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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE NUTRIÇÃO
 

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DA
RESPOSTA INFLAMATORIA NAS
DOENÇAS AUTOIMUNES

Orientador: Prof(a). Dra. Taciana Fernandes


Aluna: Ana Karina Assunção - 500690702
Introdução

• Cerca de 3% da população mundial sofre com as


Doenças Auto-imunes;
•Doença Auto-Imune = Falha no mecanismo biológico
em discriminar os antígenos próprios dos não-
próprios;
•Paul Ehrlich e Macfarlane Burnet;
•Os processos auto-imunes ocorram devido a
identificação de antígenos próprios por linfócitos auto-
reativos, e que a constante ativação dessas células
causará lesões teciduais. (Patologia das Doenças Auto-
imunes)
•Reposta Auto-imune X Interação entre o gene e o
ambiente
OBJETIVOS

Sendo assim, os objetivos da presente pesquisa são:

•Objetivo Geral:

Analisar como o controle da resposta inflamatória a dieta habitual tem influencia


nas doenças auto-imunes

•Objetivos Específicos:

Identificar a interação entre fatores ambientais e doença auto-imune


 
Analisar a literatura cientifica sobre a importância do plano alimentar e a sua
influência na etiologia das doenças auto-imunes, assim como o controle de
consumo de alguns alimentos interfere no mecanismo da doença
METODOLOGIA

Foi realizada uma busca na literatura por meio do banco de dados:


PubMed, Scielo, SportScience e Medline para artigos revisados em idiomas inglês
e português que abordassem sobre doença auto-imune, nutrição, planejamento
alimentar, hábitos e estilo de vida saudáveis e não saudáveis;

Palavras chaves utilizadas : Doença Auto-imune, Nutrição, Estilo de Vida,


Hábitos Saudáveis.

Ocorreu revisão de todas as referências citadas por esses artigos com o objetivo
de localizar mais estudos não referenciados nos bancos de dados mencionados.
Houve exclusão de relatos de casos isolados, alguns artigos de revisão com pouco
referencial teórico e estudos que incluíssem pacientes com outras condições além
de auto-imunes em suas analises.
 
Doença Auto-Imune:
O que é?
E o que pode ocasionar o
surgimento dos primeiros
sintomas

• Resposta do sistema imunológico contra o próprio


organismo – Destruição das células saudáveis pelo sistema;

•Lúpus, Artrite Reumatóide, Anemia Hemolítica, Doença de


Crohn, a Diabetes Melitus, Esclerose Múltipla;

•Como é feito o diagnóstico?

•Há cura?

•A Nutrição apresenta um papel relevante tanto no


desenvolvimento quanto na alteração do percurso das DATs
(triggers)
Alimentos
inflamatórios e as
Doenças Auto-
imunes

•Alimentação como fator de risco para ocasionar


inflamações no organismo;

•Há alimentos que devem ter seu consumo


minimizados ou até mesmo retirados do plano
alimentar das pessoas que possuem algum tipo
dessas enfermidades, pois eles podem agravar um
quadro inflamatório e de dor;

•Assim, algumas exclusões são necessárias tanto


na prevenção, quanto na regressão das
inflamações e conseqüentemente dos sinais e
sintomas.
Glúten e Lactose

• O Glúten:
Fração proteína dos grãos de trigo, centeio, cevada, aveia;
Se diferenciam pela sua solubilidade, sendo uma parte
solúvel em álcool (prolaminas) e outra parte insolúvel
(gluteninas);

Gliadina, Hordeína , Secalina e Avelina;

Tendo em vista que, reações ao glúten não são


limitadas apenas as doenças celíacas, foi
desenvolvido em 2012 uma nova nomenclatura:
Doença celíaca (DC), alergia ao trigo e sensibilidade
ao glúten não celíaca (SGNC)
• A Doença Celíaca e o trato intestinal:

É uma enteropatia inflamatória autoimune em indivíduos


geneticamente sensíveis;
Em doentes celíacos há o aumento da permeabilidade intestinal;

Inflamação, hiperplasia das criptas, atrofia das vilosidades,


resultando em redução da superfície de absorção intestinal

• O Glúten e a remissão clínica:

Um perfil histológico característico normalizado após o inicio


de uma dieta sem glúten atesta o diagnóstico da DC.
• O Leite:

Estudos epidemiológicos e ecológicos apontam que há


relação entre o consumo de leite de vaca
(fórmulas infantis lácteas convencionais) com a
Diabetes Melitus tipo 1 (DM1);

• A resposta insulínica e a proteína bovina;

O como primeiro alimento “externo” a ser iniciado na dieta da criança e uso das fórmulas
hidrolisadas
*Estudos randomizados realizados em crianças com haplótipos suscetíveis mostrou que o
grupo que ingeriu a fórmula hidrolisada obteve uma queda na produção de auto-anticorpos
na ordem dos 50 a 60% ao fim de 10 anos, ao ser comparado com o grupo que foi alimentado
com a fórmula tradicional.
• O consumo do Leite e Esclerose Múltipla (EM)

Colocado em questão desde 1970, esta associação


se deva ao mimetismo molecular
(mecanismo patogênico para DAT)
entre a glicoproteína de oligodendrócito
(presente na bainha de mielina do SNC) e a butirofilina
(a proteína mais representativa da membrana dos glóbulos de gordura do leite)

• Relação entre a DC e a Intolerância Alimentar ao Leite:


Devido a diminuição da lactase gerada pela atrofia das vilosidades intestinais. Recomenda-se
uma redução no consumo de produtos lácteos nos primeiros meses da DSG, tendo em vista
que esta última não conduza a uma remissão clínica eficaz nos doentes celíacos
Conclusão

Tendo em vista que nos últimos anos a ocorrência das DAT aumentou de forma
acentuada, com mais prevalência nos países desenvolvidos, e este aumento
tornou-se evidente devido a influência de certos fatores ambientais de expressão
destas doenças, especificamente no que diz respeito a dieta, sofrendo certas
alterações ao longo do tempo; a capacidade que da dieta ocidental, rica em
alimentos processados tem em promover DAT em indivíduos suscetíveis,
colaborando para o aumento de sua incidência;

Pode- se concluir que o papel da dieta nas DATs é ser importante, sobretudo no
que respeita ao estímulo de alguns casos, mas a verdadeira extensão da sua
influência e o potencial terapêutico são ainda largamente desconhecidos neste
contexto.
 

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