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CIÊNCIAS DO AMBIENTE

Fatores Ecológicos
Fatores Ecológicos

 Conjunto de fatores biológicos (bióticos) e físicos


(abióticos), de um determinado ambiente, que atuam
sobre o desenvolvimento de uma comunidade.

 Bióticos: relações entre os seres vivos;


 Abióticos: condições físicas do ambiente.
Fatores Ecológicos Bióticos

 Seres vivos associam-se com outros de mesma


espécie ou de espécie diferente para obter alimento,
proteção, transporte e reproduzir;

 Tipos de relações:
 Intra e Inter-específica;
 Harmônica e Desarmônica.
Relações Ecológicas

 Intra-específica  ocorre entre indivíduos da mesma


espécie;

 Inter-específica  ocorre entre indivíduos de espécies


diferentes;

 Harmônica  nenhum dos organismos é prejudicado;

 Desarmônica  pelo menos um dos organismos é


prejudicado.
Canibalismo
 Um animal mata e devora outro da
sua espécie;

 Classificação  intra-específica
desarmônica;

 Exemplos  aranhas, ratos, peixes,


etc.;

Figura 1 – O aquecimento global fez diminuir em


 Observações: 20% a calota polar ártica nas últimas três
décadas, reduzindo o território de caça dos ursos-
 Raro; polares. Muitos deles ficaram sem alimento. A
mudança radical de seu habitat provocada pelo
 Ocorre em superpopulações homem está custando caro aos ursos.
Recentemente, no Mar de Beaufort, no Alasca,
quando há falta de alimento; pesquisadores americanos que há 24 anos
estudam a região identificaram um caso inédito
 Em algumas espécies é comum de canibalismo na espécie: duas fêmeas, um
macho jovem e um filhote foram atacados e
a fêmea devorar o macho após a comidos por um grupo de machos. Estimativas
apontam que os ursos-polares podem
fecundação. desaparecer em vinte anos.
Competição
 Luta por alimento, posse de território, da
fêmea, etc.;

 Classificação:
 Intra-específica desarmônica;
 Inter-específica desarmônica;
Figura 2 – Luta pela fêmea.

 Exemplos  todos os seres vivos;

 Observações:
 Freqüente;
 Ocorre sempre que há sobreposição
de nichos ecológicos;
 Fator de seleção natural e de
limitação da população.
Figura 3 – A superpopulação intensifica o
mecanismo de competição intra-específica.
Predatismo
 Um animal mata outro de espécie diferente para se alimentar;

 Classificação:
 Inter-específica desarmônica;

 Exemplos  mamífero carnívoro (predador) x mamífero herbívoro


(presa);
 Observações:
 Freqüente;
 Fator de seleção natural e equilíbrio
da população de presas;
 Aplicado no controle biológico.

Figura 4 – Competição inter-específica desarmônica.


Forésia
 Transporte de um ser, seus ovos ou sementes por outro ser vivo;

 Classificação:
 Inter-específica harmônica;

 Exemplos  pólen x insetos e aves, sementes x aves e mamíferos;


 Observações:
 Polinização.

Figura 5 – Abelha no processo de polinização.


Mutualismo
 Troca de benefícios entre seres vivos, com ou sem interdependência;

 Classificação:
 Inter-específica harmônica;

 Exemplos  cupim x protozoário, algas x fungos, plantas x insetos,


crocodilo x ave-palito.

Figura 6 – Interação entre pássaros e outros animais.


Parasitismo
 Um ser vive à custa de outro,
prejudicando-o;

 Classificação:
 Inter-específica desarmônica;

 Exemplos  vermes x mamíferos,


fungos x outros seres vivos; Figura 7 – Exemplos de parasitismo.

 Observações:
 Freqüente;
 Aplicado no controle biológico (parasita x praga);
 Endoparasita (interno, ex.: ameba) e ectoparasita (externo, ex.:
piolho).
Inquilinismo
 Um organismo usa outro como suporte ou abrigo;

 Classificação:
 Inter-específica harmônica;

 Exemplos  bromélia x árvore (suporte).

Figura 8 – Tronco de uma árvore no interior de uma mata,


contendo uma bromélia como inquilino.
Comensalismo
 Um ser come restos da comida de outro;

 Classificação:
 Inter-específica harmônica;

 Exemplos  rêmora x tubarão, hiena x leão;

Figura 9 – Rêmora (comensal) aderida ao corpo de raia.


