Você está na página 1de 27

Tecido conjuntivo

propriamente dito
Introdução

Os tecidos conjuntivos são assim denominados por servir de conexão,


sustentação e preenchimento, caracterizam-se pela diversidade de células e
pela abundância de matriz extracelular.

São responsáveis pelo estabelecimento e manutenção da forma do corpo.

As moléculas que compõem a matriz extracelular do tecido conjuntivo conectam


e ligam as células e órgãos, dando, desta maneira, suporte ao corpo.
INTRODUÇÃO

Tem origem embrionária nas células mesenquimais do mesoderma que migram para
todos os tecidos.

Características principais:

• Grande quantidade de material extracelular (fibras e substância amorfa);


• Diversos tipos de células;
• É vascularizado (exceto a cartilagem).

Obs: A matriz extracelular (MEC): é constituída por fibras,


proteínas, colágenos, glicoproteínas e substância fundamental amorfa.
Funções gerais

Conectar

Tecido epitelial + Tecido muscular + Tecido nervoso.

Sustentação estrutural

Ossos, Cartilagens, Ligamentos, Tendões, Cápsulas, Estroma.

Meio de trocas (nutrição)

Sangue (oxigênio e nutrientes).

Reparo

Cicatrização.
Composição

• Substância fundamental amorfa.

Constituída por proteogliganas, glicosaminoglicanas e proteínas de adesão.

• Fibras
Proporcionam forças de tração e elasticidade.
1. Colágenas  É inelástica e possui grande resistência a tração.
2. Elásticas  É formada por elastina e é altamente elástica, esticada
até 150% de seu comprimento em repouso.
3. Reticulares.

• Células

Vários tipos celulares.


Substância fundamental amorfa

É uma mistura complexa altamente hidratada de moléculas


aniônicas – glicosaminoglicanos, proteoglicanos – e glicoproteínas
multiadesivas.
É incolor e transparente e preenche os espaços entre as células e fibras.

Sua viscosidade atua como barreira à penetração de organismos


invasores e como lubrificante.
Glicosaminoglicanos (GAG) – compostos por ácido hialurônico e
hexosaminas.
Proteoglicanos – formados por dermatam sulfato, queratam sulfato,
condroitina sulfato ou heparam sulfato.

São estruturas altamente hidratadas por uma grande camada de água


de solvatação.
Substância fundamental
amorfa

Funções:

Reserva de Fatores de Crescimento;

Trocas de nutrientes e catabolismo entre as


células e a MEC(matriz extra celular)
Fibras do tecido conjuntivo –
Colágeno
Colágenas – formado pela proteína colágeno. Exerce função estrutural (resistência à tração) e estão
agrupados de acordo com sua estrutura e função:

Tipo I – fibras e feixes


• Tendões, pele, ossos

Tipo II – fibrilas (não forma fibras)


• Cartilagens

Tipo III – fibras – reticulares


• Órgãos epiteliais – fígado, rins, glândulas endócrinas;
• Hematopoéticos – baço, linfonodos, medula óssea;
• Modificação de forma e volume – útero.

Tipo IV – (não forma fibras e nem fibrilas) Não se


agregam: formam lâmina basal.
Aplicação médica

Osteogenesis imperfecta
Mutação nos genes que codificam a cadeis alfa 1 e alfa 2, deleção total ou parcil do gene (I).

Esclerose Sistêmica Progressiva


Todos os órgãos podem apresentar acúmulo excessivo de colágeno (fibrose).

Queloides
Espessamento localizado na pele, devido a um depósito excessivo de colágeno. Ocorre
frequentemente em indivíduos da raça negra.

Escorbuto
Carência de vitamina C causa deficiências na reposição do colágeno, degeneração do tecido
conjuntivo. Alteração no ligamento periodontal e perda de dentes.
Fibras do tecido conjuntivo –
Reticulares

Proteína fibrosa formada por colágeno do tipo III associado a


cadeias de carboidrato (reticulina) que se entrelaçam dando
aspecto de “rede”.

São as fibras mais finas e delicadas do tecido conjuntivo;

Ex: Músculo liso, trabéculas de órgãos hematopoiéticos como:


baço, nódulos linfáticos e medula óssea vermelha, glândulas
endócrinas, artérias, fígado, útero e camadas musculares de
intestino.

