Você está na página 1de 19

Urbanização

Disciplina: Geografia
Professor: Wallace Castro
Urbanização
A urbanização é quando o crescimento das cidades é maior que o
crescimento do campo. O seu principal vetor é a
industrialização.
[...]
Urbanização é o crescimento das cidades, tanto em população
quanto em extensão territorial. É o processo em que o espaço rural
transforma-se em espaço urbano, com a consequente migração
populacional do tipo campo-cidade que, quando ocorre de forma
intensa e acelerada, é chamada de êxodo rural.
Em termos de área territorial, no mundo atual, o espaço rural é bem
mais amplo do que o espaço urbano. Isso ocorre porque o primeiro
exige um maior espaço para as práticas nele desenvolvidas, como a
agropecuária (espaço agrário), o extrativismo mineral e vegetal, além
da delimitação de áreas de preservação ambiental e florestas em geral.
No entanto, em termos populacionais e em atividades
produtivas no contexto econômico e capitalista, a
cidade, atualmente, vem se sobrepondo ao campo.
Observe o gráfico abaixo:
[...]
Podemos perceber, com a leitura do gráfico acima, que, pela
primeira vez na história, a humanidade está se tornando
majoritariamente urbana. Os dados após 2010 são apenas
estimativas (embora existam muitas desconfianças em termos
políticos sobre as projeções realizadas pela ONU), mas revelam que
a tendência desse processo é se intensificar nas décadas
subsequentes. Note também, observando o gráfico, que a velocidade
com que a urbanização acontece é cada vez maior, deixando a curva
que representa a população urbana cada vez mais acentuada.
O processo de urbanização no contexto do período
industrial estrutura-se a partir de dois tipos de causas
diferentes: os fatores atrativos e os fatores repulsivos.
Os fatores atrativos, como o próprio nome sugere, são aqueles em que a
urbanização ocorre devido às condições estruturais oferecidas pelo espaço
das cidades, o maior deles é a industrialização.
Esse processo é característico dos países desenvolvidos, onde o processo de
urbanização ocorreu primeiramente. Cidades como Londres e Nova York
tornaram-se predominantemente urbanas a partir da década de 1900, início
do século XX, em razão da quantidade de empregos e condições de moradias
oferecidas (embora em um primeiro momento, a maior parte dessas
moradias fosse precária em comparação aos padrões de desenvolvimento
atual dessas cidades).
Os fatores repulsivos são aqueles em que a urbanização ocorre não em
função das vantagens produtivas das cidades, mas graças à “expulsão” da
população do campo para os centros urbanos. Esse processo ocorre, em
geral, pela modernização do campo que propiciou a substituição do homem
pela máquina e pelo processo de concentração fundiária, que deixou a maior
parte das quantidades de terras nas mãos de poucos latifundiários.
Resumidamente, o processo de urbanização ocorre em
quatro principais etapas, sofrendo algumas poucas
variações nos diferentes pontos do planeta:
Em geral, o que se observa, portanto, é a industrialização
funcionando como um motor para a urbanização das sociedades
(1ª ponto do esquema acima). Em seguida, ampliam-se as
divisões econômicas e produtivas, com o campo produzindo
matérias-primas, e as cidades produzindo mercadorias
industrializadas e realizando atividades características do setor
terciário (2º ponto). Esse processo é acompanhado por um
elevado êxodo rural, com a formação de grandes metrópoles e, em
alguns casos, até de megacidades, com populações que superam
os 10 milhões de habitantes (3º ponto). Por fim, estrutura-se a
chamada hierarquia urbana, que vai desde as pequenas e médias
cidades às grandes metrópoles.
Vale lembrar que o esquema acima é apenas ilustrativo, pois a
sequência desses acontecimentos não é linear, muitas vezes os
fenômenos citados acontecem ao mesmo tempo.
Outra ressalva importante é a de que tal sequência não acontece de
forma igualitária em todo o mundo. Nos países pioneiros no processo
de urbanização, ela ocorre de forma mais lenta e gradativa, enquanto
nos países de industrialização tardia, tal processo manifesta-se de
forma mais acelerada, o que gera maiores problemas estruturais.
 hierarquia urbana
Nada mais é do que a escala de subordinação entre as cidades,
geralmente da seguinte forma: as pequenas cidades que existem aos
milhares, que se subordinam as cidades médias, que existem em número
menor que as pequenas cidades, estas, as cidades médias, que se
subordinam às cidades grandes.
As cidades do Brasil destacam-se em diferentes níveis de
acordo com a função e o grau de importância que
exercem.
As cidades são diferentes, não somente pelo número de habitantes, mas
também pela concentração de serviços nelas contidos.
Um aspecto que caracteriza a urbanização brasileira é referente a uma
extrema concentração de uma vasta parcela da população em grandes
cidades, dando origem assim às metrópoles.

