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O
OCIDENTAL:
E A PRODUÇÃO DA DESIQUALDADE
Ø Com as Américas, os europeus descobrem um mundo mais amplo e reestruram sua geografia, neste
momento, colocam-se a si mesmos como centro do mundo e passam a utilizar a cor da pele das pessoas
como referência para produzir uma imaginação sobre o planeta: A Europa branca, a África negra, a Ásia
amarela e as Américas vermelhas.
Ø Vale lembrar que esta imaginação é anterior a própria identidade cultural europeia, que apenas emergiu
durante o iluminismo no século XVIII.
Ø Se produziu dois mundos, separando a
humanidade em duas partes: de um lado a Europa
Ocidental, e posteriormente suas colônias
brancas: EUA, AUSTRÁLIA, CANADÁ e NOVA
GEOGRAFIA ZELÂNDIA. Onde na história se percebe um
esforço de expansão da cidadania, inclusive do
E estado de bem estar social e no outro: os
colonizados, explorados, uma massa da qual se
ORGANIZAÇ retira toda a energia, conhecimento, e terras.
Dito isso, é preciso enfatizar que Raça e Racismo, não são noções associadas ao gosto, mas conceitos que estruturam
o modo como a civilização ocidental nos organizaram/ classificaram e seguem classificando...
Por isso, noções de lugar de fala e representatividade, embora pareçam emancipadores, colocam purpurina na
desigualdade, contudo não aprofunda a discussão, e ronda na mesma perspectiva da Meritocracia..... Logo, cabe
perfeitamente dentro do discurso Neoliberal: Mudar para não muda nada.
Seria possível acabar com o Racismo, dentro do Sistema Capitalista, pensando que ele precisa necessariamente
produzir explorados, colonizados, humilhados? Se perceberem o sistema capitalista precisa produzir para a sua
manutenção, uma desigualdade cotidiana. No Brasil, muito bem representadas na reforma da previdência, reforma
trabalhista, fim do bolsa família e do novo ensino médio e o genocídio e encarceramento em massa da população
negra.
Na bem verdade, o Ocidente, conta com a nossa capacidade de esquecimento e a recusa de
aprender com as próprias experiências, o que tem nos levado, inevitavelmente aos mesmos
lugares. Como bem afirma Morin, “Os antídotos contra as futuras ilusões não foram
produzidos. É preciso dizer, sobretudo, que as mesmas estruturas de pensamento incapazes de
tirar as lições da experiência, estão sempre aí. A reforma de pensamento ainda não está no
horizonte” (MORIN, 1994, p. 247)
Na mesma sintonia, através das análises da estrutura de pensamento que configura o ocidente,
desenha-se, a coabitação de um senhor de escravo, do patrão em nosso coração/mente, há
depender das circunstâncias, o melhor ou o pior de nós pode emergir, tudo é uma questão de
oportunidade, interesse e da capacidade da obediência servil, ou não, ao ideário ocidental,
propaganda, criminalização e classificação.
Busquei brevemente, apresentar que se olhássemos uns para os outros, a partir da semelhança,
faríamos de momentos e espaços trágicos da história humana, escravidão, colonialismo,
nazismo, apartheid, o estado de Israel, as periferias do mundo, os cárceres, espaços de
aprendizagem e transformação profunda.
Quando saí da prisão, esta era minha
missão, libertar os oprimidos e
o opressor.
Alguns dizem que isso foi atingido ag
ora. Mas eu sei que não é o caso.
A verdade é que ainda não
estamos livres; meramente
conseguimos a liberdade de
sermos livres.