Síndrome de Ehlers-Danlos do tipo IV: Deficiência do Colágeno


tipo III: ruptura na parede das artérias e do intestino, ambas
ricas em fibras reticulares.
Fibras do tecido conjuntivo –
Elásticas

É formada por elastina e é altamente elástica, esticada até


150% de seu comprimento em repouso.
Células

São de diversos tipos e exercem diversas funções.

São produzidas localmente e permanecem no tecido; outras, tais como os leucócitos,


vêm de outros territórios e podem habitar, temporariamente o tecido conjuntivo.

São: Fibroblastos; Macrófagos; Mastócitos; Plasmócitos; Células adiposas; e leucócitos.


Resumo das células

Adipócitos
Fibroblastos

São as células mais comuns do tecido conjuntivo; Sintetizam as proteínas fibrosas (colágeno e
elastina) e as macromoléculas da substância fundamental.

• FIBROBLASTOS
• Intensa atividade metabólica;
• Citoplasma abundante e muitos prolongamentos;
• Produzem fatores de crescimento;
• Responsáveis pela cicatrização e regeneração.

• FIBRÓCITOS:

• Atividade metabólica quiescente;


• Citoplasma abundante e poucos prolongamentos.
Fibroblastos e fibrócitos nos tecidos
Macrófagos
Derivados dos monócitos da medula óssea que migram,
ultrapassam vênulas e, no tecido conjuntivo, transformam-se
em Macrófagos.

Núcleos grandes (forma de rim).

Fagocitárias (sistema fagocitário mononuclear).

Apresentadoras de antígeno.
Monócitos

Derivados de células precursoras da medula


óssea.
Estão presentes no sangue.
Os monócitos e macrófagos são considerados
a mesma célula em estágios diferentes de
maturação.
Mastócitos

Globosas, núcleo pequeno, esférico e central.

Grânulos de histamina e heparina (vasodilatadora e


anticoagulante).

Têm papel importante na expulsão de parasitas, reações alérgicas e na inflamação.

Também têm origem na medula óssea.


Plasmócitos

Núcleo excêntrico (deslocado) e RER desenvolvido.

Originados dos linfócitos B.

Produzem Anticorpos-ACs (Imunoglobulinas-Igs).

Predominam nas inflamações crônicas.


Leucócitos

Linfócitos T e B (globulos brancos)


• Células produzidas pela medula óssea e pelo tecido linfático em resposta
à invasão de micro-organismo.
• Circulam pelo sangue e realizam (DIAPEDESE) para atuar no tecido alvo.
• De acordo com a função específica, possuem diferentes formatos.
Eosinófilos

É um polimorfonucleado.

Contém grânulos de enzimas (lisossomos) e

histaminase. Fagocitam o complexo Ag-Ac.

Aparecem em processos alérgicos e parasitários.


Classificação de tecido conjuntivo
Tecido Tecido conjuntivo frouxo
conjuntivo Tecido conjuntivo denso
priamente dito

Tecido Tecido adiposo


conjuntivo Tecido sanguíneo e linfático
especializado Tecido ósseo
Tecido cartilaginoso
Tecido conjuntivo propriamente dito

FROUXO
- Preenche espaços não preenchidos por tecidos;
- Apoia e nutre células epiteliais, envolve nervos, músculos e
vasos sanguíneos;
- Faz parte de estruturas de muitos orgãos e participa do
processo cicatricial.
• Poucas fibras;
• Delicado, flexível e pouco resistente à trações;
• Localizado entre células musculares;
• Suporta células epiteliais;
• Forma camadas em torno dos vasos sanguíneos.
Tecido conjuntivo frouxo

Existe um equilíbrio entre o número de células e a quantidade de fibras e SFA.

Locais: apoio a epitélios, entre fibras musculares, nervosas, ao redor de vasos,


dentro de órgãos.
DENSO

• Menos flexível, mais resistente à tensão, adaptado para fornecer proteção aos tecidos;
• Poucas células, rico em fibras, predominância de fibras colágenas.
• Dependendo do modo de organização dessas fibras, pode ser classificado em dois tipos:

• Denso não modelado


• Disposição das fibras de colágeno não obedecem um padrão. Fibras em
orientações diversas.
• Ex: Derme
• Denso modelado
• Fibras de colágeno obedecem a mesma orientação – mesmo sentido.
• Ex: Tendões
Tecido conjuntivo denso não modelado e denso não modelado

Tecido conjuntivo denso não modelado Tecido conjuntivo denso modelado

Você também pode gostar