São Paulo ( Capital)


CIDADES...
As cidades médias, muitas vezes, não dispõem de tantas
variedades de serviços, apesar desse processo estar mudando,
uma vez que o processo de globalização tem dinamizado as
informações e o acesso ao consumo. Nas cidades pequenas, é
oferecido somente o necessário à sua população, geralmente o
serviço de saúde não consegue cuidar de casos mais complexos e
não há variedade em serviços e acesso ao consumo.
Metrópoles...
Metrópoles significam grandes aglomerações urbanas que concentram um
enorme contingente populacional, além de abrigarem uma imensa variedade de
indústrias, comércio em geral, universidades, centros de pesquisas, hospitais de
referência, bancos e instituições financeiras, repartições públicas, empresas de
comunicação, como rádio, TV, jornais impressos, entre outros.
Uma cidade se destaca em diferentes níveis de acordo com a função e o grau de
importância que ela exerce em escala regional ou nacional em relação aos
outros centros urbanos, independente do tamanho.
No Brasil, existem metrópoles, cidades de grande, médio e pequeno porte,
interdependentes de acordo com sua influência, dando origem à hierarquia das
cidades.
A partir dessas considerações, a malha urbana brasileira é
classificada da seguinte forma:
Centro regional: possui uma influência restrita em relação a outras cidades, trata-se de
cidades médias que são subordinadas às capitais, mas ao mesmo tempo é um centro para
núcleos urbanos menores.
Capital regional: exerce uma grande influência e abriga vários centros regionais, porém
seu domínio se limita à fronteira estadual. Nesse caso, trata-se de cidade de grande e
médio porte, que apesar de não se enquadrar na categoria de metrópole, possui indústrias
e prestação de serviços como hospitais, bancos, centro comercial e muitos outros.
Metrópole regional: são cidades que exercem grande influência em seu próprio estado,
além de avançar a fronteira de outros, essas correspondem a centros urbanos que
concentram um número superior a um milhão de habitantes e detêm uma economia
diversificada.
Metrópole nacional: graças à sua importância, exerce influência nos centros regionais,
capitais regionais e nas metrópoles regionais, ou seja, preponderância em diferentes
estados.
Metrópole mundial: são cidades de grande importância cultural e econômica que
exercem influência sobre todo o território e são os centros urbanos mais conhecidos
internacionalmente, no caso do Brasil, destacam-se duas cidades com essas características,
São Paulo e Rio de Janeiro.
OUTROS CONCEITOS...
Sítio Urbano: corresponde a área da superfície terrestre, isto é, ao local em que se assenta a
malha urbana.

Mancha Urbana: expressão que se refere a toda a área de uma cidade, definida pelo se
arruamento (distribuição).

Crescimento Urbano: refere-se ao aumento da área urbana de uma cidade, ou seja refere-se


ao crescimento físico do sítio onde a cidade vai se modificando.

Conurbação é um fenômeno urbano que ocorre quando duas cidades limítrofes expandem-se
ao ponto de encontrar-se, compondo um único núcleo urbano. Em algumas situações, as duas
cidades crescem até se encontrar em um ou mais pontos do território. Em outros casos, apenas
uma das cidades “alcança” a outra e acaba por “invadir” esse outro centro urbano.

Megalópole é um termo elaborado para designar uma região ou área superurbanizada, que
congrega em torno de si uma articulação entre metrópoles, regiões metropolitanas e pequenas
cidades, concentrando boa parte da população e dos serviços de um país. A expressão foi criada
em 1960 pelo geógrafo francês Jean Gottmann (1915-1994) para classificar a região dos Estados
Unidos que envolvia as cidades de Boston, Washington D. C. e Nova York.
OUTROS CONCEITOS...
Zoneamento urbano: 
é um tradicional instrumento do planejamento urbano,
profundamente difundido durante o século XX, caracterizado pela
aplicação de um sistema legislativo (normalmente em nível municipal)
que procura regular o uso e ocupação do solo urbano por parte dos
agentes de produção do espaço urbano, tais como as construtoras,
incorporadoras, proprietários de imóveis e o próprio Estado.

Infraestrutura Urbana: "Conjunto de obras que constituem os


suportes do funcionamento das cidades e que possibilitam o uso
urbano do solo, isto é, o conjunto de redes básicas de condução e
distribuição: rede viária, água potável, redes de esgotamento, energia
elétrica, gás, telefone, entre outras.
Plano Diretor
Plano Diretor Municipal, comumente referido pela sigla PDM,
é o mecanismo legal que visa orientar a ocupação do solo
urbano, tomando por base por um lado interesses coletivos e
difusos tais como a preservação da natureza e da memória, e de
outro os interesses particulares de seus moradores.
Estatuto da Cidade
Denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o
uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem
como do equilíbrio ambiental.

Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade
e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:

I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao
saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao
lazer, para as presentes e futuras gerações;
II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos
vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e
projetos de desenvolvimento urbano;
III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de
urbanização, em atendimento ao interesse social;
IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das
atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir
as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;
V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos
interesses e necessidades da população e às características locais;
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
Referência 
PENA, Rodolfo F. Alves. "Urbanização"; Brasil Escola.
Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/brasil/urbanizacao.htm>

Você também pode gostar