O documento discute o princípio da territorialidade no Direito Digital e como ele precisa ser repensado nesse contexto. A localização de sites na internet nem sempre é clara e pode levar à aplicação de leis de diferentes países. O documento também aborda como os tribunais vem aplicando diferentes princípios para determinar qual a lei é aplicável em cada caso.
O documento discute o princípio da territorialidade no Direito Digital e como ele precisa ser repensado nesse contexto. A localização de sites na internet nem sempre é clara e pode levar à aplicação de leis de diferentes países. O documento também aborda como os tribunais vem aplicando diferentes princípios para determinar qual a lei é aplicável em cada caso.
O documento discute o princípio da territorialidade no Direito Digital e como ele precisa ser repensado nesse contexto. A localização de sites na internet nem sempre é clara e pode levar à aplicação de leis de diferentes países. O documento também aborda como os tribunais vem aplicando diferentes princípios para determinar qual a lei é aplicável em cada caso.
Alguns outros princípios do Direito devem ser repensados
dentro do Direito Digital, como o princípio da territorialidade.
Onde fica a porta?
Até onde um ordenamento jurídico tem seu alcance?
O problema não está apenas no âmbito da Internet, mas em
toda a sociedade globalizada e convergente, na qual muitas vezes não é possível determinar qual o território em que aconteceram as relações jurídicas, os fatos e seus efeitos, sendo difícil determinar que norma aplicar utilizando os parâmetros tradicionais. Profª. Elisangela Zebini 1 DIREITO DIGITAL
Assim, na Internet, muitas vezes não é possível reconhecer
facilmente de onde o interlocutor está interagindo.
Muitos sites tem terminação “.com”, sem o sufixo de país
(por exemplo, sem o “.br” em seguida), o que teoricamente significa que estão localizados nos Estados Unidos.
Só que vários deles apenas estão registrados nos Estados
Unidos e não tem nenhuma existência física nesse país.
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Uma tendência mundial é assumir definitivamente o
endereço eletrônico como localização da origem ou efeito do ato.
Assim, se uma empresa brasileira registra um site como
“.com”, em vez de “com.br”, pode ter de se sujeitar às leis de diversos países no caso de questões jurídicas internacionais.
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Agora cuidado!
No caso da parte ser protegida, um consenso é a busca da
proteção ao lesado.
Se por exemplo, um consumidor chileno é lesado por um
site brasileiro, serão aplicadas as leis do consumidor daquele país.
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Se esse site não quer responsabilizar-se por problemas que
gere no Chile, deve deixar claro, de alguma forma, seu limite de atuação; deve informar quais os usuários que terá condições de atender e a que legislação está submetido, já que não necessariamente um site chileno tem empresa constituída no Chile, como o fato de um site brasileiro ter terminação “.com” não significa que tem empresa constituída nos Estados Unidos.
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Ter presença virtual representa a responsabilidade de poder
ser acessado por indivíduos de qualquer parte do mundo.
Portanto, o princípio de proteção na sociedade de
informação é justamente a informação.
Atualmente, os tribunais vem aplicando a questão da
territorialidade em diversos princípios para determinar qual a lei aplicável ao caso.
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Há o princípio do endereço eletrônico, o do local em que a
conduta se realizou ou exerceu seus efeitos, o do domicílio do consumidor, o da localidade do réu, e da eficácia na execução judicial.
Dependendo do caso, pode ser aplicado mais de um
ordenamento. No Brasil, especificamente no tocante ao crime eletrônico, que hoje não tem barreiras físicas, ocorre em todo lugar, causando vítimas, o Código Penal brasileiro alcança a grande maioria das situações, por meio da aplicação de seus artigos 5º e 6º.
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Exemplo: O portal Brasil Online (www.bol.com.br).
O usuário deve aceitar os termos de um contrato em que são arrolados todos os direitos e obrigações de ambas as partes. “11. Disposições gerais 11.1 Os termos dos serviços e o relacionamento entre as partes serão regidos pelas leis da República Federativa do Brasil, sem consideração a qualquer disposição sofre conflitos de leis. Usuário e Brasil Online Ltda, concordam em submeter-se à competência única e exclusiva dos tribunais localizados no Brasil.
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Art. 5º do Código Penal:
“Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional”.
Art. 6º do Código Penal:
“ Considera-se praticada o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.”
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