Aula 2 - A Invenção Da Cultura. Cap. 1

ARTE E
INTERCULTURALIDADE
AULA 2
A FORMAÇÃO CULTURAL – O VIÉS ANTROPOLÓGICO
Universidade Estadual de Maringá
Profª Aletheia Alves

Paul Gauguin, 1896
Heitor dos Prazeres, 1965
Tarsila do Amaral, 1924.
A INVENÇÃO DA CULTURA
INTRODUÇÃO
QUAIS SÃO OS PARÂMETROS

PARA SE DIZER A INVENÇÃO
CULTURA?
WAGNER, Roy. A invenção da Cultura. São Paulo: UBU Editora, 2017
(1975).
INTRODUÇÃO
A Invenção da Cultura exibe uma

tendência a defender opiniões
ao invés de arbitrá-las.
(1975).
INTRODUÇÃO
Considerar a cultura sobre o

argumento de analisar a motivação
humana em um nível radical.

(1975).
INTRODUÇÃO
Uma argumentação que não busca

determinar a constituição cultural
dos fenômenos a partir de contextos
específicos e privilegiados.
(1975).
INTRODUÇÃO
A inspiração: generalização do
argumento estudado em sua monografia
Habu: the innovation of meaning in
Daribi Religion (Papua Nova Guiné)

(1975).
INTRODUÇÃO
Habu
Significado cultural de atos criativos de
entendimento inovador, construindo metáfora
sobre metáfora de modo a redirecionar
continuamente a força de expressões anteriores e
subsumi-las em novas construções.
(1975).
INTRODUÇÃO
Metáfora convencional (coletiva)

X
Metáforas individuantes
(1975).
INTRODUÇÃO
Expressões socializantes
X
Expressões de poder
(1975).
INTRODUÇÃO
O aspecto coletivo da simbolização é

identificado com o modo moral ou
ético da cultura, colocando-se em
relação dialética com o modo factual.
(1975).
INTRODUÇÃO
Epistemologia de Habu.
Empreende no interior do modelo ali
configurado uma exploração e
desenvolvimento radicais das suas
implicações.
(1975).
INTRODUÇÃO
Investiga os efeitos contrastantes

dos modos de simbolização
convencional e diferenciante.
(1975).
INTRODUÇÃO
Contraste contextual:
A simbolização convencional estabelece
um contraste entre os próprios símbolos
e as coisas que eles simbolizam.
(1975).
INTRODUÇÃO
Os símbolos diferenciantes assimilam ou

englobam as coisas que simbolizam. Esse
efeito de negar a distinção, abolir ou
derivar um do outro é chamado obviação.
(1975).
INTRODUÇÃO
A consciência do simbolizador se concentra

sobre um dos modos. Focalizando a atenção
nesse controle, percebe o modo oposto
como diferença, uma compulsão ou
motivação interna.
(1975).
INTRODUÇÃO
Por fim, toda cultura ou classe cultural, irá

favorecer uma das modalidades simbólicas
como área de ação humana e considerar
que a outra manifesta o mundo “dado” ou
“inato”.
(1975).
INTRODUÇÃO
A invenção é banida para o domínio

do ‘acidente’, entropia, uma coopção
da invenção, que não valoriza seu
aporte criativo.
(1975).
INTRODUÇÃO
No termo invenção, busca-se apreender as

propriedades do símbolo negativo, as
diferenças dizem respeito ao que é feito
destas propriedades e como é efetuada a
sua relação com os símbolos convencionais.
(1975).
INTRODUÇÃO
Lembrando que a invenção é devoradora da

convenção, percebe-se que a tendência à
simbolização negativa é uma espécie de
abdicação da situação humana.
(1975).
INTRODUÇÃO
Implica reapresentar a condição humana

onde, a abordagem dialética subverte tanto a
subjetividade quanto a objetividade em prol
da mediação.
(1975).
INTRODUÇÃO
Afirma coisas inquietantemente subversivas

sobre o conhecimento tradicional e outras
coisas implausivamente positivas sobre
operações não convencionais.
(1975).
A PRESUNÇÃO DA CULTURA
Quando o antropólogo fala a

cultura, geralmente isso se refere
ao fenômeno humano.
Uma cultura = caso particular de
homem.
(1975).
Quando falamos de diferentes

culturas, estamos nos referindo a um
tipo de diferença muito básico entre
elas, sugerindo que há variedades
específicas do fenômeno humano.
(1975).
O antropólogo usa sua própria cultura
para estudar outras e para estudar a
cultura em geral.
É necessário renunciar a objetividade
absoluta em favor de uma objetividade
relativa.
(1975).
O antropólogo experiencia a cultura e o

faz através do universo de seus
próprios significados, e ele só consegue
comunicar essa compreensão aos
membros de sua cultura.
(1975).
Mas, uma antropologia que jamais

ultrapasse suas próprias
convenções, é mais uma ideologia
que uma ciência.

