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Educação brasileira na Colônia e no

Império: Reformas pombalinas e o


período Joanino.  

Notas de aula – História da


Educação
PARA ALÉM DO TEXTO BASE...

• HILSDORF, M. L. S. História da educação brasileira: leituras. 8 reimpr. da 1 ed., São


Paulo: Cengage Learning, 2015. (Cap. 02)

• ORSO, P. J.; FERNANDES, Hélio Clemente. O trabalho docente no Brasil Colonial e


Imperial. Anais do 5º Seminário Nacional Estado e Políticas Sociais. 2011.

• RIBEIRO, Maria Luísa Santos. História da educação brasileira: a organização escolar.


12 ed. São Paulo: Cortez, 1992. (Capítulos 1 a 4)

• SCHWARCZ, Lilia; STARLING, Heloisa M. Brasil: uma biografia. 1ª ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2015.
Brasil Colonial: 
•1530- Instituição do Governo
Geral da Colônia (Tomé de
Souza)
•1549- Chegada dos Jesuítas
•1759- Expulsão dos jesuítas de
PERIODIZAÇÃO: Portugal e do Brasil
•1808- Chegada da Família Real
ao Brasil (Período Joanino)
•1815- Brasil é elevado à
categoria de Reino Unido, junto
com Portugal de Algarves.
A educação Jesuítica e a vertente religiosa na
educação colonial

•Para falar sobre as reformas


pombalinas e a educação no Brasil é
preciso relembrar o que estruturava a
educação na Colônia portuguesa:

• Código Pedagógico –
• Ratio Atque Institutio Studiorum
O TRABALHO DOCENTE COLONIAL

Código Pedagógico – Ratio Atque Institutio Studiorum


“AÇÃO DE INSTRUIR E EDUCAR, PARA SALVAR”:

Direcionamento da educação: “o conceito de homem é o


apresentado pela Igreja do século XVI, ou seja, uma referência
essencial a Deus de um ser que se caracteriza pelo uso da razão, e
esta razão alcança seu apogeu, dedicando-se a seu próprio
cultivo, conforme as lições dos antigos, por meio da interpretação
cristã” (PAIVA, 1981, p.2, apud, ORSO, FERNANDES, 2011,
p.4)
Código Pedagógico – Ratio Atque
Institutio Studiorum:
• disciplinas divididas em blocos que
valorizavam a retórica: filosofia, teologia,
gramática e a memória;
• não estava voltada para o trabalho
O TRABALHO (pejorativo);
• intensa rigidez na maneira de pensar e de
DOCENTE interpretar a realidade
COLONIAL • cuidado na formação dos professores: “se
alguns forem amigos de novidades ou de
espírito demasiado livre devem ser
afastados sem hesitação do serviço
docente”.
FASE POMBALINA
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 Marquês de Pombal –
Sebastião José de
Carvalho e Mello

 Primeiro ministro
português

 Período pombalino em
Portugal: 1750-1777
Situação em Portugal e no Brasil
 Portugal e os tratados comerciais com a Inglaterra;

 Portugal, o despotismo esclarecido de D. José I e a


dificuldade em “acompanhar as transformações das forças
produtivas na Europa”.

 A atuação do primeiro-ministro português para


“modernizar o reino a fim de manter o absolutismo real”.
(ARANHA, 2020, p. 209)
“No Brasil, as plantações de cana-de-açúcar do Nordeste
sofreram rude golpe com a concorrência estrangeira;

“Descoberta das minas de ouro e mudança na organização


social, processo de urbanização, crescimento populacional nas
cidades, surgimento de uma pequena burguesia dedicada ao
comércio interno”;
Situação em
Portugal e no
Nos anos de 1700... Movimentos contra opressão colonial;
Brasil
A forte presença e influência dos jesuítas na formação dos
filhos dos colonos e o poder político e econômico junto a todas
as camadas sociais – função jesuítica de garantir a “formação
moral” da vida na colônia. (ARANHA, 2020, p. 209)
Ministro de D. José I – objetivava recuperar a
economia através de uma concentração do poder
real e de modernizar a cultura portuguesa
(RIBEIRO, 1992, p.31)

O TRABALHO Educação: formar o perfeito nobre (negociante);


abreviar e simplificar os estudos; aprimoramento
DOCENTE da língua portuguesa; diversificar o conteúdo
(incluir os de natureza científica e torná-los mais
COLONIAL: práticos) (RIBEIRO, 1992, p. 34)
FASE
POMBALINA
Educação pública propriamente dita
A FASE POMBALINA

A concepção de Estado e governo “por trás das reformas”:

Absolutismo ilustrado: “pode ser visto como o encontro de uma política e uma economia
(a absolutista) com uma cultura (a das Luzes)” (HILSDORF, 2015, p.16)

“No Absolutismo Ilustrado ainda prevalecem as “razões de Estado”, características do


Antigo Regime (pois os direitos individuais somente serão proclamados pelo liberalismo),
mas é um Estado que procura conciliar a autoridade com os direitos naturais dos súditos e,
assim, garantir-lhes a prosperidade”. (HILSDORF, 2015, p.16)
FASE POMBALINA

 A concepção de Estado e governo “por trás das reformas”:

 Substituição do “Estado da espada e da cruz” (nobreza e


clero) pelo “Estado da indústria e do comércio” (burguesia
mercantil);

 Campo de atuação do Estado: assumir a administração, a


justiça, a assistência e a educação.
O TRABALHO DOCENTE COLONIAL: A FASE
POMBALINA

 2ª Fase da Educação (a partir de 1759...):

 As aulas régias: o fundamento de educação para o


aperfeiçoamento da alma se mantém por um tempo;

 Foi criada uma rede de aulas avulsas de primeiras letras,


gramática latina, grego, retórica e poética, filosofia,
matemática superior e geometria nos moldes da reforma
pombalina (HILSDORF, 2015, p.33)
O TRABALHO DOCENTE COLONIAL: A FASE
POMBALINA

Existência de:

 “mestres particulares”: atendiam em domicílio


 “regentes régios”: criavam classes
 o professor recebia do rei para lecionar em sua casa.
2ª Fase da Educação:
• Características da educação neste
período:
• caráter religioso;
• teor de moralidade;
O TRABALHO
• preparação para o trabalho;
DOCENTE
• educação entendida pela ótica do
COLONIAL progresso;
• Dificuldades encontradas: convencer
agricultores sobre a importância de
garantir a instrução aos seus filhos.
O TRABALHO DOCENTE COLONIAL

A fase Joanina: 

 “A ação joanina na educação escolar acompanha a tendência


geral apontada pela história da educação para os séculos XVIII
e XIX, de perda pela Igreja da gestão da educação escolar para
os FUNCIONÁRIOS DO ESTADO, ao manter as seguintes
características das reformas de 1759-1772: estatização, no
sentido de centralizar o controle da educação escolar dos níveis
secundário e superior nas mãos do Estado, e pragmatismo, no
sentido de oferecer conhecimento científico utilitário,
profissional, em instituições de ensino avulsas, isoladas,
segundo o modelo ilustrado)”. (HILSDORF, 2015)
O TRABALHO DOCENTE COLONIAL

A fase Joanina:

 “Tratava-se de uma atuação [a sistematização do ensino


no Brasil] irregular, fragmentária e quase nunca com
resultados satisfatórios;
 [...] Forças conservadoras de uma tradição agrária
sustentada por escravos resistia às ideias liberais
implantadas na Europa, onde a economia capitalista se
encontrava em expansão e as ideias iluministas já eram
aplicadas” (ARANHA, 2020, p. 253)

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