Colônias
 Seres unidos anatômica e/ou fisiologicamente;

 Classificação:
 Intra-específica harmônica;

 Exemplos  caravelas, algas, corais, etc.;


 Observações:
 Os indivíduos podem ser
todos iguais (algas) ou
diferentes com divisão de
trabalhos (caravelas).

Figura 10 – Corais.
Sociedade
 Indivíduos com tendência a vida gregária, trabalham para o
desenvolvimento da população;

 Classificação:
 Intra-específica harmônica;

 Exemplos  gorilas, homens, peixes, formigas, abelhas, etc.


 Observações:
 Comum no mundo dos
insetos, onde a divisão de
trabalho leva a formação
de castas.

Figura 11 – Exemplo de uma sociedade humana.


Amensalismo
 Uma espécie inibidora produz secreções (substâncias tóxicas)
eliminando a espécie amensal;

 Classificação:
 Inter-específica desarmônica;

 Exemplos  algas x peixes,


fungos x bactérias, etc.;

 Observações:
 Esta relação é mais
comum entre vegetais,
fungos e bactérias.

Figura 12 – Fungos e bactérias.


Protocooperação
 Ao contrário do comensalismo, as duas espécies envolvidas irão
tirar alguma forma de proveito da relação. No entanto, nenhuma
das duas irá depender dela para sobreviver;

 Classificação:
 Inter-específica harmônica;

 Exemplos  algas x peixes,


eucalipto x fungos, etc.;

 Observações:
 Esta relação é mais
comum entre vegetais,
Figura 13 – Antílope com vários pássaros em seu
fungos e bactérias. corpo. Eles estão se alimentando dos parasitas
presentes no corpo do antílope. Nesta interação,
ambos se beneficiam, já que os pássaros obtêm
alimento e o antílope se livra dos parasitas.
Fatores Ecológicos Bióticos

 Algumas relações têm importância vital para o


equilíbrio ecológico (predatismo, competição);

 Relações como predatismo e parasitismo são


utilizadas pelo homem no Controle Biológico de
pragas, com vantagens:

 não polui o ambiente;


 não causa desequilíbrios ecológicos.
Fatores Ecológicos Abióticos
 Estão representados pelas condições climáticas,
edáficas e hídricas que determinam o estado físico
do ambiente.

TEMPERATURA – LUZ – ÁGUA – NUTRIENTES


Temperatura

 Influi no metabolismo, no apetite, na fotossíntese, no


desenvolvimento, na atividade sexual e na fecundidade;

 Faixa de temperatura mais favorável para a vida  10 a


30 ºC;

 Preferendo Térmico (PT);

 Temperaturas fora do PT determinam as migrações e a


hibernação.
Temperatura
 SERES ESTENOTÉRMICOS
 Espécies que sobrevivem entre estreitos
limites de temperatura (pequena amplitude
térmica). Ex.: lagartixa.

 SERES EURITÉRMICOS
estenotérmica
 Espécies que resistem a grandes variações
de temperatura (gde amplitude térmica).
Ex: Lobo, homem.

euritérmica

Temperatura
Temperatura
DE ACORDO COM A TEMPERATURA CORPORAL:

 HETEROTÉRMICOS

 Temperatura corporal varia com a temperatura


ambiente. Ex: crocodilo, répteis, anfíbios.

 HOMEOTÉRMICOS

 Têm temperatura corporal constante. Ex: aves


e mamíferos.
Temperatura
COMPORTAMENTO DOS SERES VIVOS:

 Migram:
 Flamingos
 Cegonha negra
 Andorinhas

 Reduzem as suas atividades vitais para valores mínimos, ficando num


estado de vida latente:
 Hibernam – Se ocorrer na estação fria.

ex.: ouriço-cacheiro, marmota, répteis.


 Estivam - Se ocorrer na estação quente.

Ex.: crocodilo, caracóis.

 Abrigam-se durante parte do dia.


Temperatura
ADAPTAÇÕES QUE PERMITEM AOS ANIMAIS RESISTIR ÀS CONDIÇÕES
DE TEMPERATURA:

 Quantidade de gordura;

 Tamanho e densidade dos pêlos;

 Tamanho das orelhas e focinho;

 Alteração de aspecto nas plantas:


 Algumas árvores perdem a folhagem na estação desfavorável.

