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Silicona de Adição

Materiais Dentários II
Gilson Rocha Weber e Jéssica Worm
 materiais de moldagem utilizados
para criar uma impressão
negativa dos dentes e das arcadas
dentárias.
 Material de moldagem elástico e
não aquoso.
 Materiais que apresentam ótima
elasticidade e distorção
praticamente inexistente.
 Também se caracterizam pela
excelente estabilidade
dimensional, oferecendo
moldes muito fiéis.
 Permitindo o vazamento de
mais de um modelo por
moldagem.
A silicona de adição ou polivinilsiloxano apresenta reação química dos
grupos vinil cuja ligação cruzada é feita pelos grupos hidretos ativados
por um catalisador de sais de platina.

Não ocorre formação de subprodutos, por isso, é um material que


apresenta excelente estabilidade dimensional.
 A manipulação deve ser feita sem o uso de luvas e
com as mãos limpas! Pois as luvas de látex contem
enxofre o que inibe a reação de polimerização do
material.
 Os sulfetos encontrados nas luvas de látex são
capazes de inibir a polimerização dos silicones de
adição, tanto do material pesado quanto do
material leve.
 Para contornar este problema o Dentista deve
remover as luvas e lavar muito bem as mãos antes
de manipular o material; usar luvas de vinil e/ou,
ainda, não tocar os dentes preparados a serem
moldados
 Caso a proporção correta não seja
utilizada ou impurezas estiverem
presentes pode ocorrer a
liberação de hidrogênio. Mesmo
não sendo considerado um
subproduto o hidrogênio pode
contribuir para o surgimento de
microbolhas negativas no gesso.
 Por isso é importante que se
aguarde 1 hora antes de vazar o
gesso nesse material.
 As siliconas de adição são então
materiais que apresentam a
melhor elasticidade e a distorção
é praticamente inexistente.
 Também se caracterizam pela
excelente estabilidade
dimensional o que permite o seu
vazamento em até 7 dias.
 O material tendo ótima
estabilidade dimensional e pouca
distorção permitem o vazamento
de mais de um modelo por
moldagem.
Tipos:
 As siliconas de adição podem ser apresentadas em formas
de pasta em potes/latas ou em dispositivos dispensadores
automáticos (pistolas) sempre na forma de pasta base e
catalisador.
 Pesado: massa/pasta ou pasta
 Regular: pasta/pasta
 Leve: pasta/pasta
 Em função de sua constituição química, sofrem reação de
polimerização por adição, que não origina sub-produtos,
portanto coferindo-lhes estabilidade dimensional
superior.
 Além disto, sua hidrofilidade confere-lhe maior tolerância
à umidade da zona a ser moldada e facilidade no
vazamento do modelo.
 O sistema de automistura, disponível para os silicones de
adição, constitui-se numa das mais avançadas formas de
apresentação e aplicação para material de moldagem.
 Consiste em dois tubos acoplados, paralelos entre si, com saída
única por uma ponteira espiralada internamente, onde as pastas
misturam-se de forma homogênea, proporcionando-as
corretamente e diminuindo consideravelmente a inclusão de
bolhas de ar à mistura.
 Um êmbolo de comando único pressiona as pastas a passarem pela
ponteira em espiral deixando o material pronto para ser levado ao
dente preparado e à moldeira.
 Os profissionais que tem usado este sistema relatam, além da sua
praticidade e rapidez, a obtenção de modelos mais precisos.
 Moldagens unitárias;
 Moldagens de quadrantes;
 Moldagens totais.
Indicações:
 Próteses parciais removíveis, totais;
Pontes fixas
 Coroas; Inlays; Onlays; Overlays.
Vazamento após 30 minutos em até 07 dias;

Permite duplo vazamento;

Exige proporcionamento exato das medidas entre as pastas para


evitar bolhas negativas no modelo de gesso;
Vantagens: Alta resistência a deformação;

Excelente reprodução de detalhes;

Moderada resistência a rasgamento;

Tempos de trabalho e de presa adequados;


Desvantagens:

Maios
Não permite dificuldade de
utilizar luvas remoção do
de látex na molde da boca
manipulação!! (menor
flexibilidade);

Enxofre da
Alto custo; luva inibe a
polimerização;
Tempo de trabalho e
tempo de pressa

 O tempo de trabalho, começa no inicio da


mistura e termina imediatamente antes do
desenvolvimento das propriedades elásticas,
deve ser mais longo do que o tempo necessário
para mistura, preenchimento da seringa e/ou
moldeira, injeção do material sobre o dente
preparado e assentamento da moldeira.
 Tempo de presa é o tempo transcorrido do
início da mistura até que o processo de cura
(polimerização) tenha avançado
suficientemente para que o molde possa ser
removido da boca sem distorção.
 O tempo de trabalho e o tempo de presa por
exemplo podem ser expandidos pela adição de
um retardador, quando fornecido pelo
fabricante, e por resfriamento da placa de
mistura.
Tabela tempo trabalho / Pressa

Tempo de   Tempo de  
trabalho pressa
Médio Médio
(Mim) (min)
23ºC 37ºC 23ºC 37ºC
3,1 1,8 8,9 5,9
Desinfecção

