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TECNOLOGIA DOS MATERIAIS TÊXTEIS E INOVAÇÃO

CARACTERISTICAS DOS TECIDOS:


TECELAGEM E MALHARIA

PROFESSORA: LARISSA ALVES


NATAL/RN
CLASSIFICAÇÃO DOS TECIDOS QUANTO A
ESTRUTURA
TECIDOS PLANOS
 Os tecidos planos são aqueles obtidos pelo entrelaçamento de duas camadas
perpendiculares de fios.
Os fios de urdume por serem os que sofrem maior tensão, tanto nas operações de
tecimento como também nas que antecedem e, também, no acabamento, devem
ser de melhor qualidade, ou seja, mais resistentes, mais elásticos, mais lisos, etc...
Como exemplo podemos citar o tricoline, brim, veludo, gaze e outros. Neste tipo de
tecido os fios permanecem em paralelo sem se cruzar. So divididos em: Simples,
Compostos, Felpudos, Leno e Jacquard.
CLASSIFICAÇÃO DOS TECIDOS QUANTO A
ESTRUTURA
TECIDOS DE MALHA
 Existem os tecidos de malha por trama e por urdume. Como exemplo temos a
malha, Jersey, tricô e outros. Neste caso os fios se cruzam consigo mesmo.

NÃO-TECIDOS
São obtidos diretamente de camadas de fibras que se prendem umas as outras por
meios fisicos e/ou quimicos, formando uma folha contínua.
Como exemplo temos o feltro, folheado e outros.
CLASSIFICAÇÃO DOS TECIDOS QUANTO A
ESTRUTURA
TECIDOS ESPECIAIS
 São aqueles obtidos por processos dos quais resulta uma estrutura mista de tecido
comum, malha e não-tecidos ou ainda, como resultante de soluções de polímeros de
fibras aplicadas ao tecido.
Como exemplo temos os laminados, malinos, filmes e outros.
TECIDO PLANO
Características:
• Trama e urdume;
• Entrelaçamento;
• Manual ou automático;
• Três operações;
• Armações principais: Tela, Cetim e Sarja.
• Estabilidade
• Resistência
• Estrutura
• Durabilidade
TECIDO PLANO
• Tecidos produzidos no processo de tecelagem
(também conhecidos como tecidos planos)
não podem ser confundidos com tecidos de
malha.
• Nos tecidos planos há somente duas posições
possíveis para os fios de trama: ou passam por
baixo ou passam por cima dos fios de
urdume.
TECIDO PLANO
 Urdume: é constituído por fios que se encontram no sentido longitudinal do tecido e é
representado pela unidade de comprimento.
 Trama: é constituída por fios que se encontram no sentido transversal do tecido e é
representado pela unidade de largura.
COMPONENTES DO TEAR
Os tecidos são processados em máquinas chamadas de teares, e os principais
componentes de um tear são:
Rolo de Urdume: que contém os fios de urdimento;
Quadros de Liços: o urdimento passa pelo olhal dos liços, que se acham dispostos
em quadros responsáveis pela formação da cala (abertura formada por duas
camadas de fios de urdume);
Pente: depois dos quadros de liços, os fios passam por um pente que é responsável
pelo remate da trama e que nos teares de lançadeira servem como guia para a
mesma;
Rolo de Tecido: para enrolar o tecido pronto.
• Para conseguir-se a passagem da
trama entre os fios de urdume (cala),
utiliza-se o elemento chamado porta
tramas, dentre os quais o mais
conhecido é a lançadeira.
CONSTRUÇÃO DO TECIDO PLANO
MOVIMENTOS BÁSICOS DO TEAR
 Manual ou automática (indústrias):
O processo de tecer pode ser resumido em três operações:
 abertura da cala;
 inserção da trama;
 batida do pente.
MOVIMENTOS BÁSICOS DO TEAR
PADRÕES DE TECIDOS
• O que determina os tipos de entrelaçamento do fio é chamado de padronagem, e é
realizada pela seleção dos fios de urdume que sobem ou que descem para a
formação da cala.
• Há três padrões (Desenhos) básicos de tecidos:
 Tela ou tafetá,
 Sarja
 Cetim
TELA OU TAFETÁ
•  Tipo de entrelaçamento, também conhecido como tela, é desenhado
em forma de um jogo de dama. É o ligamento de construção mais
simples e utiliza menos quadros e teares mais simples.
• É muito usado para o tecido de algodão, proporcionando boas
características de resistência durante o uso e lavagem.
Exemplos de tecidos:
• De fibra de algodão: tela, tricoline, popeline, musseline.
• De seda: tafetá, organza, chiffon, georgette, shantung.
• De fibra sintética: oxford, tafetá de poliéster.
SARJA
• Tipo de ligamento que apresenta como principal característica a formação de
diagonais, formada pelo cruzamento dos fios de urdume com os fios de trama.
• O deslocamento utilizado na construção será sempre igual “1”, formando ângulo de
45º.
• A sarja simples apresenta dois lados distintos, um lado acentuando o efeito do
urdume, lado mais visível da diagonal e o outro lado acentuando a trama.
CETIM
• Ligamento de maior complexidade n construção.
• Isso ocorre porque o cetim permite vários deslocamentos dentro de um único
padrão, aumentando assim sua variedade dentro da mesma base.
• O cetim vai apresentar em um dos lados (lado do urdume) um aspecto de brilho e
maciez inconfundível, e no lado avesso (lado da trama(, um aspecto que se
sobrepõe inteiramente ao outro, toque áspero, e ausência de brilho.
PADRÕES DE TECIDOS
Tecido Jacquard
• Tecidos do tipo jacquard, onde o urdume é controlado fio a fio, propiciam a
elaboração de desenhos mais complexos. Ex: Brocado.
• A tecelagem pode ser artesanal (tecelagem manual), utilizando-se de teares
manuais, ou industrial, com teares automáticos.
MALHARIA
• Entrelaçamentos no mesmo sentido
• Laçadas
• Retilínea
• Circular: grande diâmetro
pequeno diâmetro
CARACTERÍSTICAS DA MALHA
• Elasticidade (conforto)
• Flexibilidade de modelagem (complexas)
• Porosidade (laçadas e calor)
• Deformação
• Falta de estabilidade dimensional
• Malharia de trama e de urdume
• Coluna | e Carreira –
• Mais barata = mais rápida de fazer
CLASSIFICAÇÃO DA MALHARIA
• A Malharia é o processo no qual transforma um ou mais fios em tecido de
malhas, através do entrelaçamento de laçadas formadas pelos fios.
• Basicamente podemos classificar a malharia em dois grandes grupos que se
distinguem pelos seus sistemas de formação de malhas.
Esses dois grupos são conhecidos como:

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MALHARIA POR TRAMA
Características:
• O mesmo fio alimenta todas as agulhas;
• Malhas desmalháveis;
• Pouca estabilidade dimensional.

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MÁQUINAS DE MALHARIA POR TRAMA
• O tecido de malha de trama pode ser feito à mão ou em
máquinas industriais, é constituído através do entrelaçamento
de uma série de laçadas
• Os equipamentos empregados para a realização deste trabalho
denominam-se :
– Teares de Malharia Circulares
– Teares de Malharia Retilíneos.

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MÁQUINAS CIRCULARES
• Produz um tecido tubular, cujo diâmetro varia em função do número de
agulhas da máquina.
• São máquinas de altíssimo rendimento, capazes de produzir tecidos com as
mais diferentes características.
• Os teares circulares são responsáveis pela produção da parte principal das
malhas o corpo da peça.
• Podendo-se encontrar máquinas de
pequeno e grande diâmetro.

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MALHARIA CIRCULAR
• Teares em que os leitos das agulhas
possuem forma circular.
• Grande diâmetro : malhas médias e
finas
• Pequeno diâmetro: meias (de finas à
esportivas)
• Tubulares
MÁQUINAS RETILÍNEAS
• Produzem um tecido de malhas aberto, onde o sistema de excêntricos
movimenta-se através de um carro e o conjunto de agulhas fica parado no
berço da agulhas.
• Possui fácil programação e acesso aos cones, que grande parte das vezes é
em número inferior do que nas máquinas circulares.
• Os teares retilíneos produzem as
partes acessórias, como golas e punhos...

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MALHARIA RETILÍNEA
• Produção de malhas mais grossas
• Tricôs industriais
• Máquinas retilíneas
MALHARIA POR URDUME
• O entrelaçamento de malhas é no sentido longitudinal com numerosos fios,
sendo alimentados individualmente em torno de uma formação lateral de
agulhas.
• Cada agulha é alimentada por um fio diferente, formando as malhas no
sentido do comprimento.
• A largura é determinada pelo número de fios da bobina alimentadora em
trabalho.

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MALHARIA POR URDUME
Características:
• Malhas vizinhas formadas por fios diferentes;
• Malhas indesmalháveis;
• Boa estabilidade dimensional.

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MÁQUINAS DE MALHARIA POR URDUME
• Fundamentalmente, em malharia de urdume, distinguem-se
dois tipos de máquinas:
- máquinas Kettenstuhl
- máquinas Raschel

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MÁQUINAS KETTENSTUHL

• É a máquina mais utilizada na malharia.


• As máquinas Ketten utilizam agulhas de prensa (bico), que são dispostas
em uma barra de agulhas e utilizam outros mecanismos para obtenção do
tecido.
• Todas aquelas máquinas em que a direção do puxamento do tecido é
perpendicular às agulhas.

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MÁQUINAS RASCHEL
• É uma das máquinas pioneiras no segmento.
• Máquinas que a direção do puxamento do tecido é paralela às agulhas
• Possuem recursos especiais para formação
de desenhos em efeito ou em relevo sobre a
base do tecido.

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ELEMENTOS NA CONSTRUÇÃO DO TECIDO
• Todo tecido produzido em máquinas de malharia tem colunas e carreiras
de malhas em sua estrutura.
• A carreira de malhas: é uma série de laçadas sucessivas do mesmo fio, que
cruzam o tecido transversalmente.
• Todas as laçadas (malhas) de uma carreira são formadas pelo mesmo fio.

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ELEMENTOS NA CONSTRUÇÃO DO TECIDO
• A coluna de malhas: É uma série de laçadas de fios diferentes, que se situam
na direção do comprimento do tecido.
• Todas as malhas de uma mesma coluna são formadas numa mesma agulha e
o número de colunas influencia na determinação da largura do tecido.

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MALHAS DIREITAS
• São aquelas em que o corpo da malha anterior passa por cima
da cabeça da próxima malha, são as malhas encontradas do
lado direito do tecido.

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MALHAS ESQUERDAS
• São aquelas em que o pé da malha passa em cima do corpo da
próxima malha e a cabeça da próxima malha passa por cima
do corpo da malha anterior.
• São as malhas observadas no lado avesso do tecido.

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DETERMINAR O DIREITO E O AVESSO DO TECIDO
• Serve para sabermos qual o lado da amostra que colocaremos na nossa frente
para começarmos a análise.
• Este será sempre o lado direito da amostra, independente do tipo da
máquina.

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DETERMINAR A CARREIRA CORRETA DE FIO PARA
DESMALHAR A AMOSTRA
• É fundamental que saibamos qual o sentido correto para
começarmos a desmalhar sem estragar uma determinada
amostra.
• Colocaremos então o direito da amostra a nossa frente e
olharemos por cima dele e escolheremos um dos dois lados que
apresentar a evolução de apenas um fio por carreira de malha.

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DETERMINAR A CARREIRA CORRETA DE FIO PARA
DESMALHAR A AMOSTRA

• Obs: Para isso devemos sempre lembrar que a ultima carreira de malha
produzida na amostra é a que deverá ser puxada, ou seja, o fio a ser
desmalhado será o que correr livremente por toda a carreira da
amostra sem prender ou dar "nó", possibilitando ver e ler a evolução do
fio pelas agulhas que irá trabalhar com ele durante determinado
alimentador.

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PLANO X MALHA

• Cruzamento trama e • Laçadas


urdume
• Ligações rígidas • Ligações móveis
• Ausência dae • Deslizamentos
Deslizamento • Flexibilidade
• Falta de flexibilidade
• Quilos
• Metros
• P, M, G
• 38, 40, 42
TECIDO NÃO TECIDO
• Não tecido é a junção de um conjunto de fibras ou filamentos, sem
necessariamente haver o entrelace.
• De acordo com a NBR-13070, não tecido é uma estrutura plana, flexível
e porosa, constituída de um véu ou uma manta de fibras ou filamentos,
orientados intencionalmente ou ao acaso.
TECIDO NÃO TECIDO
• Os não tecidos basicamente podem ser classificados pelo processo de fabricação,
pelas matérias-primas, pelas características das fibras/filamentos, pelo processo de
consolidação, pela gramatura e pelo processo de transformação e/ou conversão.
• A fabricação pode ser feita por três métodos: via seca, via úmida e via fundida.
TECIDO NÃO TECIDO
• Nessa manta ou véu, as fibras não estão amarradas entre si e para consolidação do
não tecido é necessário fazer a consolidação das fibras pelo processo:
• Mecânico pode ser feito por agulhas, por jato de ar a alta pressão ou costuradas.
• Químico necessita de resinas que farão a junção das fibras ou filamentos.
• Térmico utilizam-se calandras aquecidas em contato com a manta ou os cilindros,
que possuem furos por onde o ar quente irá fazer o processo de consolidação das
fibras.
As matérias-primas utilizadas são:
• Natural: Fibras de lã, algodão, sisal, minerais e metálicas;
• Artificiais: fibras de viscose, vidro, acetato de celulose e sílica;
• Sintética: Poliéster, polipropileno, poliamida e acrílico.
ATIVIDADE PRATICA
• Escolher tecido para atividade.
• Determinar o tipo de tecido e justificar.
• Dizer qual tipo de entrelaçamento e justificar.
• Determinar direito e avesso do tecido.
• Explicar as características do tecido analisado.

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