Mestre
quanto os vá rios aspectos da sua atuaçã o e obra, basta agora apenas dizer que Ele
é o personagem central da histó ria, o ponto para onde todas as coisas convergem
e encontram sentido.
Seu Ministério e Caráter Supremo
Durante os relatos do ministério terreno de Jesus, podemos perceber
nitidamente seu modelo supremo de caráter. Antes da encarnaçã o, Jesus sempre
foi Deus, em igualdade com o Pai e com o Espírito Santo. Ele mesmo declarou: 
“Eu e o Pai somos um” (Joã o 10:30). Isso nã o significa que Eles sã o uma ú nica
pessoa, mas pessoas distintas em uma ú nica substâ ncia.
Ele é o criador de todas as coisas, e sem Ele nada do que foi feito se fez (Joã o 1:1-5;
Colossenses 1:16). Sobre Ele, o profeta Isaías profetizou: “E o seu nome será
Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”(Isaías 9:6).
Todavia, o mesmo profeta também o apresentou como o Servo sofredor, Aquele que
desceu a terra e foi “desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores
e que sabe o que é padecer” (Isaías 53:3).
O apó stolo Paulo também falou sobre o auto esvaziamento de Cristo, dizendo que
Ele tomou a forma de servo, “fazendo-se semelhante aos homens” (Filipenses 2:7). É
importante entender que nesse processo de auto esvaziamento, Cristo nã o abriu
mã o de seus atributos divinos, ou seja, Ele nã o se despojou de seus atributos, mas se
despojou dos privilégios de sua existência em igualdade com Deus, abrindo mã o de
viver na gló ria celestial para se fazer carne, e sendo homem, morrer no Calvá rio.
Em Jesus, encontramos o modelo supremo de como devemos ser justos,
misericordiosos, amorosos, bondosos, pacificadores, longâ nimes, mansos,
abnegados e dispostos a servir, assim como Ele serviu os piores pecadores.
CONCLUSÃO

Uma ú nica liçã o é muito pouco para se falar acerca de quem é Jesus de Nazaré.
Na realidade, tudo o que dissermos jamais será suficiente para descrever tudo o
que Ele representa e é. O que importa é que já o conhecemos e devemos
permanecer firmes em conhecê-lo ainda mais, principalmente de forma prá tica.
Parafraseando o apó stolo do amor, se fô ssemos abordar tudo o que Ele é, e fez,
nem “ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem” (Jo
21.25).

Do Gêneses(Gn. 3.15) ao Apocalipse (Ap.1.1-3)


há uma revelaçã o clara do papel do Filho de Deus na histó ria da criação, da
redenção e da consumação de todas as coisas (Jo.17.3-7)
Qual foi o primeiro milagre de Jesus?
João 2:1-3

Qual foi o último milagre de Jesus?

Lucas 22:49-51
49Ao verem o que ia acontecer, os Joã o 18:10-11
que estavam com Jesus lhe 10Simã o Pedro, que trazia uma
disseram: “Senhor, atacaremos com espada, tirou-a e feriu o servo do
espadas?“ sumo sacerdote, decepando-lhe a
50E um deles feriu o servo do sumo orelha direita. (O nome daquele
sacerdote, decepando-lhe a orelha servo era Malco.)
direita. 11Jesus, porém, ordenou a Pedro:
51Jesus, porém, respondeu: “Basta!“ “Guarde a espada! Acaso nã o
E tocando na orelha do homem, ele haverei de beber o cá lice que o Pai
o curou me deu?
PRA VOCÊ
QUEM É JESUS ???

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