 Ex.: Freixos e carvalhos.

 Algumas plantas perdem o caule e até a raíz – sobrevivem sob a


forma de sementes.
 Ex: Papoila, lírios.
Temperatura
REGIÕES FRIAS

 Pêlos mais densos e compridos – raposas e urso polar;


 Grande teor de gordura – pingüins;
 Extremidades mais curtas (focinho, orelhas).

Estas características fazem com que a perda de calor seja mínima,


permitindo assim a sobrevivência.
Temperatura
REGIÕES QUENTES

 Pêlos menos densos e mais curtos;


 Menos gordura;
 Maior superfície corporal em contacto com o exterior.

Estas características facilitam a perda de calor para o meio e evitam o


sobre-aquecimento.
Luz
 Fonte de energia essencial na produção de alimentos (fotossíntese);

 Fator vital e fator limitante, tanto em mínima intensidade como em


máxima;

 Influencia nas variações da atividade diária e sazonal de alguns


animais;

 Regula os processos ópticos na pigmentação da pele;

 Regula os ritmos biológicos diários e anuais, a atividade motora dos


animais;

 Orienta o movimento dos vegetais (heliotropismo);

 Alguns animais e vegetais produzem luz (bioluminescência).


Luz
 Devido a sazonalidade de sua incidência, existem animais
noturnos e diurnos;

 Existem organismos que suportam grandes variações luminosas


(eurifotos) e seres que só conseguem viver numa estreita faixa
luminosa (estenofotos);

 Há aqueles que são fortemente


atraídos pela luz (mariposas),
enquanto outros fogem da luz
(toupeira).

Toupeira
Água

 Entra na composição das células de todo ser vivo;

 Presente em todos os processos metabólicos;

 Papel fundamental na temperatura corporal dos homeotermos, na


regulação do clima no planeta e na distribuição dos seres vivos na
biosfera;

 Sementes  em torno de 3 a 5% de água;

 Homem  em torno de 65% de água;

 Recém-nascido  90%.
Água
Hidrófilos ou hidrófitos  vegetais que só vivem em locais com muita água
(vitória-régia);
Xerófilos ou xerófitos  vegetais adaptados a locais com pouca água
(cactos).

Vitória-régia

Cacto
Nutrientes
 Necessários para o crescimento e reprodução dos seres vivos;

 Principais nutrientes  elementos químicos e sais dissolvidos;

 Podem limitar o desenvolvimento do meio e juntamente com


outras características do solo (pH, textura e umidade),
constituem os fatores edáficos.

Macronutrientes  entra em grande quantidade na composição dos


tecidos vivos (carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio);
Micronutrientes  necessário em quantidades relativamente pequenas
(manganês, cobre, zinco, magnésio).
Fatores Limitantes
 Seres vivos  apresentam faixas de tolerância para cada um
dos fatores ecológicos;

 Quando qualquer fator fica fora dessa faixa limite, tende a


limitar a oportunidade de sobrevivência dos organismos (Lei de
Liedberg);

 Fatores limitantes bióticos  competição, predatismo e parasitismo.

 Fatores limitantes abióticos  temperatura, água, luz e nutrientes;

 Através da tecnologia o homem tem ampliado a sua faixa de


tolerância, de modo a sobreviver em várias regiões da biosfera
e fora dela.
Vídeos
http://www.weshow.com/br/p/21415/girafa_e_comida_por_leoes_na_africa

http://www.weshow.com/br/p/34463/briga_entre_girafas_impressiona_turistas_na_africa
Vamos exercitar!
1. Indique e classifique as relações abaixo:

a. A penicilina, o primeiro antibiótico descoberto pelo homem, é uma


substância produzida por um fungo capaz de inibir o crescimento de
microorganismos;

b. As abelhas, para produzir o mel, utilizam néctar das flores;

c. Em uma calçada, a lagartixa fica imóvel por alguns minutos e,


subitamente, lança sua língua e captura um inseto;

d. O anum é freqüentemente encontrado nas costas do gado bovino,


alimentando-se de carrapatos que infestam sua pele;

e. As orquídeas em uma floresta utilizam as árvores como suporte, para


poderem ficar mais próximas da fonte de luz.

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