(1975).
É no processo de vivência que o

pesquisador apreende o caráter
relativo de sua cultura mediante a
formulação concreta de outra.

(1975).
Ele inventa a cultura que ele acredita

estar estudando.
Invenção como um processo
objetivo, no sentido de percepção e
aprendizado, não como livre fantasia.
(1975).
Ele compreende na intimidade de

seus próprios erros e êxitos, o que
se quer dizer por ‘cultura’.

(1975).
Antes disso, a cultura que crescemos

nunca é realmente visível, é tomada
como dada. É apenas por meio do
contraste experienciado que sua
própria cultura se torna visível.
(1975).
Tornando a cultura visível

Se não é possível ‘ver’ a cultura em
torno de si, sem o viés acadêmico
distanciado, ela lhe será se pouca
utilidade.
(1975).
Um estranho no ninho.
Ingenuidade primeira.
Inadequação.
Criação de laços.
Hospitalidade competitiva.
(1975).

O choque cultural é uma perda do
eu em virtude da perda do suporte
de comunicação com o outro.

(1975).

A princípio o problema da
comunidade é controlar o
antropólogo. Domesticá-lo.

(1975).

O conjunto de predisposições
culturais que um forasteiro traz
consigo faz toda diferença em sua
compreensão daquilo que está lá.
(1975).

A invenção da cultura começa com
a invenção de uma cultura
particular que ao mesmo tempo é
e não é a cultura do inventor.
(1975).
A invenção da cultura
A antropologia é o estudo do homem
como se houvesse cultura.
É o trabalho de campo que deriva sua
invenção, aproxima o fenômeno criativo.
(1975).
Não é mera descrição do objeto, do
mesmo modo que uma pintura não
meramente descreve o que figura.

(1975).
Está conectado à intenção simbólica
do antropólogo/artista.
O que anula o efeito controlador e
se torna ação autoconsciente.
(1975).
Está conectado à intenção simbólica
do antropólogo/artista.
O que anula o efeito controlador e
se torna ação autoconsciente.
(1975).
Peter Bruegel.
Hieronymus Bosch.

(1975).
Peter Bruegel.
Hieronymus Bosch.

(1975).
Se nossa cultura é criativa, então as
culturas estudadas também o são.
Há o conflito em tornar parte de uma
realidade que inventamos sozinho.
Negando-lhes sua criatividade.
(1975).
Se criatividade e invenção
emergem como as qualidades
salientes da cultura, é para elas que
nosso foco deve voltar-se agora.
(1975).

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QUAIS SÃO OS PARÂMETROS

A Invenção da Cultura exibe uma

Considerar a cultura sobre o

WAGNER, Roy. A invenção da Cultura. São Paulo: UBU Editora, 2017

Uma argumentação que não busca

WAGNER, Roy. A invenção da Cultura. São Paulo: UBU Editora, 2017

Metáfora convencional (coletiva)

O aspecto coletivo da simbolização é

Investiga os efeitos contrastantes

Os símbolos diferenciantes assimilam ou

A consciência do simbolizador se concentra

Por fim, toda cultura ou classe cultural, irá

A invenção é banida para o domínio

No termo invenção, busca-se apreender as

Lembrando que a invenção é devoradora da

Implica reapresentar a condição humana

Afirma coisas inquietantemente subversivas

Quando o antropólogo fala a

Quando falamos de diferentes

O antropólogo experiencia a cultura e o

Mas, uma antropologia que jamais

WAGNER, Roy. A invenção da Cultura. São Paulo: UBU Editora, 2017

É no processo de vivência que o

WAGNER, Roy. A invenção da Cultura. São Paulo: UBU Editora, 2017

Ele inventa a cultura que ele acredita

Ele compreende na intimidade de

WAGNER, Roy. A invenção da Cultura. São Paulo: UBU Editora, 2017

Antes disso, a cultura que crescemos

Tornando a cultura visível

Tornando a cultura visível

WAGNER, Roy. A invenção da Cultura. São Paulo: UBU Editora, 2017

Tornando a cultura visível

WAGNER, Roy. A invenção da Cultura. São Paulo: UBU Editora, 2017

Tornando a cultura visível

Tornando a cultura visível

WAGNER, Roy. A invenção da Cultura. São Paulo: UBU Editora, 2017

WAGNER, Roy. A invenção da Cultura. São Paulo: UBU Editora, 2017

WAGNER, Roy. A invenção da Cultura. São Paulo: UBU Editora, 2017

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