 A desinfecção das moldagens pode


ser feita com uma solução de
hipoclorito a 10% ou glutaraldeído
a 2% de 10 a 15 minutos.
MARCAS COMERCIAIS
DE SILICONA DE
ADIÇÃO:

Express – 3M
Provil – Heraeus
Kulzer
Adsil –
Vigodent

Técnicas de
moldagem

Seleção da
moldeira
 seleção da moldeira, que deve
proporcionar segura cobertura
da área a ser moldada sem
causar traumas à mucosa, além de
ter rigidez suficiente para
evitar a indução de tensões
durante o assentamento e
remoção.
 As moldeiras de estoque devem,
preferencialmente, ser de aço
inoxidável e perfuradas, para
garantir a retenção do material
pesado.
 devem oferecer um espaço de 2-
3mm ao material.
 O afastamento gengival é,
também, uma etapa prévia e
se faz absolutamente
necessário quando temos
margens de preparo
subgengivais.
 Entretanto, é oportuno que
se registre a necessidade de
termos, a esta altura da
execução do tratamento,
uma gengiva saudável, sem
inflamação, exsudato
excessivo ou sangramento.
 As moldagens com elastômeros podem ser
executadas em algumas variáveis,
entretanto, as mais comumente indicadas
dupla impressão e as de
são as de
impressão única, usando materiais
de diferentes consistências.
 Quando usamos uma só́ consistência é
pertinente fazer uso de moldeira
individual.
Técnica de moldagem em
fase única

 Esta técnica é indicada para materiais de


consistência pesada, associados aos de
consistência regular e fluida.
 Ambos os materiais são manipulados com
diferença de um minuto; o material pesado é
acomodado na moldeira enquanto o fluido é
levado aos dentes preparados com o auxilio de
uma seringa.
 Logo em seguida, a moldeira de estoque
carregada com o pesado e uma pequena
quantidade do regular ou fluido aplicada sobre
o pesado, é posicionada sobre a região a ser
moldada com uma pressão moderada para
evitar a indução de tensões à massa da
moldagem.
 Esta técnica também é utilizada com materiais
de consistência pesada e regular ou fluida,
 Porem a manipulação das duas fases é
executada em tempos diferentes.
 A primeira moldagem é feita apenas com o
Técnica de material pesado na moldeira.
 Após a polimerização e remoção desta moldagem,
moldagem em devemos fazer um alívio com o intuito de
proporcionarmos espaço para o material
duas fases fluido.
 O alivio pode ser confeccionado diretamente na
moldagem, recortando com bisturi ou com broca,
uma camada uniforme de aproximadamente 1,0
mm na área que necessita maior detalhamento
(zona dos dentes preparados).
 Pode também usar-se uma lâmina de cera sobre os
dentes preparados antes da primeira moldagem e
podemos ainda proceder a primeira moldagem
(com pesado) com os provisórios em posição.
 Confeccionados os alívios, preparamos a fase fluida do
elastômero em questão e o levamos à moldagem e aos dentes
preparados, após o que reposicionamos a moldagem
aliviada sobre os dentes e executamos uma pressão
moderada, enquanto aguardamos a polimerização.
 Diante das várias combinações possíveis entre as diferentes
consistências, resumida e objetivamente recomendamos que
o material pesado seja utilizado apenas nas moldeiras de
estoque; o material de consistência regular,
preferencialmente sobre o material pesado na
moldagem fase única, portanto, na moldeira de estoque.
 Esta consistência será́ também empregada, e apenas ela, na
moldeira individual, quando esta for a técnica escolhida.
 O material leve ou ultraleve será́ a plicado sobre os dentes
preparados e adjacentes.
Técnica de moldagem com
moldeira individual em fase única
 A utilização de moldeira individual tem proporcionado
excelentes resultados no que diz respeito à fidelidade
de cópia e distorções.
 Entretanto, há ainda um outro importante fator
facilitado pelo emprego da moldeira individual; a
extensão da moldagem para áreas subgengivais.
 Desde que se obtenha um adequado afastamento
gengival, dificilmente usando moldeira individual
teremos uma moldagem que não alcance os limites mais
subgengivais da área preparada.
 Acreditamos que isto se deva à consistência do material
empregado – regular na moldeira e leve ou ultraleve
sobre os dentes – que não permitiriam, pelo seu
escoamento, a compressão da gengiva marginal sobre o
preparo.
 Isto liberaria o acesso ao material leve/ultraleve ao
nível subgengival.
 Na atualidade, o silicone de adição é
o material de moldagem que
preenche o maior numero de
requisitos para se obter uma
moldagem fiel daquilo que se quer
copiar.
 O sistema de silicone de adição em
auto mistura é rápido, pratico, seguro
e eficiente.
 É prudente observar a relação custo
benefício.
Bibliografia

 ANUSAVICE, Kenneth J.; SHEN, Chiayi; RAWLS, H. Ralp. Phillips: materiais


dentários. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 572 p. ISBN
9788535268188.

 VAN NOORT, Richard. Introdução aos materiais dentários. 3. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2010. x, 292 p. ISBN 978858535235470. 

 http://www.dentsply.com.br/isogesac/imgcatalogo/clinical3_aquasildent
%C3%ADstica